Consequências da mentira escrita por ChattBug


Capítulo 3
Capítulo 3 - Encontro


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como prometido, aqui está o terceiro capítulo. Espero que gostem e boa leitura!



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Os dois continuaram se encarando, em silêncio, durante alguns segundos.

— Oi! — Disse a menina.

— Oi! — Respondeu o loiro. — Bom, eu… pensei no que você disse e… aceito sair com você.

— Sério? — Ela não conseguiu esconder sua felicidade quando o menino assentiu, abrindo um largo sorriso.

— Então… o que acha de ir ao Jardin des Tuileries?

— Agora? — Ele assentiu — Claro, com certeza, com você vou a qualquer lugar, digo… vamos.

— Só vou ligar para meu motorista e pedir para ele não vir me buscar. — Falou o menino, pegando seu celular e realizando a ligação.

— Claro.

— Vamos? — Disse ele, assim que desligou.

— Vamos. — A azulada ainda não acreditava nas palavras que ouvira do loiro. Os dois saíram do colégio e andaram em silêncio, pois não sabiam muito bem o que dizer. Ele estava muito confuso e ela achava que aquilo tudo era um sonho.

— O que acha de irmos ao museu?— O loiro perguntou.

— Acho ótimo, incrível, você é incrível, quer dizer, o museu é… incrível. — O modelo a encarou com uma expressão confusa.

— Então… vamos.

Logo, eles visitaram o museu do Louvre e a timidez, aos poucos, os abandonou.

— O que mais gosta na cidade? — Disse a menina.

— Nunca parei para pensar nisso. — Ele respondeu.

— Sério? Não tem nenhum lugar que você gosta muito? Que já visitou várias vezes e não cansa?

— Bom, eu não saía muito de casa antes, então… eu não visitei o mesmo lugar várias vezes.

— Sinto muito.

— Está tudo bem, as coisas mudaram, não muito, mas mudaram. E você? Do que mais gosta?

— Ah, eu gosto de tudo, dos parques, museus, cafeterias, mas o meu lugar favorito é a torre Eiffel, quando estou sem inspiração, costumo ir lá para desenhar. — A azulada lembrou de quando participara do concurso de chapéus de Gabriel Agreste e foi até seu ponto favorito da cidade para desenhar o modelo que foi escolhido pelo estilista e que Adrien usou em uma sessão de fotos.

— Ah, eu lembro de quando vi alguns de seus desenhos para aquele concurso. O seu chapéu de penas ficou incrível. — Ela corou com o comentário.

— Obrigada.

— Você é muito boa, já pensou em ser estilista?

— Na verdade sim, gosto muito de moda. E você? Vai continuar sendo modelo?

— Não sei. Eu faço isso mais pelo meu pai, não sei se é realmente o que eu quero para minha vida. Às vezes cansa, sabe? Fotógrafos, fãs malucas, gente interesseira e… vou confessar que é muito estranho se ver em um anúncio gigante em todos os lugares da cidade.

— É, acho que sei como você se sente. — A menina lembrou de quando viu um outdoor com a foto de Ladybug e sentiu-se muito estranha.

— Sério? — Ela assentiu.

Eles conversavam animadamente enquanto caminhavam pelo local, quando a azulada tropeçou e o loiro, imediatamente, a segurou antes que atingisse o chão. Novamente, seus olhos se encontraram e, de repente, todos que estavam a seu redor desapareceram, apenas eles estavam ali, juntos, a azulada sentiu suas bochechas queimarem, desviou o olhar e agradeceu, ainda corada. O loiro se assustou com aquele momento, sentiu que estava traindo sua lady, mas tentava repetir as palavras de Plagg em sua mente. Os dois continuaram andando pelo museu, como se nada tivesse acontecido, mas eles sabiam que aquela troca de olhares proporcionou uma sensação que jamais esqueceriam.

Adrien e Marinette saíram do museu e sentaram-se em um dos bancos do Jardin des Tuileries. Sem que percebessem, suas mãos se tocaram e, novamente, ficaram perdidos em seus olhares. Ela, com as bochechas um pouco vermelhas, deixou ser levada por seus sentimentos e, lentamente, aproximou seu rosto ao do menino. O loiro não sabia o que fazer, não poderia rejeitar a menina, mas também não queria que aquilo acontecesse, Marinette era uma amiga para ele. Quando estavam quase selando seus lábios com um beijo, foram interrompidos por gritos e pessoas correndo. "Akuma" — pensaram e, rapidamente, inventaram uma desculpa.

A azulada encontrou um lugar seguro e se transformou em Ladybug. Logo, estava pulando sobre os prédios com auxílio de seu ioiô. Olhou para baixo e percebeu algo estranho, todos pareciam parados. Quando se aproximou, viu que os cidadãos, assim como os veículos, estavam congelados. Ela voltou a subir nos prédios e, quanto mais se aproximava do local da batalha, mais frio sentia.

Assim que chegou, viu que seu parceiro já estava enfrentando Glacial, o mais novo akumatizado de Hawk Moth. A azulada ajudou o felino, iniciando uma luta corporal com o vilão, mas este tocou no chão, que foi congelado, fazendo os dois heróis escorregarem. Antes que ela dissesse algo, Chat Noir a abraçou pela cintura e estendeu seu bastão, colocando-os em cima de um prédio.

— O que está fazendo? — Gaguejou.

— Nos tirando de uma fria. Ele não pode subir nas paredes, assim teremos um tempo para pensar em como capturar o akuma.

