Dive escrita por Lia


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, eu to postando esse prologo como um teste. Quero que me digam, pleeeease, nos comentários se gostaram do plot e se devo continuar escrevendo. Preciso saber, pois não quero escrever algo que ninguém se interesse por ler, se eu tiver um bom retorno e vê que a história agradou vocês, eu volto com mais capítulos. Então, se vocês gostaram da minha história não deixem de me falar.
Dedico esse capitulo as minhas esposas, Jardy, Klara e Carolinda, que sempre me incentivam e me ajudam com o que eu preciso.
Enjoy guys.

LINK DA MUSICA DO INICIO DO CAPITULO
https://youtu.be/dNj3D8yhDTc



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You had me at hello.

I've never seen a smile that can light the room like ours

It's simply radiant, I feel more with everyday that goes by

I watch the clock to make my timing just right

(You Had Me At Hello - A Day To Remember)

 


Esses últimos dias tem sido difíceis para mim, minha vida virou de cabeça para baixo com uma simples ligação. Duas semanas atrás eu estava na Queen Consolidated - empresa da minha família, na qual sou CEO desde que meu pai faleceu após um infarto a seis anos atrás – em uma reunião com Adrian Chase, o coordenador de marketing da empresa, quando meu telefone tocou com um número desconhecido. A princípio cogitei dispensar a ligação, mas depois me lembre que minha mãe não estava muito bem de saúde nesses últimos dias e fiquei com receio de que algo tivesse acontecido com ela.
Imediatamente pedi licença ao Chase e sai da sala pra atender a ligação. Eu esperava que fosse algo relacionado a minha mãe, Thea ou até mesmo minha noiva Laurel, o que eu não esperava era o advogado da Samantha, uma mulher com quem eu dormi duas vezes quando namorava a laurel enquanto estávamos na faculdade, me comunicando que ela tinha falecido depois de lutar contra um câncer de mama e deixado uma carta pra mim, e querendo marcar um encontro para me entrega-la.
Eu estava tão atordoado com o fato de Samantha, uma mulher tão jovem e que foi próxima de mim por um tempo, ter falecido que nem pensei muito no conteúdo que poderia ter nessa carta. Estava imerso em pensamentos e lembranças dos meus momentos com Samantha quando seu advogado chegou, me comprimento, sentou e simplesmente me entregou a carta. Eu abri o envelope com medo do que poderia estar escrito ali dentro e ao mesmo tempo curioso com o que ela queria me contar depois de quase oito anos sem nos falarmos.
Imaginem a minha surpresa ao saber que nessa bendita carta ela me contava que tínhamos um filho, William, de sete anos de idade, e que com a sua morte a guarda dele seria passada pra mim já que ela não tinha parentes próximos que pudessem cuidar do menino para ela. Agora imaginem minha surpresa maior ainda ao descobrir que minha mãe não só sabia da existência dessa criança, como pagou a Samantha uma bela quantia pra sumir do mapa com o bebe e nunca me contar sobre ele.
Eu não conseguia acreditar nisso.
Eu tinha um filho.
Um filho de sete anos de idade.
Minha mãe sabia e não me contou.
Ela pagou pra mãe dele sumir com ele do mapa.
Eu estava com raiva da minha mãe e da Samantha por esconder de mim algo tão importante. Eu estava chateado por ter perdido anos importantes da vida do meu filho. E eu estava apavorado, extremamente, intensamente e desesperadamente apavorado de saber que agora eu era responsável por uma criança.
As coisas não ficaram melhores depois disso. Como a saúde da minha mãe estava frágil, eu estava morando novamente na mansão nos últimos meses para poder cuidar dela e da minha irmã Thea. Quando eu cheguei em casa e contei pra elas o que aconteceu minha mãe se recusou a aceitar o menino em casa, disse que não queria ter que olhar todos os dias para a maior burrada da minha vida. Minha mãe era inacreditável.
Depois disso a minha única opção era voltar para o meu loft, eu também não queria meu filho perto da minha mãe enquanto ela tivesse esses pensamentos, ele era só uma criança inocente que acabou de perder a mãe, não precisava se sentir indesejado pela nova família.
Meu filho...
Isso ainda parece surreal de acreditar.
Eu tenho um filho!!
A reação da Thea diz tudo sobre a pessoa incrível que minha irmãzinha se tornou. Ela ficou super animada em ter alguém a chamando de tia speedy, disse que ia decorar o quarto de visitas do loft pra ele e não aceitava não como resposta. Começou uma extensa pesquisa sobre preferencias de meninos de sete anos de idade e nem percebeu quando me despedi dela pra ir conversar com a Laurel.
