E o que Acontece depois ? escrita por Temari Nara


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Mais um, e ainda não acabei o dia do namorados, que já vai fazer 3 meses que se passou.



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“Alguns minutos depois da saída de Komba, Shun finalmente olhou para Alice. Essa, por sua vez, ainda estava um pouco traumatizada com tudo aquilo, por isso ainda chorava um pouco; de alegria, por ver que ele estava bem, e de tristeza, por saber, que, em um momento, sua vida poderia acabar se algo acontecesse ao Shun. Ela então, se aproxima dele, o deixando sem entender nada. Mas mesmo sensível com aquela história toda, Alice tentou conter o choro, embora fosse difícil. Ela então, se aproxima dele e o abraça.”

 

 

Shun: Por que v-v-você es-está f-a-a-azendo i-i-i-isso?

 

Alice: Eu quero te...  Te aquecer.

 

Shun: M-m-mas você p-p-pode pegar um r-r-resfri-a-a-ado ou c-o-o-oisa assim.

 

Alice: Não...  Não me importo, por tanto que eu...  Esteja com você.

 

Shun: Mas Alice...

 

Alice: Embora seja muito doloroso para mim, eu aceito você não me querer por perto, e mesmo com bastante dificuldade, aceito o fato de você não gostar de mim do mesmo jeito que eu gosto de você. Mas eu não agüento te ver assim, e não fazer nada. -Ela diz isso se soltando dele e andando na direção oposta do garoto- Mas... Eu não posso te... Obrigar a nada.

 

 

“Percebendo que não estava agindo nem um pouco bem com ela, e embora não quisesse que a garota ficasse como ele, Shun resolveu deixá-la cuidar dele.”

 

 

Shun: Alice espera.

 

 

“A garota, que já estava a certa distância e chorava silenciosamente, vira-se repentinamente e vê que o semblante de Shun estava confuso e até mesmo triste, mas ela continuou no mesmo lugar tentando conter o choro.”

 

 

Shun: M-m-m-me desculpe, mas é que eu n-n-não quero t-t-te ver doente ou c-coisa assim por minha culpa, e-e-eu não iria a-a-aguentar.

 

Alice: Shun, eu só...

 

 

 “Do nada, Alice começa a cair para trás e Shun percebe que ela desmaiou e não querendo que ela bata a cabeça no chão e apesar de não estar em um bom estado, Shun corre para agarrá-la e consegue impedir sua queda. Quando a garota estava em seus braços, Shun sabia que ela estava desmaiada, mas o que lhe chamou a atenção era o fato de ela estar sorrindo. Alguns segundos depois, estranhamente, ele mesmo desmaia.

      No hospital, Komba, que estava louco para ver como Shun estava, teve que esperar do lado de fora, e ele já estava com vontade de invadir aquele quarto. Alguns minutos depois, o médico sai do quarto de Shun.”

 

 

Doutor: Bom, ele teve uma recaída por conta de uma pneumonia, e também por ele estar esgotado isso pode ter ajudado na hora do desmaio. Ele parece estar em um péssimo estado emocional.

 

Komba: (Será que isso é por causa da Alice?) Mas quando ele vai poder sair?

 

Doutor: Quando ele acordar, se o estado dele estiver melhor, eu passarei uns medicamentos e podem voltar ao avião. Mas acho melhor não viajarem hoje.

 

Komba: Isso pode piorar o estado dele?

 

Doutor: Não. É que vocês deviam aproveitar a festa! No dia dos namorados, todos os médicos dos três turnos, saem para aproveitar o festival...

 

Komba: Tá, depois você termina de contar suas loucuras. Mas e a garota, como ela está?

 

Doutor: Se refere à Julie, aquela que saiu correndo para ver o namorado? Bom pelo menos ela não vai passar o dia dos namorados sozinha, como você.

 

Komba: Ninguém merece... ¬¬ EU ESTOU FALANDO DA OUTRA GAROTA!  A ALICE, COMO ELA ESTÁ?

 

Doutor: Nossa! Que mau-humor hein!  Você tem que aproveitar! Sabia que a vida é curta?

 

Komba: A sua está ficando mais.

 

Doutor: Paciência é uma virtude, sabia?

 

Komba: Mestre Shun bem que tentou me explicar, mas até hoje eu não sei o significado da palavra "paciência".

