Consequências da mentira escrita por ChattBug


Capítulo 2
Capítulo 2 - A decisão


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui está o segundo capítulo. Espero que gostem!



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Adrien continuou encarando a menina, ainda assimilando suas palavras. O loiro não esperava que ela fosse dizer aquilo, nunca imaginou que sua colega de classe fosse apaixonada por ele. Sua mente gritava: "e agora? O que fazer?" Dizer a verdade, que gosta de outra pessoa? Não, ele não podia magoar Marinette. Aceitar seus sentimentos? Não, ele era apaixonado por Ladybug, sua parceira nas batalhas contra os vilões de Hawk Moth. Sair correndo? É, isso não era tão ruim, mas ele encontraria a azulada uma hora ou outra. Dizer a verdade não era uma boa opção, mentir também não e fugir muito menos. O menino continou encarando a azulada, paralisado, enquanto pensava em outra maneira de resolver aquela situação. Os dois permaneceram em silêncio durante alguns segundos.

— Olha, eu não espero que você diga o mesmo, só… queria tirar o peso da minha consciência então… se você não me ama… — A menina foi interrompida.

— Não! Quer dizer, não é que eu não goste de você, é que… eu não esperava, estou muito surpreso.

— Então… você… quer sair comigo? — O loiro não sabia o que fazer, ele amava Ladybug, mas não queria magoar Marinette.

— Eu… — suspirou — Você poderia me dar um tempo para pensar? — A menina o encarou, cabisbaixa — Não fique triste, por favor, é que… eu não esperava, entende? — Ela assentiu e viu o carro do loiro se aproximar. Adrien agradeceu mentalmente a seu motorista, agora ele teria um bom motivo para fugir daquela situação, mas sabia que uma hora encontraria a menina, pelo menos teria um tempo para pensar no que fazer. — Me desculpe, eu preciso ir, tenho um compromisso. — Mentiu. — Tchau!

— Tchau! — A azulada acenou, vendo o modelo entrar no carro, que, logo, sumiu nas ruas da cidade. Marinette andou até sua casa, pensativa.

Adrien entrou em seu quarto e jogou-se na cama.

— O que eu faço, Plagg? Ela é incrível, simpática, gentil, linda, mas eu sou apaixonado pela Ladybug.

— Ah, fala sério! Você vai perguntar isso para mim? — Disse o kwami, engolindo um pedaço de camembert.

— Para você ver o tamanho do meu desespero! Eu gosto da Marinette, mas não esse jeito. E se eu rejeitar seus sentimentos e ela for akumatizada por minha causa? Não vou conseguir lutar com ela. E também não posso aceitar, a Ladybug é o amor da minha vida. Eu não sei o que fazer. — O silêncio permaneceu no local durante alguns segundos.

— Adrien, me diga uma vez que a Ladybug demonstrou que gosta de você.

— O quê? Mas…

— Me diga. — O loiro não respondeu — Viu? Ela nunca deixou uma prova de que te ama e você fica correndo atrás dela feito um trouxa. Enquanto isso, uma pessoa tão maravilhosa quanto a Ladybug é apaixonada por você e o que você faz? Rejeita os sentimentos dela porque prefere sofrer por seu amor não correspondido a ficar com uma garota incrível.

— Nossa! Pensei que você só entendesse de queijo. — O kwami continuou encarando o menino, como se esperasse uma resposta. — É, nunca pensei que fosse dizer isso, mas você tem razão. — Plagg sorriu.

Enquanto caminhava, a menina pensava na reação de Adrien quando ela disse que o amava. Ele parecia estar escolhendo as palavras, como se não quisesse dizer a verdade, mas também não quisesse mentir. Será que ele não a ama e não teve coragem de dizer? A azulada lembrou das palavras de sua mãe: "e se ele aceitar seus sentimentos? E se também for apaixonado por você? E se ele disser que quer estar ao seu lado?" Sem perceber, deixou uma lágrima cair. Assim que chegou em sua casa, a menina viu que seus pais ainda estavam trabalhando na padaria e subiu para seu quarto, pois mais lágrimas molhavam seu rosto. A azulada jogou-se na cama e abafou o choro no travesseiro.

— Marinette, por que você está chorando? — Perguntou a kwami.

— Acho que ele não gosta de mim, Tikki.

— Por que você acha isso?

— Porque, se ele me amasse, não sairia correndo assim que o motorista dele chegou.

— Ele deve estar confuso, precisa de um tempo para pensar.

— Pensar em quê?

— Imagine se o Nathanaël se declarasse, dissesse que te ama, o que você faria?

— Bom, eu… diria que gosto de outra pessoa.

— Ele poderia ficar triste, provavelmente, seria akumatizado novamente pelo Hawk Moth. Lembra do Kim? Ele foi rejeitado pela Chloé e virou o Cupido Negro.

