5 Vidas escrita por Queen Stars


Capítulo 22
Nocaute -Capítulo 3




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Nocaute

Capitulo três

O que parecia ser obrigação para não ser expulsa do colégio, tinha acabado de virar rotina. Havia um mês que a Haru estava frequentando o clube de Karatê. Ela bastante assídua e estava entre os destaques, Yourichi gabava desse feito. Kensei nem ligava muito, falava que “logo, logo a garota iria pedir para sair. ”O que ninguém sabia que os dois fizeram uma aposta, a morena que apostou que a Haru além de disputar o colegial, iria ficar mais um tempo. Albino tinha apostado que Haru iria largar bem antes disso. Mal sabia ele que a Yourichi tinha seus meios para conquistar o que queria e além ter uma boa sorte.

Outra coisa que aconteceu foi união de grupos: Arisawa e Kengyu estava junto com Rukia, Chad e Haru nos intervalos, que tornou bem mais divertidos os dias escolares. Como o retorno para casa, depois do clube o trio de caratecas juntos. Arisawa lembrando quando ela e Haru eram crianças e tirava o sarro quando a ruiva perdia em alguma disputada do karatê fazia cara de choro. Isso fazia a Haru perder as tripeiras e gritar com a morena. Kengyu adorava ouvir as histórias. Haru ficava sem jeito ao olhar para Kengyu depois do discursão com Arisawa. O ruivo percebia um certo rubor nas bochechas da garota.

O jeito do casal de ruivos, tinha chamado atenção pela capitã. Viu no amigo algo que não tinha despertado por outra garota. Durante anos o viu rejeitar várias declarações, aceitar de bom agrado os presentes de valentines day das garotas do colégio. Com Haru não era apenas cortês.

— Kengyu, me responde uma coisinha. – falou para amigo, depois que atravessara a ponte que dividia o caminho dos três. – É impressão minha: você está gostando de Haru?

— Gosto. – falou depois ser pego de surpresa – Somos amigos. – completou após de uma pausa. – Assim eu e você.

— Não é isso que estou falando, de amizade. – gesticulou com os dedos – Seu gostar não é mesmo que tem por mim. Não acredito que teve interesse pela ogra de Haru.

— Ela é interessante, tem um jeito engraçado e faz umas caretas legais. – confirmou a suposição da amiga.

— Ah fala sério! – revirou os olhos – Ela é tão oposto de você!

— Não é que os opostos se atrai. – falou sorrindo

— Mas Kengyu, nem vou falar mais nada. – cruzou os braços – Espero que o cupido não esteja tão louco!

— Não se preocupa com isso Arisawa – riu da amiga – Não temos certeza de nada. Afinal será que ela acha de mim?

— Bom. – coçou a cabeça – Ela também trata de um jeito diferente, porque somente contigo ela é educada. Geralmente é bem estourada. Tanto que Haru é considerada uma delinquente, vive em briga. A ultima foi com o colégio do bairro vizinho.

— Por que das brigas? – perguntou curioso.

— São vários motivos: a cor do cabelo, assédios, outros por motivos banais. A última, do colégio vizinho, é porque os meninos derrubaram uma oferenda em uma esquina. Pelo que conheço a Haru, ela faria isso. Isso quase a expulsou, porque chegou na direção dos dois colégios.

— Então tem um motivo. – deu de ombros.

— Mesmo metida em confusão está com boas notas, não chega ser a melhor aluna. Haru é uma boa pessoa e responsável, só é estourada, uma cabeça quente.

— Ser estourada e cabeça quente é bem parecida com você. Ai! – tinha levado um soco na cabeça – Calma, sabe você é que bem importante para mim. – sorriu gentil – Não seja maldosa comigo.

— Eu sei disso, seu cabeça de vento. – sorriu – Só quero que se cuida, não quero ver sofrendo.

— Eu sei cuidar bem. - sorriu

A jovem andava tranquilamente, estava alguns quarteirões de casa. Passou em frente do local da última briga que tivera. Olhou para o poste, não havia mais flores no local. “Algum parente deve ter tirado. ” Estava preste a dar os passos, quando foi cercada por alguns garotos.

— Ora, ora não é Kurosaki. - falou um.

Haru apenas ficou calada, nem lembrava quem era os garotos. A maioria estava com ou parte do uniforme de outro colégio e outros não.

— Perdeu a língua? – riu um – Ou está com medo?

— Não seu mané! – respondeu – Eu não sei quem são vocês.

— Como assim? – o garoto ficara indignado – Somos os garotos da briga da porcaria do vaso de flores do morto. Desta vez, você não irá escapar – gritou.

