O Cara dos Meus Sonhos! escrita por Lillypad


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oie, desculpa a demora para postar, mas minhas aulas começaram então até eu me organizar vai demorar uns dias, peço desculpas desde já kkk e para compensar esse capítulo ta bem grandinho.



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Meu apartamento era uma porcaria, além de ser pequeno, está localizado num bairro horrível e ainda por cima não tem uma porcaria de um elevador. Descer quatro andares de salto alto não é lá meu hobby favorito.

 

Cheguei no térreo ofegante, cumprimentei a Sra. Shuter que passeava com seu cachorrinho. Antes de chegar na calçada sinto meu sapato esmagando algo no chão, olhei para baixo e vi meu lindo sapatinho de boneca esmagando um pequeno monte de coco.

 

Arregalei os olhos.

 

—Você só pode estar de brincadeira comigo? - reclamei para o mundo, esfreguei meu sapato rapidamente no gramado a fim de tirar o excesso de coco.

 

Não acredito que pisei no coco.

 

Agora to fedendo a coco. Como vou num restaurante chique fedendo a coco?

 

Se o destino acha que vai me convencer a não ir nesse encontro, ele está muito enganado. Levantei a cabeça e sorri indo em direção a rua para chamar um táxi.



—Boa noite, senhorita - o taxista cumprimentou, sorri educadamente - você está sentindo esse cheiro? - perguntou depois de alguns minutos.

 

—Cheiro? que cheiro? - perguntei olhando ao redor.

 

—De coco - ele fez uma careta e cheirou suas axilas - não sou eu, tomei banho hoje.



—Não estou sentindo nenhum cheiro, provavelmente passamos por um bueiro entupido. - mexi na minha bolsa tentando não dar atenção ao taxista que parecia disposto a achar o autor do cheiro.

 

—Pode ser, ou a senhorita pisou no coco - ele me olhou e levantou ao sobrancelhas como se me investigasse, engoli em seco e sorri amarelo.

 

—Não, com toda certeza não pisei - ele me olhou atentamente antes de avisar que chegamos em nosso destino, paguei ele e saiu rapidamente para longe do seu olhar acusador.

 

O restaurante ficava num bairro chique da cidade, entrei no restaurante dando de cara com um local aconchegante, o hall tinha dois sofás de um lugar e logo ao lado tinha uma moça de frente para uma mesinha. Ela sorriu educada assim que parei em sua frente.

 

—Olá, boa noite, reserva? - olhei em volta vendo as várias mesas preenchidas, todas as pessoas vestidas elegantemente enquanto bebiam champanhe. Que chiqueza.

 

—Bom noite, acho que tem uma reserva no nome de Luke Brandon - falei dando uma olhadela na lista de reservas que estava em sua mão, ela passou os olhos e sorriu ao ver o nome do meu futuro marido.

—Sim, Sr. Brandon já chegou, me acompanhe, por favor - ela sorriu novamente. para que tanto sorrisos? ela parou do lado de uma mesa perto da janela e mais afastada. Luke se levantou e sorriu para mim.

 

Ele estava lindo.

 

Usando um terno cinza, diria que era terno de velho, mas nele ficava maravilhoso.

 

—Poppy - Me cumprimentou e logo puxou a cadeira para mim sentar. Que cavalheirismo Ele sentou na minha frente. - Você está linda.

 

—Obrigado. - ele fez uma careta.

 

—Nossa, que cheiro é esse? - perguntou olhando em volta. Ah, não acredito, mas um, o cheiro nem estava assim tão forte, eu esperava, por que talvez meu nariz já tenha se acostumado com o cheiro de pobre do meu sapato.

 

—Não estou sentindo nada - falei agindo normalmente, peguei o menu e passei os olhos pela letras pequenas e elegantes, percebi que os nomes dos pratos eram nomes de países.

 

—Então Poppy, o que gostaria de tomar? - Luke perguntou me olhando, o garçom bonitinho também me olhava, olhei novamente para o menu na parte das bebidas.

 

Ai, senhor, será que tinha coca-cola.

 

—Tem coca?

 

—Infelizmente não temos senhorita. - bufei e olhei rapidamente ao bebidas disponíveis.

 

—Se me permite, adoraria dividir um vinho com você - respirei fundo. Vinho é bom, vinho é aceitável, tendo em vista que só posso beber uma taça, se não ninguém me segura.