 

Doutor: A maioria dos jovens são alegres, entusiasmados, curtem a vida, etc. Mas você é muito mal-humorado! Você sabia que quando eu tinha sua idade, eu sempre saia para tudo quanto é lugar com...

 

Komba: Eu não estou nem aí! Eu só quero saber se a garota está bem.

 

Doutor: Claro que não! Você está aqui!

 

 

“Komba, se segurando para não fazer uma besteira total, joga o médico na parede, e o segura pelo pescoço.”

 

 

Komba: Eu vou perguntar pela última vez: Como está a Alice?

 

Doutor: T...t...tudo bem, eu f...falo.

 

Komba: Eu não ouvi direito. Será que dá para repetir? -Fala com visível tom irônico-

 

Doutor: E... EU FA...FALO!

 

 

-Komba solta ele-

 

 

Komba: E então...?

 

Doutor: Sabe o que é...  Na verdade eu não sei.

 

Komba: Como é que é?

 

Doutor: Não é porque eu não queira, porque acredite, eu quero!  Mas eles não me deixam examinar garotas.

 

 

“Komba, fuzilando o médico com o olhar, diz rangendo os dentes:”

 

 

Komba: Você está querendo me dizer, que desde quando eu entrei nesta droga de hospital, a Alice está ligada a um monte de tubos e não aparece UM DESGRAÇADO DE UM MÉDICO PARA ATENDÊ-LA?!

 

Doutor: N-n-não.

 

Komba: NÃO?

 

Doutor: Sim.

 

Komba: SIM?

 

Doutor: Não.

 

Komba: SIM OU NÃO?

 

Doutor: Não. Tem médicos atendendo ela. Apenas eu não posso atender garotas. Os outros podem.

 

Komba: Sorte sua. Mas quando eles irão me informar sobre o estado dela?

 

Doutor: Faz algum tempo que eles estão lá, então acho que daqui a uns 30 minutos eles saem de lá.

 

Komba: -se sentando- (O jeito é esperar. Fazer o que né... Mas juro que se esse cara me irritar de novo, não sobrar nem um fiozinho de cabelo para contar história...)

 

 

No quarto onde Alice estava internada...

 

 

Enfermeira: Chefinho, nós temos mesmo que examinar essa menina?

 

Enfermeiro Chefe: Sim Kassie. Ela é uma paciente, então temos sim que examiná-la. Por quê?

 

Enfermeira: É que eu tenho algo muito mais divertido para fazermos.

 

Enfermeiro Chefe: É...? O que é? -Fala com um tom malicioso-

 

Enfermeira: Isso! -Ela o beija desesperadamente como se o mundo fosse acabar no próximo minuto-

 

 

-O chefe deles entra no quarto-

 

 

Médico Superior: Eu dou 1 minuto para vocês arrumarem a roupa, pegarem seus materiais e começarem a examinar a paciente.

 

 

Um minuto depois...

 

 

Médico Superior: Eu espero que isso não se repita! A partir das 17h30min, vocês podem fazer o que quiserem, por tanto que estejam do lado de fora do meu hospital. Aqui dentro, eu mando. Daqui a 30 minutos, eu quero o relatório completo desta paciente, ou então podem começar a se desacostumar de ter todo mês U$ 7.500 na conta bancária. -Ele bate a porta-

 

 

Enfermeira: Que cara chato! Não deixa nem a gente curtir a vida. Eu não sei como você agüenta ele todo dia.

 

Enfermeiro Chefe: O pior é que eu não agüento. Tem vezes que me dá vontade de jogar uma cadeira na cabeça dele.

 

Enfermeira: Chefinho, depois de nós examinarmos essa paciente, e entregar o relatório dela, o que acha de terminarmos o que estávamos fazendo antes daquele imbecil nos atrapalhar?

 

Enfermeiro Chefe: É o que eu iria te sugerir agora. -Ele dá um selinho nela-

 

 

No quarto de Shun...

 

 

Komba: Tem certeza de que ele está bem?

 

Doutor: Não.

 

Komba: Grrrrrrrrrrrrrrrrr...

 

Doutor: Está bem, eu já estou saindo.

 

Komba: Que bom que você acordou Mestre Shun. Você me assustou bastante.

 

Shun: O que...  Aconteceu?

 

Komba: Você não se lembra?

 

Shun: Por que acha que eu estou perguntando?

