5 Vidas escrita por Queen Stars


Capítulo 6
A mais bela lição do amor - Capítulo Final




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A pequena Usagi estava andando meio tristinha últimos dias. Nada estava animando e isto estava preocupando Ichigo, por mais que tentava não conseguia fazer que a menina falar.

— Usagi. – chamou o ruivo – Seu aniversário está chegando, que você quer fazer de especial?

A menina olhou para pai com seus olhos de violetas, abraçando o seu pequeno coelho rosa.

— Hmm... – ficou pensativa – Posso convidar uma pessoa?

— Pode. – arqueou a sobrancelha de curiosidade, Usagi nunca tinha feito questão de convidar para seu aniversário. Como todos os anos a data é apenas comemorada entre a família – Quem seria?

A menina apenas sorriu travessa.

— Ok, vou falar com ela hoje! – falou com um belo sorriso

— Você não falou quem é? – perguntou a menina novamente.

— Posso pedir mais uma coisa?

— Que seria?

— Um bolo com bastante chocolate, em cima, no recheio. CHOCOLATE! – levantou os braços para cima para comemorar.

Chocolate era algo comum do pai e filha, ambos eram chocólatras. Isso é um pedido comum da garota. A menina saiu correndo pela casa, pelo menos, a sua animação estava de volta.

— Ela não me respondeu: quem ela quer convidar?

— Até parece que você não sabe! – Isshin apareceu atrás do rapaz, dando um susto.

— Se você sabe, me diga. – olhou de um modo carrancudo.

O seu velho sorriu para seu filho.

— Vou soletrar, presta atenção: O-r-i...

— Fala logo. – falou sem paciência.

— Orihime Inoue – riu da impaciência do filho.

Em vez de retrucar, apenas sorriu.

— É uma ótima ideia.

(...)

Havia passado duas semanas para aniversário de Usagi. A família estava toda reunida naquele almoço: Yuzu e Isshin preparando o almoço. Karin, Toshiro e Ichigo em um papo um “pouco” amigável. Ah! Claro a bela convidada desse ano: Orihime. Ela chegou com um coelho tamanho médio na cor caramelo, para felicidade da menina e a infelicidade do pai.

— Papai, pegando no pé do Tio Toshiro e Tia Karin.  –falou a pequena Usagi

— Por que? – perguntou a ruiva

— Papai e sua” mania” de proteger e cuidar todo mundo. – explicou a pequena – Vovô sempre fala para ele maneirar, mas...

— Isso é sinal que preocupa com quem ele gosta. – falou a ruiva.

— Hmm...pode ser. – respondeu pensativa.

— Então gostou do presente? – perguntou a ruiva afim de mudar um pouco do assunto.

— Ah claro! – a menina sorriu

— Já pensou um nome para ele?

— Hmm... ainda não. Tem que ser um nome bem legal.

— Fofuxo?

— Já tenho, não pode repetir. – colocou a mão no queixo – Não tenho ideia – ficou meio tristonha.

— Não se preocupa. Daqui a pouco você encontra. – confortou a pequena – Vou ali ver se precisa da minha ajuda, já volto. – levantou onde estava e foi até na cozinha oferecer a sua ajuda.

Aquela tarde correu tudo bem, a Usagi feliz completando seis anos e tendo a sua família toda reunida. Não ficara triste sem a presença da sua mãe, um dos motivos como teve a convivência não poderia sentir falta. Deste que se lembra era criada pelo pai e seu avô, e além ser paparicada pelas tias. Cantaram os “parabéns” e a pequena antes de soprar as velas, levou as suas mãozinhas no peito e fechou os olhinhos para fazer o seu pedido. Depois abriu seus ambares violetas e soprou com toda força as velhinhas. Logo após o bolo foi partido para todos e a pequena lambuzou com chocolate. Seu pai limpou o seu rosto com guardanapo e mandou antes de brincar lavar suas mãos, antes que seus brinquedos novos ganhar um carimbo lambuzado.

A menina o obedeceu e foi brincar distraída com seus brinquedos na sala enquando os adultos estavam nos seus afazeres. Quando deu por si, o tempo havia passado quando a sua tia karin depositou um beijo na bochecha despedindo, a menina deu um sorriso e abraçou a sua tia. Também despediu de Toshiro e sua Tia Yuzu. Olhou para os lados e não viu seu pai e nem a Orihime.

