5 Vidas escrita por Queen Stars


Capítulo 4
A mais bela lição do amor - Capítulo 3




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Já havia passado semanas a ruiva já estava bem adaptada à rotina. A direção, os pais dos alunos e outros empregados da escola também já havia criado um vínculo com a Orihime. Estava sendo uns dias felizes na vida da jovem professora.

— Vamos crianças para fila! – ordenava as crianças da sua turma que corria no pátio durante a entrada.

— Até que elas obedecem melhor que a Evegreen – comentou uma das professoras

— Mais ou menos, às vezes tem que falar duas vezes. – deu um sorriso

— Meu deus! – suspirou a professora – Chegou o perfume mais agradável dessa escola. – referiu o ruivo que chegava com a pequena Usagi – Que homem! Sorte sua. – o ultimo comentário fez a ruiva ficar rubra – Nem pode comentar bobagem, que você fica vermelha. – riu da Orihime – Vai lá receber a sua aluna. – deu um cotovelada de leve na ruiva.

Lá vai receber a Usagi para participar da “entrada¹” da escola. A garotinha sorriu quando viu a professora, já foi nos braços dela.

— Boa tarde. – cumprimentou a ruiva.

— Boa tarde! – o Ichigo deu um belo sorriso ao cumprimentar a ruiva – Até mais Usagi! – despediu da filha

Orihime teve uma leve impressão que o ruivo estava mais sorridente que o normal. Será que havia acontecido algo? Mas, o rapaz sempre a cumprimentou com um sorriso. Será que...

— Isso que é agradável! – falou a professora – Esse homem é viúvo, dando sopa no mundo!

— Ei! – Orihime chamou atenção da colega- Estamos na escola. Talvez ele tenha uma namorada.

— Sei não. Mas se bem que ele está mais sorridente, deve ser culpa da nova professora ruivinha. – riu

— Nada haver. – riu – Acho que alguém está lendo muito romance ou vendo novela.

O sinal sonoro anuncia o início das aulas, interrompendo a conversa das duas professoras. A tarde passa normalmente.

*****

Ichigo sempre gostou da tarefa de cuidar da sua filha, sempre deixou às claras que aquilo não era uma obrigação. Quando recebeu a notícia que seria pai, foi uns dos dias mais felizes da sua vida. Mesmo que meses depois descobria a traição.

No início, ficara receoso, de saber se a pequena Usagi era ou não a sua filha. Mas seu amor pela criança era grande e fosse o contrário não saberia que fazer. Renji tinha feito o pedido de paternidade, no qual foi aceito pelo juiz. Graça à Deus, o exame deu negativo. Esse foi outro ato que deixou Ichigo chateado com seu velho amigo. Acabou ele entendeu um pouco o Renji, se caso estivesse na mesma situação faria o mesmo.

A única coisa que Ichigo não teve tanto a sorte foi o pedido de separação. Ele amava a Rukia, deste do primeiro dia que conheceu aquela baixinha implicante. Nem tudo são flores e teve um fim. O ruivo sente um pouco de culpa do acidente, naquele dia os dois havia discutido. A baixinha pegou a chave do carro e saiu dirigindo meio distraída. A pequena Usagi estava em um passeio com avô Isshin e as suas tias paternas. Objetivo do passeio era que casal poderia vim se entender. Foi em vão.

Após da morte da esposa, Ichigo retorna à casa paterna. Foi um pedido do Isshin, uma vez que poderia ajudar com os cuidados com a pequena e casa tornara grande já que Yuzu e Karin não viviam mais lá. Já tinha seguindo com as suas vidas, uma lei natural da vida.

Ichigo dedicou a sua vida em cuidar da filha. Havia fechado o seu coração para novos amores. Isshin, por infinitas vezes, aconselhava o filho para seguir em frente. Nenhuma mulher chamou a atenção do rapaz. Isso foi até agora.

Isso porque uma jovem professora ruiva  com nome de princesa chegara a cidade. Aquela gentil moça, que as crianças da escola definiam como uma bela fada, inclusiva a sua filha. Tarefa de levar e buscar a Usagi tinha uma nova motivação. Tinha a vontade de conhecer mais ruiva, sem querer ser muito invasivo ou parecer um tarado. Algumas vezes, dava carona até próxima da casa da moça. Aproveitava conversar com ela, nem que seja coisas banais. Estava sendo paciente e dando “tempo ao tempo”. A ruiva fascina o rapaz.

Estava quase a hora de buscar a pequena na escola, Ichigo deu um telefonema para oficina que deixara o carro para fazer a revisão.

— Sinto muito senhor, nós não terminamos ainda. Acho que amanhã à tarde estará tudo correto.- falou o atendente da oficina

— Ok, então – falou o rapaz não havia o que discutir.

Olhou as horas indo a pé chegaria dez minutos atrasado ou poderia ligar para seu pai pedir para pegar a neta na escolha. Nem pensou, pegara as suas coisas e foi ao caminho do colégio.

