5 Vidas escrita por Queen Stars


Capítulo 21
Nocaute - Capítulo 2




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Nocaute

Capítulo 2

Ela ouviu uma voz suave, será que está no céu? Uma voz tão linda, igual a canção. A batida de Arisawa foi tão forte que ela não está mais no mundo dos vivos. Abriu os olhos, fitando o teto branco, não reconheceu o lugar na primeira vez. Virou a cabeça para lado que ouvia a voz, era o Kengyu. Que ele estava fazendo ali? Mexeu para sentar, sentiu uma pontada forte na cabeça, gemeu de dor.

— Oh! Você acordou!- o rapaz diz sorrindo – Toma cuidado, você ainda está em recuperação.

— A onde que estou? – olhou em volta

— Na enfermaria da escola, eu que a trouxe. – explicou-se

— Muito obrigada. – olhava para os olhos gentis do rapaz.

— Não precisa de agradecer, apenas fiz a minha função de vice capitão e amigo. – explicou com um tom suave, que deixava a garota hipnotizada. – A capitã Tatsuki que ficou preocupada com você.

— A ogra da Tatsuki é capitã. – falou baixo – Estou completamente ferrada.

— Falou alguma coisa? – perguntou o rapaz.

— Obrigada. – esboçou um sorriso – Será que eu posso ir para casa? O meu pai tem uma clínica qualquer coisa posso continuar o tratamento lá.

— Acho que sim. Irei chamar a enfermeira. – levantou para procurar a mesma.

Haru levou a mão no peito, assim que o rapaz saiu, sentiu o coração palpitar mais rápido. O que estaria acontecendo com ela? Isso é paixão? Haru apaixonada? Seria o acontecimento do século!

A cortina foi aberta novamente, pela enfermeira dizendo que estava liberada. Sentiu desapontada, queria o ver novamente. Que isso Haru? Que sentimento é esses? Saltou um suspiro pesado. Juntou as suas coisas que estava no armário ao lado e saiu logo da enfermaria.

A canção que Kengyu cantarolava enquanto estava em repouso ainda estava na sua cabeça. Uma voz tão suave... fazia seu coração palpitar rápido e ao mesmo tempo trazia uma paz. Estava próxima da saída da escola, quando viu a figura masculina lhe esperando. Quando ele a viu esbanjou um sorriso, fazendo a corar. “Que sentimentos são estes Haru?”.

— Vou levar para casa! – falou tirando a moça dos seus pensamentos

— Não é necessário, irá atrasar do seu caminho.

— Está tarde e você está recuperando de uma queda. – falou preocupado- Não tem problema de desviar do meu caminho por uns minutos.

— Eu moro antes da passagem do rio, é um caminho pouco longo.- explicou-se na tentativa do rapaz desistir.

— Eu moro do outro lado da ponte, pelo menos vamos na metade do caminho.- sorriu

Não havia mais nenhum argumento contra o rapaz. Foram os dois para mesmo trajeto, lado a lado. Trocava algumas palavras triviais, todos os assuntos eram puxados pelo Kengyu. O rapaz era bastante comunicativo e animado, ao contrário de Haru que era mais calada e “cara de poucos amigos”. Se fosse em situações normais, Haru teria mandado “calar a boca” como sempre fazia com seu colega Keigo. Mas não, estava gostando da conversa e da nova amizade.

— Chegamos, tem certeza que eu a acompanha até a sua casa?

— Não precisa preocupar, foi uma queda pequena- negou- Sinto apenas ligeira dor, dá aguentar tranquilamente.

— Ah certo! Eu te encontro amanhã no clube. Arisawa falou que você tem um talento e poderá participar do estudantil desse ano.

— Estarei amanhã no clube, mas não me garanto a minha participação no campeonato. Há anos que não treino. – a garota evitou falar que estava no clube por obrigação.

— Temos 2 meses para o início do campeonato, só teremos que fazer treinos mais intensivos. Isso é uma questão de organização. – falou com uma mão no queixo e olhar viajante.

— Eeerr... vamos ver isso depois. – falou tirando o rapaz dos desaveio – Vou indo e obrigada por hoje. – fizera a reverência e tomou seu caminho.

Kengyu ficara no local até a Haru da sua vista. Sorriu e tomou seu caminho.

— Ela é uma garota estranha, mas legal.

Haru sentia completamente estranha, não estava no seu “ser normal”. Deste quando agia como uma garota delicada, de tom voz baixa e suave e educada. “Cadê seu jeito ogra, Haru?”. O “seu normal” era um jeito estupido, um pouco grosseiro e nada cordial. Sentia uma garota de um mangá shoujo apaixonada por um cara mais lindo da escola. Se bem o Kengyu era esse cara lindo da escola.

Balançou a cabeça para afastar dos pensamentos, estava na frente de sua casa. A luz do lado de fora já estava acessa à sua espera. Entrou na casa:

— Estou em casa! – gritou enquanto tirava seu calçado.

— Oh minha querida filha chegou! – foi recebida com um abraço do seu pai.

— Me larga! – bradou- Desse jeito fica parecendo um velho babão! – empurrou para longe.

— É assim que me trata? Estava preocupado com você! – fez um pouco de drama – Ligaram da escola, falaram que você caiu no clube de Karatê.

— Na verdade, nii-chan foi nocauteado. – falou uma garota de cabelos negros sentado no sofá, assistindo televisão. – Voltou para o Karatê?

— Obrigada pela parte que me toca, Karin. – falou meio ríspida – Na verdade, não voltei porque eu quis. Fui praticamente forçada a participar do clube.

— Mas você não era do time feminino de futebol? – perguntou incrédulo o pai.

— Isso até início da manhã.- falou sem muito animação – Estava fazendo o meu cancelamento de participação nos clubes esportivos escolares, quando aquela mulher gato me forçou a participar do karatê.

— A professora Yourichi? – perguntou a Karin

— Esta mesma.- falou com ódio - Vamos encerrar este assunto por aqui, a minha cabeça está voltando a latejar.- foi subindo as escadas.

— Vou preparar o seu analgésico.- falou o seu pai.

Entrou no seu quarto e fechou a porta. Colocou a sua pasta na cadeira próxima da escrivaninha e jogou na cama. Colocou a mão no seu peito que palpitava, precisava entender aquele sentimento.

****

Kengyu já tinha chegado em casa e feito toda a sua rotina. Estava sentado na cozinha, esperando o seu lámen esfriar. Estava pensando no seu dia que estivera: a conversa com professora Yourichi e Arisawa sobre o campeonato, ter conhecido a Haru. Sorriu ao lembrar dela. A Arisawa tinha falado da personalidade da garota ruiva: que era uma delinquente, vivia em confusões e tinha aquela carranca estampado no rosto. Kengyu não deixou de imaginar como uma chefe de máfia, um androide, uma anti-heroína chega quebrando tudo... o rapaz achava que ela tinha uma cara engraçada. Mas era uma pessoa legal, que talvez aqueles adjetivos sobre a Haru não passavam de um exagero. Porque ele sentiu muito bem ao lado dela e estava disposto conquistar a amizade e serem melhores amigos.

— Isso seremos bons melhores amigos! – falou convicto.

Aquele ano do ensino médio prometia ser bem movimentado. Ah como seria!

Continua...


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