Um Bonito Amor escrita por Brêh SF


Capítulo 7
Descobrindo ELE ***


Notas iniciais do capítulo

Olá flowers! Como vai essa quarta?... Bem, estou aqui a postar mais um cap curioso então vms ler.
#euNaoTiveMuitaCriatividadeparaOTituloSORRY



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Cheguei em casa com uma dor incômoda na cabeça, mãe Cecília me encheu de perguntas e me passou conselhos sobre trabalhar no escritório, lhe contei quem seria meu chefe e ela se desculpou dizendo que não sabia também que seria ele. Rogério não a havia dito, e bem, ela sabe sobre minha paixonite pelo Raul e por isso se culpava mas, ela tem que parar com essa mania de se culpar por tudo que acontece comigo, assim, eu é que me sinto culpada. Depois de um bom tempo conversando juntas ela então me deixou sozinha no meu quarto, tomei um banho e ja me jogava na cama e assim desmaiar nela, ainda nem tinha começado a trabalhar e já estava cansada. Encosto minha cabeça no travesseiro e assim que fecho os olhos meu celular vibra no criado mudo, pego-o então para ver quem me mandava mensagens a uma hora dessas. Abro o aplicativo de mensagem e lá estava 25 mensagens somente de um grupo a qual era composto somente por mim, Lilian e Ronaldo, visualizo então.
Grupo ' Friends Forever '
Lilian 15:47: GILDAAA COMO ASSIM ARRUMOU UM EMPREGO E NEM ME AVISOU?
Ronaldo 15:50 : Onde você vai trabalhar flor?
Ronaldo 15:52: ???
Lilian 16:07: Gilda????
Nem vejo o restante das mensagens, e me pergunto quem havia dito que consegui um emprego. Raquel. Claro, sempre ela, só acho que ela devia trabalhar em revistas de fofocas, sério, se daria muito bem, sempre com notícias quentinhas e exclusivas. Resolvo então mandar um áudio.
Gravando áudio : DESCULPEM NÃO TER RESPONDIDO VOCÊS ANTES, MAS EU ESTAVA JUSTAMENTE NO TAL EMPREGO, DIGO, FUI ME APRESENTAR PARA MEU CHEFE E COMEÇO SEGUNDA. E AH, GENTE MEU CHEFE É NINGUÉM MAIS, NINGUÉM MENOS QUE RAUL DE LA PEÑA, EU QUASE MORRI QUANDO VI QUE ERA ELE, E ELE É BEM ARROGANTE, NOSSA. TÁ QUE É O CHEFE, MAS TRATAR AS PESSOAS BEM É DE GRAÇA E RECOMENDADO AF, BOM MAS É ISSO AÍ, VOU SER A SECRETARIA DELE GENTE, DEUS É MAIS SÓ ESPERO QUE ISSO NÃO ME ATRAPALHE, BEIJOS. AMOS VOCÊS.. VOU DORMIR...
Áudio enviado √
Lilian digitando....
Não vejo o que Lilian digitou, acabo por deixar o celular de volta no criado mudo e dormir, era somente o que eu queria depois de um dia louco como esse...
Na manhã seguinte, mal piso na sala e lá vinha Lilian me puxando para fora indo direto para um corredor, Ronaldo nos acompanhou.
— Seu celular tem trezentas mensagens só minha. Diz ela esbaforida. Porque não responde? Af Gilda,falou aquilo tudo e me deixou super curiosa, vai logo conta isso direito. Eu olho para Ronaldo que me olha com uma sombrancelha arqueada.
— Estava morta Lili, acabei apagando desculpas. E você não ouviu o áudio? Não tem nada mais para contar é somente aquilo o que eu disse.
— Muito bem mocinha, como eu não sabia que você era apaixonada por esse tal "Raul"?. Ele faz de forma debochada o sinal das aspas no nome de Raul.
— Eu quase não te vejo, pensei que Lili havia te dito.. Sabe como é, ela não guarda segredo. Rimos e Lilian cruza os braços revirando os olhos. - Mas sim, sofro esse tal amor platônico pelo Raul, mas depois de ver ele de pertinho, e ter trocado umas palavras com ele, senti uma ponta de decepção, porque ele não é tão doce como eu havia imaginado, é um grosseiro. Digo frustrada.
— Gilda, ele é um homem sério, talvez aja assim pelo trabalho. Alguém em uma empresa tem que por moral no lugar.. Diz Ronaldo. Posso Até arriscar de que ele estava defendendo Raul.
— Me poupe Ronaldo, se ele é um grosso no trabalho, deve ser no dia a dia também. Olha amiga, ele é furada, pula fora hein.. Olho para minha amiga que como sempre tem aquele ar de razão, mas que de racional não tem nada. Jogo meu olhar para Ronaldo que tem a postura séria, como se reprovasse as palavras de Lilian, as vezes ele agia como um pai de nós duas, sempre nos mostrando o lado racional das coisas. O sinal toca e então caminho na frente deles dando por encerrado aquele assunto.
— Você vai almoçar em casa Gilda? Pergunta-me Ronaldo atrás de mim.
— Não, almoçarei aqui mesmo. Porque não estou afim de encarar Raquel e ter que suportar, mas um dia ela passando-me indiretas. Respondo, me sentando em minha carteira à frente de Ronaldo e ao lado de Lilian.
— Certo, almoçaremos com você então. Não é Lilian? E ela então acena positivo.
— Beleza.
