Nero DD Dark Diamond - Primeira Saga escrita por Samuel Stanford


Capítulo 4
Capítulo 3




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Quando José Alfredo acordou já era mais ou menos sete horas da noite, e aquele lugar à noite ficava mais sombrio que o normal. Ele havia dormido tanto que quase não se lembrava de onde estava, pelo menos aquele remédio tinha o feito melhorar muito bem de seus ferimentos, assim, poderia saber melhor daquele lugar e ir embora.

 - Vou descobrir quem é esse Imperador.

 Antes de se levantar tirou as faixas de seu corpo, ele já estava melhor e não tinha mais motivos de continuar enfaixado daquele jeito, quer dizer, seu corpo ainda doía só um pouquinho, mas mesmo assim decidiu seguir em diante. Levantou-se colocando os pés firmes no chão, respirou fundo e caminhou lentamente até a porta. Estranhamente aquele castelo não parecia ser tão velho, como se tudo ali tivesse ficado parado no tempo.
 Abriu a porta bem devagar olhando de cada lado do corredor se segurando de que não havia ninguém por perto. Estava tudo bem para sair, caminhou pelo grande corredor no sentido esquerdo do castelo observando ao redor. O corredor levava mais ou menos uma hora e meia para chegar até a escada, e para piorar a escada era bem grande.

 - Esse castelo deve ser muito gigante... – Ele comentou meio desanimado descendo os degraus.

 Terminando de descer a escada, caminhou mais uma vez em um extenso corredor até encontrar três portas, uma dessas portas deveria leva-lo para o próximo andar do castelo. Observou bem as três portas por um tempo, sua intuição era que uma delas contém perigo, ele pensou bem, dirigiu-se para a porta da direita tentando abri-la, mas nada aconteceu, por sorte estava trancada. Dirigiu-se para a porta da esquerda encostando a orelha nela, um barulho esquisito vinha dali de trás, então, restou apenas à porta do meio, claro que ele estava curioso para saber o que tinha na porta da esquerda e da direita, porém, segurou firme essa ansiedade disposto a vencê-la e abriu a porta do meio vencendo totalmente sua curiosidade.
 Caminhou por mais um extenso corredor, desceu a escada, até chegar ao terceiro andar, lá havia um grande corredor com várias portas de cada lado enquanto caminhava á oeste do corredor do castelo. Por trás dessas portas havia quartos e outras, Zé nem quis parar para tentar descobrir, ele continuou caminhando por um longo tempo até virar para mais outro corredor e desta vez levou bem mais tempo para encontrar a escada.
 Zé Alfredo bufou já cansado e disse descendo os degraus:

— Quanto tempo será que ainda levarei pra sair daqui?

Acabando de descer a escada encontrou mais outras três portas novamente, pensou se aquelas tais portas existiam apenas para enganar algum intruso que invadisse o castelo para acabar sendo morto por alguma criatura monstruosa, por isso ele precisava ser bem esperto em questão a este lugar. Fez os mesmos procedimentos de encostar a orelha na porta como fez anteriormente, a porta da direita desta vez parecia ser a correta e mais segura, a da esquerda estava trancada e a do meio não parecia ser segura. Ele abriu a porta direita e adentrou, mas para seu azar de repente tudo ficou escuro, aquele castelo realmente podia enganar as pessoas. Zé decidiu recuar rapidamente, mas a porta atrás dele simplesmente havia desaparecido.

— Shit! Era só o que faltava... – Ele praguejou.

Olhou para todo aquele breu tentando arrumar um jeito de sair, mas a única coisa que via era apenas a escuridão. Respirou fundo, tentou ficar tranquilo, e começou a seguir em frente para conseguir achar a saída. Andou, andou e andou muito, mas nada de achar uma saída.
Ele parou ao escutar um ruído, ficou ali bem parado em total silencio e atento a qualquer coisa, o ruído havia parado, mas voltou e parecia chegar cada vez mais perto de José Alfredo.

— Mas o que é isso...?

O chão começa a estremecer abaixo de seus pés, em seguida rachaduras começam a se formar no chão, até que “Druuuumm’’ o chão inteiro se quebrou na frente de Zé e uma enorme criatura monstruosa apareceu diante de seus olhos. A criatura parecia ser um tipo de escorpião dragão; garras enormes que podiam cortar qualquer coisa pela metade; na calda um afiado ferrão; e quatro asas negras de dragão nas costas.

— Tá de sacanagem, né? – Disse Zé olhando meio surpreso para a criatura.

O monstro tentou acertar seu ferrão em Zé Alfredo, mas por sorte Zé conseguiu desviar do ataque fazendo com que o ferrão da criatura ficasse preso no chão, então, começou a correr na direção que veio enquanto o escorpião tentava tirar seu ferrão preso no solo. Zé correu, e correu muito, até a criatura perde-lo de vista, o escorpião dragão deu um furioso rugido conseguido tirar seu ferrão preso no chão, ele não desistiu tão fácil e entrou pelo mesmo buraco que veio antes.

— Já não basta eu ter sido atacado por um tamanduá mutante, agora sou atacado por um escorpião misturado com um dragão? – Fala ele irritado e parando de correr com a respiração ofegante.

Olhou para trás para ver se o monstro estava vindo atrás dele, ficou aliviado ao ver nenhum sinal da criatura, o silencio permaneceu por cinco minutos até ser quebrado por aquele mesmo ruído vindo ao chão que aumentava a cada instante, e o chão voltava a estremecer como na cena anterior.

