Dive escrita por Lia


Capítulo 3
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, quero agradecer todo o apoio de vocês nos comentários. Eu gosto de saber o que vocês estão achando da história, isso me motiva a continuar escrevendo.
Eu postei uma oneshot essa semana, então, se você ainda não leu, vou deixar o link aqui em baixo.
https://fanfiction.com.br/historia/740622/The_Power_of_Love/
Sem mais delongas, aproveitem o capitulo e não deixem de falar o que acharam nos comentários. Beijooos xo



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CAPITULO 2

Ontem foi um dia interessante e surpreendentemente bom. Claro teve a parte onde eu quase tive um ataque cardíaco antes dos 30 anos, quando o William sumiu dentro da empresa, porem conhecer a loirinha do setor de TI foi uma surpresa realmente agradável. Ela não é nada como as mulheres que eu conheci durante toda minha vida, isso foi o que me fez recorrer aos meus velhos hábitos de misturar mulheres e trabalho. Desde que eu assumi a presidência da Queen Consolidated eu me empenhei em ser a pessoa mais ética possível, não queria arruinar tudo que meu pai construiu por não conseguir manter meu pau dentro das calças. Só que a Felicity mexeu com minha cabeça, aqueles lábios carnudos e chamativos, aquela inocência que ela aparenta, mas ao olhar nos seus olhos encontra as chamas de algo mais, e aquela paz que ela me transmitiu durante os poucos minutos que conversamos... porém ver ela interagindo com o William mexeu com o meu coração. Ver meu filho feliz depois de semanas, falando mais que um par de frases por dia, interagindo com alguém, fez coisas no meu coração que eu não consigo explicar. Eu senti ciúmes também, ciúmes porque ele não conversava assim comigo, ele não se abria para mim, ele construiu muros em volta do seu coração e quando se tratava de mim ele era impenetrável. Eu nunca fui um homem de ter sonhos, se eu queria uma coisa eu logo conseguia ela, mas com William eu tinha um sonho, eu tinha um objetivo de vida e eu vou alcançar ele, eu vou romper as barreiras que meu filho construiu e eu vou receber o seu amor tanto quanto vou dar todo o amor que eu estou guardando no meu peito para ele.


Hoje não vai ser um dia muito diferente de ontem, tirei folga pela tarde para poder buscar o William na escola e ir almoçar com meus amigos, assim como ontem, hoje será um dia de grandes emoções. Minha mãe se recusou a conhecer meu filho, dizendo que não ia aceitar um bastardo como neto, mas meus amigos ficaram tão animados quanto a Thea com a notícia que tenho um herdeiro. Sara, Nyssa e Caitlin estão eufóricas em ter um "sobrinho" e Tommy não perde a oportunidade de me chamar de velho ou de papai Ollie, eu devia ser premiado por ter aturado as gracinhas dele por todos esses anos. Thea também vai estar presente no almoço, assim como meu motorista, segurança e, como eu gosto de pensar, amigo John Diggle. Eu estava tão perdido em pensamentos que nem percebi que tínhamos chegado a escola do William.


— Senhor Queen, chegamos. - Diggle disse, me olhando pelo retrovisor. Dou um rápido aceno de cabeça para ele e, me livrando dos meus pensamentos, saio do carro e vou em direção a entrada da escola buscar meu filho.


Engraçado como em menos de um mês eu já conseguia reconhecer o Will em meio a uma multidão de crianças, ele é inconfundível pra mim, é uma cópia mais jovem do que eu encontro todos os dias ao olhar para o espelho. Para minha tristeza encontro o menino sentado sozinho, brincando com seu celular, enquanto as outras crianças interagem umas com as outras. Me sinto tão frustado como pai, eu não consigo fazer ele se abrir comigo e com ninguém, a única pessoa que ele deu um mínimo de abertura foi a loira do TI. Felicity... minha mente viciada já deu um jeito de voltar os pensamentos para ela. Em meio a minha pequena divagação nem noto que o menino me viu e esta ao meu lado.