— Vovô. – chamou manhosa – Papai saiu?

— Não, deve está lá para dentro. – sentou no sofá, descansando do dia agitado.

A pequena não respondeu nada. Pegou o seu novo amigo de pelúcia e foi andar pela casa à procura do seu pai. Subiu as escadas indo à direção dos quartos. Apenas ouviu múrmuros perto do quarto do seu pai, aproximou para ouvir.

— Ichigo, melhor não. – era a voz de Orihime.

— Por que? – perguntou manhoso – Estou com saudades. Só mais um.

— Papai e tia Orihime. – sussurrou para o pelúcia.

Houve um silencio dentro do quarto. A menina encostou na porta e girou a maçaneta. Seus ambares violeta arregalaram ao ver a cena: Ichigo e Orihime estava se beijando. A pequena soltou a maçaneta bruscamente, fazendo barulho. Os adultos pararam ao ouvir o barulho e olhou para porta.

— Usagi. – falou Ichigo.

A menina ficou por alguns segundos olhando para os dois, Orihime estava com seu rosto corado e Ichigo surpreso com a presença da sua filha no local. Ele a chama novamente e Usagi dá meia volta e sai correndo para seu quarto e bate à porta. Ichigo corre atrás gritando os eu nome.

— Que confusão é essa? – o patriarca da família Kurosaki chega ao segundo andar após ouvir os gritos e a correria.

— Usagi e Ichigo. – foi a única resposta que a Orihime deu.

— Mas que diabos está acontecendo aqui? – perguntou para seu filho.

— Ela viu eu e Orihime beijando. – respondeu Ichigo irritado.

— Ah isso? – sorriu malicioso – Na próxima vez tranca a porta e deixa a menina dormir e assim podem “fazer” um netinho à vontade.– piscou o olho e o comentário deixou a ruiva mais vermelha e Ichigo mais irritado.

Ichigo encontra a sua filha no quarto ajoelhada ao pé da cama.

— Obrigada por realizar o meu desejo de aniversário. Amém.

Ichigo parou no momento que ouvia a sua filha fazendo a oração. Pensou que iria a encontrar em plantos ou chateada. Foi ao contrário, quem diria que o seu pedido de aniversário era ver Ichigo e Orihime juntos? Ichigo sorriu e sentiu aliviado pela descoberta.

— Usagi. – chamou calmamente.

— Papai. – deu um sorriso felicidade – A tia Orihime é a namorada do papai?

— Sim. – sorriu – Que você acha?

Orihime e Isshin ficaram na porta olhando para pai e filha conversarem

— Muito legal! – falou animada – Melhor que a loira azeda. – sussurrou

— Que loira azeda? – Orihime pergunta baixo para Isshin

— Uma aí que ficava jogando charminho no Ichigo. – confessou – Mas ele nunca a levou a sério, pode ficar sossegada. – sorriu para ruiva

— Ah bom. – respondeu com um leve de ciúmes, fez o moreno ri abafado.

— Mas por que não me contou? – a pequena fez um beicinho

— Iriamos lhe contar depois que o contrato da Orihime terminasse na sua escola, para que não haja nenhum problema com ela. – explicou Ichigo – Mas agora, você tem que manter segredo. Combinado?

— Sim! – falou animada – Viu vovô? Eu não lhe falei que a princesa do pôr do sol iria ficar com cavalheiro negro da Lua? – correu para Orihime e lhe deu um beijo na bochecha – Estava procurando para falar o nome do coelho, é Sun.

— Muito lindo o nome. – sorriu gentil para menina.

— Vovô quero mais bolo! – pediu a garota.

— Desse jeito alguém irá ter dor de barriga. – pegando a menina no colo e deixando o casal à sós. – Se vocês fizerem algo muda de quarto. – deixou os ruivos vermelhos

— Então cavalheiro negro da lua. – a ruiva falou rindo – A princesinha acabou aceitando numa boa.

— Pois é, pensei que seria o contrário. – falou aliviado – Ela estava triste nesses dias. – a chamou para sentar ao lado. – Princesa do Pôr do Sol. – deu um beijo selinho na ruiva.

— Ela é bastante criativa e tem uma imaginação e tanto.

— Sim ,sim. Uma artista, as paredes da casa sabem como é criatividade da mocinha. – a Orihime riu do comentário – Confesso que estou aliviado – entrelaçou a sua mão com da Orihime. – Podemos começar com nossos planos futuros. – olhou carinhosamente para ela.

