50 Tons - Sem Saída escrita por Mary Kate


Capítulo 29
Babados e laços.


Notas iniciais do capítulo

Oieee minhas lindonas!
Resolvi voltar mais rápido pq a fic está no fim
e quero encerra-la logo!
Senti falta de muita gente nos coments, cadê vocês gente?!
Esse cap está babado!
Ótima leitura ;*



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POV – Christian

Acabei de saber a melhor notícia da minha vida! Estava tão preocupado com a saúde de Anastácia, ao vê-la pálida, abatida e cansada nos últimos dias. Ao me chamar então para falar com ela sozinho no quarto do hospital, estava esperando o pior. Não poderia viver sem ela, longe da mulher da minha vida eu não seria mais nada ao não ser uma alma penada. Mas fui surpreendido pelo melhor acontecimento, algo que achei que não fosse possível, que já tinha me acostumado com a ideia de impossibilidade. Mas agora ao saber que em breve serei pai! Nossa estou tão eufórico e animado, que mal me contenho em mim! Parece que vou explodir de felicidade a qualquer momento! Ver a carinha feliz, os olhos emocionados da Ana, me fizeram o homem mais feliz do mundo!

— Agora escutem os batimentos cardíacos. – Dra. Presley fala ao lado da cama onde minha esposa está deitada, enquanto faz um exame de ultrassom. Ela retornou ao quarto alguns minutos depois que me foi dada a notícia. Eu e Ana olhamos para o monitor e ao ouvirmos o barulho forte e alto ecoar pelo quarto nos olhamos imediatamente sorrindo muito. Vejo os olhos dela brilharem, sinto a emoção tomar conta de mim também. Como estou em pé ao lado dela, oposto a médica, me curvo para beijar a testa da minha esposa. Sinto que ela está levemente trêmula, a ouço rir e olho para seus olhos, ela ri em meio as lágrimas. Beijo cada uma que escorre por sua face, depois damos um selinho demorado. Sinto que uma lágrima escorre por meu rosto também, Ana percebe pois pinga em sua bochecha, então ela também a beija como eu fiz com ela. Nos olhamos transmitindo tudo o que sentimos.

— Eu te amo! – A linda mulher com os olhos como o mar da Grécia fala baixinho, estamos segurando nas mãos um do outro e ainda com os rostos bem próximos.

— Eu te amo mais que tudo! Obrigado! – Digo no mesmo tom que ela e a beijo mais uma vez. Depois me ergo, mas permaneço segurando em suas mãos, estamos com nossas mãos unidas em cima do seu peito. – Eles estão bem mesmo doutora? – Pergunto olhando para a médica que sorri olhando para nós, ela nos olha com admiração.

— Sim, os bebês são perfeitos, está tudo dentro do esperado. Podem se tranquilizar! Agora vou passar algumas vitaminas para você Anastácia, alguns minerais, além de uma suplementação de ácido fólico. – Ela chama minha esposa pelo nome como foi pedida por minha esposa, ao entrar novamente no quarto e explica os detalhes enquanto recolhe o equipamento do exame. – É muito importante que se alimente bem, caso seja da sua rotina praticar exercícios físicos pode mantê-los normalmente só diminua um pouco a intensidade, até completar o primeiro trimestre. Procure não se estressar e qualquer dúvida pode entrar em contato comigo por telefone. Sei que vocês moram na Grécia, por isso leve todos os resultados dos exames já feitos e procure seu ginecologista assim que chegarem lá para dar inicio ao pré-natal que é indispensável. Alguma dúvida? – Fala olhando diretamente para Ana com atenção.

— Sim, preciso saber o que posso fazer para que passem esses enjoos terríveis que venho sentindo sem parar. – Anastácia a questiona fazendo careta ao falar do enjoo. Fico um pouco irritado afinal ela não tinha me contado que vinha se sentindo mal, eu tinha reparado em suas diferenças físicas, mas não sabia o que estava acontecendo realmente. Toda vez que a perguntava ela fava que estava bem e que eu ficasse tranquilo. Agora acho que deveria tê-la obrigado a ir ao médico. Depois farei questão de falar com ela sobre isso, ela não pode esconder as coisas de mim.

