A Garota e o Lobo escrita por Manusinha Mayara


Capítulo 32
União


Notas iniciais do capítulo

Genteee, estou com o carinho super especial por esse capítulo, vai ser surra de fofura, se preparem!
Aproveitem!



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Meses depois...

Mia P.O.V

 

— Mia, eu não irei conseguir fazer isto direito se não ficar quietinha. – Emily me repreende com carinho, está ajeitando o coque elegante que fez para minha cerimônia de união com Adam.

— Não consigo Emy, estou nervosa e se eu cair? –pergunto me contorcendo na cadeira.

— Nos vamos rir. – Lia respondeu séria, eu arregalo os olhos assustada com sua resposta, logo em seguida ela e Emily começam a rir.

— Vocês são péssimas para acalmar alguém. –Eu as repreendo fazendo biquinho.

— Você está linda, nada vai dar errado, olhe para Adam, esqueça todo o restante. – Emily diz confiante, nos encaramos pelo espelho a nossa frente e eu abro um sorriso de agradecimento.

— Nem acredito que seremos irmãs. – Lia diz entusiasmada.

— Eu não acredito em toda sorte que tenho por ter vocês comigo. – digo eu emocionada, meus olhos ficando levemente marejados.

— Nem pensar Mia! – Lia me repreende, pegando um papel para abanar meu rosto – Nada de chorar e estragar minha obra de arte! – ela diz, referindo-se a maquiagem que havia feito em mim.

Antes que eu possa retrucar, ouvimos batidas leves na porta.

— Pode entrar. – Emily grita, terminando finalmente de ajeitar minhas madeixas.

Em um vestido longo, azul claro, cabelos recém cortados no estilo Chanel minha mãe entrou deslumbrante, queria muito ter herdado sua habilidade para caminhar de forma tão elegante sobre sapato de salto alto.

— Está linda Mia! – Mamãe diz entusiasmada. Estou usando um vestido branco, que bate na altura de meus joelhos, minhas costas cobertas com renda que me o deixa mais delicada, me sinto como uma boneca.

— Obrigada mãe. – agradeço dando-lhe um forte abraço.

— Tudo pronto? – ela pergunta, olhando para Emily e Lia.

— Sim. – elas respondem em coro.

— Ótimo, então se apressem e se juntem aos outros, logo iremos descer. – Minha mãe ordenou.

Respirei fundo e me preparei para não chorar, parecendo perceber minha apreensão ela diz:

— Só quero te dar um presente, meu e da sua avó. – ela disse esticando uma caixinha para mim. – Foi nosso durante nossos casamentos. – ela concluiu.

Abri a caixinha e vi um colar com um pingente de ametista, pequenino.

— Simples e lindo, como as mulheres desta família. – digo orgulhosa colocando o presente.

— Eu te amo Mia. – mamãe diz deixando escapar uma lágrima.

— Eu também te amo mãe. – disse, dando-lhe um forte abraço. – Mas não quero chorar, então vamos logo!

Descemos juntas as escadas, a tenda com os convidados e o altar havia sido montada no quintal de Adam, a família dera era três vezes maior que a minha então ali era o local ideal.

— Vão trocar alianças ou algo do tipo? – mamãe perguntou em dúvida.

— Não, vamos ler os votos que um escreveu para o outro e receber as benções de nossos pais, é apenas um ritual, como uma herança de família para eles. – expliquei para ela.

— Pronta? – ela me perguntou estendendo uma de suas mãos para mim. Iríamos entrar juntas da mesma forma em que começamos essa jornada.

— Sempre. – digo segurando sua mão.

Caminhamos em direção á meu destino.

 

Emily P.O.V

 

O ritual de união havia sido emocionante, voltando para casa, estava pensando nos últimos meses. Minha vida havia sido virada de ponta cabeça, ate o impossível havia se tornado real.

— Algum problema? Está quieta? – Sebastian perguntou. Desviei meu olhar da paisagem para meu namorado, que até então estava concentrado na estrada, em silencio.

— Só pensando em como tanta tristeza, teve um final feliz. Nunca poderia imaginar que você, Adam e tantas outras pessoas incríveis estavam em meu futuro e de Mia. – respondo sincera.

Sebastian estica sua mão livre e segura a minha.

— Como estão as coisas com seu pai? – pergunto curiosa.

— Melhores. – ele responde com um pequeno sorriso. – Quer ficar comigo lá em casa? – ele pergunta.

— Não tem problema? – pergunto.

— Não, ele gosta de você, sabe que me faz bem. – Sebastian responde.

