E o que Acontece depois ? escrita por Temari Nara


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Maais um, que consegui fazer em duas semanas



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“Shun estava muito abalado com o que os garotos haviam lhe dito, mas sabia que, por estar longe do hospital, do avião, e achava que Dan não estaria em casa, não tinha como falar com ele. Ele então resolveu focar na Alice, pois sabia que ela estava perto, e até demais. Mas o que Shun não sabia, era que Dan, na verdade estava tentando ligar para Shun. Ele tentava contato pelo avião, mas foi em vão, pois ninguém respondia e ele não fazia a mínima idéia do por que. Dan fica bastante triste e chateado com isso, e resolve dar uma volta, deixando sua mãe ainda mais preocupada. Dan dá uma volta no quarteirão, com as mãos nos bolsos e de cabeça baixa, e depois passa em frente à mansão de Marucho, e fica parado lá, olhando para o alto. Depois ele anda na direção da Torre Wardintown e decide dar uma passada lá. Apesar de esta Torre lhe trazer bastantes lembranças do Shun e isso o fazer sofrer mais, ele entra do mesmo jeito. Chegando lá, ele percebe que não tinha ninguém lá, estava completamente vazia. Resolve admirar o silêncio, e toda aquela quietude, só lhe fazia lembrar que, Shun adorava o silêncio e ficar sozinho.”

 

 

Dan: Shun...  Hum... Sei que iria adorar todo esse silêncio e essa paz. Desde pequeno... Você sempre foi assim.

 

 

-Flash Back Is a On-

 

 

Dan: Anda Shun, passa a bola!

 

Shun: Não. Agora é minha vez de decidirmos o que vamos fazer.

 

Dan: Mas nem passou tanto tempo assim que nós estamos jogando bola.

 

Shun: Passou sim, Dan. Você que é muito cabeça oca e não percebeu.

 

Dan: Ah, você sempre fala isso! Mas e aí, do que você quer brincar?

 

Shun: Não, agora não iremos brincar.

 

Dan: Como assim?

 

Shun: Agora iremos curtir o silêncio e a quietude, e sentaremos em baixo dessa árvore. –Ele se senta-

 

Dan: Mas isso não é brincadeira. É muito chato ficar parado, sem fazer nada. Essa quietude toda me irrita.

 

Shun: Agora é minha vez de decidir, e do mesmo jeito que você me fez passar 2 horas jogando bola, subindo em árvores, correndo o parque inteiro...

 

Dan: Como se você não gostasse disso.

 

Shun: Eu realmente gosto. Mas continuando... Agora vamos sentar, respirar um pouco e ficar em silêncio, pois estamos muito cansados e se não pararmos agora, forçaremos nossa condição física.

 

Dan: Ótimo, lá vem você com esses papos seu de ninja. Ninguém merece.

 

Shun: Se não quiser acreditar em mim, pode ficar correndo aí igual um louco para ver o que vai acontecer com seus músculos.

 

Dan: Eu não quero ficar parado. Vamos brincar!

 

Srª Kuso: Daniel respeite o Shun. Ele aceitou brincar com você de tudo, então aceite ficar parado, pelo menos um pouco. Isso faz bem, sabia?

 

Dan: Mas mãe...

 

Srª Kuso: Mas nada, Daniel. Pare um pouco.

 

Dan: Tudo bem.

 

 

Alguns segundos depois...

 

 

Dan: Já sei!

 

Shun: Você não consegue ficar nem um minuto quieto?!

 

Dan: Que tal decidirmos se ficamos parados ou brincando em uma luta?

 

Srª Kuso: NADA DISSO, DANIEL! VOCÊ VAI RESPEITAR O SHUN, DO MESMO JEITO QUE ELE TE RESPEITA! EU TE DEI EDUCAÇÃO GAROTO, ENTÃO A DEMONSTRE.

 

Dan: Tudo bem mãe, me desculpe.

 

Srª Kuso: NÃO É A MIM QUE VOCÊ DEVE PEDIR DESCULPAS, É AO SHUN.

 

Dan: nuehasudnm... –Ele resmunga-

 

Srª Kuso: Está resmungando o que, garoto?

 

Dan: Nada mãe. Shun me desculpa e você também Srª Kazami.

 

Srª Kazami: Não tem problema meu amor. Só acho que você e o Shun deviam parar de discutir.

 

 

“Shun, que estava sentado em baixo de uma árvore, surpreendentemente se levanta, e olha para Dan.”

 

 

Shun: Ok, eu aceito.

 

Dan: Aceita o que? As desculpas ou a luta?

 

Shun: As duas.

 

Srª Kazami: SHUN, o que foi que eu disse sobre lutas?

 

Shun: Ah...  "Não brinque de luta com o Dan porque você pode acabar machucando-o, já que diferente dele, você tem treinamento ninja todo dia com seu avô, e isso não seria justo." -Ele imita a voz da mãe com uma cara de deboche-

 

Srª Kazami: Que bom que aprendeu. E se pensa que não percebi, é melhor desmanchar essa cara de deboche agora, se não quiser que eu mesma faça isso.

 

Shun: Desculpe mãe.

 

Dan: Eiii! Está querendo dizer que sou fraco?

 

Shun: Não, mas também não é mais forte que eu!

 

Dan: Aaaaaaaaaaaaaaah!

 

 

“Dan e Shun correm um na direção do outro, e começam a se bater. Shun estava puxando o cabelo de Dan, enquanto o mesmo puxava a orelha dele. Até que os dois acertam um soco, não muito forte, na barriga do outro e caem. Eles começam a rir de si mesmo.”

 

 

Dan: Meu cabelo... Está todo... Bagunçado!

 

Shun: E minha orelha?! Ela está... Vermelha... Igual... Um tomate!

 

Dan: Eu sei!

 

Shun: Olha quem fala... Seu cabelo... Está um... Horror!

 

Dan e Shun: Grrrrrrrrrrrrrrrrrr...

 

Srª Kuso: O Daniel fica muito feliz quando o Shun vem para brincar com ele. Mas não sei por que motivo eles sempre brigam.

 

Srª Kazami: O Shun também fica muito feliz quando vê o Dan, mas eles têm uma implicância um com outro...

 

 

-Elas começam a rir-

 

 

Srª Kuso: Meu pequeno Daniel ficou muito triste quando soube que o Shun mudaria de escola. Ele chorava todo dia, e eu não sabia o que fazer para consolá-lo. Nunca tinha visto o Dan daquele jeito.

 

Srª Kazami: Eu não queria forçar o Shun a mudar de colégio, mas toda semana viajar... Estava ficando muito cansativo para ele. Eu sentia muito a falta dele, mas eu gostava de vê-lo com o Dan, ele ficava feliz. Mas não sei como ele conseguia brincar sempre com o Dan depois da viajem e da escola.

 

Srª Kuso: Toda semana o Daniel arrumava o quarto dele. Ele me dizia que era porque não gostaria que o Shun ficasse no meio de um lixão. Ele é tão pequeno, então eu sempre o ajudo.

 

Srª Kazami: Acha que os dois sofrerão muito com essa separação?

 

Srª Kuso: É isso o que eu mais temo. Depois que o Shun mudou de escola, o Dan não anda muito bem. Acho que ver o Shun uma vez por mês está deixando ele bem triste e chateado.

 

Srª Kazami: Eu sempre evito falar do Dan para o Shun, pois quando eu faço isso, percebo que meu pequeno fica muito triste e para baixo. Isso me deixa com o coração partido.

 

 

Alguns minutos depois...

 

 

Dan: É muito chato ficar parado. Eu não sei como você agüenta.

 

Shun: Eu ganhei a corrida, então ficaremos parados, e admirando o silêncio. O que quer dizer que você tem que calar a boca.

 

 

Mais alguns minutos depois...

 

 

Dan: Sabe... Até que não é tão chato assim, ficar um pouco quieto. Eu posso sentir a brisa do vento...

 

Shun: Podemos ouvi-la também.

 

Dan: É algo muito gostoso de fazer. Agora sei por que você gosta tanto assim do silêncio.

 

Shun: Uhum. Agora cala a boca.

 

Dan: (Hehe... Você nunca muda...)

 

 

-Flash Back Is a Off-

 

 

Dan: Por que será que o Shun está daquele jeito? Eu sei que aconteceu algo com ele, mas ele não quer contar... Eu nunca vi o Shun assim, ele parecia não estar bem. O semblante dele... Não era aquele mesmo semblante frio e mal-humorado de sempre... Era meio triste, diferente daquele alegre que eu vi alguns minutos antes dele embarcar.