— Ei buddy, como foi sua aula? - pergunto, passando o braço ao redor dos seus ombros e o levando em direção ao carro, onde John nos espera.
— Legal.
— Sei que faz pouco tempo que você está na escola, mas... você já fez amizade com alguém? - ele faz um aceno negativo com a cabeça.
—Isso é só questão de tempo, quando você menos perceber já vai estar cheio de amigos aqui. Ah se quiser pode convidar alguém pra ir lá para casa brincar depois da aula, eu não me importo, - ele balança a cabeça positivamente — eu só quero que você seja feliz. - falo essa última parte quase em um sussurro cheio de frustração com toda essa situação. Abro a porta do carro e ele entra primeiro que eu, ao entrar no carro dirijo minha atenção ao meu motorista. — John, nos leve até a casa do Tommy, você também fica pra almoçar, certo?
— Acho que não senhor Queen, não quero me intrometer em sua reunião familiar.
— Já disse para você parar com essas formalidades, quase dois anos que trabalha comigo e eu sempre te disse para me chamar de Oliver. Além disso eu te considero um amigo, eu não tenho muitos amigos de verdade e pra mim é importante ter você nesse momento. - se fosse a algum tempo atrás eu teria vergonha de admitir isso, mas depois de perder 7 anos da vida do meu filho aprendi que o tempo é precioso e eu não quero perder nada por conta de orgulho. Sei que ele trabalha pra mim e isso é antiético, mas John é meu amigo e eu quero ele participando desse momento comigo.— Então, repetindo a pergunta... você vai almoçar com a gente, certo?
— Certo sen... digo... Oliver.
— Bom. - dou um pequeno sorriso pra ele pelo retrovisor do carro.


O resto da curta viagem até a casa do Tommy é tranquila, apesar das minhas falhas tentativas de falar com William. Ao contrário dos meus outros amigos que vamos encontrar no almoço, eu nem sempre conheci a Caitlin, e é uma história engraçada porque quando nos conhecemos ela era noiva do meu primo Ronnie. Ele é filho da irmã da minha mãe e quando criança nós sempre passávamos os verões na casa de praia dos nossos avos, mas depois nos distanciamos um pouco. Até que meu pai faleceu e ele e sua noiva vieram para prestar condolências. Tommy, assim como eu, não valia nada na época e logo que viu Caitlin se encantou pela beleza dela, então eles começaram a conversar e ele ficou ainda mais encantado em descobrir que ela também era pediatra, assim como ele. Ronnie estava terminando seu mestrado em direito e mal tinha tempo pra ela, deixando espaço aberto no seu coração pra Tommy entrar. Conclusão, Caitlin terminou o noivado um mês depois, como ela não tinha família próxima e nem muitos amigos, não foi difícil pra ela tomar a decisão de se mudar para Star. Demorou mais quatro meses pra realmente rolar algo entre eles, e se tratando do Tommy isso era algo a se admirar, mas ,pra ir contra todos que diziam que o ele nunca ia ser de uma mulher só, ele e Caitlin já estão juntos a anos e não poderiam estar mais felizes. Já eu e o Ronnie diminuímos ainda mais nosso contato, ele nunca vinha me visitar e só trocávamos algumas ligações no ano.