Laurel... essa parte foi difícil também. Eu e a Laurel nos conhecemos desde sempre. Eu, Laurel, Tommy, Sara, Nyssa e Adrian éramos amigos muito amigos até o colegial... ok, certo... até eu pegar a Laurel que até então era namorada do Chase. Eu não era um bom amigo, nem um bom cara naquela época, era totalmente imaturo e inconsequente. O Adrian passou a me odiar desde então, mas nos tratávamos civilizadamente uma vez que tínhamos que trabalhar juntos. E eu e a Laurel começamos a namorar desde então, minha mãe obviamente adorou, era o sonho dela que eu e a Laurel nos cassássemos e construíssemos uma família. Acho que foi essa obsessão dela que fez a Samantha esconder o Will de mim por tanto tempo.
Will? Eu já to me apegando e criando apelidos sem nem mesmo ter visto o rosto dele. Acho que amor de pai deve ser assim mesmo, ele nasce no exato momento em que se descobre a existência de um filho. Eu ainda estou assustado e com medo, mas estou ansioso e estranhamente feliz com essa situação.
Bom, voltando a Laurel, eu traia ela com várias mulheres enquanto a gente namorava, não levava nada sério e só queria curtir a vida, foi quando meu pai faleceu que eu fui forçado a criar reponsabilidades na vida e assumir o negócio da família. Eu mal tinha tempo pra pensar nos primeiros meses lidando com a presidência da empresa, quanto mais tempo pra trair alguém. Eu acabei, depois de muita insistência da minha mãe, pedindo a Laurel em casamento dois anos atrás. Mas eu realmente não amava ela e não conseguia pensar em ter uma família ao seu lado, mas eu continuava a empurrar essa relação com a barriga.
Mas isso mudou quando eu encontrei ela naquela noite depois que sai da casa da minha mãe. A primeiro momento a Laurel ficou chocada, ela sempre desconfiou das traições, mas nunca pensou que a confirmação viria em forma de uma criança de sete anos de idade. Ela ficou muito chateada e disse que não poderia encarar essa situação, ela me amava, mas não ia conseguir conviver com o fato que que tinha sido traída diversas vezes por mim.
Eu devia estar triste com o fato que meu relacionamento de anos acabou, mas eu me sentia aliviado por isso. Parecia que eu carregava uma mochila cheia de pedras durante todos esses anos e só agora eu tirei ela das costas.
Depois da conversa com a Laurel eu fui para o apartamento e me surpreendi ao encontrar uma Thea a 220v na minha casa. Ela tinha uma fita métrica medindo os espaços do quarto vago para encomendar os moveis do quarto do Will. Como tudo aconteceu rápido demais ele estava ficando na casa desse advogado, a mulher dele era melhor amiga da Samantha, ele disse que ficaria com o William por mais alguns dias até que eu acertasse tudo.
O bom de ter dinheiro é que você consegue resolver várias coisas com uma rapidez e facilidade absurda. Eu consegui matricular ele em uma boa escola perto de casa, o quarto já estava arrumado e pronto pra receber William como seu morador e a Thea se intitulou baba por meio período dele, ou seja, quando ela não estivesse na faculdade ela estria enfiada na minha casa cuidando do meu filho. Era linda a forma como minha irmã estava animada com a notícia, eu só queria que minha mãe se sentisse assim também.
Eu achava que a parte difícil tinha passado, mas eu não poderia estar mais errado. O desafio mesmo começou quando eu conheci o garoto. Ele era uma criança linda, tinha os meus olhos azuis, a minha tonalidade de cabelo, os meus lábios... parecia que eu estava olhando para uma foto minha enquanto criança. Mas ao contrário de mim que sempre fui extrovertido, William era uma criança extremamente tímida, mais de uma semana morando comigo e eu podia contar nos dedos o número de palavras que ele disse. Frustação não era nem o início pra descrever o que eu sentia.
Hoje eu tinha que ir para uma reunião importante na empresa e teria que leva-lo comigo, uma vez que ele não tem aula e a Thea está na faculdade. Irei passar a manhã inteira fracassando em interagir com ele.
— Ei, bud. Qual jogo você está jogando ai?
Ele só vira a tela do celular e me mostra qual é.
— Hmm, parece legal, esse eu nunca joguei... Você quer seu cereal com leite ou sem leite?
— Leite.
— Hoje você vai passar a manhã comigo no escritório, quer levar alguma coisa além do seu celular pra ficar brincando?
Ele só balança a cabeça negando.
— As vezes me pergunto se o gato comeu sua língua ou se sua voz é um tipo de “barulho invisível” porque você nunca fala...
Olho pra ele e vejo o esboço de um sorriso e meu peito se aquece um pouco com esperanças de um dia ter uma relação normal com ele.