— Coma alguns biscoitos de água e sal, creio que vão ajudar bastante. – A médica explica. Nesse momento meu celular toca, o retiro do bolso do paletó e ao ver que se trata de Taylor resolvo atender, pois temos questões importantes a tratar.

— Meu amor, vou me retirar um minuto do quarto. Preciso atender. – Olho para minha linda mulher que me observa um pouco, mas depois assente. Aperto a tela atendendo a chamada e em alguns passos já estou fora do quarto fechando a porta. – Sim Taylor. – Digo sério, pois espero notícias de Leila.

— Senhor Éllenis, Leila sumiu. Ninguém da nossa equipe ou da polícia consegue encontrá-la. Continuamos na busca, mas a mulher parece um fantasma. Não há rastro ou pista deixado em lugar nenhum. – Taylor explica e fico apavorado, tenho que cuidar da minha mulher e mais ainda agora, pois também tenho que proteger os meus filhos. Foi muita sorte eu ter sentido que havia algo errado com a demora da minha esposa e ter ido a sua procura, quando me disseram que a tinham visto saindo do hospital, fiquei ainda mais preocupado, por milagre a encontrei no lugar certo, no momento certo antes que o pior acontecesse.

— Droga! Vamos ter que voltar para Atenas imediatamente, lá é mais difícil que Leila nos alcance e com certeza a encontrarão primeiro! Também armarei um cerco de segurança em torno de Anastácia, ela está grávida Taylor, vou proteger minha família de toda e qualquer coisa! – Explano toda a situação com convicção. Não vou permitir que ninguém toque nenhum dedo na minha família.

— Parabéns senhor! Não se preocupe, vou armar o esquema de segurança agora mesmo, tudo já estará seguro quando chegarmos a Atenas. Eu posso fazer a segurança de vocês enquanto permanecermos em Seattle. – Taylor me parabeniza com sentimento posso perceber. Apesar da nossa relação ser totalmente profissional, confio plenamente nele, além de que a relação dele com Anastácia é mais sentimental, posso perceber isso, eles sempre estão conversando. Inclusive minha esposa insiste que ele e Gail deveriam se casar.

— Certo Taylor, mas vou falar com Anastácia para irmos para casa imediatamente, pode solicitar o jato. Não acho seguro ficarmos aqui mais nenhuma hora. Contrate dois seguranças para cuidarem de Bob e Karla em período integral. Depois cuidarei para que eles se mudem para Grécia também, sabendo que é o que a Ana vai querer provavelmente. – Dito as ordens para Taylor com minha postura de homem de negócios habitual.

— Sim senhor, imediatamente. – Ele assente e aguarda se tenho algo mais a dizer.

— Obrigado. – Desligo a chamada e já sei tudo que tenho para fazer. Anastácia não vai gostar da ideia, mas vou explicar a situação e dizer que sua mãe e padrasto ficarão seguros e assim que os médicos permitirem vou mandar que Bob seja transferido para Atenas. Adentro o quarto novamente e minha esposa está saindo do banheiro já vestida como antes. Me olha sorrindo e caminha alguns passos em minha direção.

— Fecha o zíper para mim, por favor? – Fala já se virando para mim, olho suas lindas costas, passo os dedos levemente em sua pele suave e macia, alguns ossos estão aparecendo mais do que antes. Mas ela é linda de qualquer jeito, e como desejo essa mulher! O tempo todo! Ela dá uma risadinha baixa por causa dos meus dedos percorrendo sua pele e eu fecho o zíper rapidamente. Depois disso a doutora se despede de nós, entregando os receituários e também as fotos do ultrassom. Agradecemos e ficamos sozinhos.      

...***...