— Chegamos, campeão. - digo cutucando William com meu ombro. Pra mostrar que me ouviu ele desliga seu joguinho e guarda o celular no bolso. Dou um suspiro frustrado com sua falta de interesse e abro a porta do carro dando de cara com Tommy .
— PAPAI OLIVER!!! - diz ele me abraçando. — Eu estava certo, você ta realmente velho, já to até notando uns cabelo brancos na sua cabeça, - ele se afasta e olha dentro do carro — então esse é meu sobrinho? - ele fala olhando pra William, que o esta encarando de volta com um olhar assustado.
— Você está assustando a criança Tommy, como em nome de Deus você se tornou pediatra desse jeito?
— Vem cá garoto, sai desse carro e vem dar um abraço no tio Tommy. - diz ele ignorando totalmente meu comentário anterior.
— Querido você esta assustando ele. - Caitlin aparece atrás da gente, graças a Deus ela é um equilíbrio perfeito com a personalidade irritante do Tommy. — Oi Oliver, – diz ela me dando um abraço e sussurrando no meu ouvido — as coisas estão do mesmo jeito ainda? - aceno com a cabeça concordando e ela me da um sorriso triste. John sai do carro e William segue seu movimento, saindo do carro também.
— William, esse são meus amigos, Tommy e Caitlin, eles são casados e é na casa deles que vamos almoçar hoje.
— Olá querido, eu estava muito ansiosa pra conhecer você. - Caitlin fala, dando um sorriso carinhoso pra ele.
— Ainda estou esperando meu abraço garoto, já to vendo que você é igual seu pai e foge de demonstração públicas de afeto. - Tommy diz puxando meu filho para um abraço.
— John, se eu matar alguém você da um jeito de esconder o corpo e se livrar das provas? - digo pro meu segurança, que já serviu o exército por anos antes de se aposentar e entrar pra carreira de segurança privada.
— Se esse alguém for um homem adulto com a inconveniência de uma criança eu posso dar um jeito, senhor Queen. - ele me da um sorriso cúmplice.
— Vocês nem entraram em casa e já começaram a brigar? - sigo o som da voz e encontro Sara e Nyssa entrando na garagem da casa.
— Sara, você sabe que Tommy e Oliver sem brigar não são eles mesmo né. - Caitlin fala pra minha amiga.
— O que me impressionou dessa vez foi até o Diggle se metendo no meio, dessa vez você foi longe Thomas.
— Cala boca Nyssa. - Tommy diz, fingindo irritação na voz.
— William, essas são minhas outras amigas, Sara e Nyssa. Elas são namoradas.
— Vocês são igual a Batwoman? - William fala direcionando sua atenção ao casal.
— Batwoman? Como assim? - Sara pergunta, confusa com a comparação que ele fez.
— Ela era do exército e saiu porque disse que gostava de mulher, ai o batman chamou ela pra trabalhar com ele.
— Sendo assim, nós somos igual a Batwoman, tirando a parte do exército é claro. - diz Nyssa bagunçando o cabelo do William.
— A tia Speedy vai vim também? - William me pergunta, trazendo um calor estranho ao meu peito.
— Ela já deve ta vindo da faculdade buddy, ela disse que esta com saudades de você. - ele me da um meio sorriso e eu noto que todos estão prestando atenção na nossa conversa.
— Vamos entrar para almoçar então? Eu to com fome, e esse corpinho lindo aqui precisa de comida pra ficar em pé.
— Cala boca, Tommy. - todos dizem em uníssono, causando um pequeno sorriso no William. Ainda tinha uma esperança pra nossa relação.

O resto do almoço foi do mesmo jeito, cheio de implicâncias vindas de toda a parte. Pelo menos Wiliam deu alguns sorrisos e trocou umas frases com meus amigos. Isso era um grande avanço. Porem eu notei que a falta de interesse dele era só comigo, ele nem citou o fato que o herói preferido dele tambem se chamava Oliver, eu descobri sozinho quando pesquisei umas coisas pra conseguir ter assuntos para conversar com ele. Já era 15h e eu tinha que ir pra QC pra me encontrar com a Felicity, depois de hoje eu precisava de uma distração do meus problemas com o William. Eu sei que esse não é o melhor momento pra começar algo com ela, mas existe uma força entre nós e eu eu não consigo resistir a isso. Fora que ela foi a pessoa que conseguiu extrair mais coisas do William, nutro essa esperança esmagadora de que ela possa me ajudar a me aproximar do meu filho. Thea foi com o William para casa e eu segui com John para a empresa. Chegando no estacionamento eu fui direto para o elevador deixando um Diggle muito confuso ainda dentro do carro. Eu estava nervoso ao extremo quando apertei o botão do andar do setor de TI e isso foi estranho porque eu não lembro de alguma vez ter ficado nervoso por um encontro com uma mulher. Alguns andares antes de chegar ao meu destino sou surpreendido pela entrada do Adrian.


