Star - Rainha das Trevas escrita por TopsyKreets
Star – Rainha das Trevas
Ambrosia – convertida formalmente em General Ambrosia— liderava os Pugs, através de um ataque brutal contra os mortos-vivos doces.
No entanto, ao passo em que derrotavam uma horda de monstros, novas criaturas surgiam.
Cedo ou tarde, os Pugs cansariam de comer e atirar raios laser dos olhos.
Ainda surpresa pela pavimentação de crânios humanos nas ruas de Mewni (algo que considerava chique), ela rezava para que Marco e os demais alcançassem com sucesso o castelo e derrotassem a rainha das trevas.
No entanto, a general parou de rezar quando viu o impacto da nave.
....
O estrondo fez todo o chão – bem como a estrutura do castelo – tremer.
Até mesmo Star veio a cair, com o “pouso” de Peridot.
O barulho só fez a criatura que Tom libertara se enfurecer ainda mais.
Voltaremos a ela mais tarde.
....
— Sobrevivemos? – Perguntou Mabel, ainda de olhos fechados.
— Acho que sim – Respondeu Dipper.
Marco levantou os olhos e analisou a situação. Aparentemente, todos estavam bem.
A maioria teria que se entupir de anti-inflamatórios no dia seguinte, mas estavam bem.
Ele, por outro lado, trazia consigo um corte na testa, que escorria uma fina gotícula vermelha. No entanto, aquilo não o abalou. Sabia que seria o primeiro de muitos, naquela guerra.
— Como estamos, Peridot?
— Motores do um ao quatro estão comprometidos.
— E quantos motores nós temos no total?
— Quatro.
— Maravilha.
— Não se preocupa, não – Disse a Gem, passando um lenço para o rapaz – Eu conserto.
Ainda podemos usar como rota de fuga.
— Menos mal. Obrigado.
....
Ele foi o primeiro a sair da nave, sendo seguidos por Mabel, Dipper, Steven e Ametista.
— É melhor que alguém fique com a Peridot aqui, caso ela precise de apoio.
— Pode deixar – Disse Steven – Eu e a Ametista damos conta.
— Isso aí – Complementou a Gem – Podemos lidar com qualquer coisa....
Finalmente, os guardas encontraram seus alvos.
Soldados de 78% cacau, armados de lanças e montados em avestruzes rosados e macios, feitos de algodão doce.
Tão fofos quanto mortais.
— Hummm.... Quase qualquer coisa.
Marco e os Pines levantaram suas armas (ele, uma espada; o casal, revólveres com balas santificadas), mas Steven fez um aceno, apontando para a escada lateral.
— Vão na frente. Confiem em mim.
— São muitos deles, Steven. Vocês não têm chance.
— Sozinhos, não. Juntos, sim.
Correndo para perto de Ametista, ele a abraçou.
Num brilho dourado, uma nuvem de fumaça se levantou.
E quando se dissipou, não haviam mais dois alienígenas no corredor do castelo. Apenas um.
A criatura era enorme. Morena, alta, de cabelos curtos e uma postura confiante.
Seu corpo enorme e redondo contrastava com o rosto infantil, as sardas e os três braços.
Não dois ou quatro. Três.
— Que isso?!
— Fusão – A criatura respondeu.
Sou Smoky Quartz. Vão, agora!
E eles aproveitaram a deixa. Os Pines e Diaz correram para a escada, ao passo que Smoky foi para cima das feras.
....
No andar superior, tudo parecia tranquilo.
Graças ao pouso forçado, pelo menos estavam perto do topo, próximos a torre principal onde, sem dúvidas, residia a rainha.
Prestes a avançar para o próximo andar, um grande círculo de fogo surgiu, capturando os três, totalmente indefesos.
— Vão a algum lugar? – Perguntou Tom.
— Eu sabia! – Urrou Marco – Seu traidor!
Por isso não retornava minhas ligações!
— O que eu posso te dizer? Escolhei o lado vencedor.
A rainha vai te matar, pessoalmente.
Dipper e Mabel olharam para Marco.
Ele não estava surpreso. Tampouco preocupado.
Na verdade, estava sorrindo.
— Estou contado com isso.
....
O que nenhum deles contava, contudo, era com o que viria a seguir.
Tão rápido quanto surgiu, o círculo de fogo se dissipou.
Em seguida, uma presença no escuro lançou algo na direção de Dipper.
Ele ficou chocado ao perceber que era o mesmo ovo verde e escamado de antes.