 

 

“Dan começa a se culpar pelo o que está acontecendo com Shun, mesmo não fazendo a mínima idéia do que seja. Ele então começa a chorar desesperadamente, colocando tudo que ele estava sentindo naquele momento, pra fora. Dan sofria muito, pois sabia que, provavelmente não veria mais Shun, já que ele mora muito longe. E quando vê seu melhor amigo, o vê daquele jeito. Ele sabe que Shun não irá falar o que está acontecendo, mas não agüenta vê-lo sofrendo, sem fazer nada.”

 

 

Dan: Eu sou um... Péssimo amigo! Como pude... Não perceber o que... Estava acontecendo com ele?! O Shun... Sempre me ajudou... E é assim... Que eu RETRIBUO?! Agora ele está lá... Sofrendo em silêncio... E eu aqui... SEM FAZER NADA!

 

Runo: PARE DE SE CULPAR!

 

Dan: R... Runo?

 

Runo: VOCÊ NÃO SABE O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM ELE, PORQUE ELE NÃO FALOU. ENTÃO NÃO SE CULPE DE ALGO QUE VOCÊ NÃO SABE!

 

Dan: Mas... Mas Runo...

 

Runo: MAS NADA, DAN! Talvez o Shun... Só precise de um tempo para esfriar a cabeça. Dê esse tempo a ele.

 

Dan: E se...

 

Runo: Ele vai ficar bem Dan. Quando ele estiver com a cabeça fria e quiser conversar com você, ele vai falar. Mas não o apresse. –Ela o abraça- Vai ficar tudo bem, eu prometo.

 

Dan: Obrigado... Runo.

 

 

“Shun decide comprar algo pra Alice, pois tinha alguns trocados no bolso. Daria esse presente quando voltasse para o hospital, mesmo que ela não estivesse acordada. Ele caminha naquela rua, que já estava lotada de pessoas e barracas, que vendiam coisas fofas de namorados, como ursinhos de pelúcia, bombons, flores, cartões, balões em forma de coração, etc. Shun caminhava com a cabeça um pouco baixa e nunca tinha se sentido assim, ele não sabia o que fazer. Todos seus sentimentos, que antes eram ocultos, e às vezes até mesmo para ele, se misturaram e ficaram fortes, tão fortes que ele já estava perdendo o controle de tudo. Ele então procurou esquecer a culpa, a tristeza, a raiva e o amor. Conseguiu esconder todos, colocando na cabeça que mais tarde conversaria com Dan, e pediria desculpas. Apenas um sentimento foi mais forte que todos eles juntos: O amor. Ele se lembra da Alice e sorri, e percebe que agora, mais do que nunca, tinha certeza que a amava, mas não conseguia enxergar que ela sentia a mesma coisa por ele. Agora ele andava com um sorriso no rosto e seu semblante agora era leve e alegre. Alguns minutos depois, Shun avista uma barraca com bastantes coisas fofas. Aquilo o deixa meio sem jeito, mas ele vai mesmo assim. ”

 

 

Vendedor: Oi. Boa tarde garoto, ou será boa noite?

 

Shun: Tanto faz...

 

Vendedor: Hum... Vai comprar algo para a namorada?

 

Shun: -Vergonha- Bom, não é bem uma namorada...

 

Vendedor: Quer dizer que você gosta de uma garota, mas não consegue dizer isso a ela?

 

Shun: É por aí mesmo...

 

 

“Shun vê um ursinho de pelúcia todo preto, com alguns detalhes pretos e roxos, e lembra o que Komba havia dito sobre um 'livrinho' verde e preto.”

 

 

Shun: (Acho que esse vai combinar com o diário dela, mas...) Dessa cor, só tem esta mensagem?

 

Vendedor: Uhum. Muitos ficaram enjoados ou não gostam do tradicional vermelho, e compram essa cor. Se você não está conseguindo falar para ela que a ama, deixe esse ursinho dizer. Eu sei que é uma mensagem muito forte e direta, e talvez você não queira dizer isso a ela agora, mas não tenha medo garoto. Aproveite o dia de hoje, e seja feliz.

 

Shun: (A Alice deve gostar dessa cor, já que o diário dela também é assim. Então... Vai ser esse mesmo) Eu vou levar. Quanto é?

 

Vendedor: 20 U$.

 

 

-Shun dá o dinheiro-

 

 

Vendedor: -Embalando- Esta cor é mesmo muito bonita.

 

Shun: Uhum.

 

Vendedor: Está aqui, garoto. Espero que você e essa garota consigam ficar juntos, e não tenha medo de demonstrar seus sentimentos.

 

Shun: Antes fosse assim tão simples.

 

Vendedor: Entendo...  Obrigada, e volte sempre!

 

 

-Shun volta ao hospital-

 

 

Enquanto isso, na Torre Wardintown...

 

 

Runo: NOSSA, olha só que horas são! Eu nem vi o tempo passar.

 

Dan: Você tem mesmo que ir embora?

 

Runo: Uhum. Eu fiquei de ajudar meus pais lá na padaria.

 

Dan: Então por que você passou aqui?

 

Runo: Meu pai pediu para comprar umas coisas, e como estava passando por aqui perto, imaginei que você estivesse aqui, e quando cheguei você estava chorando. Nos vemos mais tarde?

 

Dan: Tudo bem, mas vê se não se atrasa.

 

 

“Runo vai embora, e Dan permanece um tempo lá, ainda pensativo. Estava tão concentrado em seus pensamentos, que nem percebeu que seu telefone tocava. Só depois de bastante tempo, ele enfim atendeu ao telefone.”

 

 

-Alô?

-Dan, por que você demorou tanto para atender ao telefone?

-Desculpe-me mãe, mas eu não tinha percebido.

-Dan, tem certeza que está tudo bem?

-Tenho sim, mãe.

-Daniel, vem para casa, por favor.

-Não precisa se preocupar mãe, eu estou bem.

-Eu sei disso, mas vem pra casa. Você está com a cabeça cheia por causa do Shun, mas não é seguro você ficar andando por aí assim.

-Como você sabe sobre o Shun?

-A Runo me telefonou. Ela me disse que você não está muito bem. Mas você precisa esquecer um pouco isso. Ele vai ficar bem, e quando quiser, ele vai te contar o que está acontecendo. Dê um tempo a ele.

-(A Runo disse a mesma coisa...) Tudo bem, mãe. Eu já estou indo para casa.

-Obrigada, meu filho. Eu estou te esperando.

 

 

“Já Shun, demorou um tempo para chegar ao hospital, pois não fazia idéia de como entregar aquele presente a Alice, e tentava imaginar uma maneira no caminho. Já no hospital, Shun permaneceu sentado no mesmo lugar onde Komba teve que esperá-lo, segurando o presente. Ele estava ali, por que já tinha saído o diagnóstico de Alice, dizendo que ela estava com uma forte pneumonia, o que causava seus desmaios. Como ela tinha uma saúde forte, era preciso apenas que ficasse aquela noite no hospital. Ela estava dormindo, e mesmo dizendo que iria entregar o presente para ela, por mais que estivesse dormindo, Shun não teve coragem de entrar naquele quarto. Pois não iria agüentar ver a pessoa que ele tanto ama, ligada a um monte de tubos, como viu sua mãe alguns meses atrás. Ele se culpava pelo que estava acontecendo com Alice, e tinha medo de também perdê-la. Komba chega e se espanta por ver Shun cabisbaixo e arrasado. A princípio, ele não faz a menor idéia do que fazer, já que não conviveu com esse lado sentimental do Shun. Mas logo em seguida, ele se senta ao lado de Shun, e percebendo que o mesmo não está nem aí com o que está acontecendo ao seu redor, Komba resolve falar tudo que pensava do mesmo jeito.”

 

 

Komba: Por que você não está lá dentro?

 

Shun: Vê se não enche...

 

Komba: E vê se responde a minha pergunta!

 

Shun: O diagnóstico dela saiu...

 

Komba: E lá está dizendo que ela pegou uma forte pneumonia, e você não quer ir lá ver como ela está, porque prefere ficar se culpando como um coitado. –Shun olha pra ele- Olha Mestre Shun, eu te respeito bastante, mas você é um burro!

 

Shun: Como é que é?

