50 Tons - Sem Saída escrita por Mary Kate


Capítulo 8
Lanche da tarde.


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas lindezas !!! Terça-feira chegou para alegria geral da nação hahaha Uma ótima leitura ;*



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Já faz algumas semanas que me casei com Christian, nunca mais nos vimos. Eu passo os meus dias andando pela mansão, lendo os livros da biblioteca, nos jardins e conversando com alguns funcionários. Conheci o jardineiro Apolo, que é um rapaz realmente legal, tem jeito de anjo por seus cachos dourados e seus olhos azuis, é alto e forte, deve fazer sucesso com a mulherada. Mas eu não quero saber de homem nenhum, muito menos meu marido, pois hoje o odeio mais que nunca. Gosto de ter Apolo como amigo, me conta muitas estórias de mitologia grega e também aprendi muito sobre jardinagem. A chefe de cozinha é Amely, uma ruiva com olhos esverdeados de mais de quarenta anos, é um amor comigo, sempre conversamos e trocamos informações de receitas, conto o que aprendi de cozinha lá na Bacon’s e ela já me ensinou pratos mais requintados. A governanta é Gail, que minha sogra mandou que ficasse conosco já que somos recém-casados e eu posso precisar de ajuda para saber administrar a casa. Ela é a mais amável de todos, me trata como uma mãe. Acabei descobrindo que cuidou de Christian mais que Grace quando o mesmo nasceu e até uma parte de sua infância, já que a mesma teve depressão pós-parto, agora entendo o carinho que todos demonstram por ela. A arrumadeira é Becka que foi a mesma que serviu o jantar de noivado, é uma moça muito simpática, de cabelos curtos pretos e olhos castanhos escuros, ela trabalha para pagar seus estudos, o outro rapaz que trabalhou na ocasião foi só um garçom contratado.  Os trabalhos pesados de limpeza da casa aprendi que são feitos por uma empresa de faxina que vem uma vez por semana. Enfim já me adaptei a rotina e me dou bem com todos. Mia e eu nos falamos por telefone quase todo dia, disse que assim que completarmos o período de lua de mel em casa, já que não viajamos, devemos nos encontrar para passear e fofocar. Estou fugindo um pouco desse encontro não quero ter que mentir e engana-la ainda mais, já que não existe lua de mel nenhuma. Com Grace também falo com frequência por telefone, a mesma sempre disposta a me ajudar em tudo. Com mamãe consegui falar duas vezes e já depositei o dinheiro integral da primeira mesada que foi depositada na minha conta no dia seguinte ao casamento. Ou seja, de alguma forma as coisas estão melhorando.

Depois de minha noite de núpcias com Christian fiquei com mais ódio ainda dele, do pai dele e da Grécia, não vejo a hora de fugir daqui. Aquele era para ser um momento romântico o qual toda mulher sonha, para mim que já não sonhava foi o pior pesadelo e decepção que poderia ter. Meu coração parecia rasgado dentro de meu peito. Meu corpo queimava pelo calor de tudo o que fizemos, eu ainda podia sentir seu cheiro em mim depois de todo o prazer que alcançamos. Nunca vou perdoa-lo por me usar daquela forma. A sorte é que descobri ótimas pessoas para conviver enquanto estou por aqui para me distrair da amargura em meu coração. Sinto falta de ver Mia, mas como vou encara-la depois de tudo o que passei aqui?!

Estou na cozinha fazendo um lanche da tarde para mim, hoje é o dia de folga de Amely então estou metendo as mãos na massa. Peguei o pão fatiado e coloquei sobre o balcão e me dirijo à geladeira para pegar o queijo, quando ouço uma voz familiar e nada agradável.

— Mas que diabos você está fazendo na cozinha? – Christian grita comigo, pela distância da voz ainda deve estar na porta do cômodo, não quero virar para olha-lo então permaneço mexendo no interior da geladeira.

— Um lanche obviamente. - Digo no tom mais debochado que consigo sem paciência.

