Dive escrita por Lia


Capítulo 6
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, queria agradecer a todos os comentários nos últimos capítulos, eu li cada um deles e peço desculpas caso tenha esquecido de responder algum. Espero que gostem do capitulo.



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Esse almoço está gerando uma mistura de sentimentos dentro de mim, estou nervosa para conhecer a irmã de Oliver, ansiosa para ver o William, feliz por poder passar um tempo com a minha melhor amiga e com medo de começar a criar sentimentos errados pelo meu chefe. Entrar assim de cabeça na vida dele e vê-lo interagindo com seus amigos e família pode criar em mim sentimentos que eu não posso me dar ao luxo de ter. Eu não o vejo desde aquele dia na empresa onde eu disse que iria ajuda-lo com o seu filho. Com toda a confusão envolvendo a doença da sua mãe, o nosso contato foi reduzido a algumas mensagens por dia. Eu posso ter ficado meio que obcecada com essas mensagens, verificando o celular a todo instante e sentindo que meu dia só tinha começado realmente depois de conversar com ele.
Eu tenho usado meu irmão como distração para parar de pensar em Oliver. Roy começou a alguns dias seu curso na universidade de Star e eu não poderia estar mais orgulhosa. Ele me contou com entusiasmo sobre todos os seus professores, sobre as matérias que ele mais gostava, sobre os amigos que ele fez e sobre a monitora dos calouros que tinha o cabelo nos ombros e, nas palavras de Roy, hipnotizantes olhos verdes. Eu poderia apostar minha coleção de jogos que meu irmão tinha uma quedinha por ela. Mamãe nos ligava todos os dias e eu sentia que ela estava sofrendo longe de seus dois filhos, a única família que ainda lhe restava. Assim que Roy conseguir esse estágio que o Oliver prometeu na QC eu vou convida-la para morar conosco em Star. Fiquei tão absorta em meus pensamentos que nem percebi que estávamos chegando até que o taxi parou na entrada da casa. Paguei o taxi e sai do carro junto com meu irmão.
— Ual!! - exclamou Roy — Acho que eu deveria mudar meu curso para medicina se o salário pode me proporcionar uma casa assim. - ele tem um olhar admirado passando por toda a fachada da bela casa de dois andares e jardim colorido.
— Vamos entrar, tem mais coisa lá dentro que você pode ficar admirando baby boy. - passo a mão na sua cabeça bagunçando seu penteado.
Caitlin e Tommy nos recepcionam na porta dizendo que Oliver ainda não tinha chegado. Vou para a cozinha ajudar Caitlin terminar de preparar o almoço, e por ajudar eu quero dizer ficar ao seu lado dando apoio motivacional, porque se tem uma formula que causa explosões é Felicity Smoak mais cozinha. Eu conto para ela sobre minhas conversas com Oliver, esquecendo propositalmente de mencionar os meus sentimentos envolvidos com isso. Tommy e Roy estavam na sala assistindo a um jogo de futebol, então quando a campainha tocou eu me ofereci para atender já que Caitlin estava mexendo o molho da carne na panela. Meu coração começou a bater aceleradamente quando eu abri a porta e vi Oliver em toda sua plenitude e beleza esmagadora.
— Você trouxe meu jogo? - William é o primeiro a falar, tirando risadas de todo mundo pela sua pergunta. Ele estava claramente ansioso para jogar.
— Claro, mas eu esqueci onde eu guardei ele... - me ajoelho em sua frente acrescentando baixinho — a minha memória está mais fraca que um computador velho, eu preciso de um abraço para me ajudar a lembrar. - ele prontamente me da um abraço e eu olho para cima notando um Oliver e uma Thea olhando a cena admirados.
— Você já lembrou? - ele pergunta com certa urgência.
— Claro, eu deixei dentro da minha bolsa. Obrigada pela ajuda, William. - fico em pé novamente e passo a mão pelo seus cabelos castanhos. Começamos a caminhar para a sala quando Oliver me apresenta sua irmã.
— Felicity, essa é minha irmã Th...
— Thea?! - diz meu irmão Roy, olhando para ela com um olhar surpreso.
— Roy? Ei, o que você ta fazendo aqui? - ela diz, enquanto caminha para meu irmão e lhe dá um abraço. Eu e Oliver trocamos um olhar curioso observando a cena.
— Eu poderia te perguntar a mesma coisa. - Roy pergunta recebendo um sorriso timido de Thea.
— Ele é meu irmão.
— Ela é minha irmã.
Eu e Oliver dizemos ao mesmo tempo.
— Papai Ollie, acho que tem alguém de olho na sua irmã. - diz Tommy sussurrando não tão baixo assim, de modo que todo mundo ouviu, deixando meu irmão com o rosto corado.
— Cala boca Tommy. - Thea intervém.
— Eu tenho a impressão que a minha vida é um disco arranhado onde as pessoas vivem repetindo essa frase para mim.
— É porque você não consegue manter sua língua na boca querido. - Caitlin diz, abraçando Tommy. Sinto alguém cutucar meu braço, olho para o lado e vejo que é William.
— O jogo...
— Ah claro!! William, esse é meu irmão Roy. - digo apontando para Roy – Ele adora esse jogo que eu trouxe, não é baby boy?
— Felicity, pare de me chamar assim.
— Por que? - pergunta Thea - É bonitinho.
— Eu gostei da sua irmã, Oliver. - digo, dando um sorriso cumplice para Thea. Vou até a minha bolsa e pego o jogo para William, ele vai para a sala e começa a ligar seu vídeo game na televisão.
— A carne está terminando de assar, vamos sentar lá na cozinha enquanto isso. - diz Caitlin, andando em direção a cozinha.
— Então, - eu digo, me sentando a mesa — vocês não contaram da onde se conhecem. - olho entre Roy e Thea.
— Eu sou a monitora dele.
— Ahhhhhh. - Roy me dá um olhar ameaçador, ele quer que eu fique de boca fechada sobre as coisas que ele me disse. Ok irmãozinho, posso entender porque você tem uma queda por ela agora.
— A comida já está pronta. - Caitlin fala, após tirar a carne do forno trazendo para a mesa.
— William, vem comer. Depois do almoço a Felicity vai jogar com você. - Oliver dá uma piscada na minha direção e eu retribuo com um sorriso tímido.