Cinco Meses Depois

POV – Anastácia

— Olha que lindo esse vestidinho rosa de babados!!! – Mia grita empolgada mostrando o vestidinho que parece um bolo confeitado. Dou risada passando a mão em meu barrigão, estou com quase sete meses, mas por serem gêmeos minha barriga está como de uma gravida de oito meses. Estamos numa loja de grife infantil, eu sentada em pufe redondo bem grande, enquanto minha tia e cunhada, não para de me mostrar roupinhas. Já temos o enxoval completo, mas quem consegue conter a empolgação dessa moça linda e amada! – Ahhhhh! – Arregalo meus olhos assustada. Então Mia aparece com duas roupinhas, um leãozinho e uma leoazinha. – Você tem que levar esses!!! Eles vão ficar lindos vestidos de bichinhos!!! – Ela pula e tagarela sem parar. Dou risada e respondo.

— Mia tenha calma, você assusta as pessoas com esses gritos! Olha a cara das outras mães te olhando! – Digo e gargalho com as expressões ao nosso redor. Na há muitas mulheres na loja, mas todas nos encaram com as mais variadas expressões.

— Ah tô nem aí! Eu tenho que mimar os meus sobrinhos-netos!!! – Ela diz se aproximando e ao falar sobrinhos-netos agacha em frente à minha barriga e a alisa, depois dá um beijinho. – Quando eles estiverem grandes vão me chamar só de titia, ou tia Mia! Tia-avó não...sou nova demais para isso! – Explana se sentando ao meu lado e gargalhamos juntas. Ela ficou muito feliz ao saber seu parentesco comigo, foi uma reunião familiar emocionante aquele dia. Todos choramos e nos abraçamos muito. Ela viu fotos da minha família e ainda ganhou a foto que foi tirada depois do seu parto, recém-nascida no colo da minha avó Pietra. Chorei tanto ao ver aquela foto, Mia comprou um lindo porta-retratos, colocou a fotografia e está ao lado da cabeceira da sua cama. Somos uma família ainda mais unida, que se ama ainda mais profundamente desde então. Fiquei aliviada por não terem tido mais brigas nem mágoas.

— Vocês estão rindo de mim, não é?! – Paramos de rir, ao ver Kate se aproximar vestindo um vestido rosa clarinho, cheio de babados e com alguns laços. Prendemos a risada ao ver sua expressão, se balançando e se aproximando de nós. – Eu sei, eu sei que é de mim! Eu estou horrível! Por que essas roupas de grávida têm que ser todas cheias de frufru?! Eu odeio isso!!! – Fala levantando os babados. Nós não aguentamos e rimos. – Parem de rir! Eu odeio vocês também! – Ela fala fazendo careta, depois parece que vai chorar. Mia se levanta e depois me ajuda a levantar, caminhamos até ela e a abraçamos, uma de cada lado. – Parem com isso... eu não quero chorar! – Ela diz e já está chorando. Desde que Katherine engravidou ficou uma montanha russa de emoções, briga e chora o tempo todo! Elliot se vê maluco, mas está amando. Eles se casaram há três meses e Katherine está gravida há quatro. Mia e Ethan estão de casamento marcado para daqui a oito meses, assim todas as mamães e seus bebês poderão estar presentes.

— Calma Kate, sua barriga mal começou a aparecer... você não precisa usar roupas tão largas! – Digo enxugando suas lágrimas.

— Mas nada do que tenho cabe em mim! Meu quadril está tão largo e meus seios estão imensos! – Diz e cruza os braços, eu e Mia nos olhamos e sorrimos. – Ana, você está com esse barrigão, esses peitões e se veste lindamente! De onde você tira essas roupas?! – Ela se afasta de nós e me encara séria. Estou com uma calça jeans e uma bata amarelo mostarda, com um decote leve que ressalta meios seios e tem pedrarias em torno dele, como um colar. Inclusive há cinco meses uso um colar que não tiro para nada. São os berloques da minha viagem de lua de mel com Christian para NY, meu marido os colocou em uma linda corrente de ouro branco, ela é bem fininha e confortável, amei demais esse meu presente. Ainda sobre colares, minha sogra colocou no pescoço sua correntinha da amizade com minha avó e também não tirou nunca mais. No dia da reunião familiar entreguei a ela, achei importante para que essa página também fosse virada. Volto minha atenção para minha amiga que emburrada me encara.