— De novo não!

O som e a tremedeira simplesmente pararam ao chegar onde o Comendador estava voltando a ficar tudo quieto por alguns minutos. Zé não entendeu o que exatamente havia ocorrido ali, talvez a criatura desistiu de ataca-lo? Não, aquela criatura era igual aquele tamanduá mutante que o atacou, não era de desistir fácil. Sem que Zé percebesse, o escorpião aparece por trás dele. Zé sente um vendo frio nas costas e rapidamente virou para trás vendo a grande garra vindo diretamente em sua direção, fechou os olhos esperando a pancada, pois, não daria tempo para desviar.
 Sentiu um vendo passando de raspão, ao abrir os olhos viu que estava atrás do monstro que o procurava confuso, Zé Alfredo ficou pensando como ele conseguiu fazer aquilo. O escorpião virou-se para ele rugindo e mais uma vez Zé Alfredo teve que correr. Enquanto ele corria do nada algo o fez ver o caminho certo para sair daquele lugar, seguiu para esquerda, depois em frente, logo em seguida para esquerda e mais uma vez em frente enquanto desviava dos poderosos ataques do monstro escorpião dragão, finalmente ele conseguiu ver uma porta em que ele avançava cada vez mais.
Quando ele estava perto o bastante da porta, uma shadow Ball (esfera negra) o acerta nas costas. Caindo no chão sentindo uma tremenda dor nas costas, viu o monstro aproximando-se dele com suas garras enormes querendo corta-lo.

— Fuck!

Ele se levantou rapidamente desviando da garra que ia cortar sua cabeça, olhou em direção à porta que se abria sozinha, não parou para pensar como aquela porta apareceu e abriu, correu o mais rápido possível em direção a ela até finalmente acabar conseguindo sair daquela sala escura. Olhou para a sala escura vendo o escorpião se aproximando da porta, na mesma hora a porta se fechou na cara do monstro e o trancou lá dentro.

— Uou... – Suspirou escutando a criatura batendo com força na porta, mas aquela porta parecia ser bem resistente para o alivio do Comendador. Ele ficou pensando como conseguiu sair de uma forma confusa.

Pensou melhor em deixar essa duvida de lado e sair logo daquele lugar, passando pelos mesmos lugares, caminhando a noite inteira por aquele castelo esquivando-se de perigos e procurando pela saída. Quando havia levado tanto tempo, finalmente chegara ao ultimo andar, a saída estava logo ali, aliviado por finalmente poder sair daquele lugar correu em direção à porta. Mas quem disse que seria fácil sair daquele castelo, logo na frente da porta Zé acaba sendo barrado.
Era aquele mesmo tamanduá mutante que havia o atacado, ele encarava o Comendador com uma expressão severa e braços cruzados.

— Me deixa sair daqui agora! – O Comendador ordenou com tom de voz rígida.

— Nunca saíra daqui! – Falou a criatura com uma voz grave.

— Você fala? – Surpreendeu-se.

— O Imperador nunca deixara você sair do castelo.

É mesmo, o Comendador lembrou na hora que queria descobrir quem era o tal Imperador daquele lugar, mas ao mesmo tempo em que ele queria saber também queria ir embora. Zé fechou os olhos e suspirou, olhou bem sério para o monstro e respondeu grosseiramente:

— Fuck para esse Imperador! Eu também sou um e ninguém e nem mesmo outro Imperador vai mandar em mim!

Quando Zé ia dar um passo à frente o monstro irritado avançou rapidamente em direção a ele, quase acertando um golpe em que Zé logo desviou. O rapaz via que de jeito nenhum aquele monstro deixaria ele passar, irritado por alguma força vinda dele fez a criatura sair do chão com poder de telecinese, em seguida lançou o bicho para bem longe de onde estava mais ou menos uns 15 centímetros. O Comendador ficará surpreso com o que conseguiu fazer, mas não perdeu mais tempo e correu para a porta logo a abrindo e saiu correndo para fora do castelo. Porém o Comendador tinha certeza de que aquela criatura viria atrás dele, pois o mesmo era persistente o que lembrava muito a personalidade do Comendador.
O jardim à noite era muito ruim de enxergar, além de ser bem grande, seria fácil de ser perder por aquele local. Atrás dele vinha correndo a criatura que parecia estar bem brava, Zé olhou para qualquer lado e correu rápido pra não ser atacado, enquanto corria acabava atravessando alguns fantasmas que estavam no caminho e quando fazia os fantasmas desapareciam. A corrida fica mais difícil quando o monstro começa a lançar esferas negras em direção a Zé Alfredo tendo que desviar enquanto corria.
Uma das shadow balls acerta bem ao lado dele fazendo com que Zé caísse direto pro chão, ao se levantar o monstro saltou parando bem na frente dele fazendo o chão naquele local estremecer, o temor foi o suficiente para jogar Zé Alfredo de volta ao chão.

— Você não desiste mesmo, hein?! – Falou Zé olhando irritado.

— Deixe seu orgulho de lado e venha comigo, Comendador José Alfredo.

O Comendador ficou um pouco espantado quando viu que a criatura sabia seu nome, aquele lugar era esquisito demais, será que o tal Imperador da Fluorita também sabia o nome dele? Essa pergunta meio que girou em torno de sua mente.

