Consequências da mentira escrita por ChattBug


Capítulo 4
Capítulo 4 - Namoro


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui está o quarto capítulo, espero que gostem e boa leitura!



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Ele a encarou atônito durante alguns segundos, em um silêncio que fez a azulada sentir que aquela espera durou horas. O modelo não sabia o que fazer, imaginou que iria sair com a menina e que depois tudo isso ia acabar, mas as coisas com certeza ficariam muito complicadas depois daquela pergunta. O loiro sentiu a mesma coisa de alguns dias atrás, quando a azulada se declarou. Ele não poderia dizer a verdade, que era apaixonado por sua parceira de batalhas, Ladybug. E se ele mentisse? Se aceitasse o pedido e dissesse que a ama? Assim não machucaria sua amiga e não correria o risco de lutar com ela, caso fosse akumatizada. Não, ele não poderia fazer isso, era errado, mentir só poderia piorar a situação, como conseguiria namorar com uma garota, sabendo que é apaixonado por outra? Como conseguiria dizer que ama Marinette, sabendo que ama Ladybug? Não, mentir com certeza não era uma opção. Mas então, o que fazer? Fugir? Da última vez não foi tão ruim, pois seu kwami o ajudou. Ele gostaria de ouvir as palavras de Plagg nesse momento.
— Adrien? — A menina o chamou, tirando-o de seus devaneios. — Olha, me desculpe, acho que fui rápida demais, afinal só tivemos um encontro e… me desculpe, não quero te forçar, se você não quiser não tem proble… — Ela foi interrompida.
— Eu aceito.
— O quê?
— Eu aceito namorar com você, Marinette.
— Você… está falando sério? — O modelo assentiu, fazendo a menina abrir um largo sorriso e, por impulso, o abraçar. — Bom, então… até amanhã.
— Até amanhã. — A azulada despediu-se, dando um beijo na bochecha do loiro e, logo em seguida, entrou em sua casa. O menino continuou ali durante alguns segundos, pensando no que tinha feito. Sabia que estava errado, mas não queria magoar sua amiga. Ainda pensativo, andou até um beco próximo, onde certificou que não tinha ninguém por perto, e se transformou. Marinette entrou em casa, ainda sorrindo.
— Oi, mãe, oi, pai. — Disse ela, abraçando Tom e Sabine, que estavam assistindo televisão. — Eu… preciso falar uma coisa para vocês. — Eles a encararam — Eu… estou namorando.
— Namorando? Então ele aceitou? — Perguntou a mulher.
— Ele quem? — Disse Tom.
— O Adrien, amor. — Sabine respondeu.
— Sim, ele aceitou. — Falou a azulada.
— Que bom, filha, estou muito feliz por você. — Disse a mulher. Marinette recebeu um abraço dos pais e foi para o quarto, jogando-se na cama.
— Tikki, é coisa da minha cabeça ou o Adrien estava muito estranho? — Perguntou a menina.
— Ele deve estar um pouco tímido, afinal vocês começaram a namorar hoje.
— Pois é, ainda não acredito! — Marinette ligou para Alya e contou todos os detalhes do encontro. A morena parabenizou a amiga por finalmente ter se declarado para seu amor secreto e disse que estava muito feliz por eles estarem namorando. Depois de falar com a amiga, a menina deitou-se na cama e adormeceu com um sorriso no rosto, não conseguindo esconder sua felicidade por finalmente ter conseguido um progresso tão grande.
Adrien entrou em seu quarto pela janela, desfez sua transformação e jogou-se na cama.
— Por que você está assim? A Marinette é legal, vale a pena dar uma chance. — Disse o kwami.
— Esse é o problema, Plagg, ela é legal. Não quero estragar nossa amizade.
— Amizade? Pensei que vocês dois estivessem namorando. — O loiro colocou as mãos no rosto, suspirou e levantou-se.
— Eu não sabia o que fazer, ela é incrível, mas… eu amo a Ladybug.
— Ah, de novo isso! — O kwami terminou de comer seu queijo e aproximou-se do modelo. — Adrien, a Ladybug nunca deixou uma prova de que corresponde seus sentimentos, pare de pensar nela e vai ser feliz. Você mesmo disse que a Marinette é incrível.
— Você tem razão, mas…
