5 Vidas escrita por Queen Stars
Um beijo. Do tipo roubado, surpresa, êxtase.
Ichigo não sabia de onde que veio a coragem de roubar aquele beijo, de tocar os lábios daquela que tornara seus pensamentos nos últimos tempos. Orihime, não sabia aquele beijo foi real ou um sonho. O rapaz dos seus sonhos lhe tinha dado um beijo nos seus lábios.
O problema disso, foram os dias sem ver, sem conversar. Isso fez cada um sentimento diferente. Ela sentiu um desprezo. Ele um canalha. Orihime queria perguntar para Isshin como o ruivo estava ou pegar o número do telefone na agenda da filha. Mas a vergonha não deixava. Mantinha a esperança dele procura-la. Ichigo poderia escrever um bilhete de desculpas ou ir na casa da ruiva tarde da noite para conversar.
Ichigo culpava da maldita auditoria. “Tinha de ser nessa semana? O que a Orihime deve estar pensando? Que deve ser um aproveitador de moças? ” Aquilo estava afligindo. Tinha que achar uma solução.
Era uma sexta-feira, Ichigo tinha saído tarde do trabalho foi direto para casa. Entrou sem dizer nada.
— Boa noite. Lembro que dei essa educação – falou o senhor que estava sentado no sofá.
— Boa noite. – respondeu o jovem – Cadê a Usagi?
— Dormindo. – continuou a prestar atenção na tv – Sua janta está dentro do micro-ondas.
— Tá. – respondeu automático.
— Aconteceu alguma coisa no trabalho? – perguntou percebendo a inquietação do filho.
— Aconteceu nada, está tudo bem. – respondeu o rapaz
— O que foi? – olhou para o rapaz que estava parado na sala
— Nada, pai. Vou tomar um banho. – falou indo para banheiro.
Ichigo não enganara o pai. Ele sabia que o filho estava preocupado com algo. Isso aconteceu depois que voltara da casa da Orihime. O que poderia ter acontecido? Não iria fazer um interrogatório, sabia que mais ou mais tarde o filho iria falar.
O ruivo já tinha tomado banho, estava no quarto com a toalha enrolada na cintura. Olhou para o rádio – relógio, marcava 21:30.
— Ah, não aguento. – falou entre dentes passando a mão na cabeleira ruiva. – Tenho que resolver hoje. Como essa ruivinha foi mexer comigo. – riu – Pareço um idiota.
Vestiu as suas roupas, pegou as chaves da casa e do seu carro.
— Estou de saída. – falou para o pai – E não tenho hora certa para chegar.
— A onde está indo? – perguntou o Isshin
— Resolver algo de importante, quando eu chegar lhe explico.
— Tudo bem. Toma cuidado.
— Ok e obrigado – fechou a porta da casa.
****
A ruiva estava lendo um livro no sofá, que desta vez não prendia tanto sua atenção. Os seus pensamentos estavam aleatórios. Sim, levaram para dias atrás: o dia do beijo. Após dias sem ter uma resposta, estava disposta de esquecer do dia. E seguir para a frente.
Fechou o livro e colocou na mesinha de canto, levantou do sofá. Estava indo para cozinha para preparar um chá para relaxar. A sua campainha é tocada. Olhou para o relógio de parede da cozinha: 10:00.
— Mas quem seria? – perguntou para si mesma.
Foi para atender a porta, verificou pelo olho mágico. Ficara estática ao ver a pessoa. Não é possível. Abriu a porta:
— Boa noite, Orihime. Temos que conversar.
Ela ficou parada, com seus olhos arregalados. Sim, era ele: Ichigo. Estava vestindo calça jeans, camiseta e jaqueta e calçava tênis. Um pouco de diferente que vestia durante o dia a dia: a roupa social.
Ele também não pode reparar o que a ruiva vestia: camisola de malha com detalhe me renda e um fino robe bege. E seus lindos cabelos ruivos soltos.
— Posso entrar? – perguntou quebrando o silencio da moça
— Ah claro! – deu passagem para rapaz entrar – Então...que temos que conversar? É sobre a Usagi? – virou para rapaz
— É sobre nós.
— Nós!? – cruzou os braços
— Sobre que aconteceu, naquela noite – tentou começar o assunto
— Ah sim. – respondeu distendida
— Na verdade, eu vim pedir desculpa. – ele estava nervoso - Fui impulsivo e não levei em conta do que você sente. E...
— Ichigo. – interrompeu o rapaz – Você arrependeu de ter me beijado e veio pedir desculpas? Por que não sou a pessoa que lhe chamo a atenção?
— Orihime...não é bem isso!