— Não irei a lugar nenhum! – Falou Zé se levantando e indo em direção ao monstro dando-lhe um soco fortíssimo no rosto do bicho, mas para a sua infelicidade o monstro não caiu.

 Da mão do monstro foi surgindo novamente uma esfera negra que ia aumentando a cada segundo, em seguida um feixe negro atinge José Alfredo o jogando até a parede do castelo. Zé sente a dor do impacto em suas costas, olhou diretamente para o monstro que se aproximava, ele tinha que fazer algo antes que ficasse ferido novamente, ou até mesmo acabar virando um dos fantasmas do castelo.

— Rende-se! Agora! – Ordenou o tamanduá monstruoso chegando bem perto do Comendador.

A criatura deu um impulso para trás com a sua mão de garras afiadas, em seguida a joga em direção ao rapaz, mas para ao mesmo instante encostando a ponta das garras perto da garganta do Comendador.

— Ou prefere ser morto?

José Alfredo ficou encarando sem medo algum, como se desafiasse o monstro com olhar de “Tente se tiver coragem”, o monstro parecia estar ficando irritado por estar sendo encarado de tal forma desafiadora pelo Comendador.

— Reymon! Já basta! – Gritou uma voz vinda por de trás da criatura.

O monstro chamado de Haymon olhou para trás em seguida se afastou do Comendador, logo em frente estava um homem de cabelos curtos e castanhos escuros; pele meio pálida; seus olhos eram de íris de cor lavander; sua aparência lembrava um pouco com o ator Benedict Cumberbatch. Vestia-se como um rei da idade média e tinha até uma coroa dourada na cabeça, no centro da coroa havia uma grande pedra fluorita. O homem se aproximou do Comendador olhando com olhar de superioridade, então perguntou:

— Então, o senhor é o tal Comendador José Alfredo, Imperador dos diamantes, estou certo?

— Ah... Sim, sou...!

— Eu sou Randall, o Imperador Fantasma.

— Fantasma...? Isso quer dizer que...

— Isso mesmo, eu sou um fantasma.

José Alfredo se levantou devagar ficando cara a cara com Randall, olhando bem sério e sem medo do mesmo.

— Parece que você parou no tempo. Sabe por acaso em que anos estamos?

— Claro! Em 2013. Apenas me visto assim por que gosto do estilo.

— Ah, certo... Entendi. Agora que sei quem é o imperador desse lugar, já posso ir embora.

Zé vira-se começando a caminhar para a saída daquele lugar, isso é, se ele conseguiria achar a saída. Mas para o seu azar, o Imperador fantasma teleporta para sua frente impedindo sua saída de seu império fantasmagórico.

— Não tão rápido Comendador José Alfredo! – Disse Randall com um olhar bem severo e frio. – Além disso, será muito difícil andar por aqui à noite, sem dizer que existem alguns fantasmas perigosos pelo local.

— Ah é mesmo? Pois saiba que não tenho medo! Pode me dar licença? – Falou Zé Alfredo com um olhar um pouco irritado, não era por que ele era um imperador que iria mandar nele.

— Preciso de você para voltar a reinar sobre a Terra!

— What? – Comendador fica sem entender o que ele quis dizer com aquilo.

— Preciso do seu corpo! Sua alma ficara presa aqui. – Raymon fica ao lado de Randall olhando como um predador. – E assim poderei reinar novamente, voltar a ser reconhecido e com seu império... Quem sabe eu possa ficar muito mais poderoso.

— Never! – Falou o Comendador mostrando os dentes com irritação.

Randall olhou para o colar do Comendador e sorriu parecendo triunfante.

— Você acha que pode me derrotar com poderes psíquicos?

— O que quer dizer com isso? É claro que posso! Eu posso tudo! – Respondeu Zé com postura de superioridade.

— Não pode! Poderes psíquicos não fracos contra podres fantasmas. – Disse Randall mostrando o seu colar, seu pingente era um tipo de círculo roxo e dentro havia detalhes de desenhos de dois olhos fantasma; e acima dos olhos um símbolo que lembrava uma lua minguante virada pra cima, esses desenhos detalhados em cores pretas.

O Comendador pensou bem, mesmo que isso fosse verdade, achou melhor tentar negociar com o Imperador fantasma, assim poderia ajudar um pouco no seu treinamento e ficar bem mais forte, claro que Zé também pensava em vencê-lo de qualquer jeito.

— O que acha de fazer uma negociação? – Perguntou Zé Alfredo.

— Negociar?

— Sim! Uma luta entre eu e esse monstro mutante, se eu vencer irei lutar com você e se eu conseguir te derrotar também poderei ir embora daqui. Mas se eu perder... Você poderá me prender e fazer o que quiser.

— Hum? Raymon não é um mutante, é um demônio. – Explicou ele olhando para Raymon e voltando o olhar para José Alfredo. – E eu vou aceitar a sua proposta, Comendador.

— Demônio? Mas ele parece um tamanduá mutante!

— Raymon não gosta muito de usar a sua forma humana. Então, vamos até a arena de combate.