O professor entra na sala e dar por iniciada a aula, tento concentrar-me ao máximo no que ele falava, mas eu estava com a mente longe mas precisamente em um certo homem de nome Raul.
Raul - Pov On...
Eu estava no aguardo da secretária estagiária, que por sinal era a enteada de Rogério meu único amigo de anos. A minha secretária que agora busco substituí-la pois a mesma fora morar em outra cidade, era bastante eficiente, sem falar que ela é formada no ramo, não costumo elogiar meus funcionários mas, quando se é bom tem-se que reconhecer. A verdade é que ela era essencial, e substituí-la por uma garota que não tem nenhuma experiência na vaga cedida, me deixou hesitante. Mas como era enteada de Rogério e ele praticamente implorou, e nos devemos vários favores, então tive que aceitar.
Quando eu ainda cursava direito, Rogério já tinha sua família formada e ele já era bastante prestigiado no mundo empresarial, lembro-me de quando tive o estágio e estagiei exatamente em sua empresa a qual abracei às várias oportunidades que lá me eram dadas. Ele, por sua vez gostava do meu esforço e trabalho, tanto que assim que me formei me ofereceu para trabalhar efetivo com ele. Fui. Assim, estreitamos uma bela amizade, eu bem mais jovem, mas com pensamentos calculados e elevados e Rogério admirava-me por isso. Na época, ele passava por uns problemas, sua esposa, Cecília, havia tido gêmeas as quais não eram dele, ja se casara com ela com a menininha no colo. Eram gêmeas mas, só havia uma delas, a outra, sumira como mágica, fazendo Cecília sentir o amargo da vida todos os dias,assim me contava Rogério. Passei esses momentos com eles, pois por algumas vezes os ajudei na procura da outra gêmea que no tempo já tinha lá seus seis, sete anos. A moça fora encontrada e bem, é ela que será minha nova secretária...
Fui informado de que a garota havia chegado e de que estava a minha espera em minha sala, fui para lá. É a primeira vez que eu a olhava concretamente, a verdade é que nunca me interessou falar qualquer coisa que fosse com ela e Raquel, para mim era apenas jovens e imaturas e eu desde sempre gostava de trocar idéias com pessoas maduras das quais realmente acompanhavam meu raciocínio. A vi ali de costas, parecia ler a placa a qual estava meu nome, digo algo e ela praticamente se assusta, como ela não se vira para olhar-me rodeio a mesa e a vejo, me pego surpreso pela semelhança autêntica com Raquel, tanto que faço confusão e a confundo. Para mim ela não pareceu gostar nada dessa troca e eu não fiz questão de desculpar-me pelo o erro. A relato tudo o que deve ser feito e a explico as normas daquele escritório. Vejo ela vagar por um instante, e fico ali a olhando, vamos ser sinceros eu a estava admirando, ela é muito bonita não vou negar, penso que uma noite com ela seria prazeroso, mas somente pelo prazer, assim como só fico com Raquel pelo prazer que nem lutei para ela se entregar, veio de bandeja e se ela está comigo é só por padrões sociais. Digamos que Raquel é a oficial para apresentar à sociedade, é jovem, é de família a qual conheço bem, bons antecedentes e ela mesma se ofereceu então estamos aí. Mas sentimento por ela não sinto nenhum, apenas a aturo porque como eu disse, é só para manter os padrões sociais. As mulheres não merecem que demonstremos amor, isso não existe. Elas só querem uma vida confortável e alguém que lhes dominem na cama e assim faço, saio com uma e outra por diversão mas logo aviso que se apegar a mim é perda de tempo eu não as corresponderei. Mulheres são falsas e manipuladoras, uma categoria que não merece perdão, nem mesmo àquela que se disse algum dia, minha mãe e esposa...
Flashback on√
Eu a via todas as tardes no colo de um homem ao retornar da escola, aliás cada dia era um diferente. Eu fechava os punhos com muita força, querendo socar a cara daqueles homens que ela fazia questão de expor para todo o bar a qual ela frequentava ali perto de casa. Essa é a minha mãe, uma mulher que não merecia esse título, uma mulher que a cada dia que se passava me fazia sentir nojo dela por fazer o que fazia bem debaixo do nariz do meu pai. Meu pai, um homem maravilhoso, eu o amava muito diferentemente de minha mãe dela eu tinha asco. Éramos bem de vida, não tinha do que reclamar, quanto ao financeiro, meu pai era advogado renomado chegando até o topo dos melhores advogados da época, meu orgulho, um dia eu queria ser tão bom quanto ele.
— Pai, um dia quero ser um advogado tão bom quanto o senhor. Digo a ele com os olhos irisados.