 

Komba: Tem razão. Na verdade é uma looooooooonga história, mas

como sei que você não irá querer ouvir tudo, irei resumir para você.

 

 

-Flash Back Is a On-

 

 

Komba: Mestre Shun, por acaso você sabe onde...

 

 

“Komba se depara com Shun caído no chão, e com Alice em cima dele. A princípio, Komba não entende bem aquela cena, e então se aproxima.”

 

 

Komba: Mestre Shun, você está bem?  Mestre Shun, você está me ouvindo?  Alice?

 

 

“Quando percebe bem, vê que na verdade os dois estão desmaiados e não entende o porquê daquilo, mas nem procura saber. No mesmo momento, ele sai correndo para pedir ajuda. Pensa em pedir ajuda a Julie, mas logo percebe que ela não iria fazer nada. E mesmo sabendo que ele não poderia fazer quase nada, ele recorre a Kato, que obviamente seria melhor do que a Julie.”

 

 

Kato: Mas o que aconteceu?

 

Komba: Eles desmaiaram.

 

Kato: Por quê?

 

Komba: Depois eu te conto, mas nós temos que ajudá-los!

 

Kato: Eu irei levá-los a um hospital, o médico deverá saber o que fazer.

 

Komba: Mas você não pode ir os ajudando, não?

 

Kato: Não entendo nada de medicina, mas agora que já estamos chegando ao espaço aéreo de Madri, os levarei ao melhor hospital de lá.

 

Komba: Qualquer um presta, por tanto que os ajude.

 

Kato: Não, tem que ser o melhor. Vai que o médico não sabe nada?!

 

Komba: Ah, e só mais uma perguntinha: QUEM ESTÁ DIRIGINDO O AVIÃO?

 

Kato: É o piloto automático.

 

Komba: Atá...

 

Kato: Mas ele só dura 3 minutos.

 

Komba: Ò.Ó COMO É QUE É?

 

Kato: É o tempo de ir ao banheiro.

 

Komba: Está esperando o que?  -Ele corre para a cabine-

 

 

No hospital...

 

 

Atendente: Qual é o nome do paciente?

 

Komba: Dos pacientes. São três: Shun Kazami, Alice Gehabich e Billy Gilbert.

 

 

Depois de algum tempo, na recepção...

 

 

Julie: Acha que ele vai ficar bem?

 

Komba: Pela décima quarta vez...  Ele vai, Julie. Custa esperar?

 

Julie: EU JÁ ESPEREI DEMAIS! AGORA ELE ESTÁ LÁ INTERNADO POR MINHA CULPA!

 

Komba: Não está internado, só está sendo examinado, EXAMINADO!  -Ele soletra letra por letra dessa última palavra-

 

Julie: E QUAL É A DIFERENÇA?

 

Komba: Não vou nem te responder. ¬¬

 

Julie: Eu não vou agüentar! Eu quero o Billy!

 

Komba: Ninguém merece...  -.-

 

Doutor: Hihihi, Crianças...   Quem é a Srª Gilbert?

 

Julie: EU, EU, EU!

 

Komba: Desde quando vocês dois se casaram?  -Julie sai correndo para dentro do quarto de Billy- Nem me convidaram para o casamento, seus mãos-de-vaca!

 

 

Lá dentro...

 

 

Julie: Doutor, o que houve com ele? Não me omita nada! -Ela fala quase chorando-

 

Doutor: Bom minha linda, ele só teve alguns arranhões e feridas, ambos causados por impactos. Seu desmaio foi causado por falta da circulação do ar, em outras palavras, ele não estava respirando.

 

Julie: Mas ele vai ficar bem, não vai doutor? Diz que sim, por favor, eu te imploro!

 

Doutor: Veja você mesma.

 

 

“Quando Julie olha bem, Billy já estava sentado, apenas observando e escutando tudo. Imediatamente Julie corre para abraçá-lo, e seu abraço foi tão forte que chegou a deixá-lo sem ar, e embora um pouco transtornada com isso, ela teve que soltá-lo um pouco.”

 

 

Julie: Mas...  Mas como...  Como o Billy está acordado?

 

Billy: O doutor me deu um remédio muito bom.

 

Doutor: Esse remédio levanta até defunto!

 

Julie: Que...  Remédio é esse?

 

Doutor: -Em frente à porta- É Tarja Preta.

 

Billy e Julie: Ò.Ó?!