Randall estalou os dedos teletransportando todos até um local de batalha. José Alfredo lembrava muito bem daquele local, era a mesma sala em que havia entrado enquanto estava sendo atacado pelo demônio. Olhou em direção a porta pensando em fugir, mas ele tinha certeza que não iria adiantar sem dizer que não era do tipo que volta atrás com o que fala. Na verdade ele estava bem confiante em derrotar aqueles dois e ser livre, mais uma vez estava subestimando um poder maior que o dele.

— Vamos começar! – Falou o Imperador fantasma estalando os dedos novamente.

A porta de entrada e saída se fechou rapidamente com um grande portão feito de aço e ferro. Raymon deu um grande salto para um dos cantos da sala ao lado esquerdo, e José Alfredo ficou do lado direito do canto da sala encarando sem medo o demônio.

— Comecem a lutar!

O demônio começou formando uma shadow Ball nas mãos, Zé ficou bem em alerta e em seguida conseguiu desviar do ataque, ele estava pensando no que faria agora, seu treinamento mal tinha começado e não sabia exatamente o que poderia fazer para atacar o demônio. Raymon preparava mais um golpe, raspava suas garras uma nas outras, era um golpe que paralisava o adversário. Zé pensou em ir desviando dos ataques enquanto tentaria lembrar-se da ultima hora de seu mal começado treinamento, o demônio se disparou como um raio em direção ao Comendador, em seguida tentava acerta-lo com suas garras paralisantes, mas Zé tinha planejado desviar dos golpes enquanto pensava em algo para ataca-lo só não podia pensar muito ou poderia ser atingido a qualquer instante, a cada movimento o demônio aumentava sua velocidade dificultando um pouco os desviar de José Alfredo.
 Os últimos golpes quase o acertaram, quando de repente o demônio parou, e Zé achando que ele tinha terminado de ataca-lo Raymon o surpreende dando um super chute bem no peitoral, jogando o Comendador para longe, Haymon não desistiu, desapareceu e reapareceu atrás de Zé Alfredo dando outro chute desta vez nas costas o jogando para o outro lado, o demônio repetia o golpe várias e várias vezes até o Comendador ficar bem ferido. Seu ultimo chute jogou Zé ao chão, suas costas raspavam pelo piso duro até ele acabar parando para perto da parede, deixando-o agonizar com as dores.
Antes de Zé pensar em se levantar, uma grande esfera negra o atinge e logo em seguida várias garras das sombras terminando com lanças das sombras, todos esses golpes atingindo com rapidez o rapaz, isso fez com que Zé sentisse uma horrível e insuportável dor no corpo todo, mal conseguindo se mexer direito.

— Acho que ganhei! – Falou Raymon já sentindo sua vitória.

— E acho que o Imperador dos Diamantes não é tão poderoso como eu pensava. – Disse Randall um pouco decepcionado. – Eu esperava mais de você Comendador José Alfredo!

Randall deu um passo à frente para ir até onde Zé Alfredo estava, quando de repente parou ao escutar ele dizer algo e estranhando seu comportamento.

— N-Não... Eu não serei... Derrotado assim tão fácil. – Sua respiração estava ofegante, ele tentava se levantar. – Eu não sou fraco...!

Ele pensava o quanto aquela luta foi injusta, ele mal conseguia usar seus poderes, mal havia começado seu treinamento direito, porém, parte disso foi sua culpa. Ele quis a batalha, ele quis subestima-los, e ele deveria ter pensado melhor sobre a negociação com o Imperador. José Alfredo ia dizer mais alguma coisa, porém, não conseguiu fazer com que suas palavras saíssem de sua boca, ele tremia sentindo como se algo estivesse entrando em seu corpo, mas continuava ali pensando e vendo tudo a sua volta. Um brilho estrondoso surge em volta do Comendador, fazendo Randall se afastar enquanto tampava os olhos colocando o braço na frente, até mesmo Raymon virou o rosto para o lado.
Quando finalmente o brilho daquela misteriosa luz desapareceu, lá estava José Alfredo em pé sem ferimentos, numa postura de força e olhando fixamente para Raymon. Randall ficou impressionado e de boca aberta, mas o demônio é quem ficou muito mais surpreso quando viu que o Comendador o olhava fixamente com olhos de íris vermelhas.

— Não... É possível... Ele me lembra o...

— Então? Vai ficar aí parado? – Falou Zé chamando a atenção do demônio. – Me ataque... – A ultima frase de Zé pareceu bem estranha, como se sua voz tivesse engrossado do nada. – De novo!

Raymon desfez sua expressão de espanto tornando-a de irritação, com muita raiva o demônio correu até o Comendador, e quando estava prestes a acertar suas garras nele, o mesmo desviou com muita agilidade e Raymon foi direto para a parede de tijolos quebrando-a. José Alfredo desviou com tanta rapidez que quando percebeu estava do outro lado da sala, ele se sentia leve e mais forte do que quando havia recebido seus poderes especiais, Zé não estava entendendo o que estava acontecendo com seu corpo, mas por outro lado aquilo estava lhe ajudando muito. O Imperador fantasma olhava para o Comendador se perguntando como ele havia conseguido fazer tal artimanha e se curar com tanta rapidez, e afinal o que fora aquela luz misteriosa?
O demônio saiu do monte de pedaços de tijolos que haviam caído em cima dele, em disparada foi em direção ao Comendador, nas duas mãos de Zé Alfredo formam-se duas esferas de energia psíquica misturada com chamas, e ficou ali parado no mesmo lugar esperando o demônio chegar bem perto.

