O Cara dos Meus Sonhos! escrita por Lillypad


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oieee,Esse ta grandão, hahaha



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/738170/chapter/6

Depois daquele dia que Luke conversou comigo no elevador por 5 segundos, nunca mais fui até na empresa, David estava indo ele mesmo fazer ao entregas, pois ele achou estranho eu estar tão animada para ir no prédio que tanto falava mal, ele disse que provavelmente estava aprontando alguma coisa.

 

Que calúnia.

 

Só tô planejando casar com o dono do prédio, nada de mais.



—Georgia, estou com saudades - falei assim que ela atendeu o telefone.

 

—também estou Poppy - falou rindo, pude ouvir várias vozes ao fundo, algumas risadas femininas, o que fez meu ciúme acordar.

 

—Quem está ai com você? achou uma amiga nova? vai me trocar agora? - falei ácida, mas ao mesmo tempo entristecida, ela gargalhou.

 

—Claro que não, Poppy, é só alguns casais que encontramos aqui no hotel - Georgia e Charlie tinham viajado para o Canadá, para um evento para decorações, onde teriam cursos e um monte coisa chata, nem prestei atenção quando Georgia me explicou.

 

—Hum, Charlie já tá todo saidinho com alguma delas? - perguntei enciumada.

 

—Poppy, não né - Georgia ficou em silêncio e depois ouvi a voz grave de Charlie - Georgia e você são ao duas mulheres da minha vida e também a minha mãe e a Suelen que conhecemos no aeroporto. Apenas vocês.

 

—Suele? que suelen? - ouvi as gargalhadas dos dois, bufei ficando irritada.

 

—Nem eu sou tão ciumenta assim, Poppy, vai tentar se dar bem com o cara dos seus sonhos.

 

—Ah nem te contei que alguns dias atrás encontrei com ele no elevador de novo, tivemos uma papo agradável de 10 segundos e melhor ele lembrou de mim. - falei feliz.

 

—Também com ao roupas que tu vai pro trabalho é impossível você passar despercebida - Geórgia acabou com meu alto astral.

 

—Não gostei, achei ofensivo - comentei arrancando mais uma gargalhada de Geo.

 

—Tenho que desligar, Elize vai nós levar para uma balada, tchau.

 

—Georgia, quem é Elize? Georgia, GEORGIA - a cachorra desligou na minha cara, juntei a paciência que restou e fui fazer uma pipoca e colocar minhas séries em dia enquanto guardava minha tristeza num baú a sete chaves dentro do meu coração.

 

O dia sem Georgia e Charlie eram tão chatos, monótonos e tristes. Não gostava de me sentir tristeza, acho que ninguém gosta, mas hoje estou me sentindo assim solitária. Isso que dá ter poucos amigos. Quando estava quase me afundando em lágrimas, senti meu celular vibrando. Era uma mensagem. Da Jéssica. o que ela quer, provavelmente esfregar na minha cara o quanto maravilhosa ela é.

 

“Oi Poppy, soube que Georgia viajou, você quer ir a uma balada comigo e com Adam hoje? sei que você não gosta de ficar sozinha, beijos xoxo”

 

“Oi Jess, estou sozinha e abandonada, mas ficarei em casa hoje, não tenho roupa de balada a não ser que seja temática, haha estou bem, obrigada pelo convite!

 

Viu, eu sei responder educadamente e parecer uma pessoa normal e culta.

 

Para não ficar trancada no apartamento o dia inteiro, decide fazer um piquenique no parque. Peguei uma cesta de vimi, enchi de comida, morangos, uvas, chocolate, sucos e mas algumas guloseimas que encontrei no armário. Coloquei uma bermudinha jeans, uma regata preta e meu tênis roxo com desenho de unicórnios. Estava vestindo uma roupa normal para  demonstrar o estado do meu espírito, triste.

