Dive escrita por Lia


Capítulo 2
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS PLEEEEASE

Bom pessoal, eu resolvi dividir a história em partes porque eu pretendo colocar algumas passagens de tempo e dessa forma ficará mais fácil de vocês entenderem. Mas fiquem tranquilos que não será passagem do tempo com eles separados ou algo do tipo, é só uma forma de mudar o foco da história sem precisar de fic de continuação.
Queria agradecer todos os comentários, tentei responder a todos e se algum ficou sem responder me perdoem. Se quiserem conversar comigo é só me procurar no twitter @bitchwithwif1.
Dedico esse capitulo pras minhas meninas do esquadrão seta que estão sempre me incentivando e pro meu amor, Jardy.
Sem mais delongas, aproveitem o capitulo e até as notas finais.



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Eu não acredito que acabei de balbuciar na frente do meu chefe. Oliver Queen. Um dos homens mais maravilhosos que já vi na vida!! Isso quer dizer muito pra alguém que cresceu em Vegas, aquele lugar só tem deuses se tratando de beleza. E mesmo assim Oliver conseguiu tirar meu folego. Oliver, Felicity? Ele é seu chefe por favor, é Senhor Queen.

— Pode me chamar de Oliver, senhor Queen soa formal demais pra mim.- ele diz depois de dar uma risadinha.

— Não acredito que falei isso em voz alta. Meu cérebro não tem filtro algum, qualquer dia desses eu vou acabar sendo presa por causa das coisas que eu falo.

— Você sempre pode usar seu charme para se livrar das algemas. Duvido que algum policial teria coragem de te prender depois conversar com você.

— Na verdade, isso não funcionou da última vez.

— Você já foi presa? – Ele me dirige um olhar chocado e eu me arrependo de ter falado isso.

Aonde eu estava com a cabeça pra contar ao meu chefe que eu já fui presa? Essa é um dos grandes arrependimentos da minha vida. No meu último período no MIT eu participava de uma comunidade de hacktivistas, meu nome de usuário era ghost fox goddess, e nosso mais novo projeto era um sistema que detectava desvio de dinheiro em órgãos públicos. Acabou que um dos membros do grupo esqueceu de esconder o endereço de IP e a polícia rastreou o local onde nossa sede ficava. E adivinhem quem era a única pessoa no local quando a polícia invadiu? Isso mesmo, euzinha Smoak. Passei a noite encarcerada, até mamãe conseguir um advogado e me tirar de lá. Minha carreira de hacktivista acabou na hora.

— Felicity, o jogo terminou de baixar. – sou grata a interrupção do William assim não preciso responder a pergunta do Oliver. Estava tão entretida com ele que até me esqueci da presença do menino. Ele parece ser uma criança muito doce, mas tem um olhar triste, um olhar que eu conheço bem. Antes do meu irmão Roy completar cinco anos nosso pai nos abandonou pra ir morar com outra mulher e nunca mais nos procurou. Esse olhar triste com um toque de perda foi o que eu tive que enfrentar toda vez que olhava para o meu irmãozinho. Fico pensando o que o William deve ter perdido pra ter esse olha em seu rostinho angelical.

— Jogo? – pergunta Oliver confuso.

— Ah sim, o jogo. Eu e esse rapazinho aqui estávamos conversando e eu descobri que ele nunca jogou Super Mario World acredita? Isso é quase um crime contra a comunidade geek, precisava consertar isso, então baixei um emulador com o jogo nesse tablet pra ele jogar. Acredito que não tenha problemas ele usar o tablete da empresa uma vez que você é o dono. – dou uma leve piscada na direção dele quando termino de falar.

— Eu já joguei algumas vezes quando eu era mais jovem, confesso que quando criança eu era mais ligado a esportes do que jogos e HQs, mas eu posso te ensinar a jogar buddy, eu lembro uma coisa ou outra ainda. – Oliver fala agachado em frente a cadeira onde William está sentado.

