Um Bonito Amor escrita por Brêh SF


Capítulo 6
"MEU CHEFE! "


Notas iniciais do capítulo

Oooi flowers, lhes deixo aqui com mais um capítulo dessa história.. Leiam e me amem hahah..
Vms ler uhuh



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Eu estava numa perdição, como que cheguei ao ponto de projetar um cara beijando outro? Eu queria muito parar aquele beijo mas, ao mesmo tempo não. Estava com medo de cessar e ter que encarar meus amigos que devem está olhando essa cena espantados e ainda ter que encarar Raimundo com sua cara lavada de vitória.
Sem mais pensar, empurrei Raimundo ao longe, não sei, mas parece que ele caiu da cadeira nem me viro para certificar-me de que é isso mesmo. Saio as pressas dali indo diretamente para o banheiro feminino e chegando ali, ponho minhas duas mãos trêmulas em cima do balcão da pia e então me encaro no espelho, o batom estava manchado ao redor de minha boca, limpo-a então e a secando em seguida. Estou nervosa e não sei porquê, aliás até sei, o fato de eu ter beijado Raimundo pensando ser Raul me deixou assim, pois em minha mente não estava colada nos lábios de Raimundo mas de Raul, vai entender, nem eu sei que loucura é essa. Busco então meu batom para retocar, droga cadê a bolsa? Lembro -me então que estava na sala, e meu batom está lá. Suspiro pesadamente, acho que decepcionada por aquele beijo não ter sido com Raul, suspiro de novo e subo meu olhar para o espelho e me assusto com a presença de Lilian me olhando de um jeito estilo filme-de-terror-quando-você-é-pêga-de-surpresa- por-uma-assombração, eu hein Deus é mais.
— Que susto menina! Digo me virando para ela, pondo a mão no peito.
— Ai boba. E então ela se aproximou e sacou de sua nécessaire um batom, segurando meu queixo e passando o produto em meus lábios. -Prontinho!
— Obrigada, eu havia esquecido meu batom na minha bolsa lá na sala.
— De nada, você tem sorte de ter uma amiga prevenida. Dizia retocando seu batom me olhando pelo o espelho. - Mas jamais ande sem um batom, até porque nunca se sabe quando um Raimundo vai chegar e tomar seus lábios ferozmente e você deliciosamente corresponder. Finalizou dando uma piscadela divertida, eu arregalei meus olhos e vi pelo espelho que meu rosto estava vermelho.
— Ahgr! Grunhi. - Eu não correspondi tá? Deixa de ser boba garota. Digo fingindo está irritada.
— Ai gilda, deixa de ser boba. Pega logo esse boy que está caidinho por você e esquece esse Raul. Ela revira os olhos ao mencionar o nome dele e então se aproximou mais de mim. - Olha que Raimundo não é de se jogar fora.
— Então fica com ele. Digo irônica cruzando os braços, ela estava claramente me avacalhando achando que eu ficaria com aquele sem cérebro só por causa de um beijo que se eu não tivesse imaginado o Raul, jamais o teria correspondido.
— Ah querida mas ele quer uma mocinha chamada Gilda Barreto, aquela sabe? Que fica suspirando pelos os cantos por um homem que nem olha pra ela e que a irmã dela cheia de atitude foi lá e roubou o cara, deixando a pobre Gilda chupando dedo. Eu olho surpresa para Lilian, cara que amiga hein sabe me humilhar como ninguém, nem Raquel chega ao nível dela, Ok.
— Olha aqui Lili... Eu não consegui completar, pois ela rapidamente me puxou para um canto do banheiro assim que viu umas meninas entrando e praticamente cochichando me disse:
— Você ainda não se deu conta boba?
— Como assim?
— Começa a namorar o Raimundo.. Eu fiz menção em repondê-la, ela estava louca. Mas ela me interrompeu. - Me escuta.! Você começa a namorar o Raimundo e vai ver como esse Raul irá perceber você. Eu franzi o cenho, realmente não estava entendendo.
— Eu não vou namorar ele, ja disse, a falta de neurônios dele me irrita.
— Ai Gilda quem liga pra isso?
— Eu ligo e muito OK?! Então, não vai rolar...
— Menina, é sempre assim, quando você está sozinha ninguém aparece, mas quando começa a sair com alguém ressurge até Faraó querendo ficar com você. Vai por mim isso funciona. Ela dizia com tanta empolgação que até parecia a coisa mais certa do mundo.
— Hum, não sei. Então quer dizer se eu começar a namorar, as pessoas nos nota, é isso? Mas eu quero somente Raul..