Chegara a tempo havia outras crianças na escola, Usagi não estava sozinha. E além do mais, a Orihime aguardava com ela.

— Desculpa o atraso. O carro está na oficina e estará pronto amanhã. Obrigado por ficar com ela.

— Por nada. – sorriu a ruiva

— Ei tia! – chamou a garotinha – Vamos juntos. – com um belo sorriso

— Ah claro! – a ruiva falou um pouco sem jeito.

Ichigo não falara nada. Mentalmente agradecia a filha pelo convite feito à Orihime. Foram os três conversando sobre as coisas do dia a dia, trabalho, família, contavam algumas piadas, riam... uma conversa bastante divertida.

— Papai. – chamou a criança – Estou cansada, me dá colo. – pediu para o pai

— Estamos quase chegando – falou gentil

A menina levantou os braços e fez uma carinha de cansada.

— Tudo bem. – abaixou para pegar-la no colo – Chegando em casa, banho antes de dormir. – a menina concordou.

— Deixa que eu ajudo. Me dá as suas coisas. – ofereceu a ruiva

— Não precisa, dou um jeito. – falou o rapaz – E você irá desviar do seu caminho.

— Não tem problema – sorriu – Dá tempo de eu voltar. O comércio fecha às 19 horas.

— Tem certeza? – perguntou o rapaz

— Tenho. Agora para de questionar Ichigo – riu

A moça pega as mochilas e o Ichigo carrega a Usagi no colo. Caminharam até na casa do ruivo.

— Chegamos! – gritou o ruivo da porta.

— Que bom. – veio Isshin para vê-los – Oras, temos visita! – sorriu

— Olá senhor Isshin!  - cumprimentou a ruiva – Apenas ajudando o Ichigo.

— Que isso! – falou o senhor – Fique para o jantar. Fiz escondidinho, gosta?

— Deste papai aposentou aqui casa virou um “Master Chef”. – comentou o rapaz

— Tive procurar algo para fazer. Filhos já estão grandes, seguem seus caminhos... lei da vida – virou para ruiva – Então aceita o convite?

— Fica para próxima, realmente tenho que ir. Tenho compras para fazer...

— Mas que isso? Não preocupa com jantar, nem o café da manhã. Fiz bolos e biscoitos e você leva. Que tal? – insistiu o senhor.

— Está bem. – concordou a moça

— Ótimo – sorriu – Deixa eu cuidar desta pequena. – pegou a menina que estava no sofá, aonde Ichigo tinha colocado – Vamos pequena. – fez a menina acordar. – Ichigo arruma a mesa para nós. – disse o senhor antes de sair da sala, deixando os dois jovens à sós..

— Desculpa da insistência dele. – falou o ruivo

— Sem problemas. Seu pai é uma ótima pessoa.

— Sim, é verdade. – indo para cozinha para arrumar a mesa

— O que posso fazer?

— Oh não precisa fazer nada.

— Por favor - insistiu

— Bom, você pode ajudar colocar na mesa. – falou o rapaz

— Ok. – a moça sorriu

Isshin que estava com a menina sonolenta, assusta quando a vê totalmente desperta.

— Você não estava dormindo? – perguntou a garotinha que fez sinal de silencio com um sorriso travesso. – Que você está aprontando?

— Nada vovô. – falou na inocência. – Papai não pode saber.

— Saber do quê? – arqueou a sobrancelha

— Do meu plano. – falou séria – Já viu como o papai fica feliz quando vê a Tia Orihime. Então estou fazendo igual o filme que vimos na tv.

— Oras, Usagi! – o avô riu – Nem tudo que acontece nos filmes na vida. Mas o vovô vai lhe ajudar, ok?

— Obaa!! Ops – tampou as bocas com as mãos – Só tem um problema.

— Qual é?

— Vou ficar sem a janta e estou com fome.

— Não preocupa, eu guardo para você. – o avô a acalma.

O jantar tinha seguido normalmente. O s três adultos conversando, e a pequena Usagi fingindo dormir no quarto.

— Então, faz pouco tempo que você está morando aqui. – falou o senhor

— Sim, estou gostando muito. – falou feliz a ruiva

— O que sua família achou da sua independência?  - continuou o mais velho – Eu fiquei muito inseguro quando Ichigo e as meninas saíram de casa. Eu também fiquei feliz.

— Vovó até que aceitou, já o vovô não. Espero que ele entenda um dia.

— Vai entender, não se preocupa. – sorriu o mais velho. – Agora uma curiosidade.

— Sim!? – falou inocente

— E o namorado? Que achou da sua mudança?

— Pai. – bradou o ruivo

— Eu não tenho namorado, senhor Isshin. – respondeu um pouco corada

— Não acredito que uma moça tão bonita não tenha namorado!- fez uma cara de espanto

— Pai não precisa desses comentários- Ichigo já meio constrangido

— Não se preocupa Ichigo. Não fiz por maldade. Peço desculpa à senhorita.

