Star - Rainha das Trevas escrita por TopsyKreets


Capítulo 5
Invadindo o castelo (com estilo)




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Star – Rainha das Trevas

 

Ambrosia – convertida formalmente em General Ambrosia— liderava os Pugs, através de um ataque brutal contra os mortos-vivos doces.

No entanto, ao passo em que derrotavam uma horda de monstros, novas criaturas surgiam.

Cedo ou tarde, os Pugs cansariam de comer e atirar raios laser dos olhos.

 

Ainda surpresa pela pavimentação de crânios humanos nas ruas de Mewni (algo que considerava chique), ela rezava para que Marco e os demais alcançassem com sucesso o castelo e derrotassem a rainha das trevas.

 

No entanto, a general parou de rezar quando viu o impacto da nave.

 

....

 

O estrondo fez todo o chão – bem como a estrutura do castelo – tremer.

Até mesmo Star veio a cair, com o “pouso” de Peridot.

 

O barulho só fez a criatura que Tom libertara se enfurecer ainda mais.

Voltaremos a ela mais tarde.

 

....

 

— Sobrevivemos? – Perguntou Mabel, ainda de olhos fechados.

— Acho que sim – Respondeu Dipper.

 

Marco levantou os olhos e analisou a situação. Aparentemente, todos estavam bem.

A maioria teria que se entupir de anti-inflamatórios no dia seguinte, mas estavam bem.

 

Ele, por outro lado, trazia consigo um corte na testa, que escorria uma fina gotícula vermelha. No entanto, aquilo não o abalou. Sabia que seria o primeiro de muitos, naquela guerra.

 

 

— Como estamos, Peridot?

— Motores do um ao quatro estão comprometidos.

— E quantos motores nós temos no total?

— Quatro.

— Maravilha.

— Não se preocupa, não – Disse a Gem, passando um lenço para o rapaz – Eu conserto.

Ainda podemos usar como rota de fuga.

— Menos mal. Obrigado.

 

....

 

Ele foi o primeiro a sair da nave, sendo seguidos por Mabel, Dipper, Steven e Ametista.

— É melhor que alguém fique com a Peridot aqui, caso ela precise de apoio.

— Pode deixar – Disse Steven – Eu e a Ametista damos conta.

— Isso aí – Complementou a Gem – Podemos lidar com qualquer coisa....

 

Finalmente, os guardas encontraram seus alvos.

Soldados de 78% cacau, armados de lanças e montados em avestruzes rosados e macios, feitos de algodão doce.

Tão fofos quanto mortais.

 

— Hummm.... Quase qualquer coisa.

 

Marco e os Pines levantaram suas armas (ele, uma espada; o casal, revólveres com balas santificadas), mas Steven fez um aceno, apontando para a escada lateral.

— Vão na frente. Confiem em mim.

— São muitos deles, Steven. Vocês não têm chance.

— Sozinhos, não. Juntos, sim.

 

Correndo para perto de Ametista, ele a abraçou.

Num brilho dourado, uma nuvem de fumaça se levantou.

E quando se dissipou, não haviam mais dois alienígenas no corredor do castelo. Apenas um.

A criatura era enorme. Morena, alta, de cabelos curtos e uma postura confiante.

 

 

Seu corpo enorme e redondo contrastava com o rosto infantil, as sardas e os três braços.

Não dois ou quatro. Três.

 

— Que isso?!

— Fusão – A criatura respondeu.

Sou Smoky Quartz. Vão, agora!

 

E eles aproveitaram a deixa. Os Pines e Diaz correram para a escada, ao passo que Smoky foi para cima das feras.

 

....

 

No andar superior, tudo parecia tranquilo.

 

Graças ao pouso forçado, pelo menos estavam perto do topo, próximos a torre principal onde, sem dúvidas, residia a rainha.

Prestes a avançar para o próximo andar, um grande círculo de fogo surgiu, capturando os três, totalmente indefesos.

 

— Vão a algum lugar? – Perguntou Tom.

— Eu sabia! – Urrou Marco – Seu traidor!

Por isso não retornava minhas ligações!

— O que eu posso te dizer? Escolhei o lado vencedor.

A rainha vai te matar, pessoalmente.

 

Dipper e Mabel olharam para Marco.

Ele não estava surpreso. Tampouco preocupado.

Na verdade, estava sorrindo.

 

— Estou contado com isso.

 

....

 

 O que nenhum deles contava, contudo, era com o que viria a seguir.

Tão rápido quanto surgiu, o círculo de fogo se dissipou.

Em seguida, uma presença no escuro lançou algo na direção de Dipper.