 

—Sim, pode ser - olhei novamente para o menu enquanto Luke conversava com o garçom. Que comida será que vinha se eu pedisse um Paris? Adorava Paris, nunca fui lá, mas ao imagens na internet me diziam que eram um máximo. México deve ser uma comida mas apimentada. Itália deve ser macarrão.Ai, senhor me ajuda.

 

—Poppy - Luke me chamou - está tudo bem?  - acenei com a cabeça e sorri fechando o cardápio.

 

—Tudo ótimo, esse restaurante é lindo - olhei em volta vendo os casal conversarem entre si.

 

—Sim, não é meu favorito, mas gosto muito da comida - engoli em seco - o que pediremos?

 

—Paris? - falei, mas parecia mas uma pergunta, ele levantou as sobrancelhas e olhou o cardápio.

 

—Corajosa - Corajosa?porque o que vinha nesse prato, antes que pudesse trocar o pedido, Luke já estava conversando com o garçom.

 

—Corajosa porque? - finalmente perguntei.

 

—Você não tem ideia do que vem nesse prato, certo? - neguei com a cabeça - é polvo.

 

—Polvo? desde quando polvo é para comer? e porque polvo tem o nome de paris? - falei alto entrando em desespero, não quero comer polvo - ai, não quero comer isso, chama o garçom - virei para trás a procura do garçom.

 

—Não se preocupe, já troquei seu prato, pedi o prato mas conhecido para você, Italia, tem macarrão a bolonhesa.

 

—Ai, não sei como te agradecer, Luke, não quero nem imaginar como deve ser o gosto de polvo - fiz uma careta.

 

—Não precisa agradecer. - sorri educadamente. Até agora estava tudo dando certo. Tirando que pisei no coco e quase comi polvo. - Mas então, senhorita Poppy,não há encontrei mais na empresa.

 

—Sim, meu chefe me proibiu de fazer entregas - ele me olhou curioso - da outra vez eu fui fazer a entrega e não voltei pro trabalho, mas ele não entende sabe, que eu tinha um assunto que precisava tratar com extrema urgência com minha colega de quarto, vulgo minha melhor amiga.  -tagarelei, ele balançou a cabeça e sorriu.

 

—Parece-me uma excelente funcionária - sorri e concordei com a cabeça.

 

—Sou mesmo, trabalho para ele desde meus 20 anos, ele é amigo do meu pai então acho que tenho um emprego para o resto da minha vida - falei brincando.

 

—E você gostaria de trabalhar nisso pelo resto da sua vida?

 

—Por mais que ninguém acredite, eu amo cozinhar, não comidas salgadas, amo fazer doce, talvez um dia quando eu ganhar na mega-sena, consiga montar minha própria doceria - falei animada - já tenho até o nome, Doces da Poppy - bati palmas, ele sorriu.

 

—É um sonho adorável, senhorita, creio que irá conseguir e terei a honra de ir. - senhor, ele é muito educado.

 

—Obrigada - falei corando, falar sobre meu sonho de ter uma doceria me deixava extremamente animada e ter alguém que admirava esse sonho me deixava envergonhada.

 

—Você divide um apartamento? - puxou assunto.

 

—Sim, moro junto com minha melhor amiga, ela é linda, um mulherão, mulata de cabelos ondulados, mas ela vai se mudar com o noivo.



—Se ela não tivesse noivo, diria que você está apaixonada por ela - falou brincando.

 

—Teve uma época que achei que estava apaixonada por ela, mas dai ela me apresentou o namorado dela, então descobri de gosto de homem depois de ver aquele negro. - negro delícia, mas ele não precisa saber desse pequeno detalhe, Luke sorriu minimamente.

 

—Fico feliz - falou olhando em meus olhos.Rolou um clima. Rolou um clima, acho que hoje ele me beija.Nossos pratos chegam e nos deliciamos por alguns minutos.

 

—E você o que faz naquele prédio cheio de engravatado? - perguntei colocando uma garfada de macarrão na boca e sugando o macarrão jogando molho em minhas bochechas,Luke ficou me olhando e deu uma risada baixa.

 

—Engravatado? - perguntou rindo, dei de ombros e passei o guardanapo na bochecha, tirando o molho e minha base. - trabalho como vice-presidente da empresa - levantei a sobrancelha mostrando meu contentamento. Engravatado bonito, sexy e importante. - Meu pai é presidente e dono da empresa, mas lutei muito para ter um espaço dentro da empresa e demorei muito para chegar onde cheguei, muitos acham que não.

