Harry Potter e o Coração de Rubi escrita por Mavies Hershberger


Capítulo 19
Reunião De Família


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Eu estava ocupada, vamos ter que apresentar uma peça teatral na escola e estava ensaiando esses dias....
Aproveitem esse capítulo fresquinho!
Ah, e por favor, não me matem!!!



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P.D.V( Fred)

—Hermione, por acaso você não viu a Evie por aí?

—Hum, ela não estava com você?

—Sim, mas ela me disse que iria ao banheiro e até agora não voltou....

Gina havia se aproximado com Harry. Já faziam mais de vinte minutos que Evora não aparecia.

—Será se aconteceu alguma coisa? -Gina perguntou torcendo as mãos.

Para nossa surpresa, o professor Malfoy vinha a passos largos na salão. E parecia preocupado.

—A senhorita Hershberger está com vocês?

—Não.

—Foi ele.

—Ele quem? Ela está correndo perigo? -Harry perguntou.

Mas o professor apenas nos olhou e disse:

—Não quero que nenhum de vocês se metam nisso. É perigoso demais...

—EVORA ESTÁ EM PERIGO! NÃO POSSO DEIXÁ-LA SOZINHA! NINGUÉM SABE O QUE O PAI DELA É CAPAZ DE FAZER!

Eu gritei desesperado. Francamente! Até parece que vou ficar aqui de braços cruzados esperando alguém ir procurar Evie!

—Senhor Weasley, é exatamente por isso que devem ficar aqui. Ninguém sabe o que Marcus é capaz de fazer. E se ele a levou para...

—Para onde? -Rony interrompeu.

—Vocês devem me ouvir! Cuidado! Podem descobrir mais do que lhes é permitido! 

O professor Malfoy saiu apressado de lá e quando ele deu as costas, nos viram os para combinar algum plano.

—Precisamos achar Marcus...mas como? -sussurrei. Tive uma sensação estranha. Um aperto no coração... Ah Evie, por favor, aguente firme.

—É ISSO! -Mione gritou- Lembram que a professora Thompson foi atacada em Hogsmeade daquela vez?

Assentimos.

—E lembram que o professor Malfoy disse que Marcus estava por perto apenas esperando uma oportunidade?

Concordamos novamente.

—Então, eles devem estar em algum lugar perto de Hogsmeade!

—Vamos! -nem foi preciso dizer duas vezes. Aproveitamos que os professores estavam entretidos com a festa e nem notaram na saída sutil de cinco estudantes.

—E o Jorge? -perguntou Harry.

—Eu não quero que ele se machuque. -respondi. Se algo acontecesse com qualquer um de nós... Não! Vai dar tudo certo! Tem que dar ...

Pegamos algumas vassouras e logo estávamos sobrevoando o vilarejo. Pousamos e começamos a busca.

Era uma visão diferente. As lojas fechadas...Um aspecto quase fantasmagórico. Espero que isso não seja um mal pressentimento.

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P.D.V( Evora )

Acordei e logo percebi que eu estava deitada no chão. O cimento frio comprimia minha bochecha. Abri os olhos e me apoiei na parede. Minhas mãos e pés estavam amarrados com uma corda prateada. Fiquei sentada com as costas apoiadas na parede do que parecia uma pequena sala de estar. Era uma casa de aspecto abandonado. Estava frio. Não havia fogo na lareira.

—Ah! Você acordou!

Marcus me observava sentado em uma poltrona vermelha.

—Achei que não fosse acordar. Não se preocupe. Sua morte não será dolorosa. Apenas quero um pouco de...Diversão. Seus amigos logo devem estar chegando. Eles irão adorar ver a doce Evora me entregar seu precioso coração.

—Por favor! Não faça nada de mal com eles! Me mate agora se for preciso, mas deixe-os em paz!

Lágrimas corriam pelos meus olhos e caíam no colo do meu vestido. Ah, é tudo culpa minha! Por que fui meter meus amigos nisso? E Fred? Não! Mais lágrimas turvaram minha visão.

—Está muito bonita, filha. Que bom que irá morrer tão bela. Com um vestido tão bonito...

PAM!

A porta da casa se abriu com uma pancada e meu coração deu um salto. Mas logo paralisei. O que Magno Malfoy estava fazendo ali?

—Marcus, pra que fazer isso? Ela é só uma garota...

—Só uma garota? Só uma garota, Magno? Ela possui o Coração de Rubi! Eu o procuro à quinze anos! E ele será meu essa noite. E não será você que irá me impedir de cumprir meu objetivo.

Os dois sacaram as varinhas. Feitiços voavam para todo lado. Me abaixei e me Encolhi atrás de uma mesa. Tentei me desfazer das cordas, mas estava difícil sem a minha varinha. Espera aí! Talvez eu consiga me soltar sem usar a varinha! Vamos lá, Coração, vamos ver do que você é capaz...

Fechei os olhos e me concentrei com todas as minhas forças nas cordas que apertavam meu pulso. Senti que elas se afrouxaram estava quase para tirá-las quando ouvi uma pancada.

O professor Malfoy estava no chão.

—Ah meu Deus! -exclamei.

—Não se preocupe. Apenas está desacordado. Não está morto. Não Ví sentido em matá-lo. Ao contrário de você.

Ele se abaixou e retirou as cordas do meu pé. Decidi deixar as cordas frouxas no pulso como fachada. Se eu tivesse apenas uma chance...

—Levante-se! Vamos ver se os seus amiguinhos virão assistir à sua morte. Quem sabe eu mato mais algum assim que tiver em posse do Coração. Ouvi dizer que há uma sangue ruim no meio...

