Cronicas da vida escrita por Danillo


Capítulo 3
A esperança


Notas iniciais do capítulo

Bom gente espero que gostem e comentem se gostarem deixem um ajudinha.
https://www.padrim.com.br/contosparahumanos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/738281/chapter/3

A terra engolia seus pés, a lama estava querendo devora-lo, a cada segundo era um momento que ele gostaria de desistir de tudo, mas por algum motivo algo o forçava a lutar. Suas pernas estavam surradas, doendo, sangrando... Ele permanecia lutando mesmo com o corpo exausto. Porque?

 

 

A vida não era boa em sua casa vazia, pequena e com poucos moveis, sua mulher o trocou por outro. Dizendo que gostaria de uma vida com mais riqueza, mais amor. Ele respondeu “Eu te dou isso e mais. “ O vazio das palavras dela deixo-o sem chão por tempos, “Não bastou”. Ela se foi para nunca mais voltar e levou seu único filho Eduardo.

Os dias são todos cinzas na cidade grande, o jornal sangra, a morte circula por todos os bairros, a esperança não se aproxima, Deus não olha e o diabo foge. A cidade do medo.  André persiste em sobreviver em meio a tudo isso.

No dia fatídico ele fugiu, correu o mais rápido na chuva, pensou em não parar mais, mas o tempo forçou isso acontecer, empurrado contra uma grande ladeira, seu carro despencou em um lamaçal, uma grande tormenta o castigava, não conseguia enxergar, o vento estava forte não parecia que iria parar. Ele ficou minutos no carro, pensando em por que sair. Qual seria o motivo de continuar sua vida?

Alguém realmente gostaria de viver a vida de André? Vazia, sem sentido algum, com poucos sentimentos, visando apenas o lucro, nem seu filho o quer por perto. Se viver já um fardo não podemos nos entregar a morte, ela só deseja os felizes.

Um galho voou acertou seu carro, estourou o único vidro que não havia quebrado, ele se agachou se protegeu, como se quisesse que tudo aquilo acabasse, mas o que ele seria se desistisse? Fraco?

Ele não queria ser fraco, mas mesmo a pessoa mais forte não viveria um ano como ele. Com os olhos fechados e os cortes iniciando a dor. O sol aqueceu sua testa, a esperança olhava para ele do alto da colina, ela carregava os olhos com tristeza e cabelos escuros. Ele não viu, mas pode sentir. Devo ser melhor que ontem, mesmo que seja em como me levantar.

Então sem pensar mais ele caminhou para fora. Lutando contra o vento e o desejo de ficar. O frio entrava e seus ossos estava tudo tão difícil, mas ele conseguiu chegar a um bar.

No hospital Eduardo foi visita-lo, “Me perdoa por não ter estado com você, por não ter ficado” André não conseguiu responder. Pode derramar uma lágrima, aquele seu último segundo de vida significou mais que toda sua vida, valeu lutar até o final.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cronicas da vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.