Somebody to Love escrita por Candy S


Capítulo 15
Capítulo 15




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* Flashback:

  Já faziam 3 anos que estávamos morando em Star City. Eu já estava terminando o ensino médio e tinha feito um único amigo. O nome dele era Tommy.

Tommy era o típico ''popular'' da escola. Cabelos castanhos, olhar doce, sorriso perfeito, alto, forte, bonito, todas as meninas babavam por ele, mas ele nunca ligou para isso. Já havia sido convidado para o time de futebol da escola 4 vezes, todas foram negadas. Ele não queria ser popular, ele apenas queria ser ele.

Tommy foi o primeiro a me estender a mão quando cheguei. No começo fui cautelosa, pois o que tinha acontecido em Masonville ainda me assombrava, mas no decorrer do tempo, eu fui abrindo a guarda. Tommy foi o meu melhor amigo durante esses três anos.

Era nosso último ano na escola e eu não tinha ideia da profissão que queria seguir. Tommy não, ele era a pessoa mais otimista que eu conhecia. Ele seria engenheiro. O maior engenheiro que Starling City conheceria, como ele mesmo dizia.

Tommy morava a dois quarteiros de mim, nós praticamente morávamos um na casa do outro. Um dia, nós fomos estudar na casa dele, não havia ninguém lá naquele dia. Ficamos na escada da varanda e entre uma explicação e outra, começamos a falar do futuro. Ele não acreditava que eu ainda não tinha escolhido uma profissão e me disse uma coisa que eu jamais esqueci.
— Talvez você ainda não saiba porque não procurou no lugar certo. E sabe qual o lugar certo? Dentro do coração! Nós só devemos fazer o que amamos, Daphne.

Essa frase foi o que me levou a escolher o jornalismo um ano depois. Mas, naquele mesmo dia, enquanto estávamos ali, falando sobre o futuro, fomos interrompidos. 

Alex estava na nossa frente, com uma arma apontada para mim.
— Eu disse que você era minha, não foi? Eu sempre vou te achar, Daphne, sempre!
— O que você tá fazendo aqui, Alex?

Tommy sabia de Alex, por isso ao ouvir o nome, pegou a minha mão e apertou forte, tentando me acalmar.

Alex notou.
— Eu vim te buscar, você é minha, lembra?
— Eu não vou com você! Você... é louco...

Alex coçou a cabeça com a arma.
— Então é isso? Você me trocou por ele? Por esse... merdinha?

Alex estava visivelmente alterado. Eu estava com muito medo.
— Olha só, cara - Tommy disse. - é melhor você ir embora.
— Eu não vou embora, sabe por que? Porque se ela não for minha, não vai ser de mais ninguém.

Alex apontou a arma em minha direção.

Tommy se colocou na minha frente, e no mesmo instante, Alex disparou a arma.

O tiro atingiu o peito de Tommy, que caiu no chão. Logo em seguida, Alex se aproximou e me puxou pelo cabelo.
— Isso é o que vai acontecer com qualquer homem que se envolver você, entendeu? 
— Você é um monstro, seu cretino! - disse chorando e gritando.

Eu via a raiva nos olhos dele.

Ele me pôs de joelhos, Tommy estava deitado ao meus pés, perdendo muito sangue. Alex colocou a arma na minha cabeça, mas antes que pudesse atirar, ele foi rendido por um policial que morava naquela rua e havia escutado o barulho do tiro. 

No mesmo instante que isso aconteceu, me joguei em cima de Tommy, ele não conseguia respirar direito. Minha roupa já estava suja de sangue, eu olhava para ele com desespero, não sabia o que fazer.
— Vai ficar tudo bem, ok.

Ele queria falar algo.
— Não fala nada, Tommy, você vai piorar. - disse chorando.
— Daphne - ele segurou a minha mão, e mesmo com dificuldade continuou - Eu te amo. Desde a primeira vez que eu te vi.
— Não, Tommy, por favor!
— Eu te amo...
— Não, não, não... - eu dizia chorando. - Tommy, olha pra mim.