— E por que alguém não está fazendo para você? Pago funcionários suficientes para isso. – Ele diz irritado mas com a voz mais baixa. Resolvo sair de dentro da geladeira antes que pegue um resfriado, mas em minhas mãos carrego uma bandeja de queijos, um pote de azeitonas, uma vasilha com alface e um tomate solto. Coloco tudo sobre o balcão.

— Amely está de folga e Gail já ficou responsável pelas refeições principais, de modo que eu posso muito bem fazer um simples lanche, além do mais não estou acostumada com as pessoas fazendo tudo para mim. – Digo calmamente enquanto corto o queijo para colocar no pão.

— Como não está acostumada? A vida inteira cercada de empregados e era você quem fazia as suas coisas? – Christian me questiona, então pela primeira vez o encaro. Ele está perfeitamente vestido em um de seus ternos, com seu porte de deus grego de sempre. Seus olhos estão atentos sobre mim e eu vejo que falei demais.

— É que sempre gostei de ser independente, não tinha gente fazendo tudo para mim o tempo todo. E você por acaso nunca veio nessa cozinha preparar um lanche? – Começo a cortar o tomate em rodelas enquanto digo minhas palavras displicentemente.

— Não nunca, se pago meus funcionários é para ser servido. – Christian fala com toda sua soberba e contorna o balcão parando próximo a mim. Eu volto à geladeira a procura de maionese e presunto, é maravilhoso poder escolher qualquer coisa nessa geladeira abarrotada de coisas. Aliás, venho comendo até bem de uns dois dias depois daquela noite para cá, ou seja, levei uns bons dias para me recuperar daquele trauma.

— O que você está preparando? – Seu tom agora é de curiosidade. Volto ao balcão com meus ingredientes e prossigo montando meu prato.

— Um sanduiche de queijo, presunto e outras coisas.

— E muitas coisas. – Ele diz e ri.

— É bom comer, vai querer controlar o que eu como agora? – Fico muito aborrecida, fecho meu sanduiche pronto e encaro o troglodita ao meu lado.

— Não, você pode comer o que quiser, fique a vontade. – Faço uma careta enquanto ele fala e mordo meu sanduiche, não seguro um gemido de satisfação, pois está delicioso.

— Já que está tão bom assim, quero provar. – Suas palavras são muito mais ambíguas e provocantes do que querem aparentar, olho para ele que está agora quase colado a mim e sorri.

— Toma. – Estendo o sanduiche, mas em vez de pega-lo ele segura a minha mão e morde o lanche. Fico um pouco nervosa, fazia dias que não sentia sua pele na minha.

— Muito bom, sempre gostou de cozinhar? – Me pergunta enquanto mastiga e me olha com seus olhos famintos.

— Sempre cozinhei. É até uma terapia, quanto mais quando se tem tanto a disposição. – Falo rapidamente, então encaro o sanduiche que coloquei de volta no prato, ai que droga, tenho que parar de deixar escapar essas coisas. Ele me encara com seriedade, resolvo mudar de assunto. – Por que veio atrás de mim? O que você está querendo? – Olho de novo para ele, sua expressão muda, seus olhos se escurecem e suas mãos vão para meus braços.

— Estava querendo ver minha esposa, não posso?! – Tento me soltar de suas mãos, mas ele me empurra contra uma parede e cola seu corpo no meu, sinto minha respiração acelerar, seu corpo másculo emana calor para o meu, minhas bochechas começam a corar rapidamente.

— Não, não temos mais nada sobre o que tratar. Eu disse que quero você longe de mim. – Digo o encarando com toda a raiva que senti naquela noite. Seus olhos faíscam diante de minha afronta, seu corpo se enrijece contra o meu.

— Por acaso está grávida? – Ele me pergunta.

— Não. – Respondo com raiva.