— Bem pensado, acho que está no chapéu, qual é seu palpite?

— Perceba que ele é todo azul, inclusive o chapéu, então o akuma não deve estar lá. A única coisa que não é azul é o…

— Cachecol! — Completou a frase do loiro — Muito bem, gatinho! — Ela tocou o sininho da roupa de seu parceiro. Os dois não perceberam que o vilão os encontrou e estava construindo uma escada de gelo.

— Cuidado! — Chat Noir viu que Glacial se aproximava de Ladybug pelas costas, com a finalidade de congelar a joaninha, e jogou-se sobre a parceira. O menino caiu em cima dela, como já aconteceu em outras batalhas, mas dessa vez, ele não sorriu com a proximidade, levantando-se rapidamente e atacando o akumatizado, que caiu com o impacto. — Você está bem? — Perguntou para a parceira, ajudando-a a se levantar.

— Sim, estou… ótima. — A azulada observou o vilão tocar no prédio, que congelou, fazendo os dois heróis escorregarem, como ambos estavam distraídos, não perceberam que Glacial se aproximava de Chat Noir. O akumatizado empurrou o felino, que começou a cair do prédio. — Chat! — A menina jogou seu ioiô para o gato, mas este não conseguiu segurar e acabou caindo. — Não! O que você fez? — Ela pensou em atacar o vilão, mas usou seu ioiô para descer do prédio e ver como o parceiro estava. — Chat, está tudo bem?

— Claro, gatos caem em pé, esqueceu? Espera, o que está fazendo aqui? Era para você estar lá em cima, capturando o akuma.

— Eu precisava saber como você estava.

— Eu estou bem, agora vamos voltar para lá e… — O gato viu Glacial descer do prédio — acabar com isso. — Completou a frase.

Não demorou muito para os heróis derrotarem o akuma.

— Zerou!

— Zerou! — Os dois se cumprimentaram, como de costume.

— Eu já estou indo, tchau! — Disse Chat Noir.

— Tchau! — A menina observou seu parceiro desaparecer sobre os prédios e pensou em como ele estava estranho, nem tentou se aproximar dela, como sempre faz.

Os dois encontraram um local seguro para desfazer suas transformações, logo em seguida foram para o lugar onde estavam antes de toda a confusão. Ambos sentiam-se estranhos por conta do quase beijo, mas continuaram conversando.

— Está tudo bem? Eu não te vi durante a batalha, quer dizer… eu fui atingido pelo vilão. — Falou o loiro.

— Ah, sim, está tudo bem. E… eu também fui atingida. — Mentiu.

— Pena que perdemos o pôr do sol… já escureceu.

— É… que pena. — Eles permaneceram em silêncio durante alguns segundos, ambos pensando nas trocas de olhares e no momento em que quase se beijaram, mas pensavam de formas diferentes. A menina sentia uma enorme felicidade, ainda não acreditava que realmente estava ali, ao lado do amor de sua vida em um encontro de verdade. Ela estava muito feliz, finalmente conseguira algo com Adrien, parecia que agora tudo estava dando certo, a declaração, o encontro, só faltava ela o pedir em namoro e ele aceitar. Não, isso era demais, não era?

O loiro estava confuso, sentia que estava iludindo sua colega de classe e traindo o amor de sua vida. De repente, ele lembrou de vários momentos onde Ladybug ignorou suas tentativas de aproximação e, novamente, lembrou das palavras de Plagg.

— Adrien? Está tudo bem? — Ela perguntou, tirando o modelo de seu transe.

— É claro, eu só… estou pensando um pouco na batalha. A Ladybug e o Chat Noir tem muita coragem, enfrentar esses akumas não deve ser fácil. — Inventou um assunto rapidamente.

— Sim, eles são muito corajosos, enfrentam supervilões e arriscam suas próprias vidas para salvar as pessoas.

— Pois é… — O silêncio voltou a permanecer no local durante alguns segundos.

— Está com fome? O que acha de irmos a uma cafeteria?

— Claro, vamos. — Os dois andaram juntos até uma cafeteria próxima, conversando. Quando chegaram ao local, realizaram seus pedidos. Assim que terminaram de comer, voltaram ao Jardin des Tuileries.

— Nossa, está ficando tarde, eu preciso ir. — Disse ela.

— Está mesmo, vamos?

— Aonde?

— Até sua casa.

— O quê? Não precisa…

— Claro que precisa, você mesma disse que está tarde.

— Tudo bem então, já que insiste. — Os dois foram até a casa da azulada, conversando. — Bom, é aqui. Obrigada.

— De nada.

— Adrien. — A menina o chamou.

— Sim? — Ela suspirou, ainda não sabia muito bem se deveria fazer isso. Pensamentos negativos invadiram sua mente e de alguma forma, a menina sentiu que o loiro aceitou sair com ela apenas para não magoá-la. E se ele a rejeitasse? E se ela não conseguisse falar? O que estava pensando? Nunca ia conseguir fazer isso. Pensou em inventar uma desculpa qualquer e desistir. De repente, lembrou das palavras de sua mãe quando disse que queria se declarar: "você já se dá por vencida sem nem ao menos tentar?", "Pare de perder tempo pensando que não vai conseguir e tente." Com essas palavras ecoando em sua cabeça, ela suspirou.

— Adrien, você quer namorar comigo?


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? O próximo capítulo será postado depois de amanhã (domingo). Obrigada por ler!