 

Komba: É isso mesmo que você ouviu: Você é um burro! Em vez de estar lá dentro apoiando-a, você está aqui se lamentando por algo que não fez. Mas não é por isso que você é burro, não. Você é BURRO, porque é o único que não se toca dos verdadeiros sentimentos da Alice, e acaba machucando-a, e até a si próprio.

 

Shun: Você não entende...

 

Komba: Eu posso não entender o que se passa na sua cabeça e no seu coração, porque na verdade ninguém sabe. Mas todo mundo sabe o que ela sente, pois ela deixou isso bem claro, só você que além de burro é cego, que ainda não percebeu.

 

Shun: O que ela sente por mim é só amizade e nada, ela deve é gostar daquele...

 

Komba: E lá vem você se lamentando de novo... Não adianta você falar que ela gosta do Klaus, porque ele sempre a ajudou, a salvou, etc. Pois ela não gosta. Se ela realmente gostasse do jeito que você e ele acham, não teria discutido com ele daquele jeito, só para te defender. E se pensa que tudo que eu disse a ele era mentira, você se enganou. Ela realmente te ama; Pode não ter dito, mas ações valem mais que palavras, e ela fez. E você, o que fez? Nada! Mas eu pergunto: Por que, se você a ama?!

 

Shun: MEDO DA REJEIÇÃO!... Afinal, como você mesmo disse, eu não fiz nada... Como alguém se interessaria por um cara assim, tendo outro do lado que já fez tudo?!

 

Komba: Alguém que o amasse de verdade?!... Em vez de ficar aí se culpando por algo que não fez, e se lamentando por nunca ter demonstrado nada, por que não entra lá, entrega esse presente e diz que a ama?

 

Shun: Nem você, nem ninguém... Nunca irão entender!

 

Komba: Entender o que?! Que você é o único que não vê que ela te ama?! Que você não quer entrar naquele quarto e demonstrar seus sentimentos, por medo de levar um ‘não’, coisa que não vai acontecer?! Hmph... Você tem razão, ninguém nunca vai te entender. –Ele se levanta- Agora me dá licença que eu tenho uma pessoa me esperando. Sinceramente, eu espero no amor não me tornar um burro como você. –Ele vai embora-

 

 

“Quando era 18h40min, Dan chegou à casa dos Misaki. O pai de Runo, o Srº Misaki achou que Dan estava bonito demais para apenas sair com a Runo, e ficou morrendo de ciúmes.

        Dan estava vestindo uma calça de jeans preto com alguns detalhes verde. Uma jaqueta vermelha, que as mangas iam até um pouco abaixo dos cotovelos, também tinham uns detalhes laranja na borda da manga e da gola. A jaqueta estava aberta, e ele estava usando uma camisa também de manga, só que essa era preta com alguns desenhos azuis no fim da camisa.

 Enquanto Dan permanecia sentado esperando Runo e sua mãe, recebia vários olhares de seu tão amado sogrinho, que mais parecia querer matá-lo ao deixá-lo sair com sua filha. 30 minutos já haviam se passado, mas nada da Runo sair do quarto, e a cada segundo que passava Srº Misaki o encarava mais, e Dan apenas desviava o olhar, pois não queria mais discussão naquele dia, então tentava evitar, mas ele parecia querer discutir e fazer com que Runo desista de sair com Dan. 10 minutos depois, Srº Misaki pediu para que Dan esperasse lá fora, e mesmo um pouco frustrado com isso, ele aceitou e foi. Do nada o pai de Runo apareceu em uma janela e começou a ditar umas regras para Dan, o que o deixou ainda mais frustrado.”

 

 

Srº Misaki: Escuta aqui rapazinho, eu sei que nunca disse nada sobre você e a Runo saírem, mas acho que estava pegando muito leve com você.

 

Dan: O senhor irá impor regras?

 

Srº Misaki: É isso mesmo. Agora preste bastante atenção, pois só irei falar uma vez:

 

: Nada de chegar depois das 23h00min.

: Nada de mão boba.

: Acho bom você fazer desse, o melhor passeio da vida dela. Pois se você magoá-la, eu corto sua língua e sirvo amanhã para os clientes.

: Se sabe o que é melhor pra você é bom não...

 

Runo: PAI PÁRA! Que coisa mais careta essa. O Dan sempre me tratou bem, e não seria agora que ele não trataria.

 

Srº Misaki: Mas filha...

 

Runo: "Mas" nada, pai. Agora, vá para dentro e descansa, pois você e a mamãe estão muito cansados, além do mais, amanhã vocês tem que trabalhar. Pode deixar que eu volto antes das 23:00min.

 

Srº Misaki: Tudo bem filha, bom passeio pra vocês. E estou de olho em você, hein rapazinho. -ele entra-

 

Runo: Você vai ficar calado a noite inteira?

 

 

“Desde quando viu Runo, Dan ficou totalmente sem palavras, pois ele nunca tinha visto Runo assim tão bonita. Ele a fitava de tal maneira que chegava a deixá-la vermelha.

     Runo estava com o cabelo preso em um coque com alguns fios soltos e usava um vestido tomara-que-caia na cor azul-bebê, que ia um pouco acima dos joelhos. Também usava um salto fino preto, não muito alto, de tiras, com algumas pedras brilhantes. No rosto usava apenas delineador, máscara, lápis que realçavam o verde de seus olhos, e um batom rosinha. De acessório, só usava algumas pulseiras brancas e douradas.

 Mesmo sabendo que já estavam bastante atrasados, Dan demorou um pouco para recuperar a fala.”

 

 

Runo: Dan, nós estamos atrasados. Vamos logo!  -ela passa por Dan-

 

Dan: Runo espera! -Ela para e ele se aproxima dela-

 

Runo: -levemente corada- Que foi?

 

Dan: Você está... Muito linda!

 

Runo: Obrigada. Você também está muito... Lindo!

 

Dan: Hehee... -Ele passa a mão de leve abaixo do nariz- Vamos?

 

Runo: Vamos!

 

 

Chegando ao local de encontro...

 

 

“Marucho, Joe e Chan já estavam naquele local os esperando fazia 45 minutos. Joe e Marucho já estavam bufando de tanto esperar, e Chan estava calma, pois já sabia que Runo faria Dan esperar, foi o combinado delas enquanto saiam em busca de algum presentinho para seus namorados, e tudo estava na bolsinha que Chan estava usando para acompanhar sua saia preta de pregas que ia até a metade de sua coxa, sua blusa era vermelha com uns detalhes em azul, e um salto fino, um pouco maior que o da Runo, branco e também de tiras, mas com uns detalhes em prata. Marucho e Joe se espantaram com tamanha beleza de Runo, o que deixou Chan e Dan com um pouco de ciúmes. Alguns minutos depois de muitos elogios, eles partiram para o tal lugar. Obviamente chegariam muito atrasados, pois o show começaria 20h00min, e a viagem iria durar uns 50 minutos. Teria chances deles nem poderem entrar, mas para a sorte daqueles cinco pré-adolescentes que arriscaram suas vidas salvando o mundo, as duas garotas que fariam o show naquela noite, também muito conhecidas por eles, perceberam que faltava mais alguém ali, que no caso era o Dan. Elas então tiveram um plano: Jenny fingia passar mal enquanto Dan e os outros não chegavam, e quando percebeu sua presença, Jenny disse que já estava melhor.”

 

 

Marucho: Eu ainda não entendi como nós conseguimos entrar.

 

Joe: Foi fácil. O Dan ligou para as garotas perguntando se tinha como elas lhe arrumar cinco ingressos, e elas disseram que como era o Dan, estava tudo bem.

 

Marucho: Que garotas?  Essas lindas que estão dançando?

 

Joe: Não, essas também são freqüentadoras. As que eu me referi, logo irão aparecer.  -olhando para as meninas- Mas eu tenho que concordar, elas são mesmo muito lindas.

 

Marucho: Cadê a Runo, a Chan e o Dan?

 

Joe: A Chan e a Runo foram ao banheiro, e o Dan foi pegar umas bebidas. Por quê?

 

Marucho: Se a Chan te vir falando isso, não acha que ela ficará brava, não?

 

Joe: Tem razão. Ainda bem que ela não está aqui.

 

 

No banheiro das meninas...