 

Já estou a duas horas na sala de reunião e não me concentrei em nenhum momento no que se passava nessa sala, meus pensamentos estão todos no meu filho e em como posso fazer para me relacionar com ele. Meus pensamentos são quebrados quando minha secretaria entra na sala.
— Mr. Queen, eu fui atender um telefonema enquanto esperava o William ir no banheiro e acabei perdendo ele de vista, já procurei em todas as salas desse andar e não encontrei. Ele deve ter entrado no elevador.
Um pânico absurdo me invade assim que ela termina de falar. Eu só conheço essa criança a duas semanas, mas eu amo ela como se conhecesse desde a barriga de Samantha. Se alguma coisa acontece eu juro que perco um pedaço do meu coração.
— Como você deixou uma coisa dessas acontecer? Ele é uma criança de sete anos de idade!! Você tinha que ficar de olho nele, era a única coisa que pedi para você fazer!! — passo a mão no rosto frustrado e cheio de preocupação — Ligue para a sala de segurança e peça para examinarem todas as câmera e vê se encontram ele, vou desder até o andar de baixo e procurar por ele até tiverem uma localização.
Saio da sala apressado e vou direto para o elevador até o andar de baixo. Olho em todas as salas e não vejo nenhum sinal dele. Volto para o elevador a fim de repetir o mesmo processo no andar de baixo quando minha secretaria liga avisando que o encontraram no setor de T.I., coloco o andar no painel do elevador e espero impaciente os andares descerem. Assim que o elevador para e as portas começam a abrir eu já saio em disparada até a sala onde ele estava e mais uma vez eu não estava esperando pelo que aconteceu.
Will esta sentado ao lado de uma mulher, com os lábios mais lindo que eu já vi pintados com uma cor provocante de vermelho, os olhos azuis penetrantes atrás de uma armação de óculos e os belos cabelos loiros presos em um rabo de cavalo. Se a visão dessa bela mulher não fosse o suficiente para me abalar eu ainda encontro o meu filho rindo com ela. Rindo. Você pode acreditar? Eu paro no batente da porta observando os dois entretidos em uma conversa super nerd sobre quadrinhos, algo sobre o green arrow ser melhor que o flash, enquanto aquele mesmo calor no peito que me invadiu de manhã ganha força novamente. Não sei se o calor foi por me sentir atraído por ela, por ver o sorriso do meu filho pela primeira vez ou pela mais perfeita combinação dos dois. Finalmente eles se viram e notam minha presença.
— Ah, ai está você. Não suma mais assim Will, fiquei preocupado. — eu disse em um tom reprovador.
Observo William assentir com um olhar de desculpas e me sinto culpado por falar assim com ele. O garoto perdeu a mãe e repreendo ele na primeira vez que ele se diverte! Essa coisa de ser pai não é fácil.
— Obrigada por tomar conta dele pra mim, sou novo nesse departamento e não sei muito bem como cuidar de uma criança.
— Ah não foi incomodo nenhum. Eu adoro crianças, tenho um irmão mais novo, Roy, não tão novo assim na verdade, eu tinha 6 anos quando ele nasceu e usava ele de boneca nas minhas brincadeiras, mas quando mamãe sai pra trabalhar eu cuidava dele então acabei rodeada de carrinho, vídeo games e HQs, sou uma nerd de primeira linha como pode ver, adoro computadores, games e meu deus eu não paro de falar devo esta te assustando...
Ela cora graciosamente envergonhada e eu nunca vi nada mais adorável na vida, poderia ouvir ela falar por horas sem me importar. Ficamos em silencio por um instante até que ela estende a mão para mim.
— Felicity Smoak, prazer em conhece-lo ...?
— Oliver Queen. — pego sua mão macia e suave assim como sua voz — E o prazer é todo meu.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, deixem nos comentários o que vocês acharam e até a próxima.