P.D.V( Normal)

Magno Malfoy se encontrava andando de um lado para o outro no corredor branco higienizado.

Hoje seria o dia em que o médico trouxa viria com o resultado do teste de DNA.

"E se ela não for minha filha?", " E se for? Acho que será algo bastante incomum...uma Malfoy morena..."

Sua cabeça estava a mil. Fred estava acompanhando Evora que olhava fixamente um ponto indefinido na parede.

"Eu? Evora Hershberger, uma Malfoy?", " Mas até onde todos sabiam, Marcus era o meu pai..."

—Senhor Malfoy e Senhorita Hershberger.

Os dois acompanharam o médico até a pequena sala.

—Querem se preparar? Tomar alguma coisa, uma água...?

—Apenas seja direto, por favor.

—Muito bem, senhor Malfoy.

O médico retirou o lacre lateral do envelope e Magno engoliu em seco.

—É oficial. O exame deu positivo. Meus parabéns senhor Malfoy, o senhor acaba de ganhar uma filha.

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P.D.V( Magno)

Olhei diretamente para Evora. MINHA FILHA. Algo que me ligava a Julie. Para sempre.

—Suponho que eu deva te abraçar agora...?

Seu tom de pergunta me fez sorrir. Nos abraçamos ainda meio sem jeito. Merlin! Eu sou pai! Pai de uma adolescente!!! Não sei se choro ou se comemoro.

Saímos da pequena sala e Weasley veio ao nosso encontro.

—E aí?

—Então, "filha", este é o meu genro?

—DEU POSITIVO???!!!

—Fred! Estamos em um hospital!

—Foi mal, Evie.

—É. Deu positivo. Eu sou uma Malfoy...

—Não me importa se você é uma Malfoy. Quer saber? Eu nunca dei a minima pra isso. Nunca entendi o preconceito que as pessoas têm com um sobrenome.

—Acabou de ganhar um ponto com seu sogro.

A primeira coisa que fizemos ao sair dali foi ir ao cartório ( de bruxos, claro) e registrá-la com sua verdadeira identidade. Evora Madeleine Malfoy.

Ao chegarmos em Hogwarts, os amigos de Evora já a esperavam. E a primeira coisa que ela fez foi correr na direção deles gritando a plenos pulmões:

—VOCÊS NÃO VÃO ACREDITAR! EU SOU UMA MALFOY! UMA MALFOY E NÃO ESTOU NA SONSERINA!!!

A notícia se espalhou rapidamente( claro, com uma garota gritando pelos corredores que era prima de Draco Malfoy, como não se espalharia, não é?) por toda Hogwarts. Draco precisou hiperventilar um pouco na enfermaria assim que ela lhe colocou a par da novidade. 

Devo confessar que fiquei bastante feliz em saber que Marcus não era seu pai. De agora em diante, eu faria tudo para que Evora soubesse como é receber o amor de um pai. Se sentir segura, amada e protegida.

Sua risada me fazia lembrar de Julie. Seu jeito de andar, meio saltitante, como se estivesse sempre com pressa... E tinha os olhos. Olhos que me faziam recordar da mulher que tanto amei. O que eu mais poderia pedir? 

—Então... Pai...

Ela falou meio sem jeito, como que se acostumando ainda com o som da palavra.

—...Eu estava pensando, já que amanhã é sábado, que tal se nós dois tivéssemos... Hã... Digamos, um momento pai e filha?

Arqueei uma sobrancelha. Ela mordia o lábio de expectativa e mexia inconscientimente numa mecha de cabelo. Sorri. Tal mãe tal filha.

—Eu iria adorar.

Ela sorriu abertamente e me lembrei de algo.

—Evora -falei sério- Eu te peço perdão sobre aquela primeira aula de Defesa Contra As Artes Das Trevas. Só de lembrar que eu ataquei minha própria filha, sinto vontade de me lançar um Crucio, um Avada...

—Pai! Eu sei que na época ninguém tinha como saber. Além disso, nem doeu.

—Como assim? Você caiu no chão!!

—Eu estava fingindo.

Ela sorriu travessa.

—Como é que é...

—Eu não queria que soubesse logo de cara que eu poderia defender a mim perfeitamente contra feitiços. Estamos quites.

E ela jogou os braços ao meu redor enquanto murmurava "Não acredito que você é meu pai e não aquele ser abominável. Eu me sinto tão feliz.

Um nó se formou na minha garganta.

—Pai, acho que tem um olho na sua lágrima.