— É verdade. Pensando por esse lado, eu realmente não saberia o que fazer no lugar do Adrien.

— Dê um tempo para que ele possa pensar. Vai ver ele também é apaixonado por você, mas não sabe como dizer. — As duas escutaram batidas na porta e a kwami se escondeu rapidamente.

— Pode entrar. — Disse a azulada.

— Oi, está tudo bem? Depois que você chegou da escola veio correndo para o quarto. — Falou Sabine.

— Mais ou menos. Eu… me declarei para o Adrien.

— Então? Como foi?

— Foi… estranho. Ele não sabia muito bem o que fazer, disse que precisa de um tempo para pensar. Mas… acho que ele não gosta de mim.

— Pensando negativo de novo? Você não lembra de nada do que eu te disse ontem?

— Sim, mas… se ele gostasse de mim não precisaria de tempo, não acha?

— Você não precisou de tempo para se declarar? Ele também precisa.

— É, pode ser isso, mas… e se ele disser que não quer sair comigo?

— Se disser isso, estará cometendo o maior erro da vida dele. — A azulada sorriu — Nem sempre as coisas vão acontecer do jeito que você espera, mas sofrer por isso não vai adiantar nada.

— Tem razão. Obrigada, de novo, por ser a melhor mãe do mundo. — A menina abraçou Sabine, sorrindo. Assim que a mais velha saiu, Marinette deitou-se sobre a cama e adormeceu.

Na manhã seguinte, o loiro encarou a azulada diversas vezes durante as aulas. Ainda estava um pouco confuso sobre o que deveria fazer em relação aos sentimentos da menina, mas resolveu seguir o conselho de Plagg, afinal, Ladybug nunca demonstrou que o ama.

— Então, como foi ontem, senhora Agreste? — Disse Alya.

— Não sei bem, ele não sabia o que fazer, disse que precisava de um tempo para pensar.

— Acho que ele já pensou e pelo visto é coisa boa, porque ele não para de te olhar. — A azulada encarou Adrien e seus olhares se encontraram, por um instante, todos sumiram, apenas os dois estavam ali. Sentiram seus batimentos cardíacos acelerarem, a menina não conseguiu esconder o rubor em suas bochechas. O momento foi interrompido pelo sinal do intervalo. O loiro saiu da sala de aula com Nino e andou até o pátio, ainda pensando no que sentiu quando seus olhos se encontraram com os da azulada.

— Cara, o que foi aquela troca de olhares com a Marinette, hein? — Perguntou o moreno, mas o menino demorou para responder, pois ainda estava imerso em seus pensamentos. — Adrien? — Nino chamou o amigo, despertando-o de seu transe.

— O quê?

— Você gosta dela?

— De quem?

— Da Marinette.

— O quê? Não! Quer dizer, mais ou menos, não sei ainda. — O loiro respondeu tão rápido que nem ele mesmo conseguiu acompanhar, arrancando risadas do amigo.

— Você está parecendo a Marinette quando falam de… espera, se ela fica nervosa quando perguntam sobre você porque te ama, então… — O moreno foi interrompido.

— Não, não é nada disso que você está pensando. — Disse, um pouco nervoso.

— Você acabou de confirmar que é exatamente isso que eu estou pensando.

— Está bem, mas… não fale nada para a Alya, porque pode falar para a Marinette e… eu vou falar com ela mais tarde.

— Você que manda.

Novamente nenhuma aula foi interrompida por ataques de akumatizados. O loiro ainda pensava se realmente iria fazer aquilo, será que não era errado? Ele gostava de Ladybug, não de Marinette. Mesmo não tendo nada oficial com ela, não queria trair sua lady, mas também não queria magoar sua amiga. O menino lembrou das palavras de Plagg sobre sua amada: "ela nunca deixou uma prova de que te ama e você fica correndo atrás dela feito um trouxa. Enquanto isso, uma pessoa tão maravilhosa quanto a Ladybug é apaixonada por você e o que você faz? Rejeita os sentimentos dela porque prefere sofrer por seu amor não correspondido a ficar com uma garota incrível." O kwami estava certo, ele sabia disso. Talvez devesse mesmo dar uma chance para Marinette. Como estava perdido em seus devaneios, o loiro só percebeu que o tempo estava passando quando ouviu o sinal anunciar o fim das aulas. Ele suspirou e andou até a menina.

— Oi. — Disse o loiro.

— Oi. — Respondeu.

— Preciso falar com você, pode me encontrar na biblioteca daqui a pouco? — Ela assentiu.

Depois que todos da turma foram para suas casas, a azulada foi andando, receosa, até o local combinado por Adrien. Quando chegou, seus olhares se encontraram.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Só li verdades na parte do Plagg (risos). O próximo capítulo será postado depois de amanhã.