O almoço foi muito divertido, cheio de brincadeiras e implicâncias da parte do Tommy. Thea falou um pouco sobre seu trabalho como monitora dos calouros, Caitlin contou uma história engraçada sobre um dos seus pacientes e eu contei sobre estar pensando em chamar minha mãe para morar comigo e com o Roy. Eu poderia me imaginar tendo vários momentos como esse, com pessoas que eu gosto. O problema é que eu não podia me apegar, isso era uma fantasia. Eu sempre seria amiga da Caitlin, mas eu não poderia deixar meu relacionamento com Oliver durar mais que o necessário para o ajudar com o William, eu sei que vou acabar me magoando se eu me deixar levar por essas emoções. Eu preciso lidar com a logica, preciso usar minha mente e não meu coração nesse momento. O problema era que quando Oliver me olhava todo meu esforço era reduzido a nada, minha mente virava mingau e eu deixava aquela magica existente nos olhos dele me enfeitiçar. Depois que o almoço terminou eu passei horas jogando com William, até Oliver, Thea e Roy se aventuraram jogando algumas partidas. Em um certo momento Oliver e Roy foram para a bancada da cozinha que dava visão para a sala. Eu tinha ido ao banheiro e quando voltei eles estavam sentados conversando e eu parei parra observa-los sem que me notassem.
— Eu conheço esse jeito que você está olhando para minha irmã Roy.
— Claro que conhece. - Roy da uma risada. — É o mesmo jeito que você olha para a minha.
— Touché. - Oliver diz com uma risada.
— Ela é uma boa menina, sabe? Ela tem me ajudado muito com William, e toda essa situação da doença da minha mãe vem sugando ela. Ela precisa viver mais como as garotas da idade dela, deixar de ser tão responsável. Eu gosto de você Roy, então se você tentar algo com a minha irmã eu não me oporia, desde que você não a machuque. - Meu coração se sente cheio ao ouvir Oliver falar isso. Não só pelo seu afeto pelo meu irmão, mas também pela forma que ele cuida de Thea, ele quer o melhor para ela assim como eu quero para o Roy.
— Eu digo o mesmo para você. Mas pode ser difícil você conseguir algo com Felicity, ela tem problemas em se abrir com as pessoas, em confiar nelas... grande parte disso foi causado pela separação dos meus pais. Mas se você precisar da minha ajuda... eu acho que você pode fazer minha irmã feliz, e eu só quero o melhor para ela. - eles trocam um sorriso e voltam a observar William e Thea jogando na sala, onde Tommy e Caitlin estão aconchegados no sofá conversando. Espero mais alguns minutos para poder sair do lugar onde eu observava a conversa deles, assim não perceberiam que eu escutei toda a conversa.
— Está gostando do jogo? - pergunto me sentando ao lado de William no sofá, que está concentrado em uma fase muito difícil.
— Sim, é muito legal. Até meu pai consegue passar as fases. - ouço o suspiro surpreso que só pode ter saído de Oliver e a sala toda fica em silencio. Olho para trás e vejo em seus olhos toda a emoção de ser ouvido chamado de pai, mesmo que indiretamente, pela primeira vez. William fica alheio a toda a atenção que está recebendo e continua jogando e conversando comigo. — A gente jogou ontem e ele perdia todas as fases. - sinto meus olhos queimando, olho para Thea que está do outro lado e seus olhos estão marejados.
— Seu pai deve ser bem legal então. O meu pai nunca jogou vídeo game comigo.
— É, ele é legal. - olho novamente para Oliver que está com um brilho novo em seus olhos, ele diz um silencioso obrigada para mim e eu dou uma piscada para ele em compreensão.
— Você pode ficar com esse jogo, é um presente. - olho para meu relógio e depois para Roy. — Bom, está na minha hora de ir. Combinei de ficar de babá, hoje é aniversário de casamento dos meus vizinhos e eles vão sair para jantar, se eu não for agora vou me atrasar. - Com isso me despeço de todo mundo enquanto esperamos o taxi chegar. Foi só o tempo de chegar em casa e trocar de roupa para Diggle e Lyla baterem na porta.