— Fogo? – Estranhou Randall olhando atentamente a batalha.

Raymon cruzou as garras formando espadas das sombras em forma de X, aproximou-se de Zé que esticou as duas mãos para frente logo bloqueando totalmente o ataque de Raymon. Os pés de Zé Alfredo começam a entrar em chamas, chutando o demônio de vários jeitos, a verdade é que Zé não sabia como estava fazendo aquilo, mas estava aproveitando o bastante desse misterioso poder.
Comendador parou de repente pensando ter escutado alguém falando com ele, olhou para o lado distraidamente até que leva um golpe forte no rosto acabando por voar para longe da arena de batalha.
 
— Não faço ideia de quem está aí dentro, mas irei derrota-lo logo! – Falou Raymon olhando bem zangado para José Alfredo.

Ele olhou para o demônio pensando do que era que ele estava falando afinal, se levantou rapidamente enquanto o tamanduá demônio se teletransportou rápido para perto dele o golpeando sem parar com suas garras, Zé fechou os olhos no mesmo instante, mas quando abriu os olhos se surpreendeu ao ver que ele não estava se ferindo e nem sentindo dor. Raymon parou de golpea-lo olhando espantado e ao mesmo tempo surpreso.

— É muito forte...

José Alfredo continuava sem entender, seu corpo estava reagindo sozinho sem controle de seu cérebro, ele só conseguia pensar; observar; e falar um pouco, em sua mão surge uma esfera de energia psíquica misturada com fogo e lançou contra o demônio como se fosse um soco poderoso.
Enquanto isso Randall observava a luta pensativo.

— Ele está incrivelmente forte... Mas como? Ele ganhou seus poderes a pouco tempo. É impossível ele ter ficado tão forte em tão pouco tempo. – Pensava Randall.

A batalha continuou por um longo tempo, e José Alfredo estava ganhando esta luta contra o demônio. Zé Alfredo deu um longo salto conseguindo levitar sobre o ar, ele não sabia mesmo como estava fazendo aquilo, mas deixou que seu corpo comandasse tudo. Ergueu para cima uma de suas mãos formando uma esfera de fogo e energia psíquica que ia aumentando, sua cor era a mistura de alaranjado com lilás bem brilhante. Direcionou a esfera em direção onde Haymon estava e logo um feixe de fogo e energia psíquica correu até o demônio o atingindo em cheio, o poder foi tão forte que quebrou o solo em sua volta e lançou o demônio para bem longe. José Alfredo pousou os pés no chão, olhou em direção a Randall que o olhava bem sério e desconfiado, de repente a visão de Zé começou a ficar meio turva, olhou para baixo sentindo-se meio zonzo, mas logo foi voltando ao normal. Raymon aparece do nada na frente de Zé o surpreendendo com vários golpes de arranhões, em seguida atira uma esfera negra no Comendador jogando-o contra a parede.

— Aaaargh...! – Zé sentiu o baque contra a parede. – Maldito!

— Se você acha que irá me derrotar tão fácil, está muito enganado!

José Alfredo se levantou olhando atentamente um exercito de fantasmas zumbis se levantar de baixo do solo, eram centenas de fantasmas zumbis que começaram a se reunir em volta do Comendador.

— Agora você já era Comendador! – Falou Raymon em tom de fúria e ao mesmo tempo de triunfo. – Agora... ATAQUEM-O! – Gritou o demônio comandando seu exercito.

Os fantasmas zumbis começaram a se movimentar aproximando-se de José Alfredo que olhava para cada um deles. Talvez aquele fosse seu fim, sua derrota, ou quem sabe não. Ele não sabia o que fazer naquele momento, na verdade nunca soube o que estava fazendo durante todo aquele tempo, era seu corpo que estava reagindo sozinho com poderes misteriosos, Zé mal tinha começado a treinar, por isso não sabia o que fazer. Seu corpo apenas ficou ali parado sem reagir às aproximações do exercito de Raymon, e o que Zé sabia é que aqueles poderes pareciam ser bem mais fortes dos que os de Raymon.

— Mas que shit! O que está havendo comigo afinal?

Logo todos os fantasmas conseguiram se amontoarem em cima do Comendador tentando puxar os seus membros e sua cabeça começando deixa-lo desesperado pra sair dali, de repente um campo de força de fogo surge aumentando a cada segundo jogando os fantasmas para bem longe dele, assim que todos os fantasmas estavam caídos no chão, os olhos de José Alfredo ficam inteiros cor de fogo, descargas elétricas vermelhas se formam por volta de sua mão e a coloca sobre o solo fazendo um temor até todo o chão se abrir. O exercito de Raymon foi totalmente sugado de volta ao inferno, todos, não sobrando um, e por fim o chão se fecha deixando nenhuma rachadura no solo, como se nunca tivesse sido aberto antes.
O demônio ficou olhando em choque, não acreditava no que havia acabado de ver acontecer ali.

— M-Mas como...? Isso é impossível...!

Um cometa de fogo corre em direção ao demônio que estava distraído o acertando em cheio, Zé Alfredo logo lançou um fortíssimo raio psíquico vindo de cima atingindo Raymon, uma luz intensa cobriu todo o local até desaparecer por completo, mesmo com aquele ataque apenas o chão ficou meio destruído, pois, aquele local parecia ser resistente a qualquer tipo de ataque. Randall que cobria os olhos com o braço por causa da luz, ao tirar e olhar se surpreendeu com o que viu.