 

Doutor: Bom, agora eu tenho que atender outros pacientes. E nada de ficar se pegando, hein crianças!

 

Julie: Billyyy...  Por que você fez isso?

 

Billy: Você disse que nós não éramos mais namorados, e não vi mais razão para viver.

 

Julie: Desculpe-me por tudo que eu disse. Mas quero que saiba que nada foi, é ou será verdade. Eu te amo mais que tudo no mundo, e não consigo viver sem você!

 

Billy: Mas então porque você disse tudo aquilo?

 

Julie: Eu fiquei com raiva por você ter gritado comigo, mas eu estava completamente errada. Você me desculpa?

 

Billy: Só se você me desculpar. Eu fui um grosso e um ingrato com você naquele dia. Não devia ter gritado contigo daquele jeito. Me desculpa?

 

Julie: Era só isso que eu queria ouvir.

 

 

“Aos poucos eles vão se aproximando até que se beijam. A princípio foi um beijo inocente, mas aos poucos foi ficando mais profundo como aqueles beijos de cinema. Só que dessa vez foi cheio de amor, paixão, felicidade, e como o anterior, transmitia todos os sentimentos dos dois.”

 

 

Komba: -Com cara de nojo- Argh...! Vocês me dão enjôo!

 

Billy: Será que nem quando eu estou doente você me deixa em paz?

 

Julie: Eu tenho o remédio perfeito! -Ela o beija-

 

Komba: Não sei por que ainda me preocupo... -Ele sai-

 

 

-Flash Back Is a Off-

 

 

Komba: Depois que eu saí, eles ficaram se beijando e acho que a Julie o convidou para sair ou algo assim. O doutor disse que você desmaiou por estar cansado e ter pegado uma pneumonia. Ele também disse que você parece estar em um péssimo estado emocional.

 

Shun: (Agora eu me lembro. Eu e a Alice estávamos abraçados, eu pedi para que ela me soltasse e ela...)

 

 

“Shun, que já estava sentado na beira da cama, fecha seus punhos e fica os pressionando, indicando que estava com raiva, mas de si mesmo. Ele pensa esse desmaio foi culpa dele, mesmo não imaginando como. Seus punhos, embora ainda fechados e ele os pressionando, agora estavam tremendo e assustadoramente pelo ponto de vista de Komba, Shun começa a chorar desesperadamente, ele parecia não ter chão naquele momento. Komba fica observando tudo, pois não fazia a mínima idéia do que fazer.”

 

 

Shun: Tudo o que... Tudo o que está acontecendo com ela... É tudo minha culpa.

 

Komba: Não... Não é Mestre Shun. Ela deve estar doente, você não podia fazer nada.

 

Shun: Não Komba... Você não está... Entendendo. Ela só queria... Cuidar de mim.

 

Komba: Mas foi só um desmaio.

 

Shun: Eu não estou falando... Só de hoje. Nesses últimos dias... Ela pareceu querer se aproximar... Mas eu só a tratava mal, mesmo sabendo que ela estava doente. De alguma forma... É tudo minha culpa, eu sei disso.

 

Komba: Mestre Shun, daqui a alguns minutos vai sair o relatório sobre o estado dela, e você verá que ela está e ficará bem, não se preocupe com isso.

 

Shun: Mas e se ela não estiver bem... Se ele disser que ela não vai ficar bem?

 

Komba: Ela vai ficar bem. Agora tente se acalmar um pouco, por favor, ou poderá ser pior para você.

 

 

“Shun para de chorar, enxuga as lágrimas e fica um tempo parado no mesmo lugar. Ele parecia bastante pensativo, e Komba estava um pouco assustado com aquilo tudo. Algum tempo depois, Shun levanta e começa a andar em direção a porta, e Komba estava tão preso aos seus pensamentos que percebe isso só quando Shun já estava em frente à porta.”

 

 

Komba: (Pelo visto... O que o médico disse sobre o estado emocional dele, era verdade. Eu nunca vi o Shun assim, tão triste, desmoronado, sensível... Nem parece o mesmo Shun durão e frio que eu conheço. Sinal que ele ama mesmo a Alice. É, o que o amor não faz com as pessoas... Só espero não ficar assim quando eu encontrar com minha bela Kat55. Mas eu só espero que o Mes...) Mestre Shun, ONDE PENSA QUE VAI?

 

Shun: Virou minha mãe agora?