— Não precisa Oliver, a Felicity pode me ensinar – ele vira para me encarar — não é Felicity?

Noto a decepção nos olhos do Oliver, queria saber qual é a relação entre eles e porque a preferência dele em jogar comigo o magoa tanto. Mas já me meti demais na vida do meu chefe hoje, então vou guardar essas indagações para mim.

— Okay, mas ... – Oliver é interrompido pelo som de chamada do seu celular. — Alô... sim, já achei ele... não, já devo estar subindo... diga ao Chase para continuar conduzindo a reunião até eu chegar... ok, tchau.

— Parece que você tem que subir, se quiser pode deixar seu... pode deixar o William aqui. Ele não vai me atrapalhar em nada e eu posso ensinar ele como se joga, talvez a gente até chegue na fase onde o Yoshi fica azul e ganha asas.

— Você tem certeza? Sei que você trabalha para mim, mas tenho certeza que não tem uma clausula no seu contrato dizendo que você tem que cuidar do filho do seu chefe.

— Não será incomodo nenhum Senhor Queen.

— Oliver. Por favor me chame de Oliver, Felicity. – ele pronuncia meu nome pausadamente e eu me perco observando sua boca formar as palavras e o som melodioso que sai delas, por uns segundos eu esqueço quem ele é e desejo saber o sabor que aqueles lábios tem, se são tão macios como aparenta ser, se quando seus lábios tocarem os meus meu mundo virará de cabeça pra baixo como eu estou imaginando agora. — ... então ele sumiu e minha secretária veio me avisar. Nunca fiquei tão desesperado assim na minha vida.

Coro ao perceber que parei de prestar atenção ao que Oliver estava falando pra divagar sobre a boca dele. Sou um caso perdido mesmo.

— Pode deixar que vou ficar de olho nesse pequeno aqui. Vou garantir que ele não se meta em problemas. – digo bagunçando os cabelos castanhos da criança que está em minha sala.

— Muito obrigada Felicity, não sei nem como agradecer. Geralmente ele fica com minha irmã ou na escola enquanto eu estou na empresa, mas hoje minhas duas opções estavam indisponíveis e eu tive que trazer ele pra cá. – Oliver pega um bloquinho e uma caneta na minha mesa e começa a escrever algo. — Eu vou deixar meu número anotado aqui e qualquer coisa você me liga. Assim que acabar a reunião eu venho busca-lo.

Oliver abaixa o corpo e dá um beijo na cabeça do William e me dá um rápido aceno de cabeça antes de sair da minha sala.

— Vamos jogar então? – disse indo sentar ao lado do menino.

Passamos duas horas jogando e conversando. Descobri sobre a coleção de HQs que ele tem, sobre sua preferência as histórias que a DC publica, que seus heróis favoritos são o Green Arrow e a Wonder Woman, e sobre seus jogos favoritos. Eu agradeço a minha mente privilegiada que conseguiu gravar tudo o que ele disse porque o menino tem uma lista enorme sobre preferencias. Mas eu achei estranho pra uma criança tão nova já ter lido tantas coisas, isso me faz entender que ele passa muito tempo em um mundo imaginário sem contato com outras crianças, uma criança dessa idade tinha que brincar e interagir com outras crianças. Outra coisa que eu notei foi que ele nunca falou sobre o Oliver, ele citou sua mãe várias vezes falando que foi ela que comprou as revistas, que antes dele aprender a ler ela que lia pra ele, mas em momento algum ele falou do Oliver. O que é estranho considerando que ele é seu pai, ou eu entendi errado? Talvez ele fosse padrasto dele e se referiu ao menino como filho pra não entrar em mais detalhes... isso é um ponto que ta dando nó no meu cérebro e to cansada de tentar entender. Mas acima de tudo William é uma criança muito doce mesmo com o olhar triste em seus olhos. Meus pensamentos são interrompidos quando ouço passos vindo pelo corredor, olho na direção do anjinho de olhos azuis e vejo que ele ainda está concentrado em vencer as fases especial das estrelas. Esses olhos são mesmo lindos, constato ao olhar para eles.