— Ah tá! – debochou – O bando de maricas fracotes. Agora sai da minha frente. – gesticulou com as mãos.

— Eu falei que desta vez você não escapava! - gesticulou um soco para face da ruiva, que defendeu.

Começou a briga: era gritos de ofensas, chutes, socos, chutes... apesar de disso tudo não havia ninguém para interromper a briga, ninguém da vizinhança ousou sair para fora. Uma briga de uma garota contra seis valentões.

Haru não podia negar, estava cansada de bater. Seu corpo estava cansado do treino, que nos últimos dias estava tão intenso para colegial, cansada de ouvir o falatório dos professores o dia todo. Cansaço! Não queria demostrar isso, estava ofegante. “Merda. ” Estava tão bom ficar longe das brigas. Para piorar, um dos delinquentes tinha um canivete na mão. “Mas merda. ”

Um vulto defendeu a de um chute, só percebeu quando o moleque estava no chão. Era kengyu e Arisawa, como?

— Olha chegou a sua cavalaria, kurosaki! – debochou um – Vieram salvar a donzela?

— Não há ninguém ser salvo. – respondeu Kengyu – Só uma pequena ajuda.

O timbre de voz e a postura de Kengyu era diferente do habitual, demonstrava força e determinação.

— Tava uma luta injusta: um contra seis. Pelo menos, estamos equilibrados três contra seis manezinhos. – debochou a Arisawa.

Retornou aquela briga: gritos, ofensas, chutes, socos... uma verdadeira baderna. Não era uma luta como os filmes de ações, com tudo bem coreografado. Esquece disso! Só imaginar que isso seria o assunto na escola amanhã. Poderia ser a expulsão da Haru, a punição da capitã e do vice do clube de karatê.

Pensar sobre o acontecimento, fez a Haru distrai e não ver o ataque do canivete. Fechou os olhos por alguns segundos imaginando que estaria ferida no rosto ou em outro membro. Ao abrir deparou o Kengyu segurando a parte cortante do canivete, o sangue pingando no chão.

Isso despertou a uma fúria na Haru, logo golpeou o agressor fazendo o cair no chão. Ao perceber que o grupo estava caído no chão. A ruiva pegou o Kengyu pelo pulso e pós a correr, Arisawa os acompanhou. Corram até a clínica do bairro, onde era a casa dos Kurosakis.

Isshin não ficara muito surpreso pelo estado que sua filha chegou. Só de olhar sabia que tinha se metido em alguma encrenca, conhecia bem a filha que tinha. A surpresa maior que ela estava acompanhada por dois amigos. Ficara feliz de rever a Arisawa e pelo que a sua filha estava fazendo amigos novos, no caso de Kengyu. Como médico examinou o corte na mão do rapaz.

— Vai levar uns pontos. – falou ainda examinando – Uma vacina antitetânica.

O rapaz concordou, Isshin se colocou a fazer o procedimento. Haru estava em outra sala ajudando a Arisawa com os pequenos arranhões que adquiriu na briga.

— Peço que fica sete dias sem fazer esforço com mão para cicatrizar bem. – olhou para rapaz – Peço desculpa pela minha filha ter o levado para esta confusão.

— Senhor Kurosaki, não precisa desculpar. Na verdade, os garotos que a perseguiu. Eu e a Arisawa, vamos ajudá-la.

— Então agradeço a vocês dois. – levantou da cadeira – Levarei os dois para casa e explicarei aos seus responsáveis sobre o que aconteceu.

— Não há necessidade, senhor Kurosaki. – falou Arisawa

— Melhor que os leves, pode ser esses moleques ainda estejam na redondezas. – olhou para ruiva que estava encostada na porta – Termina de enfaixar a mão de seu amigo, irei buscar as chaves.

A garota balançou a cabeça concordando e caminhou na sala ao lado para pegar faixas para os curativos. Arisawa falou que esperaria na recepção, deixou os dois jovens sozinhos. Ficara em silencio alguns minutos.

— O que fez foi imprudente. – quebrou o silencio a jovem – Poderia ter mobilizado.

— Foi questão de instinto, Haru. – explicou o ruivo – Foi um simples corte, se ele tivesse acertado seria muito pior.

— Obrigada.- falou em sussurro

— Não há de quê. – sorriu alegremente.

Ficaram olhando um a outro, os olhos castanhos escuros aos olhos de cor de mel. Era a segunda vez, Kengyu tinha a ajudado. Início do clube com sua queda e agora na briga dos delinquentes. Mesmo que pouco tempo de convívio, os dois davam bem.

— Eu gosto de você!

Continua...


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