 

Peguei meu fusquinha, sim, não havia falado antes, mas eu tinha um fusca que só usava raríssimas vezes, pois nunca tinha dinheiro para gasolina. Meu fusca era verde limão, bem lindo, todos ficavam olhando quando eu passava. E não eu não tinha colocado um nome no meu carro. Ainda. Não achei um nome que se encaixasse no meu amorzinho.

 

Dirigi até o estacionamento do parque, deixei meu fusqueta lá e tentei achar um local com sombra, achei um espaço embaixo de uma árvore. Me joguei ali encostando minha costas no tronco. Tão sozinha.

 

Abri a toalha vermelha e comecei a colocar minhas guloseimas ali em cima. Passei um morango no chocolate e mordi. Que vida monótona, isso não combina em nada comigo. Minha carência e tristeza era tão grande que comi quase tudo que havia trazido. Com a barriga estufada, deitei olhando as nuvens, não sei quanto tempo fiquei olhando para o céu, só sei que dormi.

 

Acordei dando de cara com um céu azul. Nossa, dormi no parque, bem minha cara mesmo só falta eu ser assaltada. Coitado do assaltante, capaz de ter que ajudar ele para achar dinheiro.

 

    Esse céu tão limpo, esse passáros voando, essa calmaria maravilhosa. Coloquei meu braço na testa.

 

—Isso é um tédio - gemi, eu não me encaixava com calmaria, adorava uma boa agitação. Olhei para lado em direção as minhas guloseimas e foi quando eu vi a carreira de formiga que se formava na toalha perto do meu corpo. Olhei para minha pernas e vi algumas perdidas ali pelo meio, levantei correndo e comecei a me bater - sai sai sai sai, ai ai - passei minhas mãos pelo braço, pelas pernas, pela barriga, bunda a fim de tirar qualquer vestígio de formiga. - ai não acredito, meu sanduichinho de queijo - olhei chocada para o sanduíche que descansava lindamente no meu potinho aberto azul e que agora estava sendo massacrado pelas formigas. Bati o pé inconformada, esse dia não podia piorar.

 

E piorou.

 

Senti alguém esbarrar em minhas costas com isso me desequilibrei e cai em cima da toalha cheia de formigas. Fique tombada no chão de cara para a toalha.

 

—Ah, me perdoe, não vi a senhorita- essa voz. Me levantei rapidamente e olhei para o homem em minha frente,usava uma bermuda de corrida, uma regata que colava em seu corpo, seus cabelos suados grudavam em sua testa, Luke. - Senhorita Poppy.

 

—Luke, oi - falei embasbacada, esse era o encontro que sonhei para nós dois, esse era para ser nosso primeiro encontro. Não comigo de cara numa toalha cheia de formiga, mas sim com meu cachorro scott. - Você tá correndo.

 

—Sim, as vezes eu corro no sábado, dar uma espairecida, ainda mas num dia tão lindo - falou olhando em volta, meus olhos estavam pregados em peito musculoso, brincadeira, ele não era musculoso, era magro, mas não tanto, não sei como explicar. Ele tinha um corpo normal. Não era um xuxuzinho. Era xuxuzão.

 

—Hum, eu estava fazendo um piquenique, mas rudemente interrompida - bufei.

 

—Me desculpe, não queria atrapalhar - o olhei confusa. Ah, meu deus, ele achava que ele tinha me interrompido.

 

—Não não era sobre você, estava falando sobre elas - apontei para as formigas que ainda subiam e desciam no meu sanduíche, olhei novamente para Luke. Ele sorriu.

 

— Companhia indesejada - afirmei com a cabeça e mordi meus lábios em sinal de nervosismo. Ué, nunca fiquei assim na frente de um cara. - você gostaria de tomar um sorvete comigo? - perguntou cortês. Afirmei com a cabeça e logo tratei de arrumar a sujeira da minha toalha. Embolei tudo e joguei na cesta.

 

—Podemos ir. - Fomos andando lentamente até o carrinho de sorvete. Acho que Luke não queria entrar em nenhum lugar, pois estava muito suado e cheiroso, o que era estranho. - Quero de chiclete. - Falei o senhor do carrinho, Luke se antecipou e pagou o homem antes de mim, ainda bem porque só tinha 5 dólares no bolso. -Você não parece o cara que toma sorvete em parques.

