Dive escrita por Lia


Capítulo 7
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá meu amores, hoje eu não tenho muita coisa a dizer, só queria agradecer aos comentários que sempre me incentivam bastante a desenvolver a história, é bem gratificante ver que vocês estão gostando. Aproveitem o capitulo e não deixem de comentar o que vocês acharam. Beijoooos e até sábado que vem xo



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O almoço na casa do Tommy não foi nada como eu esperava, ouvir William se referindo a mim como seu pai fez coisas om o meu coração que eu não consigo explicar. Eu estava observando ele jogar e ouvindo sua conversa com Thea e Felicity, quando a palavra pai saiu de sua boca eu não consegui segurar um suspiro surpreso, meu coração parecia que ia explodir com a quantidade de emoções que essa pequena palavra de três letras despertou em mim. Eu sei que todo mundo notou a minha reação, mas eu não podia me importar menos com toda a plateia, a única coisa que eu tinha em mente era a esperança de que um dia eu ia ter um relacionamento com o meu filho, eu ainda tinha chances de conquistar um espaço no seu coração apesar de todas as barreiras que ele construiu para me manter fora.

Eu só consegui pensar nisso durante o resto do dia, até a hora que eu fui para cama e meus pensamentos foram redirecionados a mulher que tem protagonizado todos os meus sonhos. Lembrei daquele olhar aquecido que ela me deu quando William me chamou de pai, Felicity conseguiu enxergar todos as emoções que eu estava sentindo naquele momento, eu sei disso porque eu também consegui ver as emoções dela. Eu não sei explicar como isso acontece, mas eu sinto uma conexão tão forte com ela e eu nunca senti isso com nenhuma pessoa antes. Nem mesmo com a Laurel, a mulher que tive o meu relacionamento mais duradouro ao ponto de propor em casamento, consegui ter uma conexão assim.

Eu nunca me apaixonei antes, achava que não precisava de amor para viver uma vida feliz com alguém, achava que era necessário somente ter uma afinidade e química na hora do sexo, pensava que o amor era um sentimento irreal que as pessoas se apegavam para poder dar um sentido à vida. Mas desde que conheci Felicity eu me pegava pensando em como seria se eu me apaixonasse por ela, será que a nossa conexão seria maior? será que eu iria conseguir pensar em outra coisa que não fosse o seu sorriso bonito? o meu coração bateria ainda mais rápido do que bate quando ela me olha? Eu estava determinado a descobrir isso, eu ia deixar meu coração aberto e eu ia fazer Felicity abrir o dela também. Roy me alertou que não seria fácil, mas qual seria a graça se eu não tivesse que lutar para conquistar ela? Eu decidi que eu não ia esconder minhas intenções com ela, eu sei que eu devia esperar e me acertar com o William antes de qualquer coisa, mas se tem uma coisa que eu aprendi com essa situação foi que o tempo não espera ninguém, ele passa correndo e quando você vê já perdeu sete anos da vida do seu filho. Então é isso, eu vou lutar pelo meu filho e vou lutar pela Felicity e vou esperar que no final eu não perca os dois.

É por isso que eu estou aqui na frente de uma Felicity completamente sem palavras, depois de esbarrar em mim no corredor entre os apartamentos do seu prédio. Eu estava conversando com o John e ele me disse que tinha um jantar em sua casa hoje, o que me fez lembrar que ele morava no mesmo prédio que ela. Imagine a minha surpresa quando eu perguntei se ele conhecia Felicity e sua resposta foi que o jantar seria para ela e Roy. Tudo estava se encaixando perfeitamente bem, e eu espero que continue assim.

— Oliver?!?!? O que você está fazendo aqui?

— Eu vim para jantar na casa do meu amigo John.

— John? Tipo John Diggle?

— Sim, ele é meu segurança e amigo também. Você conhece ele? - eu sei que ela conhece, esse foi o motivo que eu me convidei para o jantar e ameacei trocar de segurança caso ele contasse isso a ela.

— Ele é meu vizinho, onde eu também estou indo jantar. - ela me dá um olhar chocado — Quanta coincidência!!

— Nossos irmãos estudam juntos, sua melhor amiga é casada com meu melhor amigo, meu segurança é seu vizinho... você ainda insiste em chamar isso tudo de coincidência? Já disse que é o destino que nos quer juntos, baby. Estava escrito nas estrelas ou algo assim. - Prendo um fio de cabelo que estava solto em seu rosto atrás da sua orelha e dou uma piscada para ela.

— Oliver...

— Eu já sei, - digo, interrompendo e dizendo seu discurso que já sei de cor — eu sou seu chefe, tenho problemas com o William e você só quer amizade. Já entendi isso. Vamos entrar logo que o John deve estar esperando.