— Kate, eu já te disse que não compro minhas roupas aqui! Estamos nessa loja para ver roupas de bebê! Foi você quem quis ir no setor das roupas para grávidas, mesmo com nossa insistência para que você não fosse, já que nós conhecemos bem seu gosto... Mia me levou naquele ateliê do amigo dela e ele está fazendo minhas roupas do jeito que eu, e muitas vezes minha titia, encomendamos. – Explico fazendo um pouco de graça e faço uma careta no final a provocando, já expliquei isso para ela várias vezes e ela sempre esquece.

— Ah é verdade! Então nós vamos lá agora! Não aguento mais vestir moletom nesses últimos quinze dias! – Fala e já caminha rumo ao provador.

— Nós vamos levar as roupinhas, vou para o caixa. – Mia fala e recolhe os pijamas de leão e o vestido de babado rosa do pufe aonde estávamos sentadas.

— Mas Mia... – Ela me interrompe.

— Eu quero dar de presente para os meus sobrinhos! Não tem discussão! – Ela fala e sai caminhando, acabo dando de ombros e sorrio comigo mesma, pensando como ela é parecida com o irmão em certos aspectos. Pareceu até Christian falando comigo. Olho para o lado e vejo uns sapatinhos vermelhos para recém-nascidos. Como ainda não sabemos o sexo do bebê da Kate, vai ficar ótimo independente do que seja, decido levar de presente para ela! Vou para o caixa também, ao já estarmos na porta de saída Katherine chega e vamos para o ateliê do Zayon.

...***...

— Eu não aguento mais nada! – Digo dando risada e limpando a boca com o guardanapo de pano. Mia sorri e Kate pega o pedaço de petit gateau que sobrou do meu prato e coloca todo na boca. Estamos em um restaurante na orla de Atenas, tem uma vista incrível para o mar. Paramos para almoçar e descansar, já que passa das quatorze horas.

— Pois eu aguento! Parece que minha fome não passa nunca, sou capaz de comer por dez pessoas! – Ela fala de boca cheia. Eu e Mia gargalhamos sem parar. Ao nos acalmarmos da crise de riso falo.

— Bem, minha amiga querida! Espero que você não queira comer isso também. – Digo brincando e pegando a sacolinha na cadeira ao lado da minha. – É um presente que comprei para o seu bebê! – Estico a sacola para minha amiga que está sentada a minha frente. Mia está na cabeceira da mesa, do meu lado esquerdo, já que sentamos em uma mesa para seis pessoas.

— Aaah Ana! – Ela exclama segurando a sacolinha de presente. Abre e sorri ao pegar a caixa transparente com os sapatinhos vermelhos dentro. – São lindos! Eu amei! – Ela diz um pouco emocionada. – Obrigada minha amiga! – Sorri para mim e seguramos uma a mão da outra sobre a mesa com carinho.

— Agora me contem sobre o apetite sexual de vocês! Dizem que as grávidas ficam subindo pelas paredes... – Mia fala curiosa nos encarando, com seu jeito sapeca.

— Mia! – Exclamo ruborizada e dou uma risadinha de nervoso. Kate começa a falar, minha amiga é despachada e estou cansada de saber que ela não tem vergonha de nada.

— Eu atacava Elliot de meia em meia hora até um pouco depois de completar os três meses. Mas nas ultimas semanas fiquei preguiçosa e só estou com vontade de comer tudo que vejo pela frente. – Diz comendo mais um pãozinho de alho e dando de ombros. Mas depois de ficar pensativa por alguns segundos esbugalha os olhos e fala. – Mas eu espero voltar ao normal logo!  Não quero que eu e meu marido viremos aqueles casais chatos que nunca transam! – Ela parece apreensiva, mas eu e Mia acabamos rindo um pouco por sua expressão engraçada.

