Dive escrita por Lia


Capítulo 13
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, o capitulo de hoje é um pouco mais curto do que os últimos e eu peço desculpas por isso, é que essa semana eu tive dor de cabeça quase todos os dias e foi bem difícil eu conseguir escrever... eu estou com umas ideias para one e assim que esse problema passar eu prometo escrever. Mas aqui está o capitulo dentro do prazo, amém.
Espero que vocês gostem do capitulo, até as notas finais. xo



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Acordo sentindo alguém me observando e me queimando com a intensidade do seu olhar. Não preciso abrir os olhos para saber quem é, ainda sem encarar a luz do dia, me mecho na cama expondo meus seios a seus olhos. 

— Se você continuar assim a gente vai chegar atrasados no trabalho. - sorrio ao ouvir sua voz rouca pela falta de sono. 

— Você é o chefe, acho que ninguém pode te demitir por isso. - abro meus olhos e vejo que ele está sorrindo para mim. Ele está tão lindo essa manhã, seu rosto está mostrando uma paz que nunca vi nele antes. 

— Achei que você não queria tratamento especial agora que está namorando com o chefe. - ele passa a mão pelo meu rosto e eu suspiro com a sensação do seu carinho em minha pele. 

— Tecnicamente você não é o meu chefe. - apoio minha mão em seu peito e encaro seus olhos. 

— Só sou o chefe, do chefe, do seu chefe. - ele diz com um sorriso. 

— Eu tenho umas horas extras, acho que chegar uns minutos atrasada não vão me prej... - Oliver interrompe minha fala, colando sua boca na minha e me dando um beijo de tirar o folego. Não preciso dizer que esse beijo nos levou a uma rodada de sexo na cama e outra no chuveiro, o que nos levou a chegar uma hora atrasados na QC. 

Uma coisa que Oliver disse é verdade, ele continua sendo meu chefe e eu não quero que isso interfira no meu trabalho. Os funcionários já perceberam que algo está acontecendo com a gente eu não quero perder a credibilidade que construí na empresa. Eu teria que conversar com Oliver sobre manter nosso relacionamento o mais discreto possível, manter isso somente com a nossa família e amigos mais próximos. Infelizmente isso não seria uma tarefa fácil, pois eu não conseguia esconder minha felicidade essa manhã. 

— Parece que alguém ganhou na loteria hoje. - Siobhan, minha secretária e também noiva do primo do Oliver, Ronnie, diz. 

— Do que você está falando? - tento parecer inocente. 

— Você está com esse sorrisinho no rosto de quem ganhou na loteria ou acabou de transar. - fico vermelha diante do seu olhar, entregando o que realmente aconteceu. — Meu Deus, você e o Oliver finalmente transaram!! 

— Fala baixo, eu não quero que a empresa inteira saiba. 

— Você precisa me contar os detalhes sórdidos, ele é bem-dotado? Sempre tive dúvidas se isso era da genética do Ronnie ou se ele era anormal mesmo. - meu bom humor não me ajuda a manter a compostura e eu dou uma gargalhada. 

— Com certeza isso faz parte da genética deles. 

— Precisamos marcar uma noite das meninas e chamar a Caitlin, ela vai odiar saber que perdeu nossa aposta. 

— Que aposta? - olho para ela desconfiada. 

— A gente apostou quanto tempo vocês demorariam para se acertar, eu disse que não passava dessa semana e a Cait disse que você ia esperar mais um tempo antes de embarcar de cabeça em um relacionamento com ele. 

— Não acredito que vocês usaram minha vida sexual para apostar. Só por causa disso vocês vão pagar por tudo na noite das meninas, e eu vou escolher um restaurante bem caro. 

— Bem que ela disse que você não ia gostar se descobrisse sobre a nossa aposta. 

— Minha amiga me conhece bem, não tão bem assim já que ela não ganhou né... Sabe, eu acho engraçado que vocês tenham criado essa amizade mesmo que ela tenha tido um relacionamento com o Ronnie. 

— A Caitlin é uma mulher incrível e além do Ronnie temos muitas coisas em comum. Eu sei que ele me ama e sei que ela é feliz no casamento com o Tommy. É totalmente contra minha alma feminista deixar de me relacionar com ela por causa disso. 

— Você é minha heroína, Siobhan. - vejo ela pegando seu celular e logo recebo uma mensagem. Franzo a testa ao abrir e vejo que ela mandou uma mensagem em grupo. 

 

Siobhan: Noite das meninas na sexta. Felicity finalmente transou, ganhei a aposta. 

Caitlin: Você poderia ter esperado mais uns dias Felicity!!!  

FelicityNão mandei ninguém apostar na minha vida sexual. A propósito, vocês que vão pagar o meu jantar na sexta.  