— Okay. - ela me dá um olhar confuso e lidera o caminho para a casa do John, eu me adianto em sua frente antes que ela possa colocar a mão na maçaneta para abrir, abrindo a porta e deixando Felicity entrar.

— Boa noite. - Felicity diz, entrando na casa. Fecho a porta e sigo atrás dela.

— Achei que você não vinha mais, sis. - Roy me nota atrás dela e me lança um olhar interrogativo. — Oliver? Não sabia que Felicity tinha te convidado...

— Na verdade foi o John que me convidou.

— Sim claro, eu que convidei ele. - John diz, sarcasticamente, recebendo um olhar meu de advertência.

— Onde está a Sara? A última vez que a vi ela ainda confundia meu nariz com uma bolinha de apertar. - Felicity dá uma risada com o meu comentário.

— Lyla está terminando de colocar a roupa nela. - John responde, sigo para o sofá e me sento ao lado dele. Felicity senta no outro sofá ao lado do seu irmão.

— Hey, Oliver. - Lyla diz entrando na sala — Não sabia que você estava vindo para jantar também.

— Foi um convite de última hora, né John? - levanto do sofá e dou um abraço nela, depois pego Sara em meus braços. — Ei, princesa, você cresceu muito desde a última vez que eu te vi. - digo baixinho para a menina em meu colo, enquanto volto a me sentar ao lado de seu pai.

O jantar foi tranquilo, Felicity quis saber como eu e John nos conhecíamos e eu contei que ele era meu segurança e grande amigo também. Roy quis saber dos tempos que ele foi para o exército e Lyla perguntou como ia a saúde da minha mãe. Felicity contou como ela conheceu a família Diggle e como eles foram importantes para ela se adaptar a vida em Star. Passar tempo com a Felicity e com meus amigos se tornou uma das coisas que mais me dava prazer, perdendo apenas para os momentos que eu passava com o William.

— E como vão as coisas com seu filho, Oliver? - Lyla perguntou.

— Estão melhores, eu realmente tenho esperanças de que em breve vou conseguir ter uma relação de pai e filho com ele.

— Ontem a gente almoçou na casa do Tommy... - John estremece a ouvir o nome dele fazendo Felicity dar uma gargalhada — O que? Ele nem é tão ruim assim!! -

— Você é boa demais para a humanidade, nem a Caitlin concordaria com você. - John brinca.

— Voltando ao assunto, ontem fomos almoçar na casa dele e o William me disse que até o pai dele conseguia jogar o jogo que eu levei. - Felicity diz, dando ênfase a palavra pai.

— Oliver, isso é maravilhoso. - Lyla diz, me dando um sorriso realmente contente.

— Ele até chorou. - Roy diz, fazendo John quase cuspir a agua que tinha acabado de colocar na boca.

— Roy, eu acho melhor você não brincar assim comigo, ou eu vou dizer pra Thea que eu não gosto de você. E ela leva muito em consideração a minha opinião. - ele faz um gesto com a mão fechando a boca. — Sabia que você era esperto. - dou um sorriso para ele.

— Eu só queria representar o Tommy nesse jantar. - ele diz, levantando os ombros.

Depois do jantar continuamos a conversar, até que Sara começou a ficar muito cansada e Lyla foi para o quarto fazer ela dormir. Roy tinha uns exercícios da faculdade para fazer também e eu notei que Felicity estava bastante cansada, então encarei isso como uma deixa para ir para casa. Eu já tinha dado um grande passo hoje entrando em mais um círculo de amigos dela. Quando eu cheguei ao meu carro, que estava estacionado na lateral do condomínio, peguei meu celular e vi que tinha uma chamada perdida da Thea, de duas horas atrás. Liguei o celular no autofalante do carro e liguei para ela, enquanto dirigia para casa.

— Oi, Ollie. - sua voz soava ansiosa.

— Ei, o que houve?

— Promete não brigar comigo?

— Eu não posso prometer isso, pelo jeito que sua voz está soando eu sinto que vou ficar aborrecido com algo que você andou aprontando... foi alguma coisa com o William? - pânico me invade com o pensamento que meu filho poderia estar de alguma forma machucado.

— Speedy, fala logo o que aconteceu.

— Mamãe me ligou e disse que queria conversar, eu disse que não podia ir porque estava com o William e então ela disse que queria conhecer ele. Ollie ela chorou quando abraçou ele, ela chorou e eu senti que foi real. Ela está tão arrependida pelo que fez, por favor dê uma chance a ela... - alivio percorre meu corpo assim que minha irmã termina de falar. Não sei se estou mais aliviado porque meu filho está bem ou se é porque minha mãe finalmente encontrou sentido. Ela finalmente vai aceitar o meu filho.