 

 

“Runo e Chan estavam sozinhas no banheiro, o que era bom para elas, pois só assim não precisariam ter que aturar alguma garota reclamando do tom de voz das duas, que estavam bufando, porque seus namorados fizeram tanto mistério sobre o tal lugar, e as levaram em uma casa de shows com nome estranho.”

 

 

Runo: EU AINDA NÃO ESTOU ACREDITANDO QUE EU VIM PARAR AQUI!

 

Chan: E por acaso você viu o nome do lugar?!

 

Runo: E você viu aquelas garotas dançando para chamar a atenção dos garotos?!

 

Chan: Eu juro que se algumas delas se quer se aproximarem do Joe, se lá pra que for, eu acabo com qualquer uma!

 

Runo: Eu farei o mesmo se isso acontecer com o Dan. Ele é MEU namorado, e não é porque ele salvou o mundo, que ele deixou de ser MEU.

 

Chan: Agora é melhor a gente voltar para lá, daqui a pouco começa o show de sei lá quem.

 

Runo: Tem razão, é melhor nós irmos cuidar do que é nosso mesmo.

 

 

“Na mesma hora em que as garotas chegam, Dan chega, o que deixa Runo um pouco desconfiada. Alguns minutos depois, chega um cara no palco. Ele se aproxima do microfone, e fica por um tempo parado, o que deixa todos ali presentes, totalmente confusos. Porém, depois de algum tempo, ele resolve falar.”

 

 

- BOA NOITE, GALERA!

 

- BOA NOITE!

 

- Sejam novamente bem-vindos ao "DUPNA"!  Hoje vocês terão a presença de duas lindas e talentosas garotas. UMA SALVA DE PALMAS PARA A DUPLA SUPER SING SOUND: JENNY E JEWELS!

 

 

-O cara sai, e as garotas entram-

 

 

Jewels: BOA NOITE GALEEEEEERA!

 

Jenny: E aí, estão animados para mais uma noite que vai virar dia?

 

-Estamoooos!

 

Jewels: Eu não ouvi direito. Vocês estão animados?

 

-ESTAMOOOOOOS!

 

Jewels: Assim está melhor!

 

Jenny: Ei Jewels, você sabe bem como animar uma festa, hein!

 

 

Lá embaixo...

 

 

Marucho: *-* Eu não posso acreditar! É a dupla Super Sing Sound Extravagância!

 

Joe: São elas mesmas! Eu nunca imaginei que elas fossem tão lindas assim!

 

 

-Chan dá um pisão no pé de Joe-

 

 

Joe: Aiiii...  O que eu fiz de errado dessa vez?

 

Chan: Cala a boca!

 

Dan: Elas são realmente muito lindas, mas sem a Jenny elas não seriam nada. Ela é tão linda e demais, que qualquer garota perto dela, não é nada.

 

Marucho: NUNCA! A Jenny pode até cantar bem e ser linda, mas a Jewels é a melhor. Ela além de cantar bem, tem uma beleza explícita, e um charme que qualquer garota inveja. É por isso que as maiorias das garotas não gostam dela, pois sentem inveja de uma pessoa que além de beleza, charme e cantar bem, atraí garotos como ninguém!

 

Dan: Ela pode até ser linda, mas ela não canta é nada! A Jenny é muito melhor!

 

Marucho: Não é!

 

Dan: É SIM!

 

Marucho: NÃO É!

 

Dan: É SIM!

 

Marucho: NÃO É!

 

Chan: CALEM A BOCA, AGORA!

 

Joe: Chan?

 

Chan: POR ACASO VOCÊ NÃO OUVIU O QUE EU DISSE JOE?

 

Joe: (Desculpe, mas desde quando você lê pensamentos?)

 

 

“Dan e Marucho não perceberam, mas atrás deles, Runo estava pegando fogo de tanta raiva, pois ela não acreditava que eles estavam discutindo por duas garotas que mal conheciam, e estava com bastantes ciúmes do Dan. Ela, por não querer ainda, estragar aquela noite, tentou se controlar, mas a cada palavra que Dan e Marucho diziam, ela ficava mais vermelha e enfurecida. Chan e Joe, assistindo toda aquela cena, ficaram com um pouco de medo de Runo, mas Chan, que estava estressada por Joe ter chamado aquelas garotas de lindas na cara dela, já não agüentando mais aquela discussão por causa de duas garotas e já de saco cheio por tudo aquilo estar atraindo tantos olhares, resolveu dar um fim naquela conversa.”

 

 

Chan: Eu não faço a menor idéia do que vim fazer aqui, mas é melhor vocês calarem boca, pois agora que já estou aqui, eu quero ouvir e ver bem direitinho esse show. E se vocês elogiarem essas garotas, ou brigarem novamente por causa delas, eu juro que eu pego vocês! E ISSO É UMA AMEAÇA!  -Ela vai para perto de Runo- Se acalma um pouco, pois hoje é um lindo dia, e não vamos estragá-los, ainda.

 

Runo: Obrigada Chan. Eu vou tentar me acalmar um pouco.

 

Jenny: Hoje nós temos uns convidados especiais.

 

Jewels: Pois é, temos dois garotos muuuuuuuuito lindos e fofos. E duas garotas super descoladas.

 

Jenny e Jewels: Com vocês: DAN, JOE, CHAN E RUNO!

 

 

-As luzes vão à direção deles, e todos os aplaudem-

 

 

Jewels: Ei Jenny.

 

Jenny: Pode falar Jewels.

 

Jewels: Não acha que estamos esquecendo ninguém não?

 

Jenny: Como iria me esquecer da pessoa mais linda, fofa e educada do mundo?

 

Jenny e Jewels: MARUCHOOOOOOO!

 

 

“Marucho, que já estava triste por achar que elas haviam se esquecido dele, se assusta com as luzes vindas em sua direção, mas logo sorri. Fica ainda mais feliz quando as garotas o convidam para subir no palco e cantar com elas. Dan fica meio decepcionado por não ter sido convidado também, mas logo fica feliz, pois agora não iria se sentir assim tão culpado se saísse dali junto com Runo, pois Marucho estaria se divertindo e nem iria perceber. Mas quando Runo e Chan tinham ido novamente ao banheiro, Dan não esperava que aquela noite tão linda, estava prestes a acabar, pelo menos para ele. Chega uma garota por trás de Dan, com roupas bastante ousadas e o abraça sua cintura, o puxando para perto de si, até que os dois ficam com os corpos colados um no outro.”

 

 

Dan: O que você está fazendo?

 

Garota: Ah, é só uma dancinha, não faz mal né?

 

Dan: Eu preciso ir.

 

Garota: Fica só mais um pouco. Sabia que eu te achei um gato?! Você é todo arrumado, diferente desses garotos que vem aqui de qualquer jeito.

 

Dan: Você também é muito bonita, mas eu preciso mesmo ir.

 

Garota: Bom, se você me achou bonita, quer dizer que eu despertei algo em você, não?

 

Dan: Eu tenho namorada, e estou muito feliz com ela. Mas se ela nos vir assim, não vai prestar.

 

Garota: Se acalma... Ela nem vai saber...

 

 

“A garota beija Dan, diante de Runo, que acabara de chegar. Dan até tenta se soltar, mas a garota o segurou de um jeito que não dá para escapar. Ele tenta virar o rosto, mas não adianta. Ele só vê Runo saindo pela porta da frente, e ela parecia estar com todos os sentimentos misturados. Chan, vendo o que aconteceu com Runo, fica muito frustrada, e dá um puxão de cabelo na garota, que é obrigada a soltá-lo por conta da dor.”

 

 

Chan: -Segurando a garota pelos cabelos- Será que você não entendeu que ele é, ou melhor dizendo, ERA comprometido, não?

 

Garota: Foi só um bei... AI!

 

Chan: E você Dan, não tem vergonha não? A garota se esforça para encontrar um presente para você, se arruma toda, vem a um lugar com um nome super-estranho, descobre que você comprou uma playboy e mesmo assim não quer arrumar uma briga, vem aqui te entregar o presente e encontra você se atracando com uma qualquer?!

 

Garota: Quem aqui você está cha...  AIII!

 

Chan: Cala a boca! E você Dan, é o homem da pior espécie!