 

Komba: N... Não! Mas você não pode sair assim, agora. Tem que esperar um pouco, o médico ainda tem que passar seus medicamentos para você melhorar.

 

Shun: Vou repetir de novo: Você virou minha mãe?

 

Komba: Por favor, Mestre Shun. Espere só um pouco, o médico já está vindo aí. Eu não quero te obrigar a nada, apenas quero que você fique bem.

 

Shun: Eu preciso esfriar a cabeça. Depois eu volto e o médico me passa essas drogas de rémedios. -Ele vai embora-

 

Komba: Mestre Shun...

 

 

“Depois de alguns compromissos, Dan resolveu passar na casa de Runo, pois no momento precisava falar com ela. Não tinha mais a companhia de Marucho, que tinha ido à esse mesmo lugar que Dan, pois também foi convidado. Chegando lá, ele descobre que a Runo saiu, o que o deixa com ciúmes, pois achou que, por eles terem brigado, aquilo poderia ser o fim, e ela talvez estivesse saindo com outro. Então ele resolveu esperá-la. Ele ficou esperando durante uma hora e meia, e quando olhou no relógio, já era 16:00. Srª Misaki disse que Dan podia esperar lá dentro, e ele foi para o quarto de Runo. Chegando lá, viu tudo bem arrumadinho, por nunca ter entrado no quarto dela, se espantou um pouco com a quantidade de fotos que ela tinha dele. E ele achou que talvez fosse por isso que ela quase nunca deixava alguém entrar naquele quarto, principalmente ele mesmo.”

 

 

Runo: Dan...? O que você está fazendo aqui?

 

Dan: -Segurando uma foto deles dois, que ele gostava muito- Eu vim aqui falar com você. Nós podemos conversar?

 

Runo: Cla... CLARO QUE NÃO!

 

Dan: Mas por que não, Runo?

 

Runo: Porque... Porque... PORQUE EU NÃO QUERO! DO MESMO JEITO QUE VOCÊ NÃO QUIS ME CONTAR O QUE ESTAVA ACONTECENDO HOJE DE MANHÃ, EU NÃO QUERO FALAR COM VOCÊ.

 

Dan: PARA COM ISSO, RUNO!

 

Runo: E se eu não quiser? Além do mais, o que você está fazendo aqui? Eu não deixei você entrar.

 

Dan: SUA M...

 

Runo: Anda Dan, fala!

 

Dan: -Em frente à porta e de cabeça baixa- Se quer saber, eu vim porque queria saber por quê motivo você não foi na Coletiva, afinal de contas você queria muito ir nela. Imaginei que você estivesse passando mal, então queria saber como estava. Também iria te fazer um convite, mas você saiu. E agora, chega aqui com toda essa raiva, deve ser porque você deve estar saindo com outro, afinal de contas, eu fui um péssimo namorado.

 

 

“Quando ouviu Dan dizer aquelas palavras com certa sinceridade, Runo segurou sua mão, na tentativa de fazê-lo não ir embora, pois sabia que estava agindo muito mal com ele.”

 

 

Runo: -Segurando sua mão e olhando para o lado oposto por estar com vergonha de si mesma- Dan... Espera... Por favor.

 

Dan: Ãnh?

 

Runo: Vamos conversar.

 

 

-Eles se sentam na cama dela-

 

 

Runo: Desculpa-me por eu estar agindo assim com você, é que eu ando meio confusa.

 

Dan: O que te deixou assim com tanta raiva de mim, Runo?

 

Runo: É que... É... Huum...

 

Dan: Pode falar Runo. Confia em mim, por favor.

 

Runo: É que eu estou com um pouco de vergonha de falar isso.

 

Dan: Só temos nós dois aqui dentro, ninguém irá ouvir.

 

Runo: Tudo bem... Eu estou um pouco irritada com você, porque hoje de manhã, quando o Billy beijou a Julie eu achei que ela jogaria isso na minha cara, já que a gente nunca... A gente nunca se beijou.  Mas hoje quando eu fui um pouco lá no parque, eu estava repensando, e vi que agi mal com a Julie, e lembrei que ela saiu toda arrasada de lá. E com você, porque eu achei que a culpa era sua, já que você não tinha pensado naquilo antes. Mas no final de tudo, eu estava completamente errada.

 

Dan: Runo... Você apenas estava um pouco confusa com tudo isso, não precisa se culpar tanto assim.