Meu coração se contraiu. Hermione não..

Chegamos a uma pequena rua, com lojas de utensílios de caldeirões fechadas.

—Vamos esperar aqui. Eles vão querer se despedir.

xxxxxxxxxx

P.D.V( Fred)

—Acho que escutei alguma coisa! Por aqui!

Seguimos Gina. Estávamos perto da Florean Fortescue. Saímos correndo de lá. Ao virarmos na esquina da rua escura e fria, lá estava ele. A varinha em punho. Os olhos injetados e ferozes.

—Ora, ora. Eles vieram, Evora. Que bom. Achei que teria que esperar a noite toda.

—NÃO SE ATREVA A TOCAR NELA!

Minha mão apertava a varinha apontada para Marcus. Os outros repetiram o gesto.

—Esse é o seu namoradinho, Evora querida? Não irá se importar se eu me livrar dele também, não é?

—O FRED NÃO! ME MATE AGORA MAS DEIXE ELES FORA DISSO!

—Que tocante. Dar a própria vida pelos amigos. Um gesto nobre, devo dizer.

Tentei estuporá-lo, mas ele desviou e seu rosto adquiriu mais ódio.

—Cretino! Você será o primeiro a morrer!

—Sabe qual é o seu problema? Marcus? Você fala demais.

Começamos a duelar e para matar. Os outros correram para soltar Evie e Marcus nem percebeu. Desviei algumas vezes dos jatos vermelhos e um Avada passou raspando pelo meu braço.

—Expelliarmus!

Minha varinha voou da minha mão e eu caí no chão desequilibrado. Me recompus e encarei Marcus. Se ele quisesse fazer algum mal a Evora, teria que me matar primeiro.

—Não há para onde fugirem. Tudo acaba aqui.

Ele gritou "Avada Kedavra" e um corpo correu na minha direção. Apenas distingui uma massa de longos cabelos pretos se colocar na minha frente.

—Nãããooo!!!

Evie caiu no chão aos meus pés.

—SEU DESGRAÇADO! 

—Uma hora ou outra ela ia morrer mesmo. Agora, acho que é sua hora de ir se juntar a ela, rapaz.

Eu agi rápido e recuperei a varinha. Antes dele terminar de pronunciar a maldição gritei o primeiro feitiço que me veio à mente.

—Reflectium Máxima!

Senti um impulso que me jogou para trás e vi Marcus ser atingido pelo próprio Avada Kedavra. E cair morto no chão.

—Évora!

Me agachei e segurei seu rosto.

—F- Fred?

—Ah Merlin! Você ainda está viva! Por favor, aguente firme!

—Não...Fred... Estou com sono..

—Meu amor, fica comigo!

Carreguei Evie no colo e Gina me ajudou a colocá-la na minha vassoura. 

—Por favor....mais um pouco....

Mal desci na entrada do castelo e entrei a toda no salão. Todos olhavam curiosos para a garota quase desacordada no meu colo.

—RÁPIDO! ALGUÉM ME AJUDE! 

Dumbledore se aproximou com McGonagall.

—Foi Marcus?

Acenei afirmativamente para o diretor.

—Madame Pomfrey. Vamos até lá.

Corremos até a enfermaria e colocamos Evie na cama.

—O que aconteceu com ela?

Contamos correndo toda a história.

—Por Merlin! Ela ainda está viva depois de receber a Maldição da Morte?!

—Ela possui algo muito poderoso, Papoula. Mas temo em pensar que talvez não seja suficiente...

Dumbledore olhou tristemente para Evie. Ela não vai morrer!

—Vou fazer o possível com ela. Se vocês puderem esperar lá fora...

Saímos e ficamos no corredor. Gina e Hermione choravam silenciosamente. Harry e Rony tentavam consolá-las.

Não sei quanto tempo havia se passado até que Madame Pomfrey apareceu.

—E então? Ela está melhor? Podemos vê-la?

Perguntei. Madame Pomfrey enxugou discretamente uma lágrima.

—Desculpe, senhor Weasley. Mas ela não passa dessa noite.

Perdi o chão. Não era verdade. Não podia ser.

—Ela me pediu para chamá-lo.

 

Entrei na enfermaria. Evie sorriu fracamente.

—Oi.

—Oi.

—Fred...por favor, eu precisava te ver.

—Evora, por que não usa o desejo do Coração? 

—Eu não consigo... Estou muito fraca...Madame Pomfrey fez com que eu tentasse. Mas não consegui. Eu quero te dar uma coisa...meu coração. Você já o tem. Mas não nesse sentido.

E deu uma risadinha fraca, distante.

—Eu te amo Fred. Por favor, não fique se lamentando. As pessoas fazem loucuras quando amam...eu não hesitaria em fazer de novo.

Peguei na sua mão.

—Eu te amo, Evora. Se eu pudesse te daria a minha vida. 

—Se você me der um último beijo eu fico feliz.

Beijei seus lábios. Havia amor, lágrimas, saudade...tudo envolvido naquele contato.

—Aceite esse presente, Fred. Dado de bom grado. De mim para você.

Senti um calor na minha mão que ela segurava.

—Adeus...Fred. Te conhecer foi a melhor coisa que me aconteceu. Adeus...

E ela fixou o olhar em mim. Abri minha mão e um pequeno coração pulsava fracamente. E parou. O olhar de Evora ficou fixo nos meus olhos. Olhos que ela não via mais.

Ela havia partido, para longe. Levando meu coração junto. E todo meu mundo.


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Notas finais do capítulo

Por favor, me perdoem.
Snif, snif.



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