Tommy não conseguiu mais falar. Ele morreu ali, nos meus braços. E suas últimas palavras foram eu te amo...

* Presente:

Iris parecia surpresa com a história.
— Eu não imaginava que Tommy pudesse ser apaixonado por mim. Para mim, nós éramos apenas amigo. Eu me senti muito culpada, Iris. Tommy era tão feliz, raras vezes eu o vi triste. - as lágrimas corriam pelo meu rosto. - Ele não merecia morrer. E tudo aconteceu por minha causa, porque eu me envolvi com Alex, porque Tommy era o meu amigo, porque estava no dia e  na hora errada comigo, aquele tiro era para mim e não para ele.
— Daphne, a culpa não foi sua! Esse Alex que é um louco, psicopata. Não se sinta culpada por uma culpa que não é sua. - Iris disse tentando me ajudar. - E o que aconteceu com o Alex?
— Ele foi preso. Mas a alguns dias Felicity ligou, disse que ele fugiu da prisão.
— Então é por isso que você terminou com o Barry? Quer proteger ele.
— Quando eu conheci o Barry, eu tive medo de me envolver por causa do Alex, mas eu não consegui, Iris. Barry me fez sentir algo muito forte. E como o Alex estava preso, eu vi que não havia perigo. Só que o Barry começou a ficar estranho, eu senti que estava mentindo para mim e lembrei que o Alex mentiu para mim no começo também. Mas, com a ajuda do meu pai, ele me fez perceber que nem todo mundo é igual ao Alex. Depois disso, eu e o Barry ficamos bem, nós conversamos sobre o que estava acontecendo... Enfim, mas agora é diferente, Iris. Não é mais por causa dos nossos desentendimentos. Eu não posso ficar com o Barry com o Alex solto por aí. É perigoso para ele.
— Daphne, o Barry sabe se cuidar muito bem. E o Alex nem imagina onde você mora agora, talvez ele ainda nem saiba que você se mudou.
— Não posso correr esse risco, ele já me achou uma vez. Eu já perdi o Tommy, não posso perder o Barry também. Eu o amo, Iris, e é por isso que preciso fazer o que é melhor para ele, mesmo que seja o mantendo longe de mim.
— Daphne, você... - Iris foi interrompida pelo seu celular. - É o meu pai, eu preciso ir.

Iris foi embora, e após tomar meu café, também fui.

A rua estava escura e sem movimento naquele dia. Fui andando em direção ao meu carro, quando alguém pôs a mão no meu ombro, junto com uma arma em minha cabeça. Por um momento achei que Alex havia me encontrado, mas era um ladrão.
— Passa a bolsa e as chaves do carro. 

Estava assustada demais, a culpa não era minha se eu não conseguia me mexer. Ele achando que eu estava hesitando, me jogou contra uma parede, apontando a arma.
— A bolsa e as chaves. Agora!

Antes que eu pudesse entregar, um raio vermelho passou por nós. Em um segundo, o homem que me apontava a arma não estava mais ali. Novamente, um raio vermelho passou por mim, dessa vez parando em minha frente.
— Você está bem?
— Sim, eu acho...

Nos olhamos por alguns instantes. Gostaria muito de saber quem estava por baixo daquela máscara.

Dei um passo a frente, e instintivamente, ele deu um para trás.
— Obrigada por me salvar. De novo. - dei um sorriso. - Espero que um dia eu possa conhece-lo. Sem a máscara, claro.

Parecia que ele ia falar algo, lutava com as palavras que não saiam, mas apenas disse:
— Quem sabe algum dia... Mas agora preciso ir.
— Sim, sim. Claro!

Flash saiu correndo pela rua, apenas deixando o seu rastro. Eu admirava o herói que ela era.


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