 

Runo: Não é verdade, Dan. Eu estava competindo com a Julie, sendo que ela mesma, só estava sofrendo por causa da discussão com o Billy. E eu, em vez de ajudá-la, confortá-la, eu só piorava a situação dela, porque eu sempre ficava gritando, discutindo. -ela começa a chorar e deita no colo do Dan-  E agora, por eu ter agido assim, com imaturidade, eu perdi a amizade da Julie, e por mais que não pareça, isso dói muito.

 

Dan: -Fazendo cafuné nela-  Não se preocupe com isso, Runo. A Julie gosta muito de você, e ela vai entender que você estava confusa, além do mais, acho que ela valoriza muito a sua amizade, e ela só deve está agindo assim também, porque quer te deixar com um pouco de raiva, você sabe que ela é assim, não é?!  Eu acho que vocês duas andam muito sem paciência nesses últimos dias, pois pelo que percebi, estão se estressando à toa. Mas acho que isso deve ser coisa de garotas.

 

Runo: E se ela também estiver com raiva de mim?

 

Dan: Ela não está. Ontem conversei com a Alice, e ela disse que a Julie poderia apenas estar misturando as coisas, assim como você. Agora, para de chorar amor, não consigo te ver assim toda triste.

 

Runo: -ela levanta- Amor?

 

Dan: É. Amor. Não posso te chamar assim?

 

Runo: Pode, mas é que você nunca foi tão carinhoso, nem quando a gente saiu.

 

Dan: Mas eu percebi que estava sendo um péssimo namorado te tratando assim. Acho que ser um pouco carinhoso com a pessoa que se gosta, não mata ninguém.

 

Runo: Tem razão, além do mais, eu também não venho lhe tratando nada bem.

 

Dan: Não ligue pra isso, Runo. Olha, eu tenho um convite para te fazer.

 

Runo: Pode falar amor.

 

Dan: Quer sair comigo?

 

Runo: Claro, mas para onde?

 

Dan: Isso é surpresa, mas infelizmente nós não estaremos sozinhos.

 

Runo: Quem mais vai conosco?

 

Dan: O Joe, a Chan e o Marucho.

 

Runo: O Marucho também?

 

Dan: O Joe deu a idéia, além do mais, nós não estamos sendo bons amigos com ele. Mas a qualquer momento, eu e você podemos dar uma saidinha.  ; )

 

Runo: Tudo bem, mas contanto que essa saidinha aconteça... Nós podemos até ir a outro lugar, uma festa ou um cinema talvez.

 

Dan: Tá bom amor. -olhando no relógio- Bom, agora são 16h36min. Começa logo a tomar banho, porque eu sei que garotas demoram muuuuito pra se arrumar. E eu te pego às 19h00min, ok?

 

Runo: Uhum. Então até mais tarde amor.

 

Dan: Até mais tarde. -ele dá um beijo no rosto dela e vai embora-

 

 

-Alguns minutos depois, Srª Misaki entra no quarto-

 

 

Runo: Ai mãe, não acha que está uma tarde linda?

 

Srª Misaki: Nossa filha, por que está assim tão feliz?  Foi a visita do Dan que te deixou assim tão alegrinha?

 

Runo: Mãe, o Dan me chamou para sair, e o melhor de tudo: Ele me chamou de amor! -disse com todo entusiasmo do mundo-

 

Srª Misaki: Vejo que finalmente fizeram as pazes.

 

Runo: Melhor do que isso, mãe. Nós agora estamos mais unidos do que nunca. Nada mais nesse mundo irá nos fazer brigar de novo.

 

Srª Misaki: Bom, se você está dizendo filha, tudo bem. Mas não é melhor você começar a se arrumar não?

 

Runo: O Dan me disse a mesma coisa, mas eu não sou dessas garotas que se atrasam não. Eu tenho tempo de sobra, então eu acho que vou ajudar vocês dois um pouco lá na padaria.

 

Srª Misaki: Então vamos!

 

 

“Shun estava andando em uma das belas ruas de Madri onde se passava um dos festivais comemorativos, já que para eles, o dia dos namorados, selebrava o amor e a união entre as pessoas, e era algo muito bonito entre eles. Em meio a tantas barracas e pessoas, uns garotos que estavam brincando, esbarram em Shun. O mesmo olha para os garotos, e se lembra de quando era pequeno, e ele e Dan ficavam correndo sem olhar pra nada, e sempre esbarravam em pessoas ou levavam tombos feios. O semblante de Shun fica ainda mais triste, mas ele tenta disfarçar isso. Ele se lembra do que sempre falavam para eles quando esbarravam em alguém:”

 

 

Shun: Prestem bem atenção por onde andam garotos. Vocês podem acabar se machucando.