— Especialmente ele querida. Você vai ver e talvez não seja tão ruim namorar Raimundo amiga só em como você correspondeu o beijo percebe-se que é super gostoso. Eu a olho um tanto irritada, não vou respondê-la, não mesmo. - E outra, você deveria se dá uma chance, sei lá, aprender gostar de outras pessoas que realmente tem algo para te mostrar e não ficar a vida toda esperando por um cara que nem sabe que você gosta dele. O sinal toca e ela se ajeita para sair do banheiro. - Ah,e que força é essa hein menina? Raimundo foi parar no chão. E então ela saiu gargalhando com seu último comentário me deixando ali pensativa.
Devo ou não devo dar uma chance a Raimundo? Sinto que levantei mais um questionamento para passar a noite em claro, buscando uma resposta...
*****
Depois de ter tomado um bom banho me direcionei para a janela do meu quarto e peguei a Pichula minha xodozinha, fiquei acariciando seus pêlos macios tentando não pensar no disparate de ter beijado Raimundo, ele iria me infernizar a vida. Eu passei um bom tempo Admirando aquele imenso jardim da janela, e que imenso é,acho que daria para abrigar um pequeno país só ali no jardim. Essa casa é tão grande que em dois anos morando aqui eu não sei dizer onde fica os quartos de hóspedes, sério para quê esse desespero de casa? Somos apenas cinco pessoas morando aqui, até um quartinho caberia a gente. Então olhei para Pichula que me olhava de sua casinha como quem quisesse me decifrar, aqueles olhinhos vermelhos estavam conversando comigo- pelo menos eu achava.
— Hum, você também acha isso? Af Pichula não acredito que você também quer me ver com Raimundo, ele não é normal, sério está mais preocupado em qual gel segura mais tempo em seu cabelo, vou lá querer ter algo sério com ele? Nem louca!
A pobre coelhinha não estava muito interessada em me ouvir, pois sua folhinha a qual ela degustava com prazer estava muito mais atraente. A louca conversando com uma coelha, isso acontece nas melhores famílias.
Deixo de perturbar minha coelhinha e me perco novamente olhando aquele imenso jardim, até que ouço batidas na porta pergunto quem seja e era a funcionária da casa, ela me informava de que Rogério queria conversar comigo em seu escritório, então começo a pensar se fiz algo que ele não gostou e por isso manda me chamar, mas a única que apronta aqui é a Raquel já vi muitas vezes Rogério a chamar lá por má comportamento x e y. Rapidamente desço as escadas e me direciono para o escritório, Rogério lia alguma coisa pois em suas mãos havia um papel e usava óculos de grau para melhor visualização de sua leitura. Me aproximei e sentei-me na cadeira acochoada à sua frente, ele então ergueu o olhar para mim por cima dos óculos.
— Mandou me chamar?
— Sim, mandei. Ele diz sem nenhuma expressão e então aí começo a me assustar.
— Fiz algo errado?
— Não querida. E então sorrir mudamente. - E não me olhe com essa cara de pavor. Ele tirou os óculos o deixando em um canto da mesa, e juntando as mãos sob a mesa se inclinando sobre ela. - Quero apenas te dizer que consegui um estágio para você.
Eu abri um sorriso que ia de orelha a orelha, meu coração palpitou feliz.
—Muito obrigada mesmo Rogério, ai obrigada. Digo levantando da cadeira que eu estava e dando a volta na mesa para abraçá-lo.
— Não me agradeça. Olha, não é lá um estágio na área do seu curso, na verdade tem nada a ver, você substituirá uma secretária, mas não se preocupe é no escritório de uma amigo nosso não vai ser preciso experiência, mas terá um tempinho para adquirir e assim ser efetivada, e logo você somente atenderá telefonemas, anotará recados e essas coisas, chegando lá te explicarão melhor. E é só meio período, à tarde, acho que está bom pra você, embora achando que você não precise trabalhar agora.
— Está super ótimo, e mais uma vez obrigada. Eu não vou me descuidar dos meus estudos, prometo continuar focada, mas eu gosto de trabalhar, não gosto de está parada. Ele me olhava encantado, assim eu penso.
— Que diferença essa sua e da Raquel, fale em emprego pra ela que é o mesmo que lhe der um tapa na cara. E assim rimos. Ele me passou o endereço e disse-me que Bruno me deixaria lá hoje para que me apresentassem, acho que não conheço esse amigo dele,ele não me disse o nome, mas espero que seja um chefe legal. Saio praticamente saltitando do escritório de Rogério, quando me deparo com minha gêmea oxigenada, rapidamente meu sorriso se desfaz.