— Hey, vocês. - digo envolvendo os dois em um abraço — Feliz aniversário!
— Obrigada, Felicity. Tem certeza que não será muito incomodo ficar com a Sara hoje? - pergunta Lyla.
— Claro que não, vocês sabem que eu adoro essa menina. - pego Sara dos braços de Diggle — Além disso vocês fizeram muito por mim quando me mudei para Star, isso é como eu posso retribuir a vocês.
— Você sabe que não precisa retribuir nada, menina. - Diggle diz, me dando um olhar carinhoso. Eu amo a família Diggle, eles são como minha família também. Antes de Roy vim morar comigo eu era completamente sozinha, até o dia em que fiz amizade com eles. Diggle é segurança particular e Lyla trabalha como detetive na delegacia local. Os dois vieram do exército e se casaram lá, mas chegou um ponto onde eles decidiram formar uma família, assim pediram dispensa e encontraram um novo emprego que atendesse seus planos de forma uma família.
— Sim, eu sei. Agora saiam logo daqui antes que vocês percam a reserva do restaurante e me liguem implorando para hackear o sistema e coloca-los na lista novamente.
— Estamos indo, - diz Lyla com um sorriso em seus lábios — mas amanhã você é nossa convidada para o jantar, você e o Roy. - ela termina de falar enquanto se distancia pelo corredor. Fecho a porta de casa e sento no sofá com a Sara.
O resto da noite foi tranquila, pensei muito sobre tudo que aconteceu hoje, sobre a conversa do Oliver com meu irmão principalmente. Ficou claro que ele tem interesse em mim, mas certamente não é do tipo que eu tenho. Eu tive poucos namorados e nunca fui uma mulher de sair com vários caras, Oliver é claramente uma pessoa sexual. Ele não poderia ter um relacionamento serio comigo nem se quisesse, ele precisa se concentrar em seu filho agora. E eu preciso da minha carreira também, eu gosto do TI, mas quero ter minha própria empresa algum dia, quero crescer profissionalmente sem as pessoas duvidando da minha capacidade porque tive um relacionamento com o meu chefe.
A segunda feira passou voando, passei o dia resolvendo um problema com o site da empresa e mal tive tempo para pensar em Oliver. Cheguei em casa exausta, tomei um banho e deitei na cama de pijama e toalha na cabeça. Eu estava quase pegando no sono quando Roy bateu na porta e abriu logo em seguida.
— Você não vai se arrumar para o jantar? - levanto a cabeça do travesseiro com os olhos arregalados.
— Merda, esqueci do jantar. - Roy ri da minha cara.
— Anda logo, sis. Vou te esperar lá, Diggle vai me contar umas histórias de quando ele servia ao exército.
Roy sai do quarto e eu reúno forças para levantar e secar meus cabelos. Coloco um vestido simples florido e uma sapatilha. Seria só um jantar entre amigos, não precisava de uma roupa elegante ou maquiagem. Por força do habito verifico meu celular e vejo que Oliver não mandou nenhuma mensagem, tento não ficar decepcionada por não ter falado com ele hoje, mas falho terrivelmente. Fecho a porta de casa e quando eu viro para ir à casa da família Diggle esbarro em alguém. Braços firmes me seguram e eu olho para cima ficando surpresa ao descobrir quem foi a parede de músculos firmes que eu esbarrei.
— Oliver?!?!? O que você está fazendo aqui?
— Eu vim para jantar na casa do meu amigo John.
— John? Tipo John Diggle?
— Sim, ele é meu segurança e amigo também. Você conhece ele?
— Ele é meu vizinho, onde eu também estou indo jantar. - dou um olhar chocado a Oliver — Quanta coincidência!!
— Nossos irmãos estudam juntos, sua melhor amiga é casada com meu melhor amigo, meu segurança é seu vizinho... você ainda insiste em chamar isso tudo de coincidência? Já disse que é o destino que nos quer juntos, baby. Estava escrito nas estrelas ou algo assim. - Oliver prende um fio solto do meu cabelo atrás da minha orelha e pisca para mim. Eu não sei se é destino ou não, mas está ficando cada vez mais difícil resistir ao charme desse homem.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de me contar nos comentários o que estão achando da história, é muito importante pra mim. Até semana que vem, beijooooos xo



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