 

Garotinho 1: Desculpa tio, é que nós estávamos brincando.

 

Shun: Tudo bem, mas da próxima vez tomem cuidado.

 

Garotinho 3: Pode deixar tio.

 

 

“Quando eles estavam indo embora, outro garoto que os acompanhavam, e que também havia esbarrado em Shun, fica o observando com os olhos brilhando. Seus amigos não entendem o porquê, e então decidem voltar.”

 

 

Garotinho 3: O que foi, aconteceu alguma coisa?

 

Garotinho 1: Está passando mal?

 

 

“Quando ouve o menino dizer "passar mal", Shun arregala um olhão e tenta se controlar para não chorar, pois se lembra do que aconteceu com Alice, e continua achando que é culpa dele. Rola uma lágrima de seu olho esquerdo, mas mesmo estando preso aos seus pensamentos e lembranças, Shun percebe que está a frente de um monte de garotos, e que algo estava acontecendo com o que estava parado e o observando.”

 

 

Garotinho 2: -Com os olhos brilhando- Você é... Shun Kazami... Dos Guerreiros Bakugan?!

 

Garotinho 3: Não, não é po...  É você mesmo!

 

Garotinho 1: É sim, você é o melhor amigo do Dan e segundo mais forte!

 

Shun: Melhor amigo... Do Dan?

 

Garotinho 2: Sim! Ele disse na Coletiva.

 

Garotinho 3: Eu também vi!

 

 

-Flash Back Is a On-

 

“Dan e Marucho estavam conversando sobre o Shun no quarto de Dan, quando derrepente o celular de Marucho toca:”

 

 

 -Alô?

 

-Alô, Mestre Marucho?!

 

-Quem é?

 

-Sou eu, Kannie.

 

-Kannie? Por que está ligando a essa hora?

 

Dan: Quem é Kannie?

 

Marucho: -Com a mão no microfone do celular- É o mordomo que está no lugar do Kato.

 

Dan: Ah é, o Kato está viajando. Afinal, por que essa viajem está durando tanto?

 

Marucho: É por que ele tem que ir devagar, já que o espaço aéreo ainda não voltou ao normal por conta da união entre Vestróia e a Terra.

 

 

-Poderia repetir de novo, por favor?

 

-O senhor tem uma Coletiva junto aos outros Guerreiros dentro de 30 minutos.

 

-E POR QUE VOCÊ NÃO ME AVISOU ISSO ANTES?

 

-Eu tentei, mas você não atendia ao telefone.

 

-Tudo bem, vá ligando o carro que eu já estou descendo para ir para casa me arrumar. E ligue para a casa da Runo também.

 

-Pode deixar, e até logo, Mestre Marucho.

 

-Até.

 

 

Dan: Que foi?

 

Marucho: Os Guerreiros têm uma coletiva marcada daqui a 30 minutos.

 

Dan: Mas os outros estão viajando.

 

Marucho: Teremos que ser você, eu e a Runo.

 

Dan: Mas os Guerreiros somos todos nós! Eu não vou sem os outros.

 

Marucho: Eu também não quero ir sem eles, mas temos que representá-los, dizendo que um Guerreiro será sempre um Guerreiro, independentemente do lugar onde estejamos.

 

Dan: Tem razão. Mas acho melhor começarmos a nos arrumar. E a Runo?

 

Marucho: Pedi para o Kannie ligar.

 

Dan: Pensei que Kannie fosse uma mulher.

 

Marucho: É, eu também. Estou indo.

 

Dan: Até mais tarde então.

 

Marucho: Até daqui a pouco, você quer dizer, não é?

 

 

Na Coletiva...

 

 

“Dan e Marucho estavam bem bonitos para quem se arrumou em 20 minutos. Estava quase tudo pronto para a Coletiva que iria rolar ao vivo, só faltava todos ligarem os microfones e seus equipamentos.”

 

 

Marucho: -Cochichando- Por que a Runo não quis vir?

 

Dan: A mãe dela não disse direito. Eu acho que ela nem estava em casa.