— Planos futuros?

— De nós casamos, tornar uma família – beijou a mão da ruiva – Isso se você quiser.

— Isso é um pedido de casamento? – sorriu

— Mas é claro. Que eu quero nessa vida é estar junto com você, da Usagi e dos nossos futuros filhos.

— Mas é claro. – sorriu – Também quero estar no  seu lado, da pequena Usagi e nossos futuros filhos.

— Três filhos. – imaginou a cena

— Três? Não é muito Ichigo?

— Não, eu quero uma família grande.

Os dois se beijaram.

***

Os dias passavam tranquilos e felizes, o casal fazia planos para que no futuro poderiam assumir o seu relacionamento. Isshin só pediu para os dois e a Usagi continuasse morando na casa, já que era grande e espaçosa. Além do mais, poderia cuidar dos netos e não sentiria tão só. Em breve, Ichigo estaria marcando o casamento no cartório. Orihime optou por ser um casamento mais reservado, somente a família Kurosaki. A sua avó tinha parado com contato com intuído do seu avô não soubesse aonde estava morando.

Era seu último dia do seu contrato na escola, estava feliz do dever cumprido. À noite, iria comemorar com Ichigo num jantar na casa dele. Assim poderia fazer seus planos futuros tranquilamente.

— A diretora pediu para ir na sala dela , antes de ir embora. – disse uma professora na porta da sua sala.

— Está bem. – respondeu com um sorriso.

Havia juntando todos seus pertences dentro de uma caixa de papelão, além alguns presentes, desenhos das crianças que lhe tinham dado. Deixou em cima da mesa e foi à diretoria. Deu três batidas na porta e entrou.

— Com licença. A senhora...

Calou-se ao ver a figura que estava sentada na cadeira da diretora. A sua respiração parou, por pouco entrava em choque. Um senhor calvo e de barbas branca.

— Olá querida. – pronunciou, mostrando toda a sua superioridade – Há quanto tempo?

— Olá vovô. – sua voz saiu um sussurro.

— Podemos irmos embora, a sua brincadeira acaba por aqui.- falou firme – Creio esses dias foram suficientes para você. Está na hora de voltar para sua família e suas obrigações.

— Não estou brincando vovô. Não quero voltar. – falou convicta

— Você é uma Yamamoto. Tem obrigações à cumprir para honra da família. A sua rebeldia não levará há nada. Acha que mudando de sobrenome eu não iria te encontrar. Se bem foi esperta colocando o sobrenome da sua bisavó, ou isso foi ideia da sua avó que sempre passou mão na sua cabeça, fazendo as vontades.

— Já disse que não irei voltar. Renego o nome da família em troca da minha liberdade.

— Para de falar besteiras. Irá viver com um salário de professora, ser dona de casa? Para quem foi criada em luxo?

— Eu agradeço pelo que fizeram por mim. Mas não vou voltar, fiz a minha vida. Estou feliz aqui.

— Não Orihime. – seu avô bradou – Seu casamento está marcado. Isso será uma união para fortalecimento da empresas Yamamoto.

— Não sou mercadoria. – gritou de volta e depois baixou a voz ao perceber os olhos repreendo do seu avô. – Tio Kyouraku pode cuidar das empresas, não precisa de casamento forçado com ninguém.

— Seu tio Kyouraku não tem a competência para isso. O rapaz é de boa família e ...

— Eu não serei feliz.  – segurava as lágrimas que estavam quase caído - Quero casar com quem eu amo!

— Amor, Orihime? Isso é contos de fadas no qual você cresceu lendo.

— Não irei, eu renego o nome da família.

— Você vai por bem ou por mal. – levantou da cadeira indo a direção da moça. – Estamos certo disso.

— Deve ser pelo seu jeito que a mamãe e vovó foram tristes ao longo dos anos.

— Meu jeito? Quer você quer dizer com isso?

— Você é um monstro. – falou ríspida

— Sua insolente. – deu um tapa no rosto da ruiva.

Ela virou o rosto e engoliu o choro. Estava disposta a lutar pela sua felicidade e liberdade.

— Melhor começar sobre as suas atitudes, isso você não quiser nada aconteça com ... como nome do rapaz mesmo? Ichigo Kurosaki. – enfatizou o nome do ruivo.