 

 

“Quando Chan termina a frase, percebe que Dan já tinha saído correndo atrás de Runo. Ele estava muito preocupado e com pressa, pois a rua estava escura e podia acontecer qualquer coisa com ela, já que não estava bem emocionalmente. Runo estava atravessando uma rua que não tinha nenhuma iluminação, e vinha um carro em sua direção que não possuía faróis, mas ele estava buzinando. Quando Runo percebe, o carro está muito perto dela, e não havia chances dela escapar, mas Dan rapidamente a tira dali e a leva para um banco de praça que ficava do outro lado da rua. Ele percebe que ela estava chorando muito, como ele nunca viu.”

 

 

Dan: Runo...

 

Runo: ME DEIXA EM PAZ, DAN! SOME DA MINHA VIDA... DE UMA VEZ POR TODAS!

 

Dan: Não Runo, eu não vou embora. Você vai ter que me escutar.

 

Runo: EU NÃO QUERO SABER! O QUE VOCÊ FEZ NÃO TEM DESCULPAS!

 

Dan: Eu sei que não tem desculpas, mas pelo menos me ouve.

 

Runo: NÃO! EU NÃO QUERO... EU NÃO SABER MAIS DE NADA... EU NÃO QUERO MAIS SABER DE VOCÊ!... VAI EMBORA!

 

Dan: Não Runo... Por favor... Me peça qualquer coisa, qualquer coisa... Mas não me peça para ir embora... Por favor...

 

Runo: EU DISSE PARA VOCÊ IR EMBORA, DAN!

 

Dan: Eu sei que aquilo que eu fiz... Não tem desculpas, mas foi ela que me agarrou, e eu não conseguia me soltar... Sei também que fui um péssimo namorado, mas podemos recomeçar... Eu prometo demonstrar mais os meus sentimentos, eu só não fazia isso, porque a vergonha me impedia, eu não sabia o que fazer. Mas por favor, Runo, não me abondone.

 

Runo: VOCÊ ME TRAI... E AINDA QUER QUE EU NÃO TE ABONDONE?!

 

Dan: SERÁ QUE NÃO ENTENDE QUE EU TE AMO?! VOCÊ É A PESSOA MAIS IMPORTANTE PRA MIM, EU NÃO CONSEGUIA VIVER SEM VOCÊ, EU NÃO CONSIGO VIVER SEM VOCÊ, EU NÃO VOU CONSEGUIR VIVER SEM VOCÊ! EU TE AMO, E SEMPRE TE AMEI, E NÃO SERÁ UMA QUALQUER QUE VAI MUDAR ISSO! POR FAVOR, ME PERDOA POR TUDO QUE EU FIZ DE ERRADO ATÉ AGORA, MAS EU PRECISO DE VOCÊ AQUI, COMIGO!

 

Runo: Dan...

 

Dan: Runo, por favor, entende... Você tem que me perdoar, você tem que voltar pra mim. Nós dois juntos... Podemos ser feliz.

 

Runo: Não Dan, eu não quero me machucar de novo...

 

Dan: Eu te amo, e nada mais importa. Eu prometo nunca mais fazer nada disso, mesmo que a culpa não for minha, mas volta pra mim amor, eu preciso de você...

 

Runo: Você precisa tanto de mim, mas tanto, que precisou também comprar uma playboy, não é mesmo?!

 

Dan: Esquece a playboy, esquece todo mundo. Eu estou aqui agora, e mais nada importa, nunca importou.

 

Runo: Eu nunca falhei com você, Dan. Porque eu sei que se eu fizesse isso, você iria se sentir machucado, magoado, e porque eu te amava, eu ainda te amo. E você faz tudo isso, me dizendo para esquecer?!

 

Dan: Runo, EU TE AMO. Eu fui um idiota em ter feito tudo isso com você, eu sou um idiota, mas EU TE AMO, EU TE AMO! Volta pra mim, por favor.

 

Runo: Eu não sei... Eu tenho...

 

 

“Antes que ela terminasse a frase, Dan a beija, deixando-a bem assustada. Não querendo colocá-la sobre pressão por ser o primeiro beijo dela, já que o de Dan foi a alguns minutos antes, ele a solta.”

 

 

Runo: Dan, você...

 

Dan: Runo, eu vou falar quantas vezes você quiser: Eu te amo. Esse beijo não é nem a metade, da metade, da metade do meu amor por você. Por favor, volta pra mim, eu não posso viver sem você.

 

 

“Dessa vez, que não deixou o outro terminar a frase foi Runo. Mesmo chorando bastante, ela o beija, e sente algumas lágrimas correrem do rosto de Dan. Era um beijo repleto de paixão e desejo. Alguns minutos depois, eles se soltam, porque por mais que quisessem evitar, tinham que conversar.”

 

 

Runo: Dan... Por que você está assim... Tão preocupado com o Shun, a ponto de ficar um dia inteiro... Arrasado?

 

Dan: Desculpe-me Runo, eu não queria... Estragar esse dia. Mas era... Inevitável. Eu tentei esconder... Mas não conseguia parar de pensar no... Shun. Eu sei que está... Acontecendo alguma coisa com ele, mas não é algo assim tão simples... Porque o Shun, não ficaria assim. Com certeza... É algo muito grave, e eu não consigo... Eu sempre lembro aquele semblante dele, dele me dizendo aquelas coisas... Por mais que o Shun fosse assim, ele nunca falaria comigo daquele jeito... Ele não agiria comigo e com os outros daquele jeito.

 

Runo: Como eu te disse antes, Dan. Dê um tempo a ele... Talvez ele precise pensar. Amanhã ou depois, você fala com ele, se ele quiser assim. Mas... Não o pressione, e não se preocupe tanto. Vocês vão ficar bem... Mas procure esquecer isso, pelo menos um pouco.

 

Dan: Quando nos beijamos... Eu esqueço tudo. -Ele diz com cara de pervertido-

 

Runo: Daaan!

 

Dan: Desculpe-me se seu beijo é hipnotizante.

 

Runo: Aaaaaah...! Eu quero te dar uma coisa.

 

Dan: -Fazendo biquinho- É outro beijo?

 

Runo: Não... Ainda...

 

Dan: Então quer dizer que tem mais um beijo?! -Ele diz entusiasmado-

 

Runo: -Vergonha- É... Mas isso só depois. Eu quero te dar um presente, sabe... Do dia dos namorados. Mas é só uma coisinha, porque eu não tive muito dinheiro e tempo para comprar, já que ontem a Chan estava louca para encontrar algo para o Joe, e por fim ela comprou uma almofada em forma de coração para dar pra ele.

 

Dan: Hehehe... Foi a mesma coisa que ele comprou para ela...  Eiiii, quer dizer que ontem, quando você saiu, você e a Chan foram comprar um presente?

 

Runo: Uhum.

 

Dan: Foi muito gentil da sua parte.

 

Runo: Aqui está...

 

 

“Ela entrega a Dan, um porta-retratos muito bonito, todo em madeira clara, reflorestada e com um verniz transparente por cima. E com alguns toques de um marrom mais escuro. Era justamente a mesma foto que Dan estava vendo quando Runo entrou no quarto. Ela ainda não tinha a foto, porque não sabia de qual delas o Dan gostava, e quando o viu segurando justamente aquela, que ela também mais gostava, se lembrou que Dan, sempre que via aquela foto, embora tentasse esconder, ficava muito vermelho, exatamente como estava agora.”

 

 

Dan: É mesmo... Muito lindo! Muito obrigada Runo.

 

Runo: De nada, amor.

 

Dan: Mas se você está me dando essa foto para nunca mais eu esquecer você, pode ficar com ela, porque isso é coisa que nunca aconteceu ou vai acontecer. -Ela sorri- Eu também tenho um presente para você.

 

 

“Dan lhe amostra um lindo anel dourado com uma pedra verde no meio.”

 

 

Runo: Mas é tão... Lindo!

 

Dan: Não mais que seus olhos.

 

Runo: -Corada- Obrigada Dan, mas você está me deixando sem jeito.

 

Dan: -Olhando no fundo dos olhos dela- Me desculpe, mas o que eu posso fazer se é verdade? Porém, não isso que eu quero falar.

 

Runo: Então, o que é?

 

Dan: Quer namorar comigo Runo?

 

Runo: Mas nós já somos namorados.

 

Dan: Mas eu quero assumir um compromisso forte, sério e definitivo contigo, Runo. É um anel de compromisso.

 

 

“Ela o beija, e ele entende como um sim. Ele conseguia sentir a felicidade de Runo naquele momento, e ela também sentia o mesmo da parte de Dan. Eles nunca haviam se sentido assim antes, e finalmente fizeram as pazes, de novo.”