— São mesmo né? Minha irmã disse que foi a melhor parte que ele poderia ter herdado de mim. – pulo da cadeira ao ouvir a voz macia do Oliver sussurrando no meu ouvido. Não acredito que pensei em voz alta novamente perto dele, esse meu novo saco da vergonha está enchendo mais rápido do que os outros. — Então, ele deu muito trabalho? – viro a cadeira pra olhar pra ele e má decisão meu cérebro alerta, nossos rostos ficam bem próximos.

— Ah, ele foi super tranquilo, conversamos bastante sobre coisas nerds. – dou uma risada mas ela logo se desfaz ao perceber o olhar triste dele mediante a minha frase. — O que? Eu disse algo errado?

— Você? Não, claro que não. Você só fez coisas certas hoje, não sei como posso te agradecer por toda ajuda que você me deu hoje. Vou conversar com seu supervisor pra ele te dar uma folga, você merece depois de toda ajuda.

— Ah não senhor Queen, eu amo vim trabalhar aqui todos os dias e cuidar do pequeno foi um prazer. A gente se divertiu muito hoje então não foi incomodo algum, de verdade.

— Fico feliz em ouvir isso. – ele diz me dando um sorriso e um... dois... cinco... dez... por quantos segundos eu fiquei sem respirar mesmo? Esse sorriso tirou meu folego, tinha que ser crime sorrir assim para alguém, mais alguns segundos e eu morria por falta de ar. Ele teria que ser incriminado por homicídio culposo se isso acontecesse. Maldito sorriso assassino. Ele vai andando até o William fazendo o menino notar sua presença que até então estava despercebida pelos sussurros e sua tamanha concentração ao jogo. — Hey buddy, se divertiu hoje? - ele apenas balança a cabeça positivamente em concordância. — Fico feliz em saber que não foi chato vim ao trabalho comigo hoje, mas já ta na hora de irmos, sua tia já está esperando a gente em casa com o jantar.

— Tchau Felicity. – William fala depois de levantar da cadeira e sai andando para o corredor.

— Ok... o que foi isso? – eu digo ao Oliver depois do menino sair da sala.

— Longa história..., mas eu posso te contar se você deixar eu te levar para tomar um café, assim eu posso te agradecer por hoje e podemos conversar ao mesmo tempo. – eu abro a boca pra começar a responder mas ele balança a cabeça e continua falando — Amanha, as 16h, no Big Belly que fica a duas quadras daqui. Eles servem um frappuccino incrível, tenho certeza que vai gostar. Até amanhã Fe-li-ci-ty. – ele diz meu nome pausadamente e depois sai da sala pelo mesmo caminho que William fez sem me deixar responder a sua proposta. Ele era louco se pensava que eu ia aceitar.

No fim da tarde chego em casa cansada. Não de trabalhar, mas de pensar, em Oliver principalmente. Esse homem se impregnou na minha mente e eu não consigo tirar de jeito nenhum. Isso é um perigo e fico dizendo a mim mesma, ele é meu chefe e eu preciso desse emprego. Eu vim para Star pra mudar de vida, estou terminando de pagar o empréstimo que eu peguei pra custear meus anos de faculdade. Eu consegui uma bolsa porem me sustentar em Massachusetts era caro e ou eu focava nas incontáveis provas e imensos trabalhos curriculares ou eu arrumava um emprego para pagar as contas do mês. Minha única alternativa foi fazer um empréstimo com o patrão da minha mãe, mas vocês sabem que donos de cassinos não são muito generosos em relação aos juros né? Já faz um par de anos que eu trabalho na Queen Consolidated e ainda não consegui terminar de pagar. Então eu realmente não posso perder esse emprego por causa de uma atraçãozinha pelo meu chefe... ok, não é tão zinha assim, ta mais pra zona, tipo uma zona fantasma que quando eu entro me perco pra sempre. Não posso me deixar levar por isso. E também tem o fato que a relação dele com o William é bem complicada, não posso me meter nisso também.