— Que você quer dizer com isso? – seus olhos arregalaram.

— Você não imaginava que eu iria vim até aqui sem saber nada da sua “ nova” vida. Conheço a cada detalhe, eu sei quem é, que faz, ou seja, tudo.

— Afinal você é o todo poderoso Yamamoto.

— Bom que você reconhece. Se você o realmente o ama, irá comigo.

— Mas fica sabendo, você acaba de matar a sua neta. – falou com desprezo – Torço que a família e poder dos Yamamotos tenha um fim.

— Que quer dizer com isso? – falou deboche – Você não pode fazer nada. Apenas aceita. Vamos logo. – olhou para garota – Não se preocupa, mandarei meus empregados desocupar o seu apartamento e os advogados estão fazendo um recessão de contrato com o proprietário.

A ruiva ficara em silencio, seguia o seu avô pelos corredores da escola. Na saída, viu Ichigo à sua espera. O jovem olhou para cena: o patriarca da família Yamamoto, Orihime e seguranças. Ficou sem saber, até lembrar da conversa que a Orihime conta sobre a sua família rica, mas não tinha falado o sobrenome. Agora ligava os fatos e o pior de tudo trabalha na empresa. Estava namorando com a neta do presidente da empresa.

— Orihime. – a chamou

— Sinto muito. – falou com voz embragada e as lágrimas no rosto. – Eu te amo.

— Orihime. – chamou o senhor – Vamos logo, temos compromissos hoje à noite.

— Hime. – segurava as mãos da moça – Podemos resolver isso.

— Não podemos. – soltou as mãos do rapaz – Obrigada por esses dias felizes da minha vida. – entrou no luxuoso carro.

Ichigo ficou em frente da escola, vendo o carro sumir de vista. Mais uma vez da vida estava perdendo o amor da sua vida. O seu amor verdadeiro.

(...)

Na mansão a sua avó foi seu encontro, um “sinto muito” que pode dizer à sua neta que não demonstrava nenhum sentimento. A noite estava arrumada para jantar com a família do noivo. Estava elegante com melhor vestido da grife mais cara, com penteado e maquiagem impecável. A sua expressão era como uma boneca de porcelana, não demonstrava nenhum sentimento. O seu olhar era triste e distante.

O seu avô fazia de tudo para que ela aproximar do noivo. Ela mantinha distância e evitava o contato físico.

— Orihime. – chamou o rapaz – Em breve seremos casados, vamos tentar pelo menos sermos sociáveis.

— Deixa de ser hidrópico, Uryuu. – falou ríspida – Você será casado comigo, não serei casada com você.

— Que quer dizer com isso? – questionou o rapaz

— Você sabe muito bem. E além do mais, como pode esquecer tão rápido de Nemu. – continuava com seu comportamento ríspido.

— Orihime. – ganhou uma advertência do avô

— Melhor você pensar antes .- terminou de falar com rapaz – Com licença. – saiu daquele jantar.

****

Os dias se passaram, até chegar o dia do casamento. Orihime olhava tristemente para espelho vestida de noiva. Um belo vestido de rendas bordadas com perola, véu e grinalda e nas suas mãos um buque de lírios, ambos brancos.

— Que noiva linda triste. – comentou a sua avó.

— Não tenho motivos para sorrir. – continuava fitar a sua imagem no espelho – Eu morri naquele dia que vovô me buscou na escola.

— Minha querida. – falava com um pesar – Você sabe que seu avô é capaz.

— Eu sei. – não havia lagrimas, estava seca após noites e noites chorando.

Elas foram interrompidas por umas das empregadas informando que o carro estava à espera da Orihime. A senhora assentiu e a dispensou.

— Vamos. - a garota a seguiu.

No outro lado da cidade, o jovem Kurosaki estava sentado na beira da cama. Estava arrumado com roupa social, faltava colocar o paletó. Também foi convidado para casamento, o convite ironicamente foi entregue pelo Yamamoto. Nas suas mãos a ultima carta que recebera de Orihime, entregue por um desconhecido. Já tinha lido e relido a carta várias vezes. Nela a Orihime contava como seus dias felizes ao lado dele e da sua família e explicava o motivo da sua escolha.

Usagi e Isshin aparece no seu quarto, o rapaz levanta a cabeça e respira fundo. Ele estava chorando. Isshin olha tristemente para seu filho e Usagi aproxima do ruivo. A menina também estava arrumada para acompanhar o Ichigo, com vestido de azul marinho no estilo marinheiro, sapato de verniz preto estilo boneca, meias brancas e o cabelo em dois coques com laços que combinava com o vestido.