— Você vai ser mil vezes melhor filhão! Me dizia olhando encantado no fundo dos meus olhos inocentes, nos olhos de uma criança de apenas 10 anos, mas que já carregava uma grande mágoa consigo.
Minha mãe não tinha escrúpulos, ela era tudo de ruim que acontecia em nossa casa, as brigas, os choros de meu pai. Por muito tempo ela o traía e maior parte da vizinhança sabia e faziam fuxicos expondo meu pai ao ridículo. O problema era que ele a amava, eu rezei várias noites baixinho para que Deus fizesse ele deixar de amá-la, ela não o merecia, era de todo homem, não merecia o amor e carinho que meu pai a dava e que por muitas vezes o rejeitava, o humilhava por ser um corno consciente. Eu via meu pai se desmoronando aos poucos pelo desamor dela, até que um dia criei coragem e a enfrentei em frente de todos naquele maldito bar, a disse o quanto ela era um encosto em nossas vidas, um azar para meu pai, a disse que o deixasse em paz e seguisse sua vida com aqueles homens imundos tão imundos quanto ela, a gritei que fosse embora da vida de meu pai. Ela nada falou, mas ao chegar em casa com meu pai ainda no trabalho, me bateu, eu não tinha forças para lutar contra ela, eu tinha apenas 10 anos e frágil ainda sendo que ela não batia, e havia me amarrado, mas espancava, com um cinto do lado da fivela deixava marcas ardentes em meu corpo,dizendo duras palavras a cada cintada. Dia seguinte eu não tinha forças para levantar, meu corpo doía e só via meu pai sentado a beira de minha cama, chorando feito criança.
— Desculpa filho, eu.. Ele parou para as lágrimas teimosas descerem.
— Não se desculpe pai, não é sua culpa.. Digo o puxando para um abraço.
Desde aquele dia não a vi, sumiu no mundo com boa parte do dinheiro e pertences de valor do meu pai, o deixando com quase nada, pois ela sabia de todas as senhas das contas que ele tinha e larapiou tudo. Não sei se ela havia me feito um favor em sumir para sempre, mas ela deixou uma grande marca tanto em mim fisicamente, como em meu pai, que passou noites chorando, bebendo por ela, o trabalho já não mais lhe distraia, e eu já não era suficiente para preencher aquele vazio que aquela imunda o deixou. Cheguei em minha adolescência sem uma mãe para acompanhar -me, como nunca a tive em toda minha infância, muitas vezes tive que me virar sozinho pois meu pai se dedicava a está trancado em seu escritório, com uma garrafa de álcool na mão. Me entristecia muito o vê daquela maneira, eu o estava perdendo aos poucos e tudo por causa dela, ela havia me dito enquanto me batia que "ruim com ela, pior sem ela" e lamentavelmente isso estava ocorrendo, estava ficando tudo pior, meu pai caiu no mercado do seu ramo e eu tive que terminar o ano em escolas públicas por não ter como pagar. Mas me dediquei, não deixaria ela nos levar para lama mesmo de longe, eu passava muitas horas estudando eu queria ser um bom advogado como meu pai, queria o fazer sentir orgulho de mim, queria o ajudar e o mostrar que poderíamos viver bem sem ela e sem qualquer outra mulher.
Meu pai acabou falecendo por não ter tido o devido tratamento de sua depressão profunda....
Flashback off..
Ele me deixou uma curta herança para meus estudos, os quais usei para minha formação em direito. Por isso as mulheres tem que sofrerem, porque elas não pensam quando vão ferir alguém, meu pai fora vítima de uma sem coração e por causa dela eu não tenho sentimentos para nenhuma delas, não merecem serem mimadas ou amadas, somente diversão, um passatempo para mim, somente isso.
Volto a olhar aquela moça à minha frente que ainda parece vagar ,a chamo e ela finalmente volta à mim, e então volto a repassar tudo o que ela tinha que fazer ali naquele escritório, dou por encerrada aquela conversa a pedindo que comece tudo na próxima semana. Ela sai e fico ali analisando meus papéis, distraído nem a disse até logo, mas também para quê?
Ela parece bem mais comportada, digamos assim, do que Raquel, mas não tem tanta atitude como a mesma, parece ser frágil e tímida. São bem parecidas fisicamente, mas totalmente diferente na personalidade, o que me deixou bem curioso em descobrir quais seriam suas atitudes ou mesmo se tinha alguma, acho até que me divertiria com as gêmeas...


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Eu queria ter feito melhor o Pov do Raul mas, minhas idéias se perderam por aí quando estava construindo o cap e me interromperam.. Mas espero que tenha dado para desfrutar.. Besos!



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