— Queen.
— Chase. - nossos cumprimentos sempre são assim, pelo menos desde que eu roubei a Laurel dele. Ele olhou para o painel e apertou o botão do andar onde ele trabalhava e deu um pequeno sorriso ao perceber pra qual andar eu ia.
— Fiquei sabendo que seu filho foi parar no setor de TI ontem. - o elevador para chegando ao andar onde eu vou descer — me falaram também que a loirinha que ele estava tem um corpo sensacional, não me surpreende você esta indo pra lá agora.
— Não estou com saco para as suas gracinhas hoje, Chase. - digo ao sair do elevador e escutando sua risada sarcástica no fundo.


Sigo direto pra sala da Felicity, um lugar que eu não tinha posto os pés até ontem, mas já sabia o caminho como se fosse a minha própria sala. Paro na porta e fico olhando pra ela, concentrada em algo que estava fazendo em seu computador. Hoje ela estava de cabelos soltos, batendo abaixo dos ombros, um vestido azul e um batom rosa naqueles lábios que sempre me tiram o folego, pra ajudar ainda mais na minha fixação por eles, ela estava mordendo uma caneta vermelha. fiquei parado ali por uns minutos só observando, até que ela virou a cadeira pra pegar algo do outro lado da mesa e me viu.


— Ai que susto Oliver!! Se eu tivesse morrido você teria que pagar indenização, por acidente de trabalho, a minha família. -ela diz colocando a mão no peito e solta um longo suspiro pra mostrar o quanto ela se assustou.
— Vim te buscar para o nosso café. -digo, ainda em pé na porta da sua sala.
— O café ao qual você não me deu tempo para recusar?
— Esse mesmo.
— Então eu vou ter que recusar ele agora.
— Não, nada disso, eu preciso te agradecer pelo que você fez por mim ontem.
— Oliver, você é meu chefe e está claro que você se encontra em uma situação difícil com seu filho. Eu não posso me envolver em uma situação assim agora. - saio do lugar onde eu estava na porta e me sento na cadeira em frente a ela.
— Felicity, eu nem sabia que tinha um filho até algumas semanas atrás. A mãe dele faleceu e o advogado dela me ligou avisando que tinha algo pra me dar, era uma carta que ela contava sobre o William e passava a guarda dele para mim. Como você viu ontem, ele mal conversa comigo, mas falou com você durante um bom tempo e foi o máximo que eu vi ele se abrindo durante todo o tempo que ele vive comigo. Eu sei que não é um bom momento pra me envolver com alguém, sei que nossas posições nessa empresa dificultam as coisas, mas eu só estou te pedindo um café, como um amigo que precisa desesperadamente de ajuda pra lidar com o filho que acabou de descobrir.
— Oliver...
— Fe-li-ci-ty. Por favor... pelo William...
— Eu não posso, meu irmão chega de Vegas hoje e eu tenho que ir buscar ele no aeroporto. Ele vai morar comigo agora, não tenho tempo pra isso agora. - dou um suspiro frustrado e faço o melhor olhar de cachorrinho que consigo, nenhuma mulher recusou sair comigo em toda minha vida, isso estava ferindo o meu ego. — Oliver eu tenho um irmão, esse olhar não vai me fazer mudar de ideia. - ela diz com um sorriso.
— Você não pode me culpar por tentar.
— Não, não posso. - ficamos apenas nos olhando por uns instantes até que uma ideia surge na minha mente.
— E se eu for com você buscar o seu irmão no aeroporto e depois, os três juntos, vamos tomar com café?
— Você não vai desistir né?
— Negativo. - digo, meneando a cabeça.
— Ok, mas só dessa vez. Não posso mesmo me envolver nisso agora, preciso focar no meu trabalho, eu realmente preciso.
— Vou liberar meu motorista e te esperar no estacionamento. Não demora. - digo levantando da mesa e saindo da sala, ignorando totalmente o que ela falou. Não será só dessa vez... sinto que será apena a primeira de muitas vezes em que vamos sair juntos.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Como vocês acham que será o encontro entre Felicity, Oliver e Roy? Semana que vem vocês saberão haha até a proxima xo



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