— Então temos muito ainda do que tratar, se quer se ver livre de mim teremos que produzir herdeiros. – Suas palavras saem firmes e com desdém, então numa atitude impensada de pura raiva minha mão voa em seu rosto deferindo um tapa que ecoa pelo ambiente. Christian se afasta de mim com a mão no rosto, sua expressão está ainda mais dura e também incrédula. Seus olhos me queimam. Quando dá um passo em minha direção sou tomada pela onda de magoa e dor que senti em nossa noite de núpcias e dou outro tapa no outro lado de sua face. Ele estreita os olhos e me lança um olhar tão feroz que me sinto um animalzinho encurralado, seu corpo alto e forte se impondo contra mim. Suas mãos rapidamente seguram meus pulsos com firmeza e ele me empurra com força em direção à parede, segura meus braços ao lado de minha cabeça, sua língua estala em um som de negação assim como sua cabeça que balança vagarosamente demonstrando seu desagrado por minha atitude.  Sinto o ar faltar quando ele cola seu corpo ao meu novamente. Fiquei com medo de que reação ele poderia ter diante de minha atitude, mas sinto a excitação dele encostada a minha barriga. – Você enlouqueceu esposinha? Gosta de bater... então será que gostaria de levar uns tapas também? – Sua voz sai ameaçadoramente quente, sinto que suas palavras são um aviso ou talvez um convite. Mas não me parece de violência real que ele está falando. Nos encaramos sem parar, nossos olhos não piscam.

— Por acaso você acha que seria capaz de transar comigo aqui na cozinha? – Pergunto o desafiando, nossos narizes quase se encostam um no outro. Ele sorri, é como se mostrasse as presas.

— Fode-la nessa cozinha não seria problema nenhum, tirar essa blusa é tarefa fácil. Calça dá um pouco mais de trabalho mas não seria problema. Você quer ser comida encostada nessa parede? – Sua voz rouca e grave atinge meu baixo ventre e o calor está se tornando insuportável nessa cozinha, minha respiração está totalmente acelerada e a adrenalina corre louca por meu sangue. Logo sua boca desce rapidamente para o encontro da minha, fico firme de boca fechada, mas sinto uma onda de desejo que cresce em mim. Christian passa as mãos por meu rosto, afagando meu maxilar que logo ele passa a segurar com força com uma mão enquanto puxa meu lábio inferior com os dentes, acaba sendo uma mordida um pouco forte mas excitante. Sua língua consegue adentrar minha boca e quando a sinto me explorando sou tomada por um calor avassalador, acabo levando minha língua ao encontro da sua que se enroscam e acariciam loucamente. Ele geme de satisfação e adentra uma mão por de baixo de minha blusa, encontra meu seio, já que estou sem sutiã e aperta o mamilo já rijo. Eu solto um gemido, então ele desce a boca para meu pescoço.

— Aqui não é lugar para isso, alguém pode entrar e nos ver. – Digo sem ar, ainda com esperança de alguma forma fugir do contato intimo entre nós, ele morde meu maxilar e me olha nos olhos.

— Nenhum funcionário meu seria louco de invadir minha privacidade. Mas como isso não será rápido e como sei que acabamos fazendo muito barulho, vamos para o quarto. – Ao terminar de falar ele me pega no colo me colocando sobre seu ombro de forma que minha cabeça fica para baixo. Dou um grito e esmurro suas costas.

— Me coloque no chão seu ogro! Já disse que não quero mais ser tocada por você! – Me debato e grito.

— Se você não parar de gritar todos os funcionários passarão a te olhar de forma estranha. - Christian fala com total desdém enquanto caminha rápido, quase correndo pelos cômodos. Resolvo me calar para não gerar buchichos entre os funcionários que podem estar em qualquer lugar. Chegamos ao quarto, ele fecha a porta a trancando e colocando a chave em seu bolso. Joga-me sobre a cama bruscamente.

— Eu não vou fazer sexo com você novamente. Se você insistir vai tocar em uma mulher fria como uma pedra de gelo. – O afronto com ódio, ele nem me olha enquanto tira seu terno repetindo o mesmo processo que fez da outra vez.