 

 

Dan: -Colocando o anel- A partir de agora, nós somos um casal não-perfeito, mas que se ama e quero que todos saibam disso.

 

Runo: Concordo em todas as suas palavras.

 

 

“Eles ficam mais um tempo se beijando, e trocando carinhos. Depois percebem que o show já acabou e encontram Chan e Joe também se beijando. Marucho estava dormindo, debruçado em cima de uma bancada de um bar, pois dançou e cantou tanto com as garotas, que estava muito cansado. Eles decidem ir para casa, mas antes Dan precisou ouvir bastante de Chan, e Joe também. Runo ria daquela situação toda, e estava muito feliz por tudo aquilo. Sabia que chegaria tarde em casa, e provavelmente seu pai implicaria com isso, mas para ela nada, nada mesmo iria estragar a felicidade dela naquela noite.

      Já Shun, depois de passar muitas horas pensando, finalmente tomou coragem e decidiu entrar no quarto onde Alice estava internada. Embora com bastante medo de possivelmente ver Alice em estado grave, ele sabia que tudo que Komba disse era verdade, e se ele não entrasse lá, para visitá-la, estaria apenas deixando-a mais preocupada e ocultando mais ainda seus sentimentos. Quando entra no quarto, vê Alice sentada em sua cama, e chorando desesperadamente sobre aquela foto deles. Seu desespero era tanto, que nem percebeu que Shun estava lá, e ele resolveu ficar e tentar ouvir o que ela estava sussurrando.”

 

 

Alice: Eu nunca vou... Me perdoar se algo... Lhe acontecer. Eu não... Vou conseguir... Agüentar! Eu quero você... Aqui. EU PRECISO DE VOCÊ AQUI!

 

Shun: Eu estou aqui...

 

 

“Alice só ouve um sussurro, em seguida lhe vem um arrepio. Ela se assusta por achar que estava ouvindo vozes, mas quando vira um pouco o rosto para o lado, percebe que a boca de Shun estava a centímetros da sua, ficando violentamente corada. Não sabendo o que dizer, apesar também de não saber o que fazer, ela vira o rosto num ato desesperador.”

 

 

Alice: S... Sh... Shun?!

 

Shun: Desculpe-me se te assustei, mas eu precisava vir te ver.

 

Alice: Porque, aconteceu alguma coisa com o Billy, com a Julie, Komba ou Kato? Ai, meu Deus... ACONTECEU ALGUMA COISA COM VOCÊ? Me responde Shun, por favor! O que aconteceu com você? Você está machucado, pegou uma pneumonia também, quebrou alguma coisa, ou é o emocional? ME RESPONDE, SHUN! -Ela diz tudo muito desesperada-

 

Shun: ALICE SE ACALMA!

 

Alice: -Com voz chorosa- Me desculpe Shun, mas é que... Eu nunca iria me perdoar se lhe acontecesse algo.

 

Shun: Eu só queria saber como você estava, não precisa se desesperar com isso. E os outros já estão muito bem, o Billy e a Julie saíram, e acho que o Komba e o Kato também, junto com todas as outras pessoas desse hospital. Resumindo; não tem ninguém, além de nós.

 

Alice: Muito obrigada Shun, eu já estou melhor. Mas por que você não saiu junto aos outros, e depois vinha me ver?

 

Shun: Você é muito mais importante pra mim, do que qualquer outra coisa.

 

Alice: O-O-Obrigada Shun, você também é... Muito importante pra mim.

 

Shun: Hum... Aqui. -Ele entrega o presente e dessa vez ele vira o rosto na direção oposta-

 

Alice: (O que será que...) Ò.Ó É muuuuuuuito lindo! -lendo- ('Eu Te Amo!‘ ?)

 

Shun: Nessa cor, só tinha essa mensagem. Eu achei que você iria gostar, já que combina com o seu diário, e acho que garotas gostam de combinar, ou algo assim.

 

Alice: Não tem problema, é muito...  Diário? Como você... Shun, você leu meu diário? -Ela diz meio desesperada-

 

Shun: Não, porque quando eu quiser saber algo de você, eu te pergunto. Não tem porque eu ler algo que você não quer dizer.

 

Alice: Hmph... Há muitas coisas que eu gostaria de dizer, mas nunca tive coragem. Algo como, vergonha ou medo, me impede.

 

Shun: Eu sei bem como é.

 

Alice: Sabe?

 

Shun: Uhum. É difícil até pra eu demonstrar o que sinto quando eu quero. Não sei se é costume, ou até mesmo a vergonha e o medo, como você disse.

 

Alice: (Shun...) -Ela coloca o ursinho do outro lado- Shun, vira pra mim.

 

Shun: Por quê?

 

Alice: Eu quero te dar uma coisa.

 

Shun: Não precisa de nada não, Alice. Saber que você está bem, já é um ótimo presente.

 

Alice: Tudo bem, mas eu quero te agradecer.

 

Shun: Não precisa Alice...

 

Alice: Mas eu quero. Por favor, Shun, olha pra mim.

 

 

“Quando Shun vira seu rosto, encontra o de Alice a um centímetro do seu, ficando bem corado, exatamente como ele fez com ela.”

 

 

Shun: Alice...

 

Alice: Quando você chegou, você também me deixou assim, Shun, corada e com o coração acelerado. Pra falar verdade, você sempre me deixou assim.

 

Shun: Sei que você nunca foi disso Alice, mas não comece com joguinhos, porque isso me irrita.

 

Alice: Eu sei, mas não é jogo. Eu estou falando sério, Shun. Todo esse tempo que eu passei com você, as brigas, as desculpas, as amizades, as inimizades, essa viajem... Tudo me fez perceber, que...

 

Shun: O que?

 

Alice: Eu acho que, o que eu sinto por você... Não é um simples amor de

amigo... -Ela se aproxima mais um pouco, já fechando os olhos, assim como ele-

 

Shun: ...É muito mais que isso. -Ele diz completando a frase dela-

 

 

“Enfim eles se beijam. Era um beijo completamente apaixonado, cheio de amor e saudade. Era a falta de tocar um no rosto do outro, de sentir o calor do corpo do outro, pela proximidade, de saber os sentimentos do outro apenas com um olhar, ou até mesmo um toque. E, embora a maioria das pessoas quando se beijam precisem de ar, para Shun e Alice não estava faltando nem um pouco, e tão cedo eles não pretendiam se soltar, apenas queriam curtir o momento de estarem um com o outro, de estarem juntos e felizes, sem ninguém para atrapalhar.

      Já Komba tinha o encontro marcado só para as 21h30min, percebe que já está na hora, e que ele estava muito longe do local do encontro. Ele estava justamente naquela enorme rua onde Shun havia comprado o presente de Alice, e estava justamente procurando um, para a garota com quem ele iria se encontrar. Sabendo que já estava atrasado, ele compra o que estava na sua frente, que era uma caixa de bombons amargos. Embora tenha praticado os saltos com Shun, ainda não era muito bom nisso, e resolveu sair correndo mesmo, sempre esbarrando em várias pessoas, e nunca pedia desculpas. Era um local muito lindo que a garota havia escolhido. Era a beira de um lago bem iluminado, que era sempre muito movimentado, mas com o dia dos namorados, e as ruas bem enfeitadas, ninguém estaria lá, além dela e de Komba. Chegando lá, Komba só vê uma pessoa de costas para ele, e apesar de toda aquela iluminação, não conseguiu identificar direito.”

 

 

???: Você está atrasada!

 

Komba: (AtrasadA? E porque essa voz de homem? Pensando bem, essa voz me parece familiar...     Hmph, deve ser paranóia minha. Qual o problema? Tem garotas que tem a voz um pouco mais grossa.) Me desculpe.

 

???: Bom, pelo menos você aqui, o que é menos mal.

 

Komba: Tem razão. Olha, eu trouxe um presente, mas pode ir se decepcionando, porque não é nada muito caro ou especial.

 

???: -Se virando- Pra mim? Obrigada, você é mesmo muito gentil.

 

 

“Komba consegue enfim identificar a pessoa, e se espanta com o que vê, e muito. Ele sente um choque passando pelo seu corpo, e sentia tudo ao mesmo tempo: Raiva, instinto assassino, decepção, tristeza por ter gastado dinheiro à toa, alívio. A única coisa que ele não sentia era calma.”

 

 

Komba: V... V... VOCÊÊÊÊÊ?!