— Estou vendo que gostou mesmo do beijo de Raimundo em, eu não vi mas me disseram que..
— Ah me deixa Raquel. Rebato ja subindo o primeiro degrau da escada.
— Não sabia que Raimundo ia mexer tanto com você. Alfinetou, e eu me viro para ela praticamente a garota do exorcista.
— Me poupe. Mas já que quer tanto saber, eu consegui um emprego, aliás Rogério conseguiu pra mim e por isso estou feliz, OK? Ela abre e fecha a boca e me olha irônica, ja estou vendo que lá vem piada.
— AF! Exclama ela. - Sério mesmo que está feliz por isso?
— Claro que sim Raquel, as pessoas precisam trabalhar sabia?
— Gente pobre que fala isso né querida. Ah, mas você já tem o espírito da coisa, então tudo certo. Mas é sério mesmo que estava feliz por isso? Ela pergunta como senão acreditasse. Achando tão irrelevante ficar ali batendo boca com ela, reviro os olhos e me virando de costas desdenho.
— Lógico querida, trabalhar é muito melhor do ficar um dia inteiro vendo essa sua cara de Barbie falsificada. E subo rapidamente os degraus com meu comentário audacioso e triunfal, pois posso sentir o olhar de Raquel queimar minhas costas. Eu agora estou rindo, rindo muito imaginando a cara dela, eu a respondi audaciosamente e isso foi maravilhoso. Fecho a porta do meu quarto, melhor, tranquei mesmo, vai que ela resolve vir atrás e encher meus ouvidos? Então tranquei a porta. Corri para o closet joguei algumas roupas na cama que eu achava adequada para uma quase secretária e passei direto para o banheiro, embora fosse um amigo da família eu queria causar boa impressão, moça séria sim senhor!
Ainda enrolada em uma toalha passei uma mensagem para Bruno que respondeu dizendo-me que ja estava esperando lá embaixo, então rapidamente eu me apressei e em poucos minutos eu estava adequada, -pelo menos eu acho que sim- e desci de encontro a Bruno. Entrei no carro e assim ele deu vida ao veículo partindo rumo ao meu futuro local de trabalho.
****
Chegamos por volta de umas 15:00 da tarde, o escritório ficava localizado em um dos pontos elegante e de distração do México, o prédio a qual eu iria trabalhar ficava de frente a uma praia onde havia alguns quiosques bem movimentados por sinal. OK.
Me despedi do meu irmão e adentrei aquele prédio, seguindo as instruções de Rogério onde me dissera qual andar seria do tal escritório. Pois bem, 3° andar, entrei ali e avistei uma mulher que devia beirar uns trinta e tantos anos, magra, alta de cabelos curtinhos, morena, ela tinha um ar de superioridade. Me aproximei dela que parecia já me esperar.
— Gilda Barreto?
— Sim, eu mesma!
— Você pode entrar, e espere uns minutinhos pois o Sr. Raul já virá a seu encontro. Sr. Raul? RAUL? Mas o que é isso até o nome do meu chefe teria que ser logo esse, LOGO ESSE! eu a olho um tanto espantada e ela tem uma sombrancelha arqueada correndo os olhos por teu o meu corpo e rapidamente me olho e vejo se está tudo no lugar, UFA!, tudo certo. Mas ela continua me encarando- essa mulher já não me passou uma energia boa- e então percebo que ela está esperando eu entrar na sala a qual ela segura a porta entreaberta.
— Muito obrigada, er.. Senhora?
— Somente Mariza, entre. Então eu entro e ela fecha a porta atrás de mim, eu sinto um nervosismo não estava assim, foi só aquela mulher falar o nome de Raul que meu corpo ja reage dessa maneira nervosa. Continuo observando aquele escritório bem elegante diga-se de passagem e.. Espera ai, mas o que é isso? Acho que estou com um problema seríssimo, não é possível. Não é possível que meu futuro chefe tenha o mesmo nome de Raul e o que é pior o sobrenome também. Chego mais perto da mesa e olho focadamente no nome escrito naquela placa : Advogado/Chefe Raul De La Peña. Ave Maria três vezes, isso não é bom, fico ali curvada diante daquela placa tentando encontrar algum erro naquilo.