— Duvido muito disso! Você é uma mulher extremamente quente, receptiva e que goza com muita facilidade Anastácia. Seu corpo está sentindo falta do meu e eu vou sacia-lo como ele está querendo. – Sobe na cama e vem em minha direção, não consigo me mexer nem responder. Estou chocada com suas palavras, minha mente dá um nó, pois já sinto aquele calor familiar por todo corpo. Me empurra para que eu me deite, logo retira minha calça e minha blusa rapidamente. Então sorri encarando minha calcinha e a rasga de uma só vez. Arfo com seu gesto. Ele se levanta e pega sua gravata cinza, volta para cama e amarra minhas mãos com ela.

— O que você está fazendo? – Digo tentando me soltar.

— Tenha calma, relaxe que o prazer será muito mais intenso. – Ele diz olhando em meus olhos, não sei porque de algum jeito quero experimentar o que ele tem para me mostrar. Talvez pelo misto de desejos que sinto, ao mesmo tempo que quero muito senti-lo também quero correr para longe daqui, amarrada é uma boa desculpa para não conseguir fugir. Seus lábios descem para os meus e começamos mais um beijo delicioso, suas mãos passeiam por todo meu corpo, sua boca passa para meu pescoço e desce para meus seios. Ele morde e chupa um enquanto aperta o outro com os dedos, é torturante e ao mesmo tempo bom, sinto meu corpo amolecer, meus pelos se arrepiarem e gostaria muito de toca-lo. Mas a sensação de estar amarrada também instiga muito mais a situação. Ele desce por minha barriga passando sua língua quente por todo o caminho até chegar em minha intimidade onde para. Levanta minhas pernas em direção a minha barriga de modo que fico totalmente exposta para ele, solto um grunhido e sinto meu rosto queimando. – Você é tão linda, ainda mais brilhando de excitação por mim, você tem um gosto delicioso Anastácia. – Suas palavras me deixam pronta para entrar em combustão, então o vejo enterrar o rosto em minha intimidade enquanto segura minhas pernas. Me lambe e suga sem parar, me contorço e gemo alto, isso é tão bom. Quando sinto que estou chegando ao meu ápice ele para, olha para mim e dá risada. – Sempre corresponde as expectativas senhorita. – Estou zonza e minha intimidade clama por alivio. Logo ele retira sua cueca box, vejo seu membro que demonstra tanto desejo por mim como da outra vez, o posiciona em minha entrada me mantendo na posição em que estava. Quando me penetra solta um urro de prazer e se move lentamente, segura minhas pernas com firmeza e mete com mais força, gemo e me contorço em resposta. Ele começa a investir mais rápido e eu mexo meus quadris de forma tímida mas buscando me associar a seu ritmo. Acabamos combinando perfeitamente, gememos e respiramos de forma acelerada e depois de algum tempo com nossos corpos suados e exaustos estamos estirados na cama lado a lado. Christian desamarra meus pulsos, afaga um pouco cada um para depois colocar a gravata na mesinha de cabeceira. Se levanta e me chama.

— O que é? – Digo confusa. Ele estende sua mão em minha direção, vou ao seu encontro ficando de joelhos na cama, ficando de frente para o mesmo mas não seguro a mão dele. Então Christian desce a mão para meu rosto, afaga e com a outra em conjunto acarinha meu rosto e meus cabelos, abaixa o rosto me beijando, enquanto suas mãos descem para meus seios, os acaricia e estimula meus mamilos já excitados.

