5 Vidas escrita por Queen Stars
Doce, doce amor.
Capítulo Final
Ichigo surpreendeu com a chegada da Orihme na sua casa naquela hora. Deu passagem para a moça, indicou o sofá para ela sentar e ofereceu um copo d’agua ao perceber que a mesma tremia de nervosa. A ruiva tomou um gole e colocou o copo em cima da mesa do centro. Ficara em silencio.
— Ichigo. – deu uma longa pausa – Espero que me entenda. Não é fácil... eu falar sobre esse assunto.
— Orihime, ouvirei atentamente.- sentou ao lado da moça - Depois tirei as minhas conclusões.
— Tudo bem. – colocou uma pasta em cima da mesa. – Na formatura depois de ver a suposta traição, eu tinha a intenção de não voltar mais na cidade. Fui morar com minha tia e depois fui na cidade vizinha após ser aprovada no vestibular.
— Arisawa não falava a onde você estava por mais que insistia.
— Eu pedi para que ela para não lhe contar, eu estava com raiva de você.
— Isso fez nos afastarmos e eu não poderia dar explicação.
— Sim. – colocou uma mecha atrás da orelha – Só que três meses depois, eu... descobrir que. – olhou para o rapaz, antes continuar. ´- estava grávida.
— Grávida? Então, por que não me contou?
— Calma. – olhou firme – A primeira a saber foi a Arisawa, precisa desabafar com alguém depois de acordar em um hospital. Depois foi meu irmão, que ficara meio decepcionado. Ele admite isso. Ambos me recomendaram para falar com você.
— E?
— Na verdade, fiquei receosa no início. – passou a mão nos longos cabelos – Pensando na sua reação, nas piores hipótese. – enrolou o cabelo no dedo – Então, decidi falar com você.
— Só que isso não aconteceu.
Ela ficou em silencio e os seus olhos ficaram marejados.
— Você lembra de um acidente na rodovia com um ônibus e um caminhão? Em uma noite chuvosa...
— Lembro vagamente. Não estou entendendo.
A moça ficara em silencio.
— Orihime, você estava no ônibus? – a garota ficou muda e as lágrimas caíram. – Você ... – não conseguiu terminar a frase.
— Desculpa. – enxugou as lágrimas – Era para ele ou ela ter a idade do Shun. Eu... – as lágrimas caíram mais.
Ichigo aproximou da moça, deu um abraço. Ficaram em silencio, Ichigo queria encontrar palavras confortáveis para consolar a moça. Não encontrou nenhuma, não podia acusá-la por não ter contado sobre a gravidez.
— Como você ficou depois disso? – perguntou.
— Eu entrei em depressão. Foi difícil ver a minha cunhada grávida e eu tinha acabado de perder.
— Foi difícil. – concordou com a moça – Por que depois disso tudo você não me contou?
— Ainda tinha medo. – afastou do rapaz – Eu acreditava que você a Senna estavam juntos
— Eu não a largaria você do nada.- pegou a mão da ruiva- Nós tinham uma história, nós temos uma história. Eu sei que a minha reação na época não seria tão calma como agora. – olhou nos olhos dela.
— Eu peço desculpas por isso.
— Éramos jovens imaturos, fizemos escolhas erradas.- fez um carinho no rosto da ruiva – Eu confesso que fiquei muito chateado de você não ter me contato. Mas eu tive meus erros também, não posso recriminar por isso. Se estivesse um filho seu eu seria o cara mais feliz. – sorriu.
— Você me perdoa?
— Lógico. – sorriu e beijou a testa de Orihime – Tenho uma proposta.
— Qual seria?
— Vamos recomeçar? Como nós éramos no colegial, amigos?
— Sim. – sorriu.
Eles entrelaçaram as mãos, ao rumo do recomeço.
Ela acordou num sobressalto com a música do seu despertador. Procurou o celular pela cama, por sua afoito, o aparelho caiu no chão. Na tentativa de pegá-lo, caiu da cama batendo a cabeça no criado mudo.
— Ai, ai – colocou a mão no local da dor.
Esticou o braço e pegou o aparelho baixo da cama, já com o volume alto. Amaldiçoou por ter não saber escolher música para despertar. Desta vez, música tinha os acordes altos: “Toques constantes, toques. Meu primeiro e único amor” .
Olhou para seu quarto, estava organizado, exceto por uma pequena caixa em um canto. Estava organizando seu armário para ter mais espaço. Estava feliz, estava ampliando a confeitaria. Estava sendo um sucesso.
Não podia ficar deitada no chão, curtindo a música e relembrando memórias boas. Afinal tinha uma confeitaria para cuidar, empregados para contratar, mercadorias para receber... a vida continua. Levantou, ainda tropeçando nos próprios pés e cobertores. Estendeu a sua cama e fez a sua rotina matinal.
Orihime estava recebendo uma entrega em frente da confeitaria. Assinou a folha de entrega e entregou para o mensageiro. Pegou a caixa na mão do entregador, virou se para entrar. A porta estava fechada. Suspirou-se. Como poderia ser tão lerda de não colocar um peso para manter a porta aberta? O vento deve ter a fechado. Ouviu que os entregadores já tinham ido, e a sua mão não estava alcançando na maçaneta.
— Quer ajuda? – ouviu uma voz próxima. Era uma voz masculina.
— Hmm, sim quero. – pediu.
— Me passa a caixa e você abra a porta. – falou a voz
Ela passou a caixa para o rapaz e assim conseguiu entrar na loja.
— Pode colocar em cima da mesa e muito obrigada. – sorriu em agradecimento.
— Esqueceu novamente de encostar a porta. – respondeu o rapaz, colocando a caixa em cima da mesa.
A ruiva riu ao ver o rapaz de cabelos ruivos ao olhar para ela.
— Sim, sim. Tive a sorte de você chegar na hora.- sorriu.
— Que sortuda! – beijou a testa da moça. – Precisa de ajuda?
— Daqui as meninas chegam. Elas colocam as coisas no lugar.
— Mhmm... hoje você tem um tempo? À noite?
— Sim, por que?
— Estou pensando para sairmos para jantar.
— Eu aceito.
— Eu também. – falou outra voz feminina- Afinal, eu também quero comemorar.
— Claro, Arisawa. – concordou a moça e o rapaz deu uma revirada de olhos.
— Graças a mim, esses cabeças duras voltaram a falar. Aleluia!
O trio gargalhou, como era bom retornar ao bom humor. O velho trio junto, novos sonhos. E deixar no passado todas as inseguranças e medos, seguir livres para o futuro.
~Fim ~
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