 

Ele ficou chocado ao perceber que era o mesmo ovo verde e escamado de antes.

 

Eclipsa se revelou das trevas, com toda graça e pomposidade possível numa rainha de 30 anos, que passara séculos congelada e estava com uma ligeira fome e... Tesão.

— Podem seguir, eu lido com o rapaz demônio.

— Como chegou aqui tão rápido?! – Questionou Diaz.

— Já morei neste castelo. Conheço uma passagem secreta ou duas.

Sigam em frente. Não me esperem.

— E o que te fez mudar de ideia?

— Você, na verdade. Sua teimosia em continuar lutando. E morrer pelo que acredita.

Pode ser a carência em mim, mas....  Não quero que esse mundo chegue ao fim.

Pelo menos, não agora.

Bojack Horseman acabou?

— Ah! É a melhor série do mundo!

Vou terminar de ver quando voltar. Levem o ovo. Usem no momento certo.

— Que seria? – Perguntou Dipper.

— Vão saber, quando ele chegar.

 

Os três avançaram, receosos.

No entanto, Tom os deixou passar. Tinha maiores problemas, no momento.

 

Todavia, deixou-lhes um aviso.

— Assim que acabar com essa vadia, vou atrás de vocês.

 

Marco olhou para Eclipsa, e depois de volta para o demônio.

— Eu duvido muito.

 

....

 

Agora, estavam sozinhos.

Seria uma luta e tanto.

Príncipe dos demônios vs Rainha das Trevas original.

 

Mas Eclipsa não estava afim de joguinhos.

Ela realmente queria voltar para assistir mais Bojack o mais rápido possível.

— Vou te mandar para o Inferno, rapazinho.

— Pode tentar, bruxa. Eu vim de lá.

Você não pode fazer nada ruim que eu não possa fazer pior.

Muito pior.

— Verdade.... Bem pensado.

Não faz muito sentido em te causar dor e agonia.

Então, farei o oposto disso.

 

Levantando as mãos, ela conjurou as forças ancestrais, oriundas de uma dimensão de horror e caos, abrindo um portal interdimensional para um lugar desconhecido pela maioria dos mortais e demônios do submundo.

Um mundo que revelava ser um....

Cantinho feliz.

 

O sol brilhava, a grama era verde e seus habitantes eram felizes ursinhos feitos de pelúcia e muito amor.

 

....

 

O pesadelo de qualquer gótico.

 

Tom tentou de defender, mas não foi páreo para a fofura extrema do lugar.

Em questão de segundos, ele foi derrubado por uma dezena dos ursinhos alegres, que lhe cobriam de beijos, afetos e ternura.

 

— Mas que merda é essa?!?!

— Seu inferno particular.

Aproveite. Uns anos lá e você vai passar a amar.

Seus poderes não vão funcionar nesse mundo, aliás.

Considere uma desvantagem injusta.

 

Sem poder se levantar, ele foi arrastado centímetro a centímetro pelos ursinhos, até dentro do mundo da imaginação que fariam os Teletubbies ficarem no chinelo.

 – Sua maldita! Seria mais humano me matar e dar meus restos para os corvos!

— Eu sei. Mas sou a rainha das trevas.

Primeira e única. O que esperava?

 

O grito de horror ecoou nas paredes do lugar.

De forma tão intensa quanto foi o estrondo da Rose II.

Tom nunca tivera chance perante Eclipsa.

Infelizmente, o grito do demônio chamou a atenção da fera, que se pôs a correr na mesma direção onde iam Marco, Mabel e Dipper.

 

....

 

— Conseguimos. Quem diria – Disse Marco.

Estavam apenas um corredor de distância de Star Buterfly.

Avançando rápido, nada havia para para-los.

 

Até que viram a fera.

 

O homem-lagarto babava e estava totalmente fora de si.

Seus olhos estavam completamente dilatados. Sem camisa, o peitoral cicatrizado estava completamente a mostra.

Alguns tarados de plantão até poderiam achar a visão atraente, se não fosse pelo olhar de fúria da besta fera, combinadas com as gotas de sangue que saíam de suas pálpebras.

 

— Corram – Sussurrou Marco.

— Como é? – Estranhou a caçadora.

Fala sério! É uma lagartixa de um metro e oitenta!

Dipper, manda bala!

 

Dito isto, os Pines atiraram.

Graças a couraça dura de escamas, o monstro não sofreu sequer um arranhão.

E, na sequência, passou a correr em disparada na direção dos rebeldes.

 

— Corram, agora!!!

 

Marco recuou em seguida, diante da aproximação agressiva.

Mas os irmãos/casal continuaram (teimosamente).