— Você gosta quando te chupo não é? – Suas palavras me pegam de surpresa, ele me olha nos olhos com volúpia e suas mãos acariciam meu corpo todo até chegar em minha intimidade. Arfo de satisfação e balanço a cabeça afirmativamente. – Eu quero que você me chupe, você já fez em alguém? – Meus olhos se arregalam e digo um não quase inaudível. Me sinto quente e apreensiva, olho para seu membro grosso e ereto a minha frente, ele sorri predatoriamente, se ergue, então fico cara a cara com sua intimidade. – Se divirta com seu brinquedo, coloque-o na boca. – Suas palavras me causam um arrepio por todo meu corpo, nem sei por onde começar. Mas vou manter a calma e tentar, afinal estou curiosa pela sensação que deve ser tê-lo em minha boca e se eu conseguir instiga-lo vai ser bom para o meu ego. Com minha mão direita seguro seu membro de forma delicada, sinto sua pele fina e macia, a grossura de sua espessura, movimento um pouco minha mão para cima e para baixo, Christian geme baixinho. Então vejo que uma gota de um liquido transparente começa a escorrer por sua glande rosada, vou com minha língua ao seu encontro e lambo, imediatamente sinto as mãos dele em meus cabelos acariciando. Então lambo mais, dou lambidas por toda sua extensão e decido coloca-lo de vez em minha boca. Christian geme alto e xinga, suas mão continuam as caricias em meus cabelos, olho para cima ele me encara com os olhos escuros e o maxilar tenso, invisto em movimentos lentos com a boca o tirando e colocando nela, sinto a respiração dele mais ofegante, chupo com mais força o colocando inteiro em minha boca, é mais difícil que parece me sinto engasgar pois bate em minha garganta. Chupo mais rápido mas não repito de coloca-lo até minha garganta, não quero acabar vomitando. Massageio com a outra mão seus testículos que acabei de lamber e faço tudo ao mesmo tempo, mãos língua e chupadas contínuas, Christian começa a estocar em minha boca segurando minha cabeça então sinto seu membro ficar mais duro e inchado, logo seus jatos quentes atingem o fundo de minha boca em meio a seus gemidos altos e entrecortados. Quando ele se acalma o chupo pela ultima vez, ele ainda sai de minha boca ereto. – Você é muito boa nisso, vou te treinar a aguentar receber toda minha extensão em sua boquinha gostosa. – Fala sorrindo e olhando para mim, acaricia meus cabelos e me puxa da cama pelos ombros. Fico em pé e ele me segura de costas para ele por minha barriga me carregando até a mesa de vidro, retira a cadeira com suas roupas para o lado e me posiciona com as mãos espalmadas sobre o tampo da mesa. Distribui lambidas e chupadas por meu pescoço, nuca e costas. Acaricia com seus dedos abeis minha intimidade ensopada de desejo, então separa minhas pernas, empina meu bumbum, dá um tapa e o sinto penetrar minha intimidade com seu membro tão duro como desde a primeira. Ele estoca em mim com força, gemo de satisfação empinando-me ainda mais para trás, mordo meus lábios quando ele segura meus cabelos com força. Gememos e deliramos juntos em um ritmo perfeito, forte e continuo, sinto minhas pernas tremerem um pouco e minha intimidade começar a aperta-lo, a deliciosa sensação de mais um orgasmo se apodera de meu corpo me fazendo gemer alto. Christian nos faz mudar de posição algumas vezes, desde a mesa até a cama novamente onde nos encontramos agora em nossa completa sensação de êxtase comigo de bruços e ele deitado em cima de mim. Respiro compassadamente e um sorriso está em meus lábios por tantos hormônios de prazer liberados depois de cinco orgasmos meus. Ele sai de cima de mim, se senta na cama e me comunica.

— Já são vinte uma e trinta, estamos a mais de cinco horas nesse quarto fodendo. – Fico chocada, tantas horas assim, isso é realmente possível? Olho para o quarto e percebo que já está totalmente escuro realmente, nem tinha me dado conta. – Nós vamos sair, vamos a uma boate. Se arrume e me encontre lá em baixo.

— Mas que tipo de roupa eu visto? – Falo me sentando olhando para suas costas. Ele se vira e me encara confuso.

— Você nunca foi a uma boate, clube noturno, danceteria sei lá?! – Eu balanço a cabeça em negação. – Nunca na vida? – Enrugo minhas sobrancelhas e nego novamente. – Bem, então vista algo sensual, provocante, uma saia ou vestido curto. Quero ostentar a todos a minha esposa. – Fico pensando em seu jeito presunçoso de falar que quer me exibir por aí, mas aí me vem à preocupação: não tenho nada de novo ou caro além daqueles dois vestidos que senhor Astolfo comprou para mim. Fora isso tenho as lingeries que Mia me fez comprar durante  a organização do casamento, ela insistiu que uma noiva tinha que ter lingeries novas, uma dessas se foi hoje rasgada por Christian e vestida só de sutiã  e calcinha não posso sair.