Eclipsa se revelou das trevas, com toda graça e pomposidade possível numa rainha de 30 anos, que passara séculos congelada e estava com uma ligeira fome e... Tesão.
— Podem seguir, eu lido com o rapaz demônio.
— Como chegou aqui tão rápido?! – Questionou Diaz.
— Já morei neste castelo. Conheço uma passagem secreta ou duas.
Sigam em frente. Não me esperem.
— E o que te fez mudar de ideia?
— Você, na verdade. Sua teimosia em continuar lutando. E morrer pelo que acredita.
Pode ser a carência em mim, mas.... Não quero que esse mundo chegue ao fim.
Pelo menos, não agora.
— Bojack Horseman acabou?
— Ah! É a melhor série do mundo!
Vou terminar de ver quando voltar. Levem o ovo. Usem no momento certo.
— Que seria? – Perguntou Dipper.
— Vão saber, quando ele chegar.
Os três avançaram, receosos.
No entanto, Tom os deixou passar. Tinha maiores problemas, no momento.
Todavia, deixou-lhes um aviso.
— Assim que acabar com essa vadia, vou atrás de vocês.
Marco olhou para Eclipsa, e depois de volta para o demônio.
— Eu duvido muito.
....
Agora, estavam sozinhos.
Seria uma luta e tanto.
Príncipe dos demônios vs Rainha das Trevas original.
Mas Eclipsa não estava afim de joguinhos.
Ela realmente queria voltar para assistir mais Bojack o mais rápido possível.
— Vou te mandar para o Inferno, rapazinho.
— Pode tentar, bruxa. Eu vim de lá.
Você não pode fazer nada ruim que eu não possa fazer pior.
Muito pior.
— Verdade.... Bem pensado.
Não faz muito sentido em te causar dor e agonia.
Então, farei o oposto disso.
Levantando as mãos, ela conjurou as forças ancestrais, oriundas de uma dimensão de horror e caos, abrindo um portal interdimensional para um lugar desconhecido pela maioria dos mortais e demônios do submundo.
Um mundo que revelava ser um....
Cantinho feliz.
O sol brilhava, a grama era verde e seus habitantes eram felizes ursinhos feitos de pelúcia e muito amor.
....
O pesadelo de qualquer gótico.
Tom tentou de defender, mas não foi páreo para a fofura extrema do lugar.
Em questão de segundos, ele foi derrubado por uma dezena dos ursinhos alegres, que lhe cobriam de beijos, afetos e ternura.
— Mas que merda é essa?!?!
— Seu inferno particular.
Aproveite. Uns anos lá e você vai passar a amar.
Seus poderes não vão funcionar nesse mundo, aliás.
Considere uma desvantagem injusta.
Sem poder se levantar, ele foi arrastado centímetro a centímetro pelos ursinhos, até dentro do mundo da imaginação que fariam os Teletubbies ficarem no chinelo.
– Sua maldita! Seria mais humano me matar e dar meus restos para os corvos!
— Eu sei. Mas sou a rainha das trevas.
Primeira e única. O que esperava?
O grito de horror ecoou nas paredes do lugar.
De forma tão intensa quanto foi o estrondo da Rose II.
Tom nunca tivera chance perante Eclipsa.
Infelizmente, o grito do demônio chamou a atenção da fera, que se pôs a correr na mesma direção onde iam Marco, Mabel e Dipper.
....
— Conseguimos. Quem diria – Disse Marco.
Estavam apenas um corredor de distância de Star Buterfly.
Avançando rápido, nada havia para para-los.
Até que viram a fera.
O homem-lagarto babava e estava totalmente fora de si.
Seus olhos estavam completamente dilatados. Sem camisa, o peitoral cicatrizado estava completamente a mostra.
Alguns tarados de plantão até poderiam achar a visão atraente, se não fosse pelo olhar de fúria da besta fera, combinadas com as gotas de sangue que saíam de suas pálpebras.
— Corram – Sussurrou Marco.
— Como é? – Estranhou a caçadora.
Fala sério! É uma lagartixa de um metro e oitenta!
Dipper, manda bala!
Dito isto, os Pines atiraram.
Graças a couraça dura de escamas, o monstro não sofreu sequer um arranhão.
E, na sequência, passou a correr em disparada na direção dos rebeldes.
— Corram, agora!!!
Marco recuou em seguida, diante da aproximação agressiva.
Mas os irmãos/casal continuaram (teimosamente).