Siobhan: Vou ter que te dar outro discurso feminista sobre o apoio que as mulheres devem dar uma as outras? Não pode haver vingança entre nós. 

Felicity: Eu pago as sobremesas.  

Siobhan: Assim está melhor. 

Felicity: Isso está estranho, estou sentada ao seu lado e respondendo suas mensagens por telefone... 

CaitlinTenho um paciente para atender agora, voltem a trabalhar vocês duas. 

 

— Você acha que todo mundo aqui já sabe que eu tenho algo com o Oliver? 

— Algumas pessoas desconfiam, mas ninguém tem certeza. Ele vem muito aqui, porem quando me perguntam eu digo que é por conta do Ronnie. 

— Eu sei, ouvi você dando essa desculpa algumas vezes já... Você não tem medo de que as pessoas achem que você só conseguiu esse emprego por causa dele? 

— Eu sei que não foi por isso, eu cofio nas minhas habilidades e sei que minha chefe sabe do meu potencial. - ela me dá uma piscada. — É disso que você tem medo? Que as pessoas na empresa deixem de te respeitar por causa das pessoas que você se relaciona? 

— Eu tenho esse sonho de ter minha própria empresa algum dia e quando isso acontecer quero que seja pelo meu próprio mérito. 

— Eu acho que você tem que manter sua mente mais aberta, se permita viver esse amor e confie nas habilidades que você tem. Quando chegar a hora de construir a sua própria empresa os comentários infelizes podem acontecer, mas você só vai manter a empresa funcionando com o que você tem dentro de você. Você vai provar a todos que você é capa de tudo sem depender de ninguém. Mas você não pode deixar que isso te impeça de viver o agora, de ser feliz e construir algo mais importante que coisas materiais, construir um amor que pode durar toda a sua vida. 

— Eu acho que você está na profissão errada, invista em psicologia. - digo sorrindo para a minha nova amiga. Nesses últimos dias que passamos trabalhando juntas descobri que ela pode ser uma mulher incrivelmente forte e empoderada e ao mesmo tempo ser romântica e acreditar em fadas. Ronnie teve muita sorte de encontrar ela. 

— Ou você pode me dar um aumento e manter meus conselhos maravilhosos só para você. 

 

O dia passa rápido e quando percebo já está na hora de ir para casa. Meu celular morreu no meio da tarde, eu acabei esquecendo de levar o carregador para casa do Oliver e fiquei sem bateria. Oliver ligou para o telefone da minha sala e disse que ia me levar para casa e eu pedi que ele me esperasse no estacionamento. Eu sei que estava sendo ridícula, mas eu queria conversar com ele antes de tornar nosso namoro algo público. Ele com muita relutância concorda e quando eu chego no carro ele me olha inquisitivamente. 

— Por que você não quis que eu passasse na sua sala hoje? 

— Oi, Oliver. Como você está? Eu estou bem, e como foi o seu dia? O meu dia foi bom, mas eu passei um bom tempo surtando com o pensamento que o nosso relacionamento pudesse interferir no meu trabalho, eu só preciso me acostumar com a gente primeiro antes de colocar a QC na equação. Você consegue me entender, por favor não diz que não!! 

— Você sabe que isso é meio bobo né? Você sempre foi uma profissional incrivelmente boa no que faz, ninguém pode contestar isso. 

— Eu sei... eu só preciso de um tempo para absorver tudo...  

— Te dou todo o tempo do mundo se isso significar ter você ao meu lado. - nesse momento eu me esqueço de tudo, que estamos no estacionamento e que a qualquer momento um funcionário pode passar e nos ver aqui, esqueço meus medos e inseguranças e penso somente no amor que eu sinto por esse homem. Pensando nisso eu agarro seu rosto e o puxo para um beijo, depois descanso minha testa na sua. 

— Senti sua falta. 

— Eu também senti a sua, baby. - Oliver me puxa para mais um beijo antes de ligar o carro e seguir em direção a minha casa. 

Durante o caminho Oliver me conta que Sara ligou para ele e contou que os papeis da adoção estavam quase prontos e que até semana que vem ela e Nyssa poderiam levar a menina para casa. Oliver disse que elas compraram uma casa e decoraram todo o quarto da menina, elas estavam super empolgadas para construir uma família juntas. Sara também contou que o seu pai tinha casado, Oliver contou chocado que Quentin, pai das irmãs Lance, tinha ido passar um final de semana em Las Vegas com uns amigos e acabou bebendo demais, acordando no outro dia casado com uma funcionária do hotel. O mais louco da história é que eles resolveram manter o relacionamento e sua esposa iria vir morar com ele em Star City. Quando eu morava em Vegas eu vi muitos casamentos desse tipo, mas nunca nenhum que não acordasse com os dois indo direto no cartório pedindo pela anulação.  

