Aconteceu escrita por Alanna Drumond


Capítulo 74
Capítulo 74




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Enquanto Rafael me beijava eu trabalhava nos botões da camisa social preta que ele usava. Quando ele finalmente estava sem ela, eu explorei com as mãos cada pedacinho do peitoral largo e musculoso que ele tinha. Ele tirou a minha blusa lentamente e beijou cada parte do meu corpo que estava descoberta. Passou as mãos pelas minhas costas sob o meu sutiã e então bufou.

— Cadê o fecho dessa droga?
— Tá na frente – eu disse rindo, mas eu mesma o abri e joguei o sutiã por cima do sofá.
— Bem melhor.

Ainda por cima de mim, Rafael me beijou abraçando meu corpo, de modo que meus seios eram pressionados pelo largo peitoral dele. Esse contato o fez gemer em minha boca e eu ergui o meu quadril, literalmente me esfregando nele. Eu o queria para mim para sempre, eu o queria em mim para sempre.

Rafael libertou minha boca e desceu uma trilha de beijos até o meu seio direito e começou a massagear o esquerdo. Enquanto dava leves beliscões em um, mordiscava a pele sensível do outro. Enquanto apalpava um, chupava o outro. Invertia o processo e repetia tudo novamente. Ele desceu os beijos pela minha barriga e abriu os botões do meu short o removendo do meu corpo.

— Você tem noção do quanto você é linda? – disse enquanto beijava a parte interna da minha coxa me fazendo suspirar.

Rafael fazia com que eu me sentisse mais mulher, mais desejada. Ele tinha o poder de fazer com que eu me sentisse única. E isso era tão bom. Ninguém nunca me tocou do jeito que ele  me tocava. Ninguém nunca me amou do jeito que ele me amava. Com ele não era só sexo. Era mais.

Antes de Rafael eu não sabia nada sobre o que é se sentir plenamente satisfeita. Com Gustavo eu nunca fui prioridade. Ele sempre pensava em si próprio, nas próprias vontades, nos próprios desejos, no próprio prazer. Eu não sabia o que era ter um orgasmo. Aprendi com Rafael. Às vezes eu tinha a sensação de que ele sentia prazer apenas por me proporcionar prazer. Ele se preocupava comigo, queria que eu me sentisse bem e eu percebia isso em cada toque, em cada olhar, em cada sensação nova que ele provocava.

— Prometo que te dou uma nova de presente – ele disse, e eu abri meus olhos que eu nem tinha percebido que estavam fechados.

Antes mesmo que eu pudesse responder, a fina calcinha se rasgou no meu corpo e gemi muito alto pela surpresa. Ele me beijou, no lugar onde só ele havia beijado. Me beijou tão intensamente que eu fui parar em outra dimensão. Que maravilhas ele fez ali.

— Raf...ael – eu disse ou tentei dizer.
— “Rafael, pare” ou “Rafael, mais”? – disse ele. Pude sentir o seu sorriso contra a minha pele.
— Mais, por favor. – eu disse sorrindo mesmo que ele não pudesse ver.
— Seu desejo é uma ordem minha princesa. – disse ele com a voz rouca. Eu não sei por que, mas a forma carinhosa como ele disse essa frase me tocou tão profundamente que eu me emocionei.

Eu pedi e ele me deu mais. Muito mais. Muito mais do que eu sonhei em ter. Eu não sei em que momento eu atingi o clímax, mas quando Rafael me beijou, pude sentir o meu gosto em sua boca. Levei minhas mãos para a calça dele e a tirei, junto com a cueca. Ouvi o barulho da abertura do preservativo e em questão de segundos eu senti Rafael em mim. Me preenchendo, me completando. Ele entrelaçou nossos dedos no alto da minha cabeça, e encostou sua testa na minha. Ele se movia, alternando os movimentos. Ora lentos demais, demostrando todo o seu amor e cuidado. Ora rápidos e intensos demais, me fazendo perder a noção da realidade.

Independentemente da forma como ele se movia, seus olhos verdes, que agora estavam muito escuros pelo desejo e prazer que sentia, estavam vidrados nos meus. Eu não conseguia desviar o olhar. Aquela era uma conexão muito maior, muito mais forte do que a união dos nossos corpos. Era inexplicável, era única e era nossa. Chegamos ao orgasmo juntos e mesmo depois que tudo acabou, aqueles olhos verdes ainda estavam lá.

O peso do corpo dele sobre o meu era demais pra mim, mas eu não queria que ele movesse um único musculo. Eu queria que ele continuasse ali, dentro de mim, com as nossas mãos entrelaçadas e com os olhos conectados a mim. Eu o queria ali para sempre.

— Treinamento concluído com sucesso – eu disse e então ele soltou uma das mãos e levou ao meu rosto.

Quando ele olhou para a minha boca, eu achei que a conexão entre nossos olhos havia se perdido. Mas quando ele me beijou eu ainda a senti, ainda mais forte, ainda mais intensa, ainda mais nossa.

— Foi só o primeiro da noite. – ele sussurrou quando libertou meus lábios por míseros segundos antes de me beijar de novo.

Ele ainda estava dentro de mim. E seu beijo despertava tantas coisas em mim. Eu ainda o queria. Mais! Eu sempre ia querer mais. Eu movi meus quadris com dificuldade pelo peso do corpo de sobre o meu. E ele se sentou, me puxando junto com ele, ainda dentro de mim, ainda me beijando. Ele não parava de me beijar nunca. E então começamos tudo de novo, mas dessa vez, a conexão não se quebrou porque ele simplesmente não ousou parar de me beijar.


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