Balas de prata, estacas de madeira, granadas de sêmen de unicórnio....
Sem efeito.
Quando a criatura já estava bem em cima, Dipper sacou seu punhal de outro maciço,
Tentando esfaqueá-la, sem sucesso.
O monstro despedaçou a lâmina, apenas com os dentes.
— Correr parece ser uma boa ideia. – Disse Dipper.
— Pode crer! Vai, vai ,vai, vai!
A besta irracional que um dia fora Toffee agarrou Dipper pelo casaco, mas este conseguiu se soltar e correu junto com a irmã.
Assim que atravessaram para dentro de um dos quatros do lugar, Marco trancou a porta.
Juntos, os três se puseram bloqueando a entrada, mesmo com as tentativas incessantes do home-lagarto em tentar entrar.
— Droga, agora ferrou! – Gritou Dipper, em pânico.
Mas o que é essa coisa????
— Se chama Toffee – Começou Marco – Era um mercenário poderoso.
Ouvi rumores que Star o tinha capturado e feito de refém, alimentando-o com torta de framboesa e cocaína.... Mas achei que fosse besteira....
Toffee começou a urrar com mais ódio e bater com mais ferocidade.
A porta não aguentaria por muito mais tempo.
— Olha, seu eu fosse alimentado todo o santo dia com torta de framboesa, eu também surtaria! – Mencionou Mabel.
....
— Ah, que se dane, tenho um plano! – Disse Dipper.
— E é bom? – Perguntou Marco.
— Não! É uma droga. Mas nesse mundo louco, todos os planos ruins funcionam!
Líder, olha lá!
Ele apontou para uma segunda porta que havia no quarto.
— Saia, dê a volta e encontre a sua namorada.
Vamos vencer o homem-lagarto.
— Tem certeza?
— Não. Nenhuma. Mabel, vai com ele.
— O que?! Nem a pau! Eu vou te deixar aqui pra morrer!
O que eu faria sem esse seu bumbum lindo para apertar, tarde da noite?
Eu fico!
— Sua tarada!
— Babaca!
— Eu te amo.
— Eu sei.
Inacreditável como sentimentos colidem. Estavam ali, prestes a morrer, de uma forma horrorosa, mas conseguiam rir, no meio de tudo.
Marco avançou para a porta secundária, deixando que os Pines lidassem com Toffee.
Assim que saiu do quarto, Mabel e Dipper saíram da frente e ele entrou.
Completamente surtado, ele ficou frente a frente com Dipper.
Sem saber o que fazer, o rapaz apontou o ovo na direção da besta.
— O que você está fazendo, Dipper?!
— Não tenho ideia.
Toffee arrancou o ovo da mão do jovem Pines e o mordeu.
Nada aconteceu.
....
De cara.
No instante seguinte, a casca trincou. Toffee cuspiu no chão, com mais ódio do que nunca, e quando estava prestes a arrancar a cabeça de Dipper do resto do corpo, algo aconteceu.
Novas rachaduras surgiram. O ovo começou a apresentar um brilho branco intenso e, segundos depois, ele se abriu por completo.
De dentro, um pequeno brilho começou a tomar foram e crescer.
Levaram apenas alguns segundos para o pequeno monstrinho, de asas e escamas, começar a flutuar em pelo ar.
Confuso, ele se virou para o homem-lagarto e perguntou:
— Mamãe?
Ele nada respondeu.
Em seguida, fez a mesma pergunta a Dipper.
— Mamãe?
— Ahn.... Não?
Por último, olhou para Mabel.
— Mamãe?
— Putz.... Claro, por que não?
Sou sua mamãe.
O dragão saltou para o colo de Mabel, abraçando sua “mãe” com todo o carinho do mundo.
— Que fofinho!
Aproveitando a deixa (e percebendo a força física do filhote), ela apontou para Toffee.
— Tá vendo ali? Homem mau.
Mamãe diz: pega!
No instante seguinte, o pequeno dragão avançou para cima dele, utilizando toda sua destreza, força e garras afiadas de recém-nascido para rasgar a jugular de Toffee, desfigurando o monstro.
— Ahnnn.... A primeira morte do bebê!
Podemos adotar?
— Se você alimentar, levar para passear e trocar as fraldas, é todo seu....
....
Não havia mais nada no caminho.
Marco Diaz abriu a porta do grande quarto, da grande torre, do maldito castelo invadido.
Assim que atravessou, ele se deparou com Star.
....
— Vamos conversar – Disse, por fim.
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