Nos últimos meses, estava ajudando Sebastian a perdoar seu pai, tentei fazer que ele entendesse que o pai não conseguiu lidar bem com a morte da esposa e acabou deixando o filho de lado. O pai de Sebastian não me pareceu um homem mal, somente amargurado.

— Olha que causei uma péssima primeira impressão. – digo sorrindo com a lembrança de nossa primeira vez...

Flash Back On

 

Um mês havia se passado desde a declaração de Sebastian e o pedido oficial de namoro, desde então não havíamos tido oportunidade de dar um passo adiante em nossa relação. Eu andava muito ocupada com o colégio, o emprego de meio período que tinha conseguido em um restaurante holandês e com os preparativos de Mia para o “casamento”.

Mas estava cada vez mais difícil resistir a ele, todos os beijos que havíamos trocado terminavam com nos dois quase pelados, arfantes e quando estávamos prestes a saciar nossa vontade éramos interrompidos por alguém.

—Emily? – Carla, a gerente do restaurante chamou minha atenção. Como o movimento estava fraco, me permitia ficar perdida em meus pensamentos.

— Sim? – Retruquei encarando-a. Ela olhava pelas enormes janelas em direção ao estacionamento, um olhar malicioso.

— Seu namorado bad boy está te esperando parece. – ela diz com malicia – Algum plano especial para hoje? – perguntou intrometida.

Eu até tentei ser amiga de Carla, mas se tratava de uma garota um ano mais velha do que eu apenas, porém se sentia a “adulta” e tinha uma dor de cotovelo gigante por Sebastian nem sequer perceber sua existência.

— Nada que seja interessante para você imagino. - respondo.

Mais tarde depois de fecharmos, Sebastian me esperava pacientemente no mesmo lugar.

— Que milagre é esse? – digo quando me aproximo dele.

— Vim buscar minha namorada, é sexta feira afinal. – ele respondeu me dando um beijo.

Separamo-nos ao ouvir um carro passar acelerado bem perto de onde estávamos. Carla tentando chamar a atenção.

— Qual o problema dela? – Sebastian perguntou confuso com a atitude.

— Você. – respondo. Sebastian inicialmente fica ainda mais confuso com minha resposta, em seguida abre um sorriso convencido.

— Achou que namorar o mais bonito da região não teria conseqüências? – perguntou irônico, abrindo a porta para mim.

— Namorar o mais chato tem. – retruquei, entrando.

Ele ligou o carro e partimos.  As vezes o pegava olhando distraído para mim, ao invés de prestar atenção na estrada, ele tamborilava os dedos como se estivesse impaciente com algo.

— Algum problema? – pergunto encarando-o.

— Quer ir para minha casa hoje? – ele perguntou, sem me encarar – Para dormir? – deixou claro suas intenções.

Engoli um seco de nervoso, era obvio o que iria acontecer e eu também  queria muito que rolasse, queria satisfazer suas expectativas, apesar de saber que sua experiência era bem superior a minha.

— Tudo bem. – respondi, sem conseguir continuar encarando-o. – Seu pai vai estar lá? – perguntei receosa.

— Não, ele costumar sair para caçar aos fins de semana, explorar seu instinto animal. – ele respondeu, tentando amenizar o constrangimento que havia se instalado naquela conversa.

Permanecemos o restante do caminho em silêncio. A casa de Sebastian ficava a quase meia hora da minha, era uma casa bem bonita, uma parede completamente de vidro deixava-a ainda mais sofisticada.

— Incrível! – elogiei.

— Vantagem de pais arquitetos. – ele explicou – Minha mãe planejou cada espaço desse lugar. – concluiu.

Ao estacionarmos em sua garagem, eu pude notar mais três veículos e duas motos ali, eu sabia que Sebastian tinha uma boa condição financeira, mas pelo visto era bem melhor do que eu esperava, ele era sempre tão simples. Sua casa era ainda mais deslumbrante por dentro.

— Está com fome? – ele perguntou.

— Um pouco. – respondi com sinceridade, precisava recarregar as energias.

Ele foi até a cozinha e era óbvio que era inexperiente quando o assunto era cozinhar.

— Me mostre onde ficam as coisas, que eu preparo algo para nós. – digo.

— Tem certeza? Posso pedir comida. – ele disse.

— Iria demorar muito. – digo e logo me arrependo, passei a impressão de que estava com pressa de ir me deitar com ele e enrubesci automaticamente com esta percepção.

— Ok. – ele disse, abrindo os armários e me mostrando onde ficava tudo por ali.

Comecei a picar os legumes, para colocar junto com o assado que estava preparando, estava suando, apesar de não estar tanto calor.