— Boa tarde Senhorita, desculpe a demora.. Eu ouvi aquela voz grave porém doce, e me estremeço do dedinho do pé até o fio de cabelo, de súbito fico ereta ainda de costas não tenho coragem de me virar e constatar tal fato. - Oi, você está bem? Não consigo me virar para olhá-lo, então sinto seus passos pesados se aproximando ,indo em direção a sua grande poltrona à minha frente. E ele estava ali, era ele, tinha que ser, seria muita coincidência, mas era ele Raul de La Peña, engulo seco na mesma hora e ele corre seu olhar por mim de cima abaixo e vejo quando ele começa a franzir o cenho como se tivesse dúvida em algo, engulo seco outra vez. Porque raios ele tem que me olhar agora e exatamente desse jeito? Quero correr, sério, correr dali seria bom.
— Raquel?! Quando pintou o cabelo?
Respira Gilda, calma ele só te confundiu com sua irmã, com a Raquel.. O QUÊ? ELE ME CONFUNDIU COM A RAQUEL? . Arregalo os olhos e me submeto a dizer alguma coisa.
— Não eu não sou ela, sou Gilda Barreto.. Digo com a voz falha, ótima hora para ter um buraco e eu enfiar minha cara dentro. - Er.. Rogério não falou de mim? eu..
— Ah sim, é a gêmea de Raquel, que cabeça a minha. Sente-se. Ordenou, e eu obedeci. Ele nem se desculpou por ter me confundido com Raquel, na boa eu me sentiria bem melhor se ele se desculpasse. - Olha...
— Gilda.. Completo quando percebo que ele fazia um esforço para lembrar meu nome, vai que ele me chamaria de Raquel de novo, af.
— Gilda, o que você precisa fazer aqui é simples, apenas anotar todos recados e me passar todos corretamente, irá marcar algumas consultas. Essas coisas de reuniões, minha agenda pessoal, sobre eventos e essas coisas não será trabalho seu para isso tenho Mariza você já a deve ter conhecido.. Assinto. - Pois bem, sabe mexer em alguns programas de computador?
NÃO!
— sim, digo mas posso aprender mais. Aprendo rápido.
— OK, assim espero. Você estará aqui provisoriamente até aprender o que tem que aprender, depois de algum tempo eu ver que você é eficiente, podemos efetivar você, mas isso irá depender de você é lógico.
Esse Raul chefe é tão diferente daquele que eu tenho nos meus sonhos encantados . Ele falava tudo ali sem me olhar, estava ocupado demais riscando alguns papéis. Como eu ia imaginar que esse amigo do Rogério seria justo o Raul a me dar um emprego? Nem cogitei, mas dava sim para me ter tido uma idéia e assim ter recusado essa oferta, mas não, sou adulta e tenho que agir como tal, não posso fugir o tempo todo dele só porque meu crush digamos assim namora a inconsequente da minha irmã, e outra ele não sabe de nada, então posso muito bem riscar essa página e fingir que eu nunca me apaixonei por ele. Mas é tão difícil, ele é tão lindo, me perco admirando aquela barba sexy naquele rosto alvo, de olhos e cabelos negros, ele é muito mais lindo assim face-to-face*.
— Por favor Senhorita Gilda, aqui nesse local de trabalho não permito distração. Foco. Eu fiquei corada posso sentir, ele falou de forma firme, autoritário, tá legal que ele é o chefe, mas não precisa ser um grosso assim. Eu me ajeito na cadeira e resmungo um "desculpe-me ".
— OK, ah quanto ao seu salário não será exatamente um, como é meio período e você praticamente estará em fase de teste, ganhará uma quantia favorável que não chega a ser um salário. OK?
— Tudo bem, eu só quero ter um emprego. Digo, e minha voz ainda é falha, que raiva!
— Certo. Agora pode ir, nos vemos na segunda, comece logo sendo pontual, odeio atrasos principalmente de meus funcionários. Assenti ainda nervosa, eu não arrisquei estender a mão e lhe dizer que foi um prazer, nem sei se foi mesmo, até parece que abduziram "meu Raul" por aquele grosseiro à minha frente. Saio dali e ainda de canto olho o vejo lendo alguns papéis, nem sequer me deu um tchal. Acho que eu estou cobrando muito de uma pessoa que nem sabe dos meus sentimentos por ele e que ainda é por cima MEU CHEFE...


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Notas finais do capítulo

Face-to-face * = Cara a Cara...
Gentennn e ai? Finalmente Raulzinho, mas eu achei ele grosseiro e vcs?...
—Perdoem pelos benditos erros, mas escrevo e edito pelo cell - Sem Not- então é muito ruim fazer todo ess processo por cell.. Perdón.. Besos.. Hasta pronto !



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