O Amor da Lua escrita por Ryusth Lunyia


Capítulo 9
Ashkore


Notas iniciais do capítulo

Eita nois, são 00:09 e eu aqui postando capítulo! Kkkkkkkk
Eu sei que demorei um pouco, mas foi porque... Bom na verdade eu não sei bem porque, acho que perdi um pouco a noção de tempo :p
Mas aqui está o capítulo, e leiam as notas finais, eu tenho notícias para dar!
Ah! E eu espero que os links tenham funcionado, a Ritsuka me avisou que o link anterior não estava funcionando por isso eu os atualizei, espero que tenha dado tudo certo. :3 ♥
Enfim, boa leitura! ^^



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   A noite caia de forma vagarosa, o dia se passara quase se arrastando. A grande maioria do QG sequer estava raciocinando, muitos ainda estavam sob efeito do álcool da noite anterior. Poucos haviam conseguido sair de suas camas para trabalhar hoje, Valkyon se orgulhava por fazer parte dessa minoria. Contudo, com até mesmo sua líder sofrendo de ressaca o dia fora mais uma folga.

   Após terminar de ajeitar as armas da forja ele seguia para o jardim onde Eclaire estava e ficava alguns minutos conversando com ela.

   - Bom eu já estou indo dormir, você vem? – ele questionava a olhando de canto.

   - Não se preocupe logo eu vou. – ele assente e segue para seu quarto. Assim que se encontra sozinha ela solta uma risada se lembrando de quando Valkyon a havia descoberto em seu quarto.

 

 

   O faeliano revirava na cama, os pesadelos de como havia chegado na guarda ainda o assombravam de noite. Agora outros fatores se juntavam aos seus pesadelos.Os humanos.

   Odiava o fato de até em seus sonhos eles estarem presentes, sentia raiva, e essa raiva se transformava em medo e noites mal dormidas, criando um ciclo. Por vezes em meio de seus sonhos ele sentia um calor lhe invadir e tudo parecia ir embora. Gostava dessa sensação, ela o acalmava e espantava os pesadelos para que pudesse descansar o suficiente para o dia seguinte.

   Aquela noite era mais uma que revirava na cama, encharcado de suor e com a respiração descompassada. Ele sentia novamente ao meio da turbulência de sua mente o afago que lhe confortava, mas dessa vez não estava sendo o suficiente. Valkyon acorda num pulo e sufocando um grito em sua garganta ele arregalava os olhos enquanto seus olhos focavam a pessoa que estava a sua frente.

   - Você estava tendo pesadelos de novo. – Eclaire ainda com a mão nos cabelos albinos dizia um tanto preocupada.

   - O que está fazendo no meu quarto? – ele perguntava ríspido.

   - Eu fico aqui com você toda noite. Ainda mais depois que começou a ter pesadelos frequentes.

   - O QUE?! – ele se encolhia na cama, principalmente ao se lembrar que estava sem roupa alguma. Se entrassem ali e vissem tal cena pensariam milhares de coisas erradas.

   - Sempre que eu afago seu cabelo você parece se acalmar. Com o que você sonha? – ela sorria minimamente tentando acalma-lo.

   - V-Você não deveria ficar aqui... – ele dava uma pausa raciocinando as falas anteriores da garota. – Espera você disse que fica aqui todas as noites?

   - Sim.

   - Desde quando?

   - Hm... – ela tentava a todo custo se lembrar do período exato em que começara a ficar no quarto do rapaz, mas simplesmente nada lhe vinha a mente. – Eu não sei, já tem tanto tempo...

   - Não faça mais isso! Eu preciso do meu espaço!

   - Tudo bem então. – ela sorria saindo do quarto do mesmo modo que entrara.

   Valkyon solta um suspiro aliviado, cansado e um pouco desapontado do jeito com que falara com a garota, porém ele tinha razão, precisava de seu espaço. Tentava voltar a dormir com todas as forças, o sono apenas não lhe vinha. Passara o resto da noite em claro, e devia confessar que fora a noite mais longa de sua vida.

   Durante o dia ignorava o cansaço, tinha certeza que na noite seguinte conseguiria dormir melhor. Era o que ele queria, mas estava completamente errado. Durante uma semana estava praticamente sem dormir. Quando conseguia era pelo extremo cansaço que o derrubava.

   Era a oitava noite que estava sem pregar os olhos, enfim depois de muita insistência ele adormecia. Como praguejava sua vida, preferiria ter ficado sofrendo com a falta de sono. Os pesadelos estavam piores que os da última vez.

   Acordara aos prantos e mais uma vez tinha Eclaire lhe mirando com um olhar preocupado. Depois de se situar ele percebia que sua mão estava segurando firme a dela e em seus cabelos seus dedos se emaranhavam nos fios brancos. Ele tentava a todo custo normalizar sua respiração que estava quase tão bagunçada quanto sua mente.

   - O que está fazendo aqui? – ele perguntava.

   - Você estava gritando, até mesmo Nevra ficou preocupado e tentou entrar. Ele só não o fez porque sua porta estava trancada, então ele me mandou entrar como eu geralmente fazia.