 

???: Eu que digo: Você?!

 

Komba: EU NÃO ESTOU ACREDITANDO, QUE GASTEI DINHEIRO À TOA, PARA ME ENCONTRAR COM VOCÊ, KATO!

 

Kato: E eu, que essa hora devia estar no SPA para o encontro das 22h00m!

 

Komba: ENTÃO VOCÊ PRETENDE ME TROCAR POR OUTRA QUALQUER?! EU NÃO ESTOU ACREDITANDO NISSO.

 

Kato: O que eu posso fazer se ela faz um bolo de morango com chocolate delicioso?!

 

Komba: EU TAMBÉM TROUXE CHOCOLATE.

 

Kato: Me dá! -Ele toma o chocolate da mão de Komba- Mas porque você não me disse no chat, que era homem?

 

Komba: -irônico- Será porque no meu sexo estava masculino, e eu só falava de treinamento ninja e que e tenho um mestre?

 

Kato: Eu achei que fosse uma menina que gostasse de atividades diferentes, e nem percebi que no seu estava escrito.

 

Komba: Quem tinha que fazer as perguntas sou eu! Então aí vai: PORQUE VOCÊ COLOCOU KAT55, SE VOCÊ É UM CARA!

 

Kato: No apelido só podia no máximo 5 caracteres. Então eu coloquei Kat, de Kato, e 55 que é a minha idade.

 

Komba: Ò.Ó Você tem... 55 anos?

 

Kato: Uhum, mas ainda tenho a alma de um adolescente!

 

Komba: O.O POR QUE VOCÊ NÃO COLOCOU SÓ KATO? E PORQUE VOCÊ ME DISSE QUE SE CHAMAVA KATERIN?

 

Kato: Porque era esse nome que minha mãe queria colocar em mim, porque achou que eu iria ser mulher. Então, quando soube que eu nasci homem, isso só na hora do parto, ela colocou Kato. E pensando bem, eu poderia ter colocado Kato mesmo... Estranho eu não ter percebido isso na hora...

 

Komba: ¬¬ Mas é muito anta mesmo! Onde é que eu vim parar, meu Deus!

 

Kato: -Comendo os bombons- Huuuuuuuum, é bombom amargo! Eu AMO bombom amargo!

 

Komba: Me devolve, eu comprei com o MEU dinheiro!

 

Kato: Mas foi MEU presente. Então, me dá licença que eu tenho que ir a um SPA, porque dentro de 40 minutos tenho uma linda garota me esperando, e dessa vez é mesmo uma garotA! -indo embora-

 

Komba: TOMARA QUE VOCÊ ENCONTRE UM VELHO CHEIO RUGAS NA CARA, IGUAL ACONTECEU COMIGO AGORA!   Hmph... Em outra vida eu era o demônio em pessoa, eu atentava os outros, fazia mal as pessoas, eu era um Serial Killer, eu tacava fogo por onde passava, e nessa vida Deus resolveu me castigar em triplo tudo o que eu fiz, porque não é possível! Porque tudo acontece comigo?! É o Mestre Shun, é essa viagem, é o Billy e a Julie me deixando louco, e agora é mais essa! E agora eu estou falando sozinho! Eu estou ficando louco... Continuo falando sozinho...

 

 

“Ainda no hospital, Shun e Alice ainda se beijavam apaixonada e calorosamente, quando o inesperado aconteceu.”

 

 

???: É... Atrapalhamos?

 

 

“Os dois são obrigados a se soltar, ao ouvir que uma voz aparentemente familiar vinha da porta. Assim que se soltam, primeiramente eles se olham, e só depois de alguns segundos os dois olham para a porta.”

 

 

Alice: B... Billy? Ju... Julie?

 

Billy: É... Vejo que atrapalhamos o momento de vocês.

 

 

-Alice fica vermelha, e Shun lança um olhar mortal para Billy, deixando-o assustado-

 

 

Alice: Eu pensei que... Vocês tivessem saído.

 

Julie: Bom... A verdade é que... Eu e o Billy...

 

Alice: Vocês ficaram se beijando no quarto onde ele havia sido examinado?

 

Julie: Uhum...

 

Alice: Não tem mal nenhum nisso. Mas porque passaram aqui?

 

Billy: (Que pergunta besta...)

 

Julie: Nós queríamos ver como você estava. Mas vejo que você já está muito melhor e bem acompanhada, não é?

 

Alice: -Corada- É...

 

 

“Percebendo bem toda a situação, Shun levanta da cama e se dirige a porta”

 

 

Shun: Acho melhor deixar vocês sozinhos, eu já estou indo.

 

 

-Alice abaixa a cabeça-

 

 

Alice: -Susurra- Não Shun, não vai...

 

Julie: Não precisa ir, Shun. Nós já estamos indo, porque vamos dar uma volta na cidade, e vocês podem terminar o que estavam fazendo antes de nós os interromper.

 

 

“Alice fica totalmente vermelha e Shun um percebendo que estava ficando como ela, vira o rosto.”

 

 

Julie: Nós já estamos indo, e desculpa ter interrompido o beijão de vocês, e pode deixar que não iremos contar a ninguém. ; )

 

Alice: Obri... Obrig... Obrigada.

 

Julie: Não tem de quê amiga. Ah, vocês fazem um casal muito lindo e fofo.

 

Alice: Ca... Ca... Casal?

 

Julie: É. Casal. Vocês dois combinam juntos, e muito.

 

Billy: Concordo plenamente, e não adianta tentar esconder, porque no amor vocês são muito ruins. Até mesmo você, Shun. Acha mesmo que não percebi que você ficou todo vermelho quando a Julie disse para você ficar e continuar a beijar a Alice, não?

 

 

“Shun que ainda continuava com o rosto abaixado e virado para outro lado, ergue a cabeça e lança outro olhar mortal para Billy, mas dessa vez era mais ameaçador e mais assustador. Billy logo se vira a porta e sai de lá, apressando Julie.”

 

 

Julie: Tudo bem, eu já estou indo. E não continuem escondendo o amor que vocês sentem um pelo outro, porque pode ser que os outros não, mas eu já percebi que o que vocês sentem, não é só um amor de melhores amigos. É amor, amor mesmo. E sei também que deve ser torturante para vocês assumirem esse amor agora, porque vocês moram muito longe um do outro e dificilmente se verão, mas é melhor do ficar guardando isso só para vocês para sempre. Pensem nisso. Eu já estou indo, e cuide bem dela, hein Shun! Ah, a quem eu quero enganar, é claro que você vai cuidar. Afinal de contas, você a ama. Como alguém apaixonado não iria cuidar tão bem da pessoa que ele ama?!

 

 

“Billy percebendo que Shun e Alice estavam mais vermelhos que um tomate e com medo que Shun fizesse algo com ele, e até mesmo com Julie, a arrastou de lá, deixando-os novamente sozinhos naquele imenso hospital.”

 

 

Alice: Sozinhos... De novo.

 

Shun: Uhum.

 

Alice: Shun me desculpe.

 

Shun: Por quê? Porque nos beijamos e a Julie e o Billy invadiram seu quarto e nos interromperam, e depois eles disseram um monte de coisas? Por favor, Alice.

 

Alice: Mas eu pensei que você me odi...

 

Shun: Não comece com isso de novo Alice. Eu vou repetir para você e vê se entende de uma vez por todas: EU NÃO TE ODEIO! Eu ODEIO que o MASCARADO fez, o que ele fez com o Dan, com a Runo, com a Julie, o Marucho, e os outros que foram enganados como o Komba, mas principalmente com você. Eu não ligo para o que ele fez comigo, mas sim com meus amigos, e principalmente com você. Sei que não foi fisicamente, mas ele te fez sofrer emocionalmente. Por isso eu o odeio. Mas o Marcarado é o Mascarado, e você é você, Alice. O que significa que vocês são completamente diferentes. Sei que nunca teria coragem de fazer nem um terço do que ele fez com todos eles, e que nunca iria, porque eles são seus amigos e você os ama. Sei também que você nunca faria aquilo com ninguém porque você é diferente, você é assim, Alice. Por isso todos gostam muito de você, porque você nunca trairia seus amigos. Diferente dele... Diferente de mim.

 

Alice: Como assim diferente de você, Shun? Você nunca faria isso, você pode ter feito no passado, mas todos erram. E aquilo não foi uma traição.

 

Shun: Não estou falando do passado, Alice. Estou falando de agora.