— Papai. – falou com uma voz veluda

— Oi Usagi! – forçou um sorriso.

— Por que o cavalheiro negro não resgate a princesa?

— Oras, Usagi. A vida não é um conto de fadas.

— Mas vocês vão ficar para sempre tristes?

O rapaz não respondeu, levantou e guardou a carta na escrivaninha. Ficou parado por alguns segundos.

— Vamos Usagi, antes que chegamos atrasados. – deu a mão para sua filha.

Orihime ia sozinha no carro com motorista, olhava para paisagem. O carro havia parado por um tempo, olhou em volta, estava em um engarrafamento.

— Espero que isso não demora – comentou o motorista.

Orihime não pensou duas vezes abriu a porta do carro e saiu correndo segurando a barra do seu vestido.

— Senhorita Yamamoto. – gritava o motorista – O padrão vai me matar. Senhorita Yamamoto.

A jovem não olhou para trás corria entre os carros que buzinavam, algumas pessoas em volta fotografava. Não é todo dia que tinha uma noiva em fuga. Orihime puxou o seu véu e grinalda bruscamente, afim de livrar do adorno para facilitar a sua fuga.

— Orihime – ouviu uma voz masculina a chamar mais à frente.

A sorte sorriu para ela naquele dia. O seu amado, Ichigo estava no meio do engarrafamento. Mais que depressa correu ao seu encontro, entrou no carro na parte do passageiro atrás. Os dois deu um beijo rápido, para vibração de Usagi. Ichigo deu uma manobra para sair do local.

— Que você estava fazendo correndo no meios dos carros? – perguntou o ruivo

— Estava fugindo e você?

— Resgatando a princesa – ambos sorriam.

Nem tudo são flores, logo o carro é seguido por carros de policiais. A neta do magnata estava sendo sequestrada essa era a notícia. Na tentativa de despistar Ichigo entra na auto estrada.

— A onde estamos indo?

— Para qualquer lugar que possamos não serem vistos.

A pequena que estava no carro vibrava. Mas à frente o carro é parado na barreira, por segurança de Usagi e Orihime não fura a barreira.

— Você está preso por tentativa de sequestro. - Ichigo teve a voz de prisão decretada.

Ishiin assim que soube correu para delegacia, em busca do seu filho e neta com um advogado. Ichigo estava na sala do delegado dando o seu depoimento. Isshin estava no corredor em pé, enquanto a sua neta estava sentado na cadeira com o coelho de pelúcia Sun que o avô tinha levado para a criança distrair. Ele olhou de soslaio para advogado da família Yamamoto, ex-cunhado do Ichigo, Byakuya Kuchiki. As coisas só tinham piorado para seu filho, sabia que os dois não davam bem, principalmente pós morte da Rukia. A menina levantou da cadeira e foi a direção do moreno. Issihin foi a direção da menina afim de impedir o fato.

— Bya-boo. – pronunciou com bravezas e firme para o homem.

O homem olhou para criança surpreso, aquele apelido era que a sua irmã o chamava. Foi que viu a miniatura da sua falecida irmã ali na sua frente. Tinha cortado a relação com Ichigo depois da tragédia e não tinha visto a sua sobrinha crescer.

— Bya-boo – chamou novamente tirando dos seus desaveio – Quero falar com você!

— Usagi, você não pode falar assim com as pessoas. – chamou Isshin.

— Então é você. – falou sério – Sinto muito tenho algo para resolver.

— Você não pode prender meu pai. – puxou a beirada do blazer – Ele e tia Orihime só quer ser felizes. Você sabe como ser triste e perder quem você ama?

Ele ia embora e deixar a garota no corredor. Mas algo havia tomado no seu coração gelado, abaixou na altura da criança.

— Eu sei, já perdi uma vez. Tinha os mesmos olhos que você. – falou triste

— Então por favor. – pediu gentilmente olhando firme para o homem na sua frente com seus ambares violetas.

— Vou ver que posso fazer. – levantou e saiu do local.