— Você quer chamar Thea e William para jantar aqui hoje? - eu digo, assim que saio do carro. 

— Posso até chamar, mas é provável a Thea recusar o convite. Ela tem medo de sair de perto da minha mãe e algo acontecer com ela. - Oliver aperta o botão do elevador e me puxa para perto dele enquanto esperamos. 

— O Roy sente a falta dela, sempre que ele vai lá sua mãe diz para ele passar a noite, mas morre de medo dela. 

— Minha mãe está bem diferente esses dias, ela realmente não iria ligar se ele passasse a noite lá. - o elevador abre e nós entramos, aperto o botão do meu andar e me aconchego nos braços do Oliver novamente. — E por falar em mãe... quando eu vou conhecer a sua? Ou pelo menos conversar com ela? 

— Eu conversei com o Roy essa semana e vamos chamar ela para morar com a gente assim que ele se estabilizar na QC. Ela nunca gostou de ficar sozinha, ela está sofrendo morando lá sem a gente... eu lembro que quando eu era criança, e minha família era unida ainda, ela era uma mulher tão divertida e cheia de vida, eu tinha até vergonha porque ela se comportava como uma adolescente, sabe?! - dou uma risada seca, tomada pela nostalgia das lembranças — Mas quando meu pai foi embora ela apagou totalmente, eu sinto falta da mulher que ela era. - Oliver pega meu rosto entre suas mãos e sela meus lábios com os seus, me oferecendo o conforto que eu precisava. O elevador para e abre as portas, obrigando nossos corpos a se afastarem. 

— Eu estava pensando que poderíamos marcar uma viagem no próximo final de semana, assim eu poderia conhecer ela e aproveitar para passar um tempo com o William, ele falou alguma coisa sobre conhecer o Grand Canyon esses dias. - giro a maçaneta e abro a porta — O que você acha? A gente pode viajar semana que vem para conhecer a sua mãe? - antes que eu possa responder uma voz que vem dentro de casa faz isso por mim. 

— Acho que não tem necessidade de você viajar para me conhecer, Oliver. 

— Mamãe? - olho atordoada para a mulher a minha frente, ela é minha mãe, mas ao mesmo tempo não é. Ela está usando uma roupa colorida, com os cabelos soltos e um sorriso tão grande no rosto que eu sinto vontade de chorar diante da sua felicidade. 

— Meu bebê!! - ela da um grito e me puxa para um abraço. Eu não posso acreditar que essa é a minha mãe, ela parece tão leve e feliz. 

— O que você está fazendo aqui? Porque não nos avisou que viria? Como você chegou aqui sozinha?- olho para trás e vejo que Oliver tem os olhos arregalados encarando o sofá e eu sigo o seu olhar me deparando com um homem mais velho, com sua cabeça livre de cabelo, mas um rosto bonito. Ao lado dele tem três mulheres sentadas que eu logo identifico como Laurel, Sara e Nyssa, então de repente tudo faz sentido. Meus olhos se imitam os do Oliver e eu olho para a mulher a minha frente. — Mamãe, o que foi que você fez? 

— Eu casei!! - ela diz, me mostrando um anel com um diamante brilhante em seu dedo. 

— Eu também estou em choque, sis. - Roy diz, e eu noto que ele está me olhando com um ar assustado. 

— Parece que eu não consigo me livrar de você, Oliver. - o homem que eu penso ser Quentin Lance, diz para o meu namorado. 

— Estávamos esperando vocês chegarem para ouvir a grande história de amor deles, irmãzinha. - Sara fala, me dando um sorriso zombeteiro. 

— Então, quem vai começar a explicar toda essa loucura? - Laurel pergunta. 

 

Depois de quase duas horas me encontro chocada com as descobertas. Acontece que minha mãe e Quentin se conheciam da época do colegial e eram apaixonados antes da minha mãe ter que se mudar com a sua família. Depois disso ela casou com o meu pai e o Quentin casou com sua falecida esposa, Dinah Lance. O expediente da minha mãe tinha acabado e ela encontrou o Quentin em uma das cadeiras do bar do hotel em que ela trabalhava. Eles se reconheceram e passaram horas conversando, mamãe percebeu o quanto ela tinha se divertido estando perto dele e quando ele, sobre o efeito do álcool, propôs que se casassem e descobrissem como a vida deles poderia ter sido se não tivessem se separado anos atrás. Então foi assim que minha mãe acabou casada com o pai da ex-noiva do meu namorado. Não me restam dúvidas de que o destino queria que eu e o Oliver tivéssemos nossas vidas entrelaçadas.  


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Notas finais do capítulo

Não deixem de colocar nos comentários o que vocês acharam do capitulo e de recomendar a história se vocês estiverem gostando. Um beijo e até semana que vem xo



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