 

—Acredito em você, para ser vice-presidente tem que batalhar muito além que não deve ser nada  fácil, imagina quantos pepinos você tem que resolver - bebi um gole de vinho, ele confirmou  - não consigo resolver nem minha pessoal imagina cuidar de uma empresa - ri baixinho da minha desgraça.

 

—Você parece muito feliz no seu trabalho.

 

—Sou mesmo, adoro David, adoro  os clientes e adoro mais ainda o fato que posso usar minhas roupas para trabalhar. - apontei para meu vestido de bolinhas coloridas, ele riu e balançou a cabeça.

 

—Você tem um grande amor por roupas de bolinhas, estou certo?

 

—Certíssimo, ganhei esse vestido de Georgia - passei a mão por meu vestido - eles foram viajar e trouxeram para mim, foram viajar com uma tal de  Suelen  - revirei os olhos quando falei o nome da mulher que quase roubou meus melhores amigos.

 

—Ficou lindo em você - sorri agradecendo - mas mudando de assunto, porque seus pais não vieram com você pra cá?

 

—Porque aqueles cabeças duras não querem sair de lá, eles moram bem no interiorzinho, eles gostam de sossego - Luke me olhava demonstrando seu interesse no meu assunto. Ponto pro gatinho engravatado. - meus irmão queriam vir, mas eu não queria aqueles dois cabeça de vento perto de mim.

 

—Você tem dois irmão?

 

—Sim - revirei os olhos - para melhorar, são mais velhos, um tem 26 e o outro tem 30, já ta até casado - me inclinei em sua direção - você deve imaginar o que sofri né, dois irmãos mais velho e eu, eles junto com meu pai expulsaram alguns namorados da minha casa - ri lembrando da cena quando meu dois irmão e meu pai decidiram enxotar de casa meu namorado da época, porque ele me deu um selinho na frente da porta. Ainda bem que nunca descobriram o fazíamos longe deles.

 

—Imagino Senhorita, tenho uma irmã mais nova, deve ter a sua idade - ele levantou as sobrancelhas pensativo como se tentasse adivinhar minha idade.

 

—Tenho 24.

 

—Ela também.



—Qual o nome dela? - perguntei interessada, querendo saber mas sobre minha futura cunhadinha.

 

—Emily, ela é um amor, está fazendo faculdade de engenharia - me engasguei com o vinho. Engenharia? Deve ser uma nerdona - ela é uma garota bem tímida, quieta, sem muitos amigos.

 

—Somos parecidas então - ele me olhou com as sobrancelhas arqueadas. - que foi ? sou tímida.

 

—Com certeza - falou encerrando o assunto.



Claro que o desastre em pessoa aqui não poderia sair do restaurante sem antes esbarrar com o garçom e derrubar um prato cheio de macarrão no meu vestido novinho e no meu cabelo. Luke que no momento do acidente estava levantando veio correndo em minha direção.

 

—Poppy, você está bem? - perguntou preocupado. Eu? eu estou bem, mas meu vestido estava claramente detonado. Não acredito.

 

Olhei para meu vestido e depois para Luke, senti meus olhos lacrimejarem.



—Não chore, venha - ele gentilmente tirou alguns fiapos de macarrão do meu cabelo e me puxou pela mão. Meu showzinho atraiu a atenção de todos os clientes que me olhavam rindo e alguns com pena. - não precisa ficar assim, quase ninguém viu. - ele acha que estou preocupada com minha reputação de cliente desastrada? coitado.

 

—Não estou preocupada com isso, meu vestido novinho, ele era tão lindo, não vivemos tantas aventuras como eu queria, mas vou conseguir te consertar e vamos nos aventurar muito ainda- Luke me olhava escondendo um sorriso enquanto eu conversava com meu vestido, acariciei ele  e funguei.

 

—Seria muito rude dizer que você fica encantadora até com macarrão no cabelo? - falou galanteador enquanto tirava mas um fiapo de macarrão. Nossa, quantos tinham ainda?. Sorri animada e puxei seu rosto em minha direção colando nossos lábios.

 

Como peguei Luke de surpresa, achei que ele não ia corresponder, mas para minha feliz surpresa, ele abriu mas os lábios dando inicio um beijo avassalador e com gosto de molho de tomate.


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Notas finais do capítulo

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