Tinha acabado o depoimento do Ichigo, agora o mesmo estava numa sala reservada de frente para o velho Yamamoto. Uryuu  e Byakuya acompanhavam tudo. A conversa era monologo do Yamamoto, poucas vezes deixava o Ichigo pronunciar. Isso até o rapaz estourar e falar poucas e boas para o velho. Se fosse para o pior, iria com a sua dignidade. Defendeu a Orihime com cada palavra e que tudo que Yamamoto estava fazendo era o seu puro egoísmo. Yamamoto ficara com mais irritado com a situação.

Após de saíram da sala Uryuu aproxima do Yamamoto e tenta falar alguma coisa e senhor interrompa antes de começar.

— Vamos deixar na prisão e remarcar o casamento para mais tarde.

— Não podemos fazer isso – falou o jovem moreno.

— Por que não? Afinal ele sequestrou a sua noiva. – pronunciou o velho.

— Não quero mais o casamento. – falou com decidido – Não amo a Orihime e a mesma já falou isso. Podemos fazer negócios de modo moderno com contratos e não casamentos. Mesmo que eu e Orihime conhecemos há muito tempo e como prova de amizade peço ao senhor que a deixa livre.

— Não posso.

— Senhor, melhor que você tem a fazer. – pronunciou o Byakuya.

Yamamoto foi ao encontro da neta, que estava com sua mulher na outra sala. O estado dela era deplorável. Pediu que a mulher saísse, a mesma relutou e por fim saiu.

— Você são bens ousados. – falou firme para moça continuava com olhos baixos e calada – Conversei com ele, achei um pouco rebelde e insolente com aquela língua afiada. E agora a pouco conversei com o jovem Ishida. – silencio por parte da moça continuava. – Tomei a minha decisão, mas antes me responde: você ama Ichigo Kurosaki e está disposta de ficar com ele?

Ela olhou para seu avô com um olhar determinado.

— Eu o amo e sim, estou disposta a viver ao lado dele resto da minha vida.

— Ele não é que eu queria para você. É totalmente contrário, mas depois de hoje não tenho mais autoridade em você.

— Que você quer dizer? – perguntou a ruiva.

— Eu a abençoe vocês dois. – suspirou – Uryuu também renegou o casamento.

A garota deu um sorriso, e lágrimas escorriam do seu rosto.

— Isso é sério vovô?

— Eu quero a minha neta viva e feliz. E não morrendo aos poucos.

A garota levantou da cadeira e abraçou o seu avô. O senhor retribuiu o abraço.

— Agora vá. – beijou a sua testa.

— Obrigada – sorriu

Saiu correndo nos corredores da delegacia à procura do seu amado. Ichigo tinha acabado de tirar as algemas, a ruiva correu para seus braços e por pouco não derrubasse no chão. Ali na frente de todos beijaram celebrando a sua união. A pequena Kurosaki festejava com a cena, ao longe seu tio a observava com um sorriso nos lábios. Ele também havia tirado um peso no seu coração, vendo que a pequena estava sendo bem criada e feliz na família Kurosaki, Ichigo estava fazendo um ótimo trabalho.

Um mês depois, em uma pequena capela os ruivos celebram os seus votos do matrimonio. Orihime vestia um belo vestido branco de renda um pouco mais simples que outro, Ichigo um terno fino e daminha mais charmosa Usagi com um vestido azul claro. A família Kurosaki e Yamamoto também participava. Os dois resolveram não ter festa e partiram para lua de mel. Antes de partiram despediram de todos e com a sua primogênita no colo Ichigo lhe passava instruções para comportar nos próximos dias.

—Ei papai! – fez um beicinho – Eu sei.

— E muito obrigado.

— Por quê? – questionou a pequena

— No final o cavalheiro negro da lua salvou a princesa pôr do sol, isso a graças ajuda de uma princesinha.

— Os contos de fadas pode existir. –aproximou a Orihime – Bastamos acreditar. – sorriu para os dois.

— Tem toda razão. E não tivesse acreditado não estaria com os dois amores da minha vida. Eu amo vocês duas.

— Nós também de amamos. – finalizou a Orihime com beijo nos lábios do seu amado.

Isso foi apenas o inicio da suas vidas, conta-se que o velho Yamamoto ficou menos servero com a vinda dos netos. Na verdade três: um casal e um menino. Byakuya tornou um tio mais presente. Ichigo e Renji resolveram as contas do passado. Isshin ficou feliz novamente com a casa cheia. E como todo final dos contos de fadas: eles viveram felizes para sempre.

~Fim~


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