 

 

-A coletiva começa-

 

 

Repórter 1: Bom Dia, eu sou a repórter Sara do Canal 8.

 

Dan e Marucho: Bom Dia!

 

Repórter 1: Agora que os Guerreiros voltaram para suas casas, será o fim?

 

Dan: De jeito nenhum! Não é porque todos irão para suas casas, que os Guerreiros irão acabar. Um Guerreiro sempre será um Guerreiro. Independentemente do lugar onde esteja!

 

Marucho: (Quando eu disse aquilo, era só um exemplo, mas ele levou a sério demais...)

 

Repórter 1: Obrigada.

 

Dan: Ah, vê se não me faça perguntas inúteis como essa!

 

Marucho: Ò.Ó Dan, tenta se acalmar.

 

Dan: Hmph.

 

Repórter 2: Fiquei sabendo que houve uma briga entre dois Guerreiros. O que você tem a dizer sobre isso?

 

Dan: Briga, que briga?

 

Marucho: Pula essa. Próximo!

 

Repórter 3: Queria saber sobre sua amizade com o Shun.

 

Marucho: Ò.Ó (Tantas perguntas para ela fazer, tinha mesmo que ser essa?)

 

 

“Dan abaixa a cabeça em um tom visível de tristeza, e permanece desse mesmo jeito.”

 

 

Dan: Pode... Falar.

 

Repórter 3: Pelo que me parece, sua amizade com o Shun acabou. Foi assim tão difícil conviver com ele, já que ele é bastante frio, calculista e parece não se importar muito com vocês?

 

Marucho: Ò.Ó OMG! (Isso não vai prestar, não vai prestar, não vai prestar!)

 

Dan: -Diz com um tom forte de raiva e lentamente- Como é que é?

 

Repórter 3: Poderia responder minha pergunta?

 

Dan: ESCUTA AQUI, EU VOU DIZER UMA ÚNICA VEZ EU ALTO E BOM SOM PARA TODOS VOCÊS OUVIREM: NUNCA ABRAM A BOCA PARA FALAR MAL DO SHUN! EU DISSE NUNCA! VOCÊS NÃO VIVERAM COM ELE, VOCÊS NÃO IMAGINAM A VIDA QUE ELE LEVA. E QUE ELE É FRIO E CALCULISTA, TODOS SABEMOS, MAS NUNCA DIGA QUE ELE NÃO IMPORTA COM A GENTE, PORQUE ISSO NUNCA FOI VERDADE. JÁ OUVI UM MONTE DE GENTE ABRINDO A BOCA PARA FALAR ISSO. SE FOR PARA ABRIR A BOCA PARA FALAR MERDA, É MELHOR FICAR COM ELA FECHADA. E se que quer saber, minha querida: O SHUN É O MEU MELHOR AMIGO, E NUNCA, JAMAIS, EM TEMPO ALGUM, VOU ADMITIR QUALQUER IDIOTA QUE SE ACHE BOM O SUFICIENTE PARA ELE, FALAR MAL DO SHUN, PELO MENOS NÃO ENQUANTO EU EXISTIR!

 

Marucho: Dan se acalme!

 

Dan: COMO É QUE É?

 

Marucho: Eu sei que você está muito abalado com o que aconteceu com o Shun, e a repórter está errada por ter falado aquilo, mas se acalma.

 

Dan: Eu vou tentar... Mas ela não podia ter dito aquilo do Shun, não podia.

 

Marucho: Eu sei disso... Mas se acalme.

 

 

“Depois de muitas perguntas idiotas sobre o Shun e Runo, Dan perdeu a calma e foi embora da Coletiva sem falar com ninguém e foi para a casa de Runo.”

 

 

-Flash Back Is a Off-

 

 

“Shun estava tentando segurar a lágrimas de vez, pois ainda estava muito sensível com o que aconteceu com Alice, e aquilo o fez ver que estava agindo errado com todos.”

 

 

Shun: É melhor vocês irem para casa, moleques. Já está ficando tarde.

 

Garotinho 2: Tem razão. Só queria te dizer que sou muito fã seu.

 

Shun: Obrigada, molequinho.


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Notas finais do capítulo

Eu escrevi esse capítulo praticamente todo na sexta-feira e ouvindo Leave Out All The Rest, do Linkin Park.
Desculpa alguma coisa aí.