— Serve o meu vestido branco ou aquele azul do noivado? – Pergunto para o mesmo que já se encontra de pé recolhendo suas coisas.

— Não, aqueles são mais formais apesar do tamanho e de serem justos, vista algo mais despojado. – Diz um pouco sem paciência.

— Então não tenho o que vestir. – Digo temerosa, me jogo na cama e me cubro inteiramente com o lençol.

— Vocês mulheres sempre com essa estória de não ter o que vestir, seu closet deve estar lotado de opções, escolha algo...- Suas palavras param abruptamente, descubro meu rosto e vejo que ele entrou no closet, a porta branca de correr está aberta e não consigo vê-lo. Droga, ele deve ter visto que está vazio como quando cheguei, só um lado pequeno está ocupado com umas poucas peças dobradas que foi o que trouxe em minha mochila. Algumas blusas, duas calças jeans fora a que estava vestindo e três shorts. Ele sai do closet com as sobrancelhas juntas e a boca em uma linha fina. – Mas que porra é essa? Cadê as suas roupas Anastácia? – Sua voz é um trovão, me encolho, faço uma careta e respiro fundo.

— São essas que estão aí, foi tudo o que trouxe quando vim ver meu avô, não esperava ficar mais que alguns dias.

— Mas essas roupas me parecem velhas, gastas... por que já não mandou que trouxessem seu armário dos Estados Unidos? – Ele me pergunta ainda totalmente sisudo.

— Ainda não tive quem trouxesse para mim. – Nem sei o que estou respondendo, sinto suor escorrendo por todo meu corpo.

— Como? Por que não mandou algum empregado seu mandar nem que fosse pelo correio? E por que não fez compras ainda? Já temos muitos dias de casados e que sua mesada caiu em sua conta. – Ele me encara de braços cruzados e olhar penetrante sobre mim, me sinto encolhida e frágil nessa cama.

— Tive outras coisas para resolver, dá para você parar de me encher de perguntas e ficar gritando comigo?! Se não, não vou a lugar nenhum com você. – Digo tomando coragem e me impondo, afinal tenho que sair dessa conversa. Já estamos casados mas eu preciso de estabilidade para fugir daqui sem que ele saiba a verdade, se não pode dificultar as coisas para mim.

— Vou mandar trazerem roupas e sapatos para você sair essa noite. – Ele diz totalmente sério pegando seu celular. Dá ordens para alguém sobre qual tipo de roupa trazer e os sapatos, inclusive tamanho só me pergunta a numeração do sapato. Gostaria de descobrir como ele sabe que tamanho de roupas eu uso. Fico irritada por ele nem perguntar minha opinião sobre o que vou vestir. – Quando baterem a porta atenda e se arrume, estarei te aguardando na sala de estar. – Ele sai do quarto e eu fico pensando em tudo o que aconteceu, um misto de raiva, prazer, desgosto e confusão fica em mim. Resolvo tomar um banho enquanto aguardo as roupas. Assim que saio do banheiro batem a porta, abro e é Becka trocamos poucas palavras pois ela já está de saída, pego as sacolas para poder ver o que tem para me arrumar. Em uma encontro uma saia de couro preta bem curta por sinal e uma blusa frente única que será segura no corpo somente por um cordão no pescoço e outro nas costas, ela é prata brilhante as duas peças são Prada, na outra uma caixa da Gucci com um par de sandálias preta com detalhes em vinho meia pata superaltas de amarrar no tornozelo. Realmente ele quer me colocar como em uma vitrine. Visto-me e me olho no espelho do closet que ocupa toda uma parede, inclusive este espaço que é somente um armário para se dizer mais grosseiramente é por si praticamente todo o apartamento em que morava em Seattle. Estou bonita, mas acho que pareço uma prostituta com uma roupa tão curta, justa e reveladora. Devido o modelo da blusa não pude usar sutiã e me sinto estranha de ir para um local público cheio de estranhos me sinto como se estivesse desnuda. Acho que mal poderei me mexer sem me sentir desconfortável. Para completar o visual fiz uma maquiagem com delineador, rímel e um batom rosado, coisas que já usava no meu dia a dia na Bacon’s. Meus cabelos estão soltos e como os lavei no banho, fiz uma trança com eles ainda molhados então agora secos estão com uns cachos longos para mudar um pouco. Enquanto desço as escadas vejo Christian saindo da sala de estar com uma calça jeans preta e uma camisa preta também, os cabelos penteados para trás meio molhados o que o deixa ainda mais sexy, reparo que ele realmente não tem feito a barba desde que nos conhecemos, vem ficando densa o que o deixa com uma aparência ainda mais máscula e selvagem.