— Então é o que? – colocou a mão na cintura aproximando do rapaz – Explica melhor. – falou firme
— Você uma pessoa especial e não merece sofrer. E você é a pessoa que me chama atenção nesses últimos tempos. Deste do dia que encontramos na livraria, com seu jeito gentil e a sua beleza. Seria egoísmo meu desejar você. Eu não mereço ter você!
— Ichigo, você arrepende? – perguntou
— Não arrependo. – respondeu firme
— Aquele beijo foi recíproco. Não o rejeitei em momento nenhum e correspondi o beijo que me lembro. Você também me chama atenção. Não desejo ser especial. Uma pessoa especial sempre está destinada a ficar sozinha. – aproximou dele – Por que você não seja egoísta um pouco nessa vida?
— Orihime, tem certeza nisso que está falando? – olhando nos ambares cinzentos da moça
— Tenho toda certeza. – falou para o rapaz fitando o olhar – Só depende de você.
— Eu quero. – fechou a distância – E serei egoísta.
Ele puxou para um beijo. A ruiva correspondeu o beijo, que início era suave. Eles separam e olharam um para outro. Voltaram se beijarem com mais intensidade e volúpia. Ichigo puxa a ruiva pela nuca para aproximar e em resposta deslizava as mãos no peitoral do rapaz. O rapaz trilhava beijos ao longo do pescoço, Orihime solta um pequeno gemido. Isso foi o estralo para que Ichigo perdesse a sanidade. As carícias intensificavam mais.
— Orihime...- sussurrou seu nome - Quer continuar? – falou entre beijos
— Ichi... – sentiu a sua coxa sendo apertada. – S-sim.
— Se continuarmos, não vou parar. – afirmou – Tem certeza?
— Não temos nada para perdemos – sussurrou
— Tudo bem, minha princesa – beijou nos lábios
— Vem. – guiando o rapaz pelo apartamento
Chegaram no quarto da moça, mantiveram a luz apagada. Ele a deitou na cama, os dois sorriram. Aquela noite seria apenas o início.
***********
A pequena Usagi acordara cedo naquele sábado. Como de costume, foi ao quarto do pai para passar a manhã dormindo. Abriu a porta do corpo e deparou com a cama arrumada. Seu pai não estava ali.
Saiu pela casa arrastando o seu leãozinho de pelúcia já meio surrado à procura do pai. A casa estava silencio e vazia. Sentiu sozinha. Nunca se sentiu assim, os seus olhinhos estavam lacrimejados. Foi ao quarto do avô, aproximou da cama do senhor:
— Cadê papai? – com voz chorosa
— Hmm... então ele não voltou. – respondeu o Isshin ao deparar com sua neta chorando – Vem cá.
— Aonde ele foi? – subiu na cama.
— Diz que iria resolver uma coisa – aconchegou a menina no tórax de modo que ela ouvisse as batidas do coração para relaxar – Logo, logo estará aqui.
— Hoje é dia de dormir com papai. – reclamou
— Oras, você vai ficar com vovô igual era pequenina. – riu.
— Hmm... – resumgou-se
Isshin cariciou a cabeça da neta, afim de acalma-la. Afinal a onde estaria Ichigo? O que fora resolver?
****
Ela abriu os olhos, ele ainda estava lá. Os ambares castanhos olhando para ruiva. Ichigo sorri gentil.
— Oi! Bom dia!
— Bom dia! – respondeu sorrindo, espreguiçando – Pensei que tinha ido.
— Ei. – acariciou o rosto da moça – Isso seria indelicado da minha parte. Eu estava esperando você acordar.
— Hmm... Sorte sua que eu acordei. Geralmente durmo mais tarde hoje.
— Eu ia te acordar delicadamente. – riu aproximando do rosto da moça.
— Como seria isso? – olhou para lábios do rapaz
— Seria assim. – beijou os lábios da ruiva
O Beijo era calmo e suave. Eles separam por alguns segundos.
— Tenho que ir. – falou entre os beijos – Uma pequena princesa precisa de mim.
— Tudo bem. – o beijou um pouco demorado – Usagi vai achar estranho acordar e você está lá.
— Eu volto mais tarde. – levantou se da cama.
— Ainda hoje?
— Sim, sim. Você não ficará tão livre de mim. – vestindo a roupa
— Você não pode ficar se ausentando dessa maneira. – também levantou e vestiu o robe que estava perto da cama
— Não se preocupa, ela irá entender. – aproximou e beijou – Até mais tarde.
— Até mais.
O mais belo sorriso estava no rosto dos jovens.
*****
O rapaz chegou em casa com máximo cuidado para não fazer barulho. Retira os tênis após fechar a porta, travessava a sala.