— Sem "mas", Adrien. Esqueça esse "mas" e seja feliz com uma pessoa que te ama. — O loiro encarou o kwami, sabia que ele estava certo, mas, de alguma forma, sentia que não seria feliz com Marinette, não seria feliz em um relacionamento baseado em mentiras, não seria feliz sabendo que estava mentindo para a menina, mas agora não tinha volta. Ele não poderia voltar ao passado e consertar o que fez, teria que, pelo menos, fingir que gostava de verdade da azulada, mesmo sabendo que isso era errado. Com esses pensamentos o atormentando, ele adormeceu.
No dia seguinte, a notícia do namoro de Adrien e Marinette se espalhou pela escola. A azulada convidou o loiro para um encontro e este aceitou. Depois das aulas, o casal foi novamente ao Jardin des Tuileries, mas desta vez os dois caminharam pelo local e conversaram um pouco mais do que o dia anterior, sem que percebessem, deram as mãos, mas a menina ainda sentia que tinha algo errado com o modelo. Resolveram assistir ao pôr do sol, então sentaram-se em um dos bancos do parque.
— Isso é… incrível! — Comentou o loiro, vendo a beleza do fim daquela tarde.
— Não tão incrível quanto você. — Adrien encarou a azulada, sorrindo, e percebeu que ainda estavam de mãos dadas. Lentamente, a menina aproximou seu rosto ao do loiro e selou seus lábios com um beijo. Quando separaram-se, ela viu uma expressão muito estranha estampada no rosto de seu amado, como se ele não estivesse com a mente ali. — Desculpe, eu… acho que estou indo rápido demais.
— Não… nós… estamos juntos, não é? — Marinette assentiu e os dois continuaram conversando, como se nada tivesse acontecido.
— O que acha de andarmos de barco no rio Sena? — Ela perguntou.
— Acho ótimo, vamos. — Os dois foram até o local e atravessaram o rio de barco, a menina apoiou os braços na embarcação e observou as luzes da cidade, seguida pelo loiro, ambos estavam perdidos em seus devaneios. Ele pensando que não estava fazendo a coisa certa mentindo para a menina, queria dizer a verdade, mas não queria machucar a amiga. Ela pensando em como seu amado estava estranho, o incentivo sempre partia dela, os encontros, o pedido de namoro, o beijo… Novamente, a azulada sentiu que o modelo só estava ali porque sentia pena dela. Sem querer, seu olhar foi em direção ao loiro, que ainda observava as luzes da noite parisiense. A menina percebeu que, assim como ela, Adrien não estava com seus pensamentos ali. Quando sentiu que estava sendo observado, ele a encarou, seus olhos se encontraram e os dois sorriram. Quando o passeio de barco chegou ao fim, eles foram até a Pont des Arts, sentaram-se em um dos bancos e conversaram.
— Está ficando tarde, eu preciso ir.
— Quer que eu te leve para casa? — Perguntou o loiro.
— Não, não precisa…
— É claro que precisa. Vamos. — Os dois foram até a casa da menina e conversaram pelo caminho.
— Obrigada.
— De nada. — Seus olhares se encontraram, a azulada aproximou seu rosto lentamente ao do modelo e selou seus lábios com um beijo, que não durou muito.
— Até amanhã.
— Até. — A menina viu o loiro caminhar pelas ruas, até perdê-lo de vista, e entrou em casa.
— Então, como foi o encontro? — Perguntou Sabine.
— Foi… ótimo. Eu… estou um pouco cansada, vou subir. Boa noite!
— Boa noite. — A mulher percebeu que tinha algo errado com a filha, mas resolveu deixá-la sozinha. Quando a menina se sentisse à vontade, falaria com ela. Marinette subiu as escadas, entrou em seu quarto e jogou-se na cama.
— O que foi? — Perguntou a kwami.
— Sei lá… o Adrien está estranho. — Como estava com muito sono, a azulada desejou uma boa noite para Tikki e foi dormir.
O loiro chegou em casa e foi para seu quarto, jogando-se na cama. Antes que Plagg dissesse algo, ouviu batidas na porta.
— Pode entrar. — Disse o modelo.
— Adrien, seu pai está lá embaixo e quer falar com você. — Afirmou Nathalie.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? O próximo capítulo será postado na terça-feira. Obrigada por ler!