— Finalmente! Já ia atrás de você, deixe-me ver como você está. – O mesmo diz me puxando pela mão e me fazendo dar uma voltinha. – Está usando calcinha? – Me pergunta despindo-me com os olhos.

— Mas é claro que sim, somente sutiã que ficou impossível com essa roupa que você escolheu. Acho que estou muito desnuda, não creio que ficou boa essa combinação de peças. – Falo fazendo uma careta e puxando a saia para baixo, mas com isso ela desce demais e mostra o pé de minha barriga, então a puxo para o lugar de volta.

— O que é bonito é para se mostrar, se decidi me casar com você às pessoas precisam ver o motivo. Seus seios são lindos, ficaram perfeitos com essa blusa. – Ele acaricia meus seios sobre a blusa enquanto fala, me fazendo corar violentamente, ele sorri e prossegue sem me tocar. - E pare de puxar essa saia se não vai acabar mostrando o que não deve. – Fala com impaciência. – Vamos, já são quase vinte e três horas. – Pega a minha mão e me arrasta para fora da casa onde Taylor já nos aguarda em frente a uma Lamborghini preta com detalhes em azul metálico que me faz ficar chocada. Nunca tinha visto um carro tão impactante de perto, fico olhando para seus detalhes e nem reparo que Christian está me esperando entrar ao lado porta do passageiro. – Gostou? Esse é um de meus brinquedinhos favoritos, minha Ferrari fica em Nova York e tenho alguns outros exemplares de alto luxo nas garagens das minhas propriedades. – Vejo o brilho de seus olhos enquanto fala, além de uma soberba palpável, ele se acha demais.

— Por que quer que eu vá na frente com Taylor? – Pergunto revirando os olhos.

— Não revire os olhos para mim senhorita, se não serei obrigado a puni-la no capô do meu carro. – Ele fala ameaçadoramente baixo perto de meus ouvidos, sinto um arrepio em minha nuca porque acho que a punição que ele fala tem um sentido sexual. Mordo meus lábios, ele me encara e desfaz minha mordida com seus dentes em meus lábios inferiores os sugando depois, sinto minhas pernas amolecerem. – Você entendeu o que eu disse Anastácia? – Fala olhando em meu olhos muito próximo de meu rosto. Balanço a cabeça afirmando com a respiração ofegante. – Taylor vai em outro carro com mais dois seguranças, eu vou dirigindo a minha máquina, se não reparou ela só possui lugar para dois. Agora entre. – Diz com seu jeito autoritário o que me causa uma raivinha, não gosto que ele fique tentando me controlar com esse jeito rude. Entro no carro entortando a boca. – Se comporte esposinha. – Ele diz antes de fechar a porta, solto um ah meio gritado mas ele não escuta. Dá a volta no carro e se coloca ao volante. – Coloque o sinto. – Fala sem paciência colocando o seu e me observando com seus olhos de gavião, acho que encara minhas pernas que estão expostas até grande parte das cochas pelo tamanho da saia já que estou sentada. Coloco o sinto e ele arranca com seu supercarro. Seguimos noite adentro para essa tal boate e não faço a mínima ideia do que me espera.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam ?
Essa boate reserva muitos acontecimentos baphonicos !!!
Comentem e favoritem muitoooo !!!
Uma ótima semana para tds ! Beijuuss ;*



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