— Não... Pode ser...

Raymon estava caído no chão totalmente derrotado por José Alfredo.

— Você conseguiu... Derrota-lo com poderes psíquicos?!

José Alfredo estava com a respiração totalmente ofegante, a tontura havia voltado, mas logo foi embora. Olhou para o demônio caído ao chão e após olhou para o Imperador da Fluorita.

— Bom... – Randall faz aparecer uma espada medieval roxa e negra em sua mão. – Acho que é minha vez agora. – Disse ele com um sorriso e apoiando a espada sobre o ombro.

Zé Alfredo nada diz, apenas observava em silencio o Imperador fantasma se aproximar da arena de batalha, enquanto Raymon saia do local para observar a luta, Zé percebeu que o demônio o olhava com muita raiva como se desejasse que o Comendador perdesse e muito feio para Randall.

— Só não entendo... – Falava o Imperador fantasma. – Como você conseguiu vencer um demônio com poderes fantasmas, sendo que você tem poderes psíquicos?

— Eu não sei... – Respondeu Zé com sinceridade, ele realmente não sabia como estava fazendo aquilo tudo e como derrotou um demônio pela primeira vez. – É a primeira vez que luto e ganho assim...

Randall olhou bem desconfiado para o jovem Comendador, percebendo que seus olhos haviam mudado do castanho para o vermelho.

— Só uma pergunta antes de começar a luta. – Disse Zé Alfredo.

O Imperador ficou olhando fixamente para o Comendador esperando por sua pergunta.

— Aquele demônio te obedece?

— Há muito tempo eu e Raymon lutamos um contra o outro, ele me derrotou e quase me matou, até que um dia fiquei mais forte que ele e o derrotei. Eu poderia tê-lo matado, mas pensei o quanto poderíamos ser poderosos juntos, então, nos tornamos parceiros, até acabarmos nos tornando amigos até hoje.

— Amigo? De um demônio? – Zé Alfredo fica desacreditado no que acabara de escutar.

— Não vejo problema algum nisso, são tempos diferentes em que o impossível pode se tornar possível, Comendador. Na verdade todo Imperador tem seus demônios, você deve ter algum que algum dia podem acabar se tornando parceiros, ou, até mesmo amigos.

Na hora em que Randall falou aquilo, Zé não soube o porquê, não soube qual o motivo, mas na hora lembrou de Nero começando a ficar irritado só de pensar nele.

— Never que isso vai acontecer comigo!

— Bom, melhor começarmos... Agora!

Randall desapareceu por um instante, Zé Alfredo ficou em uma posição atenta até que pode sentir a presença de Randall atrás dele, e desviou de seu ataque de espada teletransportando para o outro lado da arena. Zé Alfredo olhou confuso com o que acabara de fazer, voltou a olhar Randall que vinha em alta velocidade para sua direção. A espada tentava acertar Zé por toda a parte do corpo enquanto o mesmo desviava com agilidade de cada golpe. O Imperador girou a espada jogando ondas de energia negra em direção ao Comendador, mas Zé cruzou os braços fazendo um X defendendo-se do ataque, após, Zé juntou as mãos fazendo sair um poderoso raio psíquico combinado com lança chamas, porém, Randall se transparece fazendo a técnica de Zé passar através dele. Mais uma vez o Imperador fantasmas desaparece, Zé Alfredo fechou os olhos sentindo a presença de Randall e quando ele aparece para atacar é barrado por um campo de força que o joga para trás.

— Está indo bem... – Disse o Imperador levantando-se. -... Por enquanto. Já segurou alguma espada antes?

— Só uma arma, tipo um revolver.

— Então, tente lutar com isso! – Disse Randall fazendo uma espada aparecer na mão do Comendador. O que Randall queria fazer na verdade era testar José Alfredo, pois, ele estava muito desconfiado dele ter ficado tão forte sem antes ter tido bastante treinamento.

Zé olhou para a mão em que segurava a espada medieval de prata, não estava tão pesada e tinha a sensação de que parecia já ter segurado uma espada antes, mesmo que nunca havia feito tal coisa. Vinha em sua direção Randall para ataca-lo, sua espada bate contra a do Imperador fantasma, e a cena se repetia várias vezes, as espadas batendo uma contra a outra fazendo até mesmo sair faíscas delas.

— Pra quem nunca lutou com uma espada antes, você até que está lutando muito bem com ela. – Disse Randall com uma expressão bem desconfiada das habilidades de Zé Alfredo.

— Eu não sei como estou fazendo isso! – Falou Zé surpreendido.

Da espada de Randall uma onda de raios das sombras começam a surgir em volta da lamina, ele deu um pulo pra trás e girou a espada lançando os raios negros contra o Comendador. Zé se defendeu colocando a espada a sua frente, logo em seguida a lamina da mesma começa a entrar em chamas, ele corre até onde está Randall girando a espada contra ele, enquanto Randall desviava dos ataques da espada do Comendador.
Zé se afastou de Randall, apontando a ponta da lamina da espada para ele começando a girar rapidamente como um pião, lançando chamas contra o Imperador, mais uma vez ele fez os ataques de Zé atravessar ele.

— Quando foi que ganhou tais poderes? – Perguntou Randall olhando cerrado para o jovem Comendador.