 - Bom, eu acho que nos primeiros meses é normal mesmo esse excesso de desejo, que depois acalma um pouco. Agora pelo tamanho da minha barriga eu e Christian acabamos nos limitando mais. As posições ficam mais complicadas, por isso de lado é a melhor solução sempre. – Explico a minha situação normalmente, só não cito o fato de que eu e meu esposo temos feito amor todos os dias, as vezes até mais de uma vez. Porque o meu desejo não diminuiu nenhum pouco, não quero que Kate fique encucada, já que cada grávida é única, não podemos fazer comparações. Elas me observam, Mia ri e coloca a mão na boca porque ficou levemente vermelha. Kate fala.

— Nossa, não tinha pensado nisso ainda! Quando minha barriga estiver grandona só vou poder deixar Elliot me comer de lado, vai ser algo bem interessante... Antes nós fazíamos cada loucura! Já trepamos no carro em várias situações e lugares, em provador de roupa em loja, em uma trilha de escalada, no banheiro de um avião, que eu fiz questão que pegássemos comercial em vez do jatinho para eu poder realizar essa minha fantasia... uau que fase boa! – Kate fala pensando alto e respira fundo ao final. Eu e Mia ficamos um pouco paralisadas, não esperávamos tanta informação. Depois voltamos a conversar outros assuntos, rimos de várias bobagens e depois vamos até a sacada do restaurante ver o pôr do sol. Quando estamos no andar de baixo novamente, Prescot se aproxima de mim e pergunta.

— Já estão prontas para ir embora senhoras? – Ela é minha guarda-costas e não desgruda de mim nenhum minuto do dia, desde que voltamos de Seattle. Quando não é ela, Sowyer é meu segurança. Toda família Grey Éllenis está sendo guardada por seguranças particulares, sem exceção de ninguém. Até mamãe e Bob que não quiseram sair de Seattle estão sendo protegidos firmemente. As casas estão sob forte esquema de segurança e tudo por causa daquela vadia da Leila, a mesma ainda não foi localizada então todo cuidado é pouco, segundo Christian. Dessa vez só concordei por causa dos bebês, jamais correria risco pondo as vidas deles em perigo. A única coisa que pedi é que eles sejam discretos, então eu acabo esquecendo que eles estão conosco o tempo todo.

— Ainda não Prescot, eu vou ao toalete. Mas na volta podemos ir embora! – Explico, ela assente e se afasta indo em direção a porta do restaurante. As garotas dizem que também vão ao banheiro e lá vamos nós. Depois de entrarmos, eu e Kate somos as primeiras a usar as cabines para fazer xixi, Mia nos dá prioridade, enquanto aguarda desocupar a terceira e última cabine do banheiro que está ocupada já quando adentramos o ambiente. Eu e Kate saímos e Mia ainda nos aguarda, achamos estranho o silêncio total da terceira cabine, mas está trancada e Mia disse que viu pés no chão. Deixamos para lá, enquanto eu e minha amiga lavamos as mãos papeando e nos olhando no espelho, Mia entra na cabine em que eu estava que era a primeira.

— Eu amei aquele vestido preto que o Zayon me mostrou! Quando estiver pronto o no meu tamanho acho que vou usar até para dormir! – Kate fala empolgada, sorrio e questiono.

— Como assim amiga?! – Seco minhas mãos e me viro para ela que passa batom.

— Estou tão cheia de usar moletom que quero viver naquele vestido, ele é lindo! Não vou tirar mais! – Ela fala brincalhona, damos risada. Então uma mulher de cabelos louros na altura dos ombros sai de dentro da terceira cabine, de cabeça baixa, vai até a porta do banheiro e a tranca. Sinto meu coração acelerar, mas fico paralisada não sei porque não consigo me mexer. Eu e Kate ficamos a encarando até que ela para entre nós duas, mas alguns passos atrás. Agora ela levanta a cabeça e a acho familiar, apesar dos olhos azuis. Então me espanto e quando arregalo os olhos ela fala.

— Olá vadia! – Sua voz é seca e seu tom é mordaz.

