Aconteceu escrita por Alanna Drumond


Capítulo 40
Capítulo 40




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Depois do banho, desci para o jantar e encontrei Ana na sala de estar já de banho tomado com o tablet da “Duarte” em mãos, provavelmente estava se preparando para a reunião de amanhã, coisa que eu deveria fazer ao invés de ficar olhando como minha namorada fica linda com os cabelos pretos presos em um coque totalmente concentrada.


— Atrapalho?
— Não. Nossa, você realmente tá me surpreendendo com o guarda-roupa! – olhei para mim mesmo, calça de moletom preta, camisa cinza e chinelos brancos.
— O que tem de errado?
— Nada, é que é estranho te ver assim, tão informal.
— Você fica tirando sarro de mim, mas eu aposto que adora me ver de terno.
— Ah isso eu não posso negar. É realmente uma bela visão. – estiquei a mão para ela que prontamente pegou e se levantou.
— Então, namorada – ela sorriu – pronta para a culinária holandesa?
— Pensei que nunca fosse perguntar.

O jantar foi maravilhoso, Mere preparou um maravilhoso risoto de cenoura roxa, o que rendeu bastante assunto entre ela e Ana. Implorei Mere para se juntar a nós no jantar e depois de muito custo ela aceitou e conversou com Ana como se ela fosse uma velha amiga e não alguém que ela tivesse conhecido há menos de quatro horas. Eu gostava disso. Elas conversaram durante todo o jantar e eu não me importava de ser o coadjuvante ali, não entendia nada de temperos e culinária, e arrisco dizer que Ana também não já que ela parecia mais curiosa do que alguém que realmente cozinha.  O jantar acabou e a verdade é que eu estava sem um pingo de sono, e queria ficar com Ana a noite toda, a semana toda, o mês todo, a vida toda.

— Que tal um filme agora?
— Melhor não. Você precisa descansar pra reunião de amanhã. Estava dando uma olhada na sua agenda e essa reunião é bem importante. – eu sorri.
— Eu devia ter imaginado que você fosse me dar essa resposta.
— Por que? Não vai me dizer que de repente bateu uma vontade louca de assistir “A Saga Crepúsculo”?
— Não. É claro que não. Já conversamos sobre isso. Nunca vamos assistir esse filme. Eu só queria ficar com você. – mas ela estava com sono, eu a conhecia bem o suficiente pra saber que quando os olhos dela ficam um pouco menores é sinal de que está cansada. – Mas se eu puder te acompanhar até seu quarto já vai valer a pena.
— Você pode ficar comigo.
— Posso?
— É, vai que eu queira mexer na lareira e acidentalmente coloque fogo na casa. – eu ri. – posso precisar de ajuda.
— Isso é claramente o tipo de coisa que você faria. Sendo assim, fico feliz em ser útil. – ela sorriu, peguei sua mão e fomos para o quarto dela, mas antes de chegar na porta meu celular tocou. Era Daniel – me dá um minuto? – Ana assentiu.
— Vou na frente, te espero lá. – ela ficou na pontinha do pé e deu um beijo na minha bochecha.

— Espero que realmente seja importante. – disse sem nem dar um Alô
— Oi irmãozinho! Bom dia, como vai? Ah, eu vou muito bem obrigado por perguntar.
— Não força a barra Dan.
— Notícias de Juliana.
— Já? Pensei que fosse demorar um tempo.
— Pois é, ela é bem rápida. Na verdade eu não sei bem qual é o plano dela, ainda, mas ela tá atrás da sua agenda.
— Da minha agenda ?
— Sim. Peguei ela hoje tentando acessar o computador da Ana, mas estava com senha e ela não conseguiu. Ele chegou bem cedo, antes mesmo do porteiro, e eu conferi as câmeras de segurança, ela tentou entrar na sua sala também, mas a chave tá comigo então ela também não conseguiu.
— Por que ela quer saber da minha agenda?
— Não sei. Mas quando eu cheguei com a Alice e a vi no computador, ela deu uma desculpa de que precisava falar com você, discutir sobre um caso, e não queria correr o risco de atrapalhar alguma reunião importante. Queria sua agenda pra saber o melhor momento pra ligar pra você.
— Bom, não vamos deixar ela descobrir.
— Claro que não. Vou continuar de olho nela. Pedi a Stella pra ficar esperta e Alice também tá de vigia.
— Mas o que você falou com a Stella?
— Não abri a verdade pra ela, relaxa. Inventei uma história e ela caiu.
— Ótimo.
— Qualquer novidade eu te aviso.
— Beleza, obrigado.
— Como estão às coisas com a Ana?
— Tudo ótimo.
— Ah, seguiu meu conselho? Usou camisinha?
— Por que eu não usaria?
— Sei lá, você não transa há uns quinhentos anos, talvez seja legal de minha parte te relembrar como as coisas funcionam.
— Eu deveria estar usando uma camisinha agora, se você não tivesse me importunando.
— Ah, moleque. Sendo assim, eu vou nessa almoçar com a minha ruivinha. Eu sei que você vai morrer de saudades de mim e que provavelmente a companhia da Ana não vai ser tão agradável quanto ouvir a minha bela e sexy voz, mas eu vou... – desliguei antes de dele completar aquela baboseira e retornei meu caminho, de volta pra Ana.

Entrei no quarto de Ana e a encontrei em pé em frente a lareira. Ela usava uma camisola preta e a luz que vinha da lareira refletia no tecido da camisola de maneira que ela ficava transparente e assim eu pude ver todo o contorno de seu corpo. Não era como eu imaginava, nem nos meus melhores sonhos ela podia ser tão perfeita. Mas eu tinha, eu precisava descansar. Ana estava com sono e cansada da viagem também, então está noite eu não faria nada além de admirar a mulher que me aceitou e me escolheu como namorado.


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