Um Anjo Protegido escrita por Moolinha


Capítulo 3
Capítulo Três


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOi, meus amores! Sentiram falta?
Mais um capítulo gostosinho para vocês :3

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Diante de nossos olhos, vimos a figura de Jack se mover no ar com imensa agilidade, quase como se estivesse voando e colidir seu corpo com a pedra cheia de lodo. Nos desesperamos, pois temíamos o que estava por vir, mas foi muito rápido.

Houve um forte estalo — quase como uma bomba — e aí, o corpo de Jack afundou lentamente, se perdendo nas profundas águas da cachoeira.

Por intermináveis segundos, nós não vimos a figura de Jack voltar a superfície. Sem pensar e agindo com grande impulso, fui direto para a água e quando fui perceber, eu já estava perdida nas profundezas da cachoeira, tentando encontrar Jack. Eu estava desesperada. Com tudo. Com a teimosia dele, com a colisão do corpo dele com a pedra e principalmente com o sumiço, que poderia levá-lo a morte.

Prendi minha respiração o máximo que pude para que eu procurasse por ele. Era tão idiota o que eu estava fazendo que eu tinha um sério problema de proteção. De proteger ele. Claro, ele sabe se defender, mas o que eu mais tinha medo era de perdê-lo. Porque mesmo me tratando mal eu ainda o amava. Tudo agia desse jeito. Logo, senti mãos familiares domando o meu corpo e tirando meu corpo de dentro da água. Senti logo todo meu fôlego voltar.

— Você está bem, Bells? — Jimmy perguntou. — O que você tem na cabeça?

Não respondi.

Olhei para Louise e John, que ambos me fitavam confusos e desesperados.

— E aí, não disse para ficarem calmos? — Jack sorriu, saindo do poço da cachoeira.

Ele estava bem. Sem machucados, sem fraturas e nem nada. Estava incrivelmente vivo.

Olhei abismada para ele.  Como? Como ele estava vivo? Claro que ele estava achando que era um super-herói quando pulou, mas ele bateu na pedra, seus ossos deviam estar quebrados e ele devia estar pelo menos com alguma parte do corpo doendo. Será que Jack era de ferro? Será que Jack tinha alguma proteção em seu corpo que o impedia de sofrer qualquer tipo de acidente?

— Jack! — Louise e John disseram ao mesmo tempo, incrédulos.

— O que foi?

— Como você está vivo? — Perguntei.

Ele sorriu.

— Vocês queriam que eu estivesse morto? Olhei para Jimmy, que tinha uma expressão curiosa.

— Não. — Aumentei meu tom de voz. — Você tem certeza que não quebrou nenhum osso? Jack! Você se chocou contra uma pedra.

— Não. Eu estou bem. Vamos embora. — Ele fugiu do assunto, montando em seu cavalo e nos apressando.

Depois de vê-lo surgindo na água eu tive certeza de que algo estava acontecendo com ele. Pensei em milhares de coisas enquanto voltávamos para cara, e que até mesmo ele poderia ter um anjo da guarda, o que acho meio impossível.

A noite estava mais escura que o normal, sem lua e sem os vaga-lumes pairando no ar. Fechei a cortina clara do meu quarto e aproveitei a calma da nossa última noite antes de voltar para Nova York.

— Por que está tão calada? — Jimmy perguntou, sentando no banco da minha penteadeira.

— Estou pensando em Jack...

— Sobre hoje? — Seus olhos grudaram aos meus.

— É, quando ele pulou da pedra, no dia em que caímos do quinto andar.

Jimmy lançou seu sorriso verdadeiro para mim, como se já entendesse toda essa história do Jack.

— Você acha que existem pessoas como eu?

— Como assim? — O sorriso perfeito desapareceu de seu rosto.

— Que mais pessoas têm anjos da guarda? — Respondi, andando em sua direção. Seu braço contornou minha cintura e puxou-me mais para perto de seu corpo quente.

— Bells, quando eu cheguei no céu, ou seja lá o que aquele lugar for, eu vi milhares de pessoas. Era como o juízo final. Como se lá fossem convocadas as pessoas que vão para o inferno, céu ou que voltam para a terra para proteger pessoas.

— E? — Eu estava numa tremenda expectativa.

— Pessoas confusas, assim como eu. O lugar era claro, todas as pessoas que perambulavam por lá usavam branco, e até mesmo eu. E nos últimos dias eu andei pensando, que eu não posso ser o único anjo da guarda.

— Então eu não sou a única. — Conclui.

Digeri toda a história. Eu precisava falar com Jack. Precisava mesmo.

— Preciso ver Jack. — Eu disse, tentando me soltar dos braços de Jim.
— Espere um pouco... — Ele me apertou mais.

Meu coração bateu rápido.

Ele afastou meu cabelo do rosto e me beijou vagarosamente, deixando toda nossa rapidez e selvageria de lado. Dentro de mim, senti uma impressionante mistura de sentimentos, todos, agindo contra mim, que me fez desejar Jimmy cada vez mais. Uma de minhas mãos massageou a nuca de Jim levemente. Como sempre, nossas línguas mantinham um movimento lento e quase se formaram num nó. Eu pude sentir, outra vez, o gosto de menta na sua boca. Eu não queria sair de seus braços, amava aquela sensação de estar protegida. Mas tinha que resolver isso logo.

— Tenho que ir. — Me afastei logo doa braços dele, criei coragem e andei na direção do quarto de Jack.

— Pode parar de bancar o Senhor Mistério, tudo bem? Eu já entendi tudo. — Eu disse, abrindo a porta do quarto de Jack.

Apenas a luz do abajur estava ligada, fazendo um pequeno círculo de iluminação no meio de toda a escuridão do quarto. Em cima da cama, algo se contorceu embaixo do cobertor verde e Jack grunhiu algumas palavras, que demorei para identificar. Ele estava me xingando.

— Pode me chamar do que for, pode me tratar do jeito que você quiser, Jack Mas eu preciso falar com você e dessa noite não passa.

Ele se sentou na cama, passou a mão em seu cabelo encaracolado, tentando ajeitá-lo e vestiu uma camisa branca, escondendo seu peitoral nu.

— O que foi? — Perguntou, com sua voz rouca.

Fechei a porta do quarto e me sentei na cama dele, ajeitando-me em seu lado. Senti frio e me encolhi. Lá fora o vento batia nos galhos das árvores destemidamente, fazendo um barulho de sopro.

— Eu já entendi, Jack. — Olhei no fundo dos olhos dele.

— Não está meio tarde para você me perturbar?


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