— Leila! – Digo baixo por estar em choque. Ela está totalmente diferente, se disfarçou muito bem. Está vestida com roupa da cozinha do restaurante, pelo visto estudou tudo muito bem para nos pegar de surpresa. – O que você quer?! – Pergunto a encarando com raiva.

— Vejo que está grávida! – Ela diz com ódio me encarando, coloco as minhas mãos sobre a barriga protegendo meus bebês, apesar da minha apreensão nos os sinto se agitarem dentro de mim. Sinto um frio na espinha, o suor escorre por minhas têmporas. Nesse instante ela saca uma arma de suas costas. Kate tenta me puxar, mas Leila dá um tapa forte em sua face. Dou um grito de desespero.

— Não! Deixe-a em paz! – Falo gritando ainda e tento me aproximar da minha amiga, que com a mão no rosto está agora mais distante de mim. Percebo que ela começa a chorar, meu coração se aperta. Kate está no começo ainda da gravidez não pode passar por esse tipo de situação.

— Cala a boca! E não se mexe vagabunda! – Leila fala furiosa, mas sem gritar, olhando para mim e apontando a arma.

— Você não vai se safar dessa sua maldita! – Digo a encarando, ela ri e depois pende a cabeça para o lado segurando a arma em minha direção.

— Não importa, só quero acabar com você! – Quando ela diz isso, Mia sai de dentro da cabine com muita rapidez e destreza, dá um golpe na cabeça de Leila que cai no chão desacordada. Chuto a arma para longe e corro para porta, consigo abrir e Prescot já estava vindo em direção ao banheiro.

— O que houve senhora Éllenis?! – Me pergunta se aproximando.

— Leila, ela está aqui dentro! – Explico visivelmente desesperada. Prescot corre adentrando o banheiro, acha Leila no chão, verifica sua pulsação e chama a polícia pelo rádio. Depois algema a criminosa que começa a acordar. Corro em direção a Katherine que ainda chora muito, a abraço e Mia vem em nossa direção. Nos abraçamos e eu pergunto a minha amiga, enquanto seco seu rosto.

— Você está bem? Está sentindo alguma dor? – Ela parece se acalmar aos poucos.

— Estou bem, não sinto nada. Mas nunca fiquei tão nervosa na minha vida! Logo eu que sou de tomar atitudes fiquei paralisada... – Ela diz abaixando a cabeça para colocar em meu ombro. Afago sua cabeça.

— Está tudo bem Kate, isso é totalmente normal! Temos que ir ao hospital, nós precisamos checar nossos bebês! – Digo e olho para Mia. – Você é nossa heroína! Nunca poderei agradecer o suficiente, obrigada Mia! – Ela me olha com emoção e me abraça. – Mas ao mesmo tempo foi muito arriscado, como sabia o que fazer? Não quero nem pensar se algo tivesse acontecido a você! – Ao dizer isso me emociono e lagrimas rolam por minhas bochechas. Ela faz carinho em meus cabelos e explica.

— Eu tenho feito um curso de defesa pessoal nos últimos meses, esperava que com isso Christian me deixasse andar sem segurança daqui a um tempo! Fique calma, tá bem?! Eu sabia exatamente o que estava fazendo e tudo ficou bem! – Explica com calma e me abraça mais uma vez.

— As senhoras estão bem? Vou chamar uma ambulância! – Prescot diz, olhamos para ela que está parada atrás de Leila que permanece no chão algemada, mas agora parece acordar de vez e a segurança a coloca sentada no mesmo lugar que já estava.

— Estamos bem. Não solicite ambulância, chame os nossos maridos Prescot, vamos ao hospital com eles! – Peço a ela que assente e liga para Elliot, já que com Christian ela já falou enquanto eu estava conversando com as meninas. Ela explica tudo, podemos ouvir a conversa, as perguntas de Elliot desesperado que até pede para que passe o celular a Katherine. Eles se falam bem rapidamente, ele avisa a ela que está vindo imediatamente. Alguns poucos minutos depois a polícia chega e leva Leila, Prescot vai junto para esclarecer os acontecimentos. Saímos do banheiro com a escolta dos seguranças da minha cunhada e da minha amiga, somos levadas até o meu carro para esperarmos os nossos amados. Em mais alguns poucos minutos eles chegam e é todo aquele acontecimento de choro, abraços e desespero. Até Ethan veio e não desgruda da Mia.

