P.D.V( Magno)

A senhorita Hershberger deu um baita susto em Draco. Tivemos que lhe dar um tônico reanimador e convencê-lo de que ela não havia retornado dos mortos para vingar.

Ela estava na ala hospitalar( me conta uma novidade =p) com seus amigos. Mas eu precisava contar algo para ela. Eu preciso.

—Hershberger, podemos conversar? 

—Tá.... Vejo vocês depois, galera.

Ficamos a sós. Sentei na cadeira ao seu lado.

—Eu preciso esclarecer algumas coisas. Como o fato de eu estar infiltrado em Hogwarts para mantê-la a salvo.

—COMO É QUE É?! Todo esse tempo...MAS VOCÊ ME LANÇOU UM ESPECTACORPUS! 

—É...eu perdi um pouco a paciência... Mas você não ajudou em nada! Onde estava com a cabeça em discutir com um professor? O PROFESSOR SNAPE!

—Você veio aqui para esclarecer ou me repreender?

—Dai-me paciência Merlin...ok, eu disse que estava aqui para mantê-la a salvo. Foi aí que paramos.

Me remexi na cadeira.

—Eu não queria ver você próxima de Marcus. Vários anos atrás, antes de você nascer; eu e ele éramos muito amigos. Quando ele veio falando sobre As Trevas e tudo mais, confesso que fiquei interessado. Mas assim que Ví a sua obsessão, foi que me dei conta do perigo que Julie corria.

—Como você....

Mas eu a interrompi.

—Eu disse para Julie que ele não era mais o mesmo. E para minha surpresa, ela disse que já tinha conhecimento disso. Ela desabafou tudo que sentia naquela noite. Eu a consolei como sempre fazia. Eu queria que ela soubesse o quanto era importante para mim. E foi aí que eu falei que a amava.

—MASOQUÊ!!!!!!

—E meio que.. Ahn, nós... Acabamos...dormindo juntos sabe...

—Por favor, me poupe dessa parte , professor.

—Exatamente um mês depois, ela descobriu que estava grávida. Perguntei se era meu filho ou de Marcus. Ela me disse que não precisava saber pois amaria do mesmo jeito. Ela teve você e...imagino que já saiba o que veioba seguir.

—Então, há chance de eu ser uma Malfoy? 

—Teoricamente, sim. E foi por isso que me candidatei ao cargo. Eu a via como uma filha. E se fosse minha filha? Eu teria que fazer alguma coisa. Foi por isso que você me viu naquela noite, quando ele te pegou.

—AH MEU MERLIN!

—Que foi? -perguntei alarmado.

—Já pensou? Tenho chance de ser "priminha" da donin...quero dizer, do Draco!

—Isso é sério? Com tanta coisa você se preocupa com isso?

—Ei! Grifinórios e Sonserinos são praticamente inimigos declarados. Pelo menos, foi o que me disseram.

—Essa inimizade tola...E se você tivesse se apaixonado pelo Goyle ao invés do Fred, hein?

—Eu preferia beijar uma acromântula a namorar aquele ser.

Dei um riso.

—Há uma maneira de acabar com isso...

—Juntar o Goyle e a Abott? Aquela da Lufa-Lufa?

—Não estou falando disso. E sim sobre o fato dessa dúvida: Você é ou não filha do Marcus?

Ela me encarou e mordeu o lábio. Depois encarou os dedos e por fim, falou:

—Olha, vamos fazer isso, OK? Se eu for mesmo filha do Marcus, não faz mal, ele já tá morto mesmo. Se eu for sua filha...Vamos ver no que vai dar, tá certo?

—Se é assim...vamos a um médico trouxa amanhã. Esperaremos o resultado final.

Ela concordou com a cabeça e saí de lá.

Abri a porta e cinco aborrecentes caíram em cima do meu pé. Suspirei.

—Nem precisa ser gênio para saber que ouviram, não é?

—Vai descontar nossos pontos?

—Não, Potter. Ao contrário do que muitos pensam, Malfoys podem ser legais...

Eles deram sorrisos e antes de virar no corredor, falei.

—Detenção para os cinco!

Eles praguejaram baixinho enquanto eu caminhava sorrindo até a sala.