— Bom dia! – uma voz grave quebra o silencio.
— Ops. Bom dia pai. – falou com tom de voz normal
— Bem que falou não teria hora de chegar. – falou o senhor sentado na poltrona na sala.
— Pois é, pensei um pouco do horário – falou o rapaz olhando para Isshin – Cadê a Usagi?
— Dormindo no seu quarto. – respondeu seco – Eu sei que você está quase 30 anos, não é mais um adolescente. Espero que esteja fazendo nada de delinquente, lembra que você tem uma filha.
— Não tenho feito nada delinquente. Eu sei da minha responsabilidade – coçou a parte de trás da nuca.
— Posso saber a onde estava até agora? – perguntou ao rapaz
O rapaz abriu um sorriso bobo em resposta.
— Ichigo!? – levantou a sobrancelha – Que aconteceu que você está com este sorriso bobo? Faz um tempo que não o vejo dessa maneira.
— Não estou sorrindo bobo. – contínuo sorrindo – Estou feliz somente isso.
— Qual o nome dessa felicidade?
— Acho que você sabe a resposta. Vou ver a Usagi. – retirou da sala
— Ichigo! – o chama, o rapaz dá os ombros.
O rapaz abra a porta do quarto com cuidado. A pequena estava na cama, com uma posição estranha, parecia uma tartaruga. Ele aproxima e senta na cama. Faz um carinho no rosto da Usagi e sorri. Como é bom vê-la dormindo tranquilamente. A menina abra os ambares violetas:
— Ichigo Kurosaki, você desapontou o sono de sábado. – falou a menina ao virar para seu pai
— Cadê o bom dia? – falou o ruivo – Está assistindo muito seriado, tarde da noite.
— Aonde você estava? – perguntou com beicinho nos lábios
— Fui ver uma pessoa. – respondeu a menina
— Uma pessoa? – a menina sentou
— Uma pessoa que papai está gostando.- tentou explicar para menina
— Gostando? Como assim? – arregalou os olhinhos
— Como namorados. Entendeu? – deu um pequeno sorriso
— Hmm... namorados – a menina baixou o olhar e a voz
— Ei! – o rapaz a pegou no colo – Não vou abandonar você! Meu amor por você não tem fim.
— Não é isso papai. – apertou as mãozinhas.
— Então que é? – beijou a sua testa
— Não é nada. – desceu do colo – Vou para banheiro. – saiu do colo.
— O que será que aconteceu com ela? – questionou.
Isshin vê a sua neta tristonha no corredor entre os quartos.
— Que carinha é essa? – abaixou na altura dela – Está com dor na barriga? – massageou a região.
— Papai está namorando. – falou baixo
— Oh é isso! – abraçou a menina – Está preocupada dele não gostar de você?
— Não é isso! – respondeu com olhos marejados
— Me fala pequena.
— Ele não vai ficar com a princesa do pôr do sol.
— Princesa do pôr do sol? – perguntou o mais velho
— Orihime. Ele deve está apaixonado pela aquela Bruxa espiga de milho.
— Oh! - não soube responder para garotinha – Bom, vamos tomar o mingau. Depois perguntamos para ele: quem é a namorada. Certo?
A menina concordou com balançar da cabeça e deu a mão para avô que levou para cozinha.
****
A ruiva cantarolava músicas aleatórias na cozinha, preparando a sua refeição matinal. A sua felicidade era radiante. O seu telefone toca estridente em outro cômodo. A ruiva sai correndo para atendê-lo.
— Alô!
— Oi minha neta! Você está bem?
— Sim, sim estou bem. – respondeu sem esconder a sua felicidade. – E a senhora?
— Estou um pouco preocupada.
— Aconteceu o que vovó?
— O seu avô está indo para aí. E falou que vai trazer de volta.
— Você sabe que não irei. – respondeu firme
— Como desejo que vocês entendam. – suspirou – Tenho que falar, qualquer jeito irá saber.
— O que?
— Ele marcou o seu casamento.
A ruiva ficara muda.
— Será em breve. Oh minha menina, eu sinto muito. – falou com uma voz chorosa
— Tudo bem, vovó - enxugava as lágrimas – Vou ficar bem.
— Tem certeza?
— Tenho. Até mais vovó.
— Até mais.
Desligou o telefone e suas lágrimas escorriam pela sua face. Casamento. Era seu sonho de casar com amor da sua vida. E não arranjado com um riquinho idiota e egoísta à escolha do seu avô. Este foi uns dos motivos dela desejar sair de casa.
Tinha que pensar em uma solução e rápida.
Ou sua vida será um mar de lágrimas.
Continua...
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