— Anastácia como você está? Como estão os nossos bebês? – Christian pergunta me abraçando, depois segurando meu rosto e olhando nos meus olhos.

— Estamos bem, fique calmo! – Digo o abraçando, depois ele se agacha e beija minha barriga, faz um monte de carinho e então se levanta.

— Vamos para o hospital agora mesmo! – Diz firme, se direciona falando o mesmo aos outros homens agarrados em suas mulheres amadas e adentramos em três carros. No nosso Taylor está ao volante e se vira para olhar para mim.

— Tudo bem senhora Grey Éllenis? – Pergunta com visível preocupação.

— Sim Taylor, obrigada! – Olho para ele e balanço a cabeça afirmativamente.

— Para o Pillares Taylor, rápido. – Christian dá a ordem e o motorista pisa no acelerador. Seguimos para o hospital, Christian não solta minha mão, ao mesmo tempo em que estou abraçada por ele no banco de trás do carro. Sinto toda paz e tranquilidade que preciso ter finalmente. Aliso minha barriga passando paz para os bebês que desde que ouviram a voz do pai se agitaram dentro do meu ventre.

— Está tudo bem meus amores! Estamos aqui, a mamãe e o papai! Tudo está bem, tudo bem! – Converso com a minha barriga, meu marido coloca uma mão sobre ela também, alisa e fala.

— O papai nunca permitiria que nenhum mal acontecesse a vocês! – Ele conversa com eles também. Sorrio olhando para meu lindo marido, damos um selinho demorado e em mais alguns minutos chegamos ao hospital. Eu e Kate passamos por exames e por consultas com nossas médicas. Nossos maridos assim como Mia e Ethan esperam na sala de espera. Mia também foi checada, mas coisa rápida já que ela não está grávida e está cem por cento bem. Depois de algumas horas somos todos liberados e estamos todos com a saúde perfeita, mamães e bebês também. Ficamos felizes e tranquilos, Christian e Elliot agradecem a Mia várias e várias vezes, até a carregam de felicidade. Mas depois começa uma pequena briga pelo risco que ela correu e Christian frisa que não a deixaria sem segurança antes daquela cretina ser presa, de jeito nenhum. Rimos até um pouco passado o susto e nos despedimos para que cada um possa ir descansar em suas casas.

...***...

Já estou deitada na minha cama, olhando para o teto e pensando em tudo o que aconteceu hoje. Christian sai do banheiro só com sua calça cinza do pijama, seu lindo torso nu e um creme nas mãos, caminha até a cama, senta próximo aos meus pés e os toma em uma deliciosa massagem.

— Você tem que relaxar meu amor, já tomou seu chá? – Pergunta passando creme em meu pé direito. Dou um gemidinho de satisfação e balanço a cabeça afirmando que sim. – Então agora fique tranquila. Toda nossa preocupação acabou, Leila nunca mais vai sair da cadeia! Eu te garanto isso! Estamos livres e assunto encerrado. – Ele fala com firmeza, sorrio o encarando e jogo um beijo no ar para ele. Que passa mais creme e roda os dedos firmemente no solado do meu pé. Fecho os olhos com o prazer. – Está boa a massagem? – Me pergunta apertando meu calcanhar, ele sabe o quanto amo isso! Me derreto, deito-me mais relaxada ainda na cama. Sinto meu corpo entregue, ele não para de massagear, somente intercala entre um pé e o outro, passando creme e apertando. Vou me rendendo ao cansaço e as deliciosas sensações, principalmente ao senti-lo subir a massagem para as minhas panturrilhas. Bocejo um pouco e em mais alguns minutos durmo profunda e tranquilamente.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar minhas lindas!
Também favoritem a fic e quem quiser recomendar,
vou amar!!!
Até o próximo capítulo e uma ótima semana a todosss!!!
Bjinhuuus ;*



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