   Ele se mantinha em silêncio, os olhos fechados para que pudesse acalmar-se.

   - Quer que eu saia para que possa voltar a dormir? – o silêncio permanecia. Eclaire não sabia muito bem o que fazer, mas como já averiguara que eram apenas pesadelos ela imaginaria que deveria sair para deixá-lo em paz.

   Ela estava enganada, no mesmo instante que tenta sair de perto do faeliano ele segura ainda mais firme sua mão esquerda e segura seu pulso direito abrindo os olhos como se suplicasse.

   - Fique... Por favor... – o rubor em sua face era evidente. Ela apenas sorria e assente dizendo que apenas avisaria Nevra de sua situação e retornaria.

   Quando retorna ela se senta na beirada da cama se escorando na cabeceira. Ele a rodeia com seus braços e se escora pouco a cima de seus peitos. Suas pálpebras pareciam pesar toneladas, o sono lhe consumia como nunca.

   O sol entrava pela janela chegando até o rosto de Valkyon,o fazendo despertar. Uma noite tranquila, sem pesadelos ou insônia.

   - Bom dia. – a garota permanecia na mesma posição de quando havia ido dormir e permanecia acariciando sua cabeça.

   - Bom dia. – ele a respondia sorrindo tranquilo.

   Naquele mesmo instante percebia que não conseguia mais dormir sem a presença da garota, havia se acostumado com ela lhe “vigiando”, mesmo que inconscientemente.

   - Eclaire. – ele chamava.

   - Diga.

   - Pode voltar a dormir comigo? – ela se surpreendia com o pedido. Deixava seus olhos se arregalarem, como se não tivesse controle sobre eles.

   - Mas você disse-

   - Eu sei, mas... Eu não consigo mais dormir sem você comigo. – ele fazia uma pequena pausa, seu rosto estava em chamas por causa da vergonha que sentia em ter que fazer um pedido desses. – Então você pode voltar a ao menos ficar no quarto comigo?

   - Claro. – ela sorria.

 

      Ela sorria ao se lembrar de tudo o que havia passado com ele, ainda mais essa lembrança que adorava. Um barulho por de trás das árvores do jardim a tirava de seus pensamentos.

   - Ashkore?

   - Há quanto tempo minha cara. – ele abria os braços para receber o abraço que a loira corria para dar.

   - Senti saudades. – ela afundava o rosto em seu peito, enquanto ele penteava os fios loiros com os dedos.

   - Eu também.

   - Por onde andou? Faz meses que não vem me ver. – ele tirava a máscara e depositava um beijo na testa da garota que insistia em “encará-lo”.

   - Eu estive ocupado com algumas coisas... E também está difícil entrar no QG com tantas pessoas. – ele fazia uma pausa sem se desvencilhar dela. – Por que você não vem embora comigo?

   - Ir embora? – ela se afastava ficando a alguns centímetros de distância.

   - Eu te levaria para um lugar melhor, longe dessas pessoas.

   - Mas as pessoas daqui não são ruins...

   - Você chegou pouco depois de tudo, é normal que não saiba de toda a história... – ele hesitava, parecia que não estava lhe contando tudo o que deveria.

   - Ash você fala como se eles fossem pessoas muito ruins.

   - Eclaire, minha querida, venha comigo, poderemos ficar juntos sem ninguém lhe machucar... De novo.— a última parte ele sussurrava, fazendo com que passasse despercebida pela garota a sua frente. Ele colocava as mãos no rosto da garota para poder a encará-la nos olhos.

   - Mas... – ela para de falar quando ouve passos se aproximando de si. Em questão de segundos “Ashkore” já havia sumido diante de seus olhos.

   - Eclaire? –Leiftan parecia surpreso por encontrar a pequena de frente para a cerejeira aquela hora, normalmente ela estaria com Valkyon.

   - Leiftan. – ela sorria deixando para trás tudo o que Ashkore havia lhe dito há pouco tempo. – Achei que já estaria dormindo.

   - Decidi vir dar uma volta antes de dormir.

   - É verdade que o irmão Leif gosta de passeios noturnos. – ela sorria largo enquanto que sua companhia ria.

   - Você tem uma boa memória. – uma pequena pausa. – Não demore muito, ou pode pegar um resfriado.

   - Tudo bem. – ele se aproximava e lhe depositava um beijo sereno na testa a desejando um “boa noite”. Eclaire sabia que Ashkore ainda estava lá, a observando.

   Mirando sua cabeça para a direção que ele se encontrava ela mexe os lábios o desejando boa noite e indo para o quarto de Valkyon em seguida. Ela tinha certeza que ela poderia vê-la, mas ela ainda se perguntava por que ele não confiava no QG.

   - Você demorou hoje... – Valkyon sonolento dizia para Eclaire que entrava no quarto pensativa.

   - Desculpe. – o sorriso habitual continuava lá apesar dos pensamentos confusos. Já deitada com Valkyon ela fechava seus olhos enquanto pensava em várias coisas.

   Um estrondo do lado de fora do quarto faz com que ambos se levantem abruptamente. O faeliano a encarava como se ela obtivesse a resposta daquele som.