— Não se preocupa, já estou acostumada. – sorriu para aliviar a atenção – Na verdade, quase casei por insistência do vovô. Não quero desse modo casamento arranjado.

— Hoje em dia isso não é necessário. Você irá encontrar alguém especial ou talvez encontrou mais a pessoa é lerda – dirigiu a ultima frase para o filho.

— Obrigada, senhor Isshin. – sorriu a ruiva – Bom, tenho que ir está ficando tarde. – falou retirando da mesa

— Fica mais um pouco – insistiu o mais velho

— Fica para próxima vez e muito obrigada pelo jantar.

— Eu que agradeço. Ah! Espero um minuto, vou buscar um pedaço de bolo para você levar. – foi para cozinha

— Não precisa...acho que ele não ouviu – virou para Ichigo.

— Não adianta você falar ele é teimoso. – comentou o rapaz – Tento isso esses anos.

— Pronto, aqui está – entregou a sacola para moça

— Obrigada à todos e deixa um beijo para Usagi.

— É claro. – falou o mais velho

— De acompanho até sua casa – falou o rapaz

— Oras, é perto.

— Faço questão. Está tarde e não seguro andar sozinha.

— Tudo bem. – concordou a jovem

— Já volto – falou para pai.

O mais velho espera os dois jovens saírem e começa organizar a cozinha.

— Pode sair aí de trás, eles saíram.

— Não tem como esconder de você. – a menina fez um biquinho com os lábios. – A onde eles foram?

— Seu pai foi levar a Orihime em casa. – pegou um prato com a janta – Aqui, está o seu.

— Obaa!! Não estava mais a minha barriga rangando². – falou a menina. – Não faço esse plano.

O senhor apenas ri da sua neta.

***

Os dois caminhava lado a lado. Ele com as mãos no bolso e ela mantinha os braços em volta do torço.

— Esfriou um pouco o tempo. – comentou o rapaz – Poderia ter emprestado uma blusa.

— Não se preocupa com isso. Estamos quase chegando.

— Peço desculpas pelo algum comentário do meu pai se ofendeu você. Principalmente sobre “namorados”.

— Oh isso que nada. – sorriu – Mas e você tem alguma namorada?

Ele olha para Orihime nos olhos.

— Ainda não. – fixou o olhar nos ambares cinzentos – Deste o falecimento da minha esposa não relacionei com ninguém. Apenas dediquei a criação da Usagi. Meu pai tem a esperança que eu namoro novamente.

A ruiva desviou um pouco o olhar, aquilo já estava fazendo as suas bochechas queimarem.

— Mas tem que o chama atenção? – ele a olha - Oh desculpa! Estou sendo muito inconivente. – olha para os pés.

— Não está. É bom conversar com você, eu gosto. – olhou para cima – Tem uma pessoa que me chama atenção nos últimos tempos.

— E ela sabe?

A ruiva se viu que estava na curiosidade, estava parecendo uma adolescente apaixonada. Logo, se reprovou do ato.

— Não sei. E você? Com certeza deve conquistando alguém.

— Eu não sou tão bonita para conquistar alguém. – riu

— Você é linda, em todos os sentidos. – a ruiva ficou vermelha com o comentário.

— Obrigada. Pode deixar aqui, é logo ali. A Usagi pode lhe procurar

— Usagi quando dorme é difícil acordar. Vou deixar na porta e não no meio do caminho. Ah não ser tem algum problema.

— Não tem. É que não queria lhe incomodar.

— Você não é incomodo. – falou sério.

— Ok então. – concordou afinal.

Ele acompanhou na porta do apartamento dela.

— Pronto, agora está entregue. – pronunciou o jovem

— Muito obrigada. – agradeceu antes de destrancar a porta

— Boa noite e até mais. – ele despediu

— Boa noite. – abriu a porta do apê

Mas nenhum dos dois se moveram. Silêncio. Apenas olharam um a outro, por algum tempo. Ela não sabia que fazer se entrava ou falasse alguma coisa. O rapaz deu um passo aproximando dela. Inclinou a cabeça e encontrou os lábios da ruiva. No inicio, ela ficou paralisada. Mas logo, cedeu ao beijo do rapaz. Ele aproximou mais e colocou a mão na cintura dela. E ela envolveu a mãos no pescoço dele. O beijo era de ternura. Havia um tempo que nenhum dos dois se envolvia com alguém.

Não se sabe por quanto tempo que o beijo durou. Eles se separam e olharam. Não falaram nada. Ele foi embora e ela entrou no apartamento, fechando a porta.

Um beijo.

Orihime encostou na porta fechada, tocou nos lábios e sorriu.

Ichigo correu afim de chegar em casa antes da chuva, era possível ver um sorriso.

Continua...


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Notas finais do capítulo

¹ algumas escolas costumem fazer orações, momentos cívicos, ou cânticos antes de entrar nas aulas e começar a aula propriamente dito.

² meu sobrinho falava desse modo quando menor para referir a barriga roncando de fome.



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