 

—Ah é, e você não parece uma moça que usa jeans - ri baixinho.

 

—Minha roupa de hoje é para mostrar como minha alma está, hoje ela está triste. - Olhei Luke lamber seu sorvete de Limão. Sorvete de Limão. Eu queria ser esse sorvete de Limão.

 

—Porque de Limão? - olhei confusa para ele - você disse que queria ser esse sorvete de limão - abri a boca surpresa, eu tinha falado em voz? eu tenho que pensar em outras coisas.

 

Eu gosto de pão. Ótimo.

 

—Sim, porque tá um dia quente e ser um sorvete ia esfriar - falei sorrindo largo. Eu falo cada besteira, mas pelo visto ele achou graça até deu uma risada. Ponto para mim. - Você tem um jeito de falar diferente, você é da onde?



—Falo tão diferente? - dei de ombros - sou da Inglaterra, mas precisamente de Liverpool.

 

—Uau, terra da rainha, você é um príncipe? - perguntei olhando esperançosa para ele.

 

—Sinto desapontá-la, mas não sou da família real - murchei e dei de ombros.

 

—Tudo bem.

 

—E você é daqui? - puxou assunto.

 

—Sou do Alabama, minha família toda mora lá, eles adoram, já eu preferido a movimentação de nova york. -

 

—Você parece mesmo uma moça muito agitada. - falou divertido. - posso perguntar o porquê das roupas diferentes?

 

—Geralmente eu visto para demonstrar como me sinto, colorido é quando estou feliz, o que no caso é quase sempre e preto - apontei para minha regata preta - é quando estou triste e entediada.

 

—E porque você está triste, se permite perguntar. - dei uma risadinha pelo seu jeito peculiar de falar.

 

—Minha melhor amiga que é minha colega de quarto decidiu viajar com o namorado sabe, para um curso de baboseira para decoradores, eles tem uma empresa e decoração e você não acredita, eles conheceram pessoas novas nessa viagem e me deixaram aqui, sozinha, jogada as traças, totalmente abandonada, à mercê da tristeza- coloquei minha mão no coração e fiz minha melhor cara de cachorrinho abandonado, Luke riu.



—Você é encantadoramente dramática - falou pegando seu guardanapo e limpando o canto da minha boca. Opa, rolou um clima, rolou um clima, vai para cima, Poppy.

 

Vai Poppy!

 

—hã, obrigada! - mordi os lábios e ficamos nos encarando até que sou arremessada para frente sendo amparada pelo peito de Luke - ai.

 

—Está tudo bem? se machucou? - olhei para trás e vimos um homem andando apressadamente até nós, ele estava suando e parecia preocupado.

 

—Desculpa moça, foi sem querer - falou pegando a bola de futebol e saiu correndo. Coloquei a mão na parte de trás da cabeça e soltei um muxoxo.

 

—Porque acho que esses acidentes são frequentes com a senhorita? - perguntou rindo, dei de ombros.

 

—É carma - ele afirmou com a cabeça.

 

—Preciso voltar para casa, tenho que viajar - concordei com a cabeça sentindo ela latejar com esse movimento - foi uma ótima conversa, Senhorita Poppy.

 

—Só Poppy.



—Poderia pegar seu telefone, só Poppy? - gargalhei com sua piadinha e anotei meu número em seu celular. Gravando meu nome como “Só Poppy”. - Bom, tenha um ótimo final de tarde - falou passando a mão nos cabelos e antes de pudesse falar algo, ele se inclinou e beijou minha bochecha.

 

—Tchau Luke - me despedi ainda abobada, ele se afastou e eu coloquei minha mão em cima da bochecha. - ele me beijou. - falei rindo - ele me beijou, aqui ó - falei para uma senhora que passava ali, ela revirou os olhos e continuou andando, suspirei demoradamente e sai quicando ate meu carro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Cara dos Meus Sonhos!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.