   - Veio da sala de alquimia. – Eclaire balbuciava. Outro estrondo, não seria necessário mais um para que saíssem correndo.

   Em segundos estavam de frente para a sala de alquimia que estava destruída. Seguido deles chegaram Nevra, Miiko, Ezarel e Leiftan. Pouco depois Astaroth e Rosemary também chegavam o local e tentavam evitar que o restante do pessoal se aproximasse, se fosse algo grave pelo menos Miiko teria espaço para decidir o que fazer com o líder da Absinto.

   - Bem vindos a batalha! Torça para que a sorte esteja ao seu lado Reluzente! – Miiko lia a mensagem deixada com sangue nas paredes. Ela franzia o cenho e apertava sua mão em punho com força. Reconhecia a marca deixada como assinatura. – MALDITOS HUMANOS! – ela gritava.

   - Esses Illuminatis vão dar mais trabalho do que pensamos. - Cassandra analizava a mensagem deixada com seriedade, tinham que tomar cuidado agora que seus inimigos sabiam sua localização.

   - Miiko, temos que rever nossas estratégias. – Leiftan a aconselhava, soando mais como uma ordem.

   - EU QUERO OS TRÊS LÍDERES NA SALA DO CRISTAL IMEDIATAMENTE! – ela se virava para a multidão que se encontrava na porta na antiga sala de alquimia. – O RESTANTE RETORNE AOS SEUS QUARTOS, E NÃO SAIAM ATÉ A SEGUNDA ORDEM!

   Ninguém ousou contrariá-la, sabiam que quando ela estava nervosa era uma péssima ideia confrontá-la, ainda mais agora se tratando de um assunto tão delicado. Valkyon começava a andar para seu quarto quando se da conta que não estava acompanhado.

   - Algum problema Valkyon? – Astaroth perguntava.

   - Onde está Eclaire? – o azulado arregalava os olhos e a procurava em volta. Ambos constatavam que ela não estava entre eles, e ela com certeza não iria para o quarto sem avisar Valkyon. Então, onde ela estaria?

   Correndo a toda velocidade a garota se encontrava a caminho do portão para o exterior do QG. Ela berrava o nome de um conhecido, tinha certeza que ele estava ali, conseguia ouvi-lo.

   - Eu prefiro quando me chama de Ashkore. – um sorriso de alívio toma conta de seus lábios quando ela constata que ele esta bem. Ela o abraça forte, como se sua vida dependesse daquilo.

   - Eu fiquei preocupada.

   - Com o que?

   - O QG foi atacado pelos Illuminatis, pensei que poderia ter acontecido alguma coisa com você.

   - Não se preocupe, eu estou bem. – som tom era calmo e confortante, mas por detrás da máscara um sorriso diabólico surgia. Ele via como a oportunidade perfeita para também fazer seu ataque ao QG, fazer Miiko pagar por tudo que lhe havia feito.

   - ECLAIRE! – ela escutava seu nome ser chamado ao longe, e aquela voz era inconfundível. O dono da voz era como um pai para ela.

   - Eu tenho que ir. – ela sorria amarelo enquanto se afastava devagar.

   - Se cuide, minha querida. – ela assentia com a cabeça.

   Não demorou muito para que se encontrasse com aquele que a chamava desesperadamente.

   - Eclaire onde você estava? – furioso ela se agachava para ficar a altura da garota.

   - Eu pensei ter ouvido alguém vindo para fora do QG...

   - E você encontrou alguém? – ela balança a cabeça negativamente se desculpando. – Tudo bem, ao menos você não se machucou. Agora vamos voltar correndo, fique no quarto com o Valkyon até que a situação se acalme.

   - Certo.

 

 

 

(...)

 

 

 

   - EU NÃO VOU ACEITAR ISSO! – Miiko batia seu cajado no chão com tanta força que todos ali presentes acreditavam que o chão se partiria ao meio.

   - Devemos nos proteger melhor e traçarmos um plano de contra-ataque. – Astaroth concluía por si.

   - Não acredito que iniciar um contra-ataque com um inimigo que ainda está nas sombras seja uma boa ideia. – Leiftan o alertava.

   - Mas não podemos ficar de braços cruzados sem fazer nada! – o elfo estava tão impaciente quanto a raposa.

   - Ezarel, pense com calma, se atacarmos de qualquer jeito podemos sair mais prejudicados do que se ficarmos com braços cruzados. – Nevra impunha a situação com fatos. Era um dos poucos que estavam pacientes aquela altura.

   - Miiko o que devemos fazer? – todos a encaravam apreensivos.

   - Feche o QG, ninguém entra e ninguém sai. Formaremos um plano de ação e atacaremos. – ela fechava os olhos inspirando fundo e soltando todo o ar para logo em seguida encarar um por um nos olhos convicta. – A guerra contra os humanos está declarada!

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥
Bom a noticia que tenho para dar é que a história está chegando ao fim. :
Sim, eu não pretendo enrolar mais nela, até porque essa história era realmente pra ser curtinha.
Vejo vocês no próximo capítulo! o/



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