— Em treze de fevereiro deste ano. Um homem misterioso me deu o colar e libertou meus poderes.

— Um homem misterioso? Isso é meio esquisito, pois não é bem assim que acontece com nós Imperadores.

— Como é?

Randall mais uma vez resolveu desaparecer por alguns instantes deixando Zé bem atento, o Imperador já havia entendido de onde havia surgido o tal poder misterioso e sabia como fazer sumir. O mesmo apareceu novamente atrás de Zé pronto para enfiar a espada nas costas dele, e mais uma vez foi surpreendido quando Zé se virou bloqueando o ataque dele. Randall havia percebido que a voz do Comendador estava um pouco mais grossa ao dizer:

— Que coisa feia atacar sempre por trás, Imperador fantasma!

Ele logo jogou Randall para bem longe com a mente, em seguida desapareceu e reapareceu na frente de Randall que bloqueia o ataque de Zé com a sua espada, os olhos do Comendador começaram a ficar novamente inteiros cor de fogo, logo às chamas da lamina da espada aumentaram disparando para todos os lados como faixas que logo prenderam Randall o imobilizando totalmente. Zé Alfredo se afastou para bem longe do imperador, e o puxa fortemente para a direção da ponta da espada enfiando-a bem no centro de seu tórax.

Ficaram por um tempo em silencio, quando Randall diz:

— Hum... Acho que você se esqueceu de que não posso morrer, pois já estou morto.

— Eu sei... Mas pode sentir a dor do fogo do Inferno!

Randall deu um grito agonizante sentindo as chamas queimando por dentro de seu corpo inteiro, fazia as chamas saírem de sua boca e olhos.

— I-Im... Impossível...! – Disse ele ainda sentindo a queimação do fogo.

Após um bom tempo, as chamas finalmente desaparecem, Randall que estava com a boca e olhos sangrando olha sarcasticamente para Zé Alfredo e fala:

— Isso é tudo que consegue fazer?

Zé olhava bem sério para o outro Imperador, a espada desaparece junto com as faixas flamejantes, ele se afasta mais ainda de Randall apontando as mãos em direção a ele, logo deixando todo o local bem escuro.

— Hum, ilusão? Boa tentativa. – Pensou Randall com olhar malicioso. – Mas isso não vai funcionar comigo!

Surge o cenário de um local que lembrava um campo, grama bem verde e aparada, o céu estava azul com poucas nuvens, um tempo bem ensolarado, aquele local lembrava um pouco com o parque em que Zé ia treinar, só que aquele local que surgiu não tinha árvores como no parque. Randall olhou em volta lembrando bem daquele lugar, ali foi aonde aconteceu sua batalha contra Raymon. Longe dali o Imperador conseguia ver o seu castelo que não mudou nada desde os dias de hoje. Aquela ilusão trouxera uma grande nostalgia para Randall, bons tempos eram aqueles na época medieval, quando todos o reconheciam, mas ele não podia deixar essa nostalgia abala-lo agora na luta, voltou a olhar atento para o jovem Comendador só que dessa vez Zé criou uma ilusão dele como Raymon.

— Essa luta parece que será bem rápida. Sei muito bem como derrotar Raymon e quebrar essa ilusão. – Pensou Randall, logo transformando sua espada em uma com lamina bem maior e mais grossa, a espada era toda dourada e prateada com algumas pedras de fluorita cravadas na lamina e guarda mão da espada.
A imagem ilusória de Raymon começou a correr em direção a Randall com seus olhos inteiramente roxos e chamas das sombras por volta de suas garras e pés. O Imperador ajeita sua posição em modo de luta e defesa, Randall desviou de todos os golpes e logo o tenta acerta-lo com um golpe de sua espada, mas o falso demônio desviou de seu ataque de espada logo se afastando. O Imperador fantasma levantou sua espada para o alto logo cravando-a no solo,  o chão foi se rachando e das rachaduras saiam chamas das sombras que corriam em direção á Raymon. O chão aos pés do falso Raymon quebra-se revelando as chamas das sombras poderosas que lançam o falso demônio para o alto, assim, fazendo o mesmo cair capotando ao chão.
 Ele se levanta rapidamente, e de sua boca lançou um poderoso canhão de energia roxa escura que vai como um poderoso feixe de luz em direção ao Imperador, o mesmo coloca a espada na frente se esforçando o máximo possível para bloquear o ataque e absorve-lo, assim que absorve todo o poder Randall direcionou a ponta da lamina para o falso demônio lançando aquele poder de volta para ele. A criatura é atingida ocorrendo uma forte explosão no local em que estava, o solo todo ficou danificado com um buraco enorme no solo, mas a imagem ilusória de Raymon ainda não fora derrotado, antes que o demônio fizesse mais algum movimento, Randall rapidamente salta para o ar, sua pedra preciosa fluorita no centro de sua coroa começa a projetar um fortíssimo brilho, o céu acima dele começa a se fechar mostrando descargas elétricas roxas passando através das nuvens. Logo formava-se cinco esferas do tamanho de uma bola de basquete de cor roxas escuras com descargas elétricas lilases que ficavam em volta de Randall.
 Mais uma vez o falso demônio lançou um canhão de energia até onde Randall estava, na mesma hora o Imperador lançou as esferas de energia em direção ao falso Raymon. Os dois poderes acabam colidindo um contra o outro causando uma forte explosão no ar, cobrindo todo o local com fumaça. Quando a fumaça se dispersou por todo o local lentamente, o falso Raymon olhou para o alto, a fluorita no centro da coroa do Imperador continuava brilhando, Randall aproveitou aquele intervalo para criar mais dez esferas de energia como aquelas na cena anterior, as dez esferas ficavam girando em torno de Randall, ele aponta as mãos em direção ao falso demônio e as esferas começam a se interligarem umas com as outras através de faixas roxas claras, nas mãos de Randall começa a surgir uma esfera das sombras que foi crescendo cada segundo até ficar muito grande. Sem demora ele lançou a gigantesca esfera em direção a imagem ilusória de Raymon, o mesmo vendo a esfera se aproximar tentou impedir o ataque tentando a segurar, mas acaba não dando certo e é atingido pelo poder, assim quebrando toda a ilusão.