—Você parece nervosa. – Sebastian, comentou levantando-se da bancada de onde me observava e aproximando-se de mim. – Por quê?

Não respondi de imediato, fiquei calada pensando se falava ou não, como sempre optei pela verdade.

— Pensei que você queria outra coisa comigo hoje. – disse, sem me virar para encará-lo.

Sebastian se aproximou por trás como um predador, bem lentamente, rodeando minha cintura com seus braços.

— Sexo com hora marcada não é bom Emy – ele disse os lábios tocando em minha orelha - seja paciente, à hora em que acontecer será gostoso. – conclui se afastando.

 Soltei a respiração que nem havia percebido que estava prendendo, as palavras dele mexeram com meu corpo de uma forma louca, fiquei com vontade de me jogar em seus braços naquele momento.

 Terminei o que estava fazendo, temperei a carne e coloquei junto com os legumes no forno. Estava lavando a louça suja, quando Sebastian novamente se aproximou de mim.

 Ele chegou por trás encostando seu corpo no meu, suas mãos tocando delicadamente minha barriga, logo em seguida ele tocou meus seios e me esqueci de como respirar. Ouvi a respiração dele bem perto do meu ouvido, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar. Ele deslizou seus lábios macios, por meu pescoço.

Larguei a louça e me virei para ele, Sebastian abaixou um pouco seu rosto e me beijou. Joguei meus braços ao redor de seu pescoço, e ele me ergueu com facilidade do chão, colocando minhas pernas ao redor de sua cintura. Caminhou em direção a enorme sala de estar, ainda me beijando.

À medida que meus dedos se enroscavam em seus cabelos, seu beijo se tornava mais exigente. Quando se aproximou do sofá, Sebastian me jogou ali sem cerimônia alguma, levantou uma de suas mãos e retirou sua camisa, eu fiz o mesmo com minha blusa sem parar de encará-lo.

Retiramos o restante de nossas roupas e jogamos tudo no chão, eu mal podia acreditar em como eu estava sendo ousada. Este homem tem o poder de me tirar do sério.

Sebastian jogou seu corpo sobre o meu, ficando entre minhas pernas, o sofá era largo o suficiente para que ficássemos ali confortavelmente. Recomeçamos a nos beijar de forma intensa, ele foi diminuindo o ritmo aos poucos e me encarou com os lábios semi-abertos por alguns segundos. Esticou uma de suas mãos em direção a sua calça no chão e de lá retirou uma camisinha, de uma forma bem sexy ele rasgou o pacote com os dentes, sem desviar seu olhar do meu.

 Nossos lábios se juntaram novamente, suas mãos ajustaram meu corpo junto ao seu e ele me invadiu sem pudor algum, produzindo um turbilhão de sensações boas. No começo era um movimento lento, mas que foi ganhando velocidade e me levando a loucura. Um tremor percorreu todo meu corpo e deixei escapar um gemido alto de meus lábios, isso pareceu excitá-lo ainda mais pois começou a distribuir beijos por meu pescoço. Quando ficou insuportável, meu corpo explodiu em uma sensação intensa de prazer, Sebastian soltou um gemido alto encostando sua testa na minha. Nós dois arfando.

Quando abri meus olhos, vislumbrei seu rosto iluminado por um sorriso doce, cheio de desejo e promessas. Ele continuava dentro de mim, sem vontade de levantar ao que me parecia.

Olhei para o lado, em direção a parede de vidro para fugir de seu olhar. Para minha surpresa ali parado, estava um homem nos olhando, a raiva latente em seu olhar. Soltei um grito e Sebastian levantou-se rapidamente seguindo meu olhar. Eu me levantei e me escondi em suas costas. Não precisava perguntar quem era o homem parado ali, ele era idêntico ao meu namorado, apenas mais velho.

— Seu pai. – conclui em um sussurro.

— Sim, melhor nos vestirmos para aquentar o sermão.

 

Flash Back Off

 

— Emy? – senti a mão de Sebastian afagando meu rosto, o carro estacionado em sua garagem. – Achei que queria ser carregada pra cama. – ele diz sarcástico.

— Sabe que não é má idéia? – digo esticando meus braços como uma garotinha.

Sebastian sorri e sai do carro, dando a volta e vindo pro lado em que eu estava rapidamente ele abre a porta e me pega no colo. Começo a gargalhar.

— Seu desejo é uma ordem. – ele diz me fazendo rir alto.

— Pro quarto então! – ordeno maliciosa.

— Sim senhora! – ele retruca e começa a marchar como um soldadinho.

Eu sei que tirei a sorte grande em tê-lo só para mim.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??

Nem acredito que está no fim, estou cheia de saudades já.



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