Vou pra cozinha e coloco uma lasanha pré-cozida pra assar enquanto eu tomo banho, tenho que ligar pro meu irmão Roy antes de dormir, ele me mandou uma mensagem mais cedo dizendo que tinha uma novidade pra me contar, mas com todo esse lance de Oliver e William eu acabei me esquecendo do meu irmão.

Tomo meu banho e vou pra sala comer enquanto assisto um especial de star wars que está passando na televisão. Termino de comer e começo a pensar se levanto e lavo o prato antes ou depois de ligar pro Roy, e como se tivesse decidindo por mim meu irmãozinho me liga.

— Hey baby boy.

— Felicity, eu já disse que odeio que me chame assim. – diz ele com uma irritação forçada na voz. Ele diz que odeia que eu o chame assim, mas no fundo ele sabe que é só mais uma forma de demonstrar como eu amo ele.

— E eu já disse que como irmã mais velha é meu dever te irritar chamando assim.

— Ok, vou deixar passar dessa vez porque preciso pedir algo a você. - ele faz uma pausa que só me faz ficar mais nervosa com a novidade que ele queria me contar. — Então, mês passado eu me inscrevi em um programa de bolsas de estudos, mas eu não queria contar nada para você e para mamãe pra não criar falsas expectativas. E hoje chegou uma carta contando que eu tinha passado para universidade de Star, pra cursar administração. Eu sei que a mamãe vai ter um treco quando descobrir que eu to indo embora, mas eu realmente quero algo da minha vida Sis, não quero passar o resto da minha vida servindo mesas.

— Roy Smoak Harper, isso é incrível!!! Não consigo acreditar que você vai vim morar aqui perto de mim e eu vou poder te irritar pessoalmente mais vezes.

— Isso é você tentando me fazer mudar de ideia Felicity Smoak? - ele diz meu nome com um pouquinho de ressentimento, logo quando eu completei minha maioridade civil eu fui no cartório e tirei o sobrenome do nosso pai do meu nome. Noah Harper continua sendo o herói do meu irmão, mesmo depois de nos abandonar, mas pra mim ele é o vilão que destruiu meu conto de fadas, fez a minha família feliz se tornar cinzas, fez a mulher incrivelmente feliz e divertida se tornar lembranças de Donna Smoak. Roy era muito novinho pra lembrar de como tudo aconteceu, mas eu me lembro e eu nunca vou perdoar aquele homem por causa disso. — Mas voltando ao assunto, eu queria te pedir um favor. Queria saber se, até eu me estabelecer ai e arrumar um emprego, eu posso morar com você... eu tenho um dinheiro guardado então eu posso dividir algumas contas com você... mas é claro que se tiver problemas eu não vou ficar chateado... – ele diz soando inseguro.

— Roy, é claro que você pode vim morar aqui. Eu vou adorar ter meu irmãozinho comigo, e não se preocupe com as despesas eu consigo manter você aqui pelo tempo que precisar. Eu estou tão feliz por você!!

Passamos quase duas horas conversando antes do Roy ter que desligar pra ir pro turno dele em um dos muitos cassinos que tem em Vegas. E pelo restante da noite eu só fiquei pensando no meu irmão e como seria bom ele está aqui perto de mim. E Oliver ou William não invadiram mais meus pensamentos até a hora que eu fui dormir. Isso ia ser bom, meu irmão aqui iria me ocupar e me impedir de cometer uma burrada que colocaria em risco o meu futuro. Vou encarar isso um sinal me avisando pra ficar longe do senhor Queen.


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Notas finais do capítulo

Então foi isso pessoas, esperam que tenham gostado do capitulo, espero o feedback de vocês nos comentários.
AHHHH resolvi fixar as postagens no sábado, então pode sair bem cedo (ou tarde?) como hoje, ou pode sair mais tarde quase chagado no domingo rs
Até semana que vem, beijooooos xo



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