 

Comendador estava ajoelhado com as mãos apoiadas sobre o chão, sua respiração estava muito ofegante, e se sentia um pouco enfraquecido. Olhou para os lados percebendo que a sala em que ele estava havia voltado, Raymon estava no mesmo lugar observando tudo, e Randall do outro lado da sala, mas Zé estranhou toda aquela sala não estar toda destruída.

— O que houve? Por que a sala não está toda destruída?

— Fiz essa sala para resistir fortemente a qualquer tipo de ataque, até mesmo os mais poderosos. – Explicou Randall de braços cruzados.

José Alfredo ficou alguns minutos ajoelhado no chão, logo começou a tossir sangue, sua expressão se tornou de estranheza.

— O que está acontecendo agora..?

Neste mesmo instante ele sente seu corpo doer e queimar, agonizava, era insuportável aguentar aquilo, ele se esticou um pouco jogando a cabeça para trás, de repente uma fumaça toda vermelha saí de sua boca correndo em direção para a porta de aço e ferro e passando por debaixo dela até desaparecer por completo. Assim que a fumaça saíra de dentro dele, Zé continuou ajoelhado com as mãos apoiadas no chão e com a respiração bem ofegante. Randall olhou para Raymon fazendo um sinal com a cabeça e Raymon retribuiu com o mesmo sinal.
Randall olhou sério para Zé Alfredo e perguntou

— Então, já desistiu Imperador dos diamantes?

Zé Alfredo percebeu que aquele poder havia desaparecido, mas não disse nada sobre isso para Randall.

— Eu nunca desisto!

O Imperador fantasma projetou a mesma espada que usou na batalha ilusória e correu em direção ao Comendador pronto para ataca-lo, Zé tentou criar uma esfera energizada com seu poder psíquico, mas quando a esfera estava prestes a surgir a mesma falha desaparecendo, deixando Zé meio atordoado.

— Mas o que...?

Randall chegou perto dele e Zé desviou dos golpes o mais rápido que ainda podia, quase sendo acertado pela espada ele acaba caindo ao chão.

— Vamos Comendador José Alfredo, me ataque também...! – Diz em voz alta levantando a espada para cima com a ponta da lamina virada para Zé Alfredo.

A lamina aproxima-se do Comendador que na mesma hora desviou se levantando, ele se surpreende ao ver a lamina rachar o chão, se ele tivesse ficado ali com certeza teria morrido na hora. Randall levantou a espada com violência, girando- a para baixo lançando um raio das trevas que acerta o Comendador.
Ele ficou caído meio ferido, agonizando de dor e com a camisa rasgada mostrando meia parte do seu tórax e abdômen, Zé olhou em direção ao Imperador e viu várias esferas do tamanho de bolas de basquete vindo em sua direção, mais uma vez sendo acertado. Uma explosão é causada pelos ataques acabando por mandar o Comendador para longe e o mesmo cair capotando ao chão. A pancada foi tão forte que José Alfredo mal conseguia se levantar direito, seu corpo tremia de dor, mesmo assim tentou se esforçar para levantar e neste mesmo momento correntes prendem as mãos dele para trás o impossibilitando de se soltar.

— Infelizmente você foi derrotado! – Diz Randall aproximando-se de José Alfredo que tentava se soltar das correntes. – E infelizmente não posso mata-lo ainda...

Randall pegou o Comendador pelo pescoço erguendo para o alto, olhando sério e ao mesmo tempo decepcionado para ele, dizendo:

— Você é um fracasso!

Zé Alfredo fica furioso ao escutar aquilo, tentou se soltar, mas a dor em seu pescoço e em seu corpo o fazia ficar impossibilitado de se mexer direito.

— Fracasso...? Eu levei duro para construir meu Império que tenho até hoje, nunca desisti dos meus objetivos. Se eu tivesse fracassado não seria o que sou hoje!

O Imperador fantasma enforca-o com muito mais força, fazendo com que o Comendador não pudesse dizer mais nenhuma palavra.

— Pode ser que você não seja um fracasso neste mundo. Mas no mundo dos poderes especiais em que nem todos os humanos podem obter, pode ter certeza de que você é um fracasso!

Zé Alfredo fecha os olhos sentindo Randall apertar muito mais ainda o seu pescoço, estava bem sufocado, e o Imperador não soltou até que ele desmaiasse. Assim que o Comendador desmaiou, Randall o soltou logo em seguida projetou uma jaula com grades roxas escuras, então, jogou o Comendador dentro da jaula e trancou definitivamente. 


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