 

Balas de prata, estacas de madeira, granadas de sêmen de unicórnio....

Sem efeito.

 

Quando a criatura já estava bem em cima, Dipper sacou seu punhal de outro maciço,

Tentando esfaqueá-la, sem sucesso.

O monstro despedaçou a lâmina, apenas com os dentes.

 

— Correr parece ser uma boa ideia. – Disse Dipper.

— Pode crer! Vai, vai ,vai, vai!

 

A besta irracional que um dia fora Toffee agarrou Dipper pelo casaco, mas este conseguiu se soltar e correu junto com a irmã.

Assim que atravessaram para dentro de um dos quatros do lugar, Marco trancou a porta.

 

Juntos, os três se puseram bloqueando a entrada, mesmo com as tentativas incessantes do home-lagarto em tentar entrar.

— Droga, agora ferrou! – Gritou Dipper, em pânico.

Mas o que é essa coisa????

— Se chama Toffee – Começou Marco – Era um mercenário poderoso.

Ouvi rumores que Star o tinha capturado e feito de refém, alimentando-o com torta de framboesa e cocaína.... Mas achei que fosse besteira....

 

Toffee começou a urrar com mais ódio e bater com mais ferocidade.

A porta não aguentaria por muito mais tempo.

— Olha, seu eu fosse alimentado todo o santo dia com torta de framboesa, eu também surtaria! – Mencionou Mabel.

 

....

 

— Ah, que se dane, tenho um plano! – Disse Dipper.

— E é bom? – Perguntou Marco.

— Não! É uma droga. Mas nesse mundo louco, todos os planos ruins funcionam!

Líder, olha lá!

 

Ele apontou para uma segunda porta que havia no quarto.

— Saia, dê a volta e encontre a sua namorada.

Vamos vencer o homem-lagarto.

— Tem certeza?

— Não. Nenhuma. Mabel, vai com ele.

— O que?! Nem a pau! Eu vou te deixar aqui pra morrer!

O que eu faria sem esse seu bumbum lindo para apertar, tarde da noite?

Eu fico!

— Sua tarada!

— Babaca!

— Eu te amo.

— Eu sei.

 

Inacreditável como sentimentos colidem. Estavam ali, prestes a morrer, de uma forma horrorosa, mas conseguiam rir, no meio de tudo.

Marco avançou para a porta secundária, deixando que os Pines lidassem com Toffee.

 

Assim que saiu do quarto, Mabel e Dipper saíram da frente e ele entrou.

 

Completamente surtado, ele ficou frente a frente com Dipper.

 

Sem saber o que fazer, o rapaz apontou o ovo na direção da besta.

— O que você está fazendo, Dipper?!

— Não tenho ideia.

 

Toffee arrancou o ovo da mão do jovem Pines e o mordeu.

Nada aconteceu.

 

....

 

De cara.

No instante seguinte, a casca trincou. Toffee cuspiu no chão, com mais ódio do que nunca, e quando estava prestes a arrancar a cabeça de Dipper do resto do corpo, algo aconteceu.

Novas rachaduras surgiram. O ovo começou a apresentar um brilho branco intenso e, segundos depois, ele se abriu por completo.

De dentro, um pequeno brilho começou a tomar foram e crescer.

 

Levaram apenas alguns segundos para o pequeno monstrinho, de asas e escamas, começar a flutuar em pelo ar.

Confuso, ele se virou para o homem-lagarto e perguntou:

— Mamãe?

 

Ele nada respondeu.

 

Em seguida, fez a mesma pergunta a Dipper.

— Mamãe?

— Ahn.... Não?

 

Por último, olhou para Mabel.

— Mamãe?

— Putz.... Claro, por que não?

Sou sua mamãe.

 

O dragão saltou para o colo de Mabel, abraçando sua “mãe” com todo o carinho do mundo.

— Que fofinho!

Aproveitando a deixa (e percebendo a força física do filhote), ela apontou para Toffee.

— Tá vendo ali? Homem mau.

Mamãe diz: pega!

 

No instante seguinte, o pequeno dragão avançou para cima dele, utilizando toda sua destreza, força e garras afiadas de recém-nascido para rasgar a jugular de Toffee, desfigurando o monstro.

— Ahnnn.... A primeira morte do bebê!

Podemos adotar?

— Se você alimentar, levar para passear e trocar as fraldas, é todo seu.... 

 

....

 

Não havia mais nada no caminho.

Marco Diaz abriu a porta do grande quarto, da grande torre, do maldito castelo invadido.

 

Assim que atravessou, ele se deparou com Star.

 

....

 

— Vamos conversar – Disse, por fim.

 

 


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