 

Alice: Você quer dizer, que só porque não quis contar o que estava acontecendo para mim ou para o Dan, acha que isso foi uma traição?

 

Shun: Eu também o tratei muito mal, assim como fiz com o Komba.

 

Alice: Shun, você teve seus motivos para fazer isso. Você não é obrigado a contar nada a ninguém, mas você está preocupando ao Komba e ao Dan. Você está me deixando louca, porque eu, assim com eles, não agüento te ver assim, sabendo que tem algo, sem fazer nada. É difícil para eles, é difícil pra mim. Você não precisa me contar nada, mas quando der, quando você estiver se sentindo melhor, sente para conversar sério com o Dan, nem que seja apenas para dizer que você está bem. E explique ao Komba que você também ficará bem. Eles se preocupam, porque gostam de você.

 

Shun: Eu vou falar com eles. Obrigada Alice, por tudo que você fez.

 

 

“Eles sorriem, e Shun novamente se senta ao lado de Alice.”

 

 

Alice: Éé... E eu posso te pedir duas coisas?

 

Shun: D... De-De... Depende.

 

Alice: Dorme comigo essa noite? -Ela diz meio receosa-

 

 

“Shun se espanta com a pergunta dela, mas decide ser firme.”

 

 

Shun: Não Alice, eu não posso fazer o que você está me pedindo.

 

Alice: Não é isso, Shun. Eu quero que você durma no meu quarto, só para me acompanhar hoje. É que... Eu... Eu...

 

Shun: Você o que?

 

Alice: Eu tenho medo de que aconteça algo comigo, e não saberei a quem chamar. Você é a pessoa que eu mais confio no mundo, mas se você não estiver perto, eu não vou saber o que fazer.

 

Shun: Eu sempre vou estar perto de você, seja lá para que for, e para o que precisar. Você pode me chamar a hora que for, que eu vou te ajudar, eu vou estar lá. Não precisa se preocupar com isso.

 

Alice: Mas não é por isso que eu quero que você durma comigo.

 

Shun: Então por que é?

 

Alice: Eu não vou conseguir dormir sabendo que você pode estar passando mal, que algo está lhe acontecendo, que você não está conseguindo dormir. -Ela fica bem mais vermelha e abaixa um pouco a cabeça- Mas principalmente... Por saber que você não está perto de mim... Que eu... Não consigo sentir seu cheiro... Sentir o calor do seu corpo. Você não precisa dormir junto comigo. Se quiser, posso dormir naquele sofá, e você na cama. Eu só preciso que você esteja perto de mim. Mas se não quiser, eu vou entender.

 

Shun: Só me dê um tempo para pensar, Alice. Por favor. Mas você tinha outro pedido, o que é?

 

Alice: Era que você me tirasse desse hospital, por favor. Eu consigo andar, mas não totalmente, e preciso da sua ajuda.

 

Shun: Você não vai se esforçar, porque não quero te ver ruim. E eu iria te tirar assim que você fizesse esse pedido, seja lá qual fosse. Eu não agüento te ver no hospital, sabendo que a qualquer momento posso te perder também, e seria muito duro para mim.

 

Alice: (Como assim, me perder também? Por que será que ele disse isso?) Obrigada Shun.

 

Shun: Uhum. Vamos? -Shun pega Alice no colo-

 

Alice: Mas assim... Não será cansativo para você?

 

Shun: Não, Alice. E não ligue para isso.

 

 

“Shun sai com Alice daquele quarto, deixando tudo do jeito que estava , apenas pegou o ursinho e as botas dela. Ele foi correndo para sair o mais rápido possível daquele hospital. Na velocidade que ele estava, rapidamente ele chega no avião. Ele logo leva Alice para o quarto dela, e a deita em sua cama. Em seguida ele senta na beira, pois na verdade não deveria ter feito esforço.”

 

 

Shun: Você... Huf, huf... Está... Bem?

 

Alice: Não seria eu quem devia fazer essa pergunta? Você sabia que não podia fazer esforço. Agora está aí, todo cansado.

 

Shun: Hmph... Você... Huf, huf... Está parecendo o... Huf... Komba.

 

Alice: Hum?

 

Shun: Nada... Esquece.

 

 

“Quando Shun recupera o fôlego, Alice enfim toma coragem para perguntar a resposta dele.”

 

 

Alice: É... Shun?

 

Shun: Você quer saber o que eu decidi sobre dormir contigo, acertei?

 

Alice: Uhum. -Ela diz ainda um pouco receosa e olhando para baixo-

 

Shun: Tudo bem.

 

Alice: Tudo bem... O que?

 

Shun: Eu durmo contigo. Embora não seja muita distância entre meu quarto e o seu, eu não iria dormir bem sabendo que você pode não estar bem emocionalmente, já que hoje aconteceram tantas coisas.

 

Alice: Obrigada Shun. Eu sempre me sinto muito melhor quando estou perto de você... Eu esqueço tudo... Quando você está perto de mim, eu só sei pensar em você... Muito mais que o normal. A verdade é que... Eu não entendo muito bem isso, mas na verdade... Eu nunca procurei entender.

 

Shun: Hum... Eu vou tomar um banho, e já volto.

 

Alice: Se quiser pode tomar aqui.

 

Shun: Obrigada, mas não. Eu prefiro tomar no outro. Você vai precisar de ajuda?

 

Alice: Eu me viro.

 

Shun: Tem certeza?

 

Alice: Uhum. Vou tentar tomar banho rápido, assim não me esforço muito.

 

Shun: Qualquer coisa grita.

 

 

“Shun apenas passou em seu quarto para pegar uma roupa, e logo em seguida foi tomar banho. Ele fica com o chuveiro aberto, pensando em várias coisas ao mesmo tempo, mas a que predominava, era Alice.”

 

 

Shun: (Aquele beijo... Aquelas coisas escritas no diário dela... Tudo que ela disse... O que ela fez... Será mesmo que a Alice está... Hmph... Quem eu estou querendo enganar? Ela sempre me viu como um amigo, não será agora que vai mudar. Mas... A Alice nunca agiu assim com ninguém. Nem mesmo com o Klaus...)

 

 

“Shun, depois de muito pensar, sai do banho e passa na cozinha para pegar algo para ele e Alice comerem, já que tinham que se alimentar. Chegando lá, encontra Alice sentada na cama, já com aquele mesmo mini-shorte rosa claro, e aquela blusa roxa de manga, que vai um pouco acima do umbigo, e ela segurava e observava bem o ursinho.”

 

 

Alice: Você é tão fofo. Sabia que verde e preto são duas cores muito lindas? Eu gosto bastante porque... Porque assim como a maioria das coisas, me lembra o Shun. E por falar nele... Eu não sei o que está acontecendo comigo. Antes eu tinha certeza que o amava, mas agora... Eu sinto uma necessidade de ficar perto dele. Eu não sei se estou me tornando possessiva em relação ao Shun, ou se toda essa proximidade, sem ninguém para perturbar, está fazendo esse amor crescer mais. Eu estou um pouco confusa, principalmente aos sentimentos dele. Será que ele sente o mesmo? Ah... Às vezes eu me pergunto: O que me impede de dizer ao Shun que o amo? Mas eu acho que é medo dele não sentir o mesmo, ou medo de que ele me rejeite e nós não nos falarmos mais. Eu não iria agüentar ver ele ir embora para sempre. Seria muito duro para mim... Sabe... Até que você é um bom ouvinte. A partir de agora, eu irei contar tudo o que estou sentindo a você, e no meu diário, eu escreverei coisas que talvez não consiga falar.

 

 

“Alice então ouve um som que mais parecia alguém respirando. Era Shun respirando fundo, e tentando tomar coragem para ir falar com Alice, depois de tudo que ouviu. Ela então olha para o lado, e quando percebe que Shun estava ali, ela fica totalmente vermelha, e vira o rosto para o outro lado, pois sabia que obviamente ele deve ter ouvido tudo, e agora não sabia o que fazer.”


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Notas finais do capítulo

On a valentine's day, On a valentine's day
(I used to be my own protection
But not now)
On a valentine's day, On a valentine's day
('Cause my mind has lost direction
Somehow) b34;

Essa, Leave Out All The Rest e New Divide.
Estranhamente, sempre que ouço essas músicas, e às vezes até outras do Linkin Park, me vem inspiração. Então são essas três que mais me inspiram.