— Thea... como eu poderia ficar triste com isso? Quando ela estava internada isso era tudo o que eu conseguia pensar, que meu filho ia perder outra pessoa da sua família sem nem ter a chance de ter conhecido. - pego o retorno e dirijo para a casa da minha mãe — Eu vou estar ai em alguns minutos. - desligo a ligação e me concentro na direção. As coisas estavam finalmente seguindo o curso que deviriam desde o princípio. Estacionei meu carro na garagem da mansão e entrei na casa, ao chegar na sala vejo minha mãe sentada no sofá com vários álbuns de fotos espalhados na mesinha de centro, mostrando ao William.

— Esse aqui foi do Halloween, Oliver assistia todos os dias tartarugas ninjas, fez o Robert comprar quatro tartarugas e dizia que ia transforma-las em ninjas, ai ele achou uma máscara antiga de hóquei e se fantasiou da Casey Jones. Melhor do que a fantasia de tartaruga que ele queria que eu comprasse.

— Será que meu pai ainda gosta de tartarugas ninjas? - quando meu coração vai deixar de queimar ao ouvir ele me chamar assim?

— Você pode perguntar a ele depois querido. - minha mãe passa a mão pelo cabelo dele, assim como ela costumava fazer comigo.

— Essa aqui é a tia Speedy?

— Sim, ela estava assistindo bananas de pijamas na época. - William da um sorriso, e continua a ver as fotos que minha mãe vai mostrando a ele. Thea chega por trás de mim, me abraçando.

— Vou levar ele para dormir, assim você pode conversar com ela. - dou um beijo na sua testa e espero enquanto ela leva William para o quarto.

— Ei, mãe. - digo ao entrar em seu campo de visão e sentar a sua frente no sofá.

— Querido, desculpa por tudo. - ela diz e começa a chorar. Levanto do sofá e me sento ao lado dela segurando a sua mão.

— Eu só quero entender o porque você achou que seria melhor esconder meu filho de mim, me fazer perder sete anos da vida dele. - eu digo, deixando todo meu ressentimento transparecer na minha voz.

— Quando você era pequeno meu casamento com o seu pai estava muito desgastado, a gente brigava constantemente e ele vivia na QC. Eu estava desconfiando que ele me traia, até que um dia eu fui na empresa e encontrei ele no escritório com uma das estagiarias. Eu sai de lá furiosa e eu não sabia para onde estava indo até perceber que estava estacionada na garagem do Malcolm. Ele estava péssimo Oliver, sua esposa tinha acabado de morrer e ele tinha que criar o Tommy sozinho. Eu cheguei lá e ele já estava bêbado, então eu percebi porque eu estava lá, eu queria me vingar do seu pai e usei o Malcolm para isso. Ele nem percebeu que era eu quem estava falando com ele até que ele acordou no outro dia e me viu na cama ao seu lado. Depois disso seu pai ficou furioso comigo, ele sabia que o Malcolm não teria feito nada se ele estivesse em boas condições, então ele só me culpou pelas consequências que isso trouxe. Eu não queria que seu relacionamento com a Laurel fosse destruído também.

— Mas o que isso tem a ver com o William, mãe? Eu não entendo aonde você quer chegar.

— Eu via como a Laurel te amava, era a forma como eu amava o seu pai. Eu sabia que ela não ia aguentar a traição, o seu pai não aguentou e isso destruiu o nosso casamento. Ele descobriu que eu estava gravida e as coisas nunca mais foram as mesmas. - ela diz entre soluços.

— Mãe, o que você quer dizer com isso? - no fundo do meu coração eu sei a resposta, mas eu tenho medo das palavras que vai sair de sua boca.

— Ele me perdooou da traição e eu o perdoei tambem, as coisas estavam indo bem até que eu descobri que estava gravida. Todas as vezes que a gente brigava ele usava isso para me atacar, essa ferida nunca cicatrizou no coração dele. Eu só queria proteger a Laurel disso, de ter que passar o resto da vida dela olhando para a prova da sua traição, igual o seu pai passou.

— Você ta querendo dizer que a... - deixo minhas palavras morrerem não querendo aceitar aquilo que ela acabou de dizer.

— Sim, Oliver. A Thea não é filha do Robert, ela é filha do Malcolm Merlyn. - ouço um barulho de vidro quebrando e vejo a Thea atrás de nós, em pé na porta da cozinha, olhando completamente chocada para minha mãe. — Thea, querida, deixa eu te explicar. - o desespero na voz da minha mãe era palpavel.
— Eu não consigo... eu não posso lidar com isso agora... - lagrimas estão escorrendo pelo rosto dela — Oliver, o Will está dormindo la em cima, falo com você mais tarde. - ela termina de falar, pega sua bolsa e sai apressadamente pela sala sem me dar tempo de ir atrás dela. Eu estava sendo otimista demais achando que tudo ia dar certo agora, meu caminho com William e Felicity estava dando certo, mas minha irmãzinha acabou de ter ser coração partido... ia demorar um pouco até que as coisas voltassem ao normal novamente.


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