Homem Aranha e a Heroína misteriosa escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Conversa




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P.O.V. Harry.

Eu a trouxe até a minha sala e ela olhou em volta curiosa.

—Gostou?

—Eu não gosto da Oscorp e nem dos Osborn em geral.

—Porque não?

—Porque tudo o que tem aqui foi comprado com o dinheiro manchado pelo sangue dos inocentes. Dia vinte e quatro de janeiro de mil oitocentos e quarenta e oito foi quando toda essa bagunça começou. Em Sutter's Mill.

—Está falando da corrida do ouro.

—Sim. A humilde família Osborn veio pra cá por causa disso e fez fortuna, Jeremiah Osborn seu ancestral ele cometeu um terrível e fatídico erro. Uma mulher chamada Pearl Petrova, ela estava faminta, assustada e sozinha. Ela roubou um saco de moedas de ouro da arca asteca de Jeremiah para dar de comer á filha, ele a pegou roubando o ouro e atirou nela. Seu sangue manchou as moedas e quando ela morreu isso enfureceu os deuses que lançaram sob o ouro e sob a sua família uma maldição terrível.

—E qual seria a maldição?

—O tolo mortal que retirasse uma única peça de ouro daquela arca seria amaldiçoado ele e toda a sua linhagem.

—Eu não acredito em maldições.

—Deveria.

Ela tirou um colar do pescoço, era uma moeda de ouro com uma caveira.

—Você não faz ideia do que seja isso faz?

—Não.

—Vou te dizer o que é, isso é asteca Harry, é ouro. Uma das oitocentas e oitenta e nove peças idênticas que foram entregues dentro de uma arca de pedra ao próprio Jeremiah Osborn. Ouro banhado em sangue Petrova dado a ele para impedir a matança imposta por ele e seu exército. Foi a morte de Pearl que enfureceu os deuses. Onde já se viu assassinar uma serva da natureza á queima roupa e á sangue frio? A insaciável cobiça de Jeremiah Osborn o condenou e a toda a sua linhagem. Todos os deuses pagãos e até mesmo o Deus único cristão lançaram sob o ouro a terrível maldição. O mortal que tirasse uma única peça daquela arca de pedra gelada fosse quem fosse seria castigado por toda a eternidade começando em vida. Com essa sua doença. Não consegue perceber Harry? Que quanto mais dinheiro você gasta mais fica claro que não consegue se satisfazer nunca. Que a comida parece serragem dentro de sua boca, a bebida nunca é suficiente para matar sua sede e que nem todo o prazer do mundo sacia sua luxúria?

Eu olhei pra ela com descrença. Era tudo o que eu sentia, o que eu senti minha vida toda.

—Vocês Osborn eram movidos pela cobiça, mas agora são consumidos por ela. Acho melhor começar a acreditar em histórias assombradas Harry Osborn, pois está vivendo uma.

Ela amarrou o medalhão de volta no pescoço, sorriu maliciosamente pra mim e estava saindo quando eu disse:

—Espera!

—Sim?

—Como eu quebro essa maldição?

—Todas as peças de ouro devem ser devolvidas á arca e o sangue... restituído. Essa é a última peça.

—E o sangue a ser restituído?

—É por isso que você precisa de mim. Começou com sangue Petrova e apenas com sangue Petrova terminará.

—Você tem que morrer.

—Não. Sem desperdício, sem desrespeito á vida.

—E vai me ajudar a quebrar a maldição?

—Vou. Mas, em troca quero que me prometa uma coisa.

—O que?

—Que não será como ele, como seu pai. Que não será um homem cruel, sem escrúpulos e que faz tudo pelo dinheiro. Que será melhor.

—Eu...

—Cuidado. Um pacto sobrenatural é amarado em todas as dimensões, não tem como voltar atrás uma vez que der sua palavra e se quebrar o pacto algo terrível te acontecerá.

—Eu prometo.

—Pronto. Agora, vamos precisar de um barco.

—Um barco?

—Temos que chagar a Ilha dos Mortos onde a arca está.

—Tudo bem. Vou cancelar meus compromissos e nós vamos.

—Não. Isso não é viagem de férias é um ritual, se não feito direito não funciona. Tem que ser amanhã. Amanhã tem lua cheia como manda o ritual e eu vou estar vestida apropriadamente e com a minha bússola. Vejo você amanhã. Bem cedo.

Nós trocamos os números de celular e amanhã eu serei curado.

Ao amanhecer ela estava me esperando na frente do meu iate com um vestido branco longo, de mangas longas e uma bússola na mão.

—Está atrasado. Podemos ir?

—Claro.

Subimos á bordo e o GPS do barco deu que a Ilha não existia.

—A sua Ilha não existe.

—Existe sim. Só que é protegida por poderosos feitiços de ocultação.

Disse chacoalhando a bússola. Eu a peguei para ver e a bússola não apontava para o norte.

—Estamos indo pra uma ilha que ninguém nunca ouviu falar e não existe nos mapas com uma bússola que não funciona. E não aponta para o norte.

Ela assumiu o timão e disse:

—Mas, não estamos tentando ir para o norte estamos?

Logo o céu começou a escurecer e a água antes azul se tornou negra. Começou a chover, uma chuva horrível.

—Sua louca o que tem na cabeça pra estar de tão bom humor ao navegar nessas águas negras com essa tempestade horrível?

—Não é óbvio?! Estamos chegando perto! Atenção tripulação! Coloquem os protetores nos ouvidos!

Os que não colocaram os protetores nas orelhas se atiraram na água e foram arrastados pro fundo. E lá atrás do denso nevoeiro deu pra ver a figura intimidante da Ilha dos Mortos.

ancoramos o barco e fomos nos botes salva vidas já que o iate não passaria pela pequena entrada.

—Fico arrepiada só de pensar em quantos bravos marujos encontraram a morte nessa passagem.

A passagem era um cemitério de navios, com vários tipos de tubarões nadando em volta.

Logo entramos na caverna e ela estava repleta de ouro, vasos de ouro, pilhagens e no meio da caverna estava a arca.

—Ninguém se atreva a tocar em nada. Não tirem nada dessa caverna. Venha Harry.

Ela empurrou a tampa de pedra com o pé.

—Aqui está Osborn. O tesouro amaldiçoado do próprio Jeremiah.

Ela tirou uma faca cintilante de debaixo da saia e a estendeu para mim.

—O que eu faço com isso?

—O que um Osborn começou só outro Osborn pode terminar.

Sarah estendeu a mão.

—Corte minha mão.

Ela tirou o colar e o segurou com a mesma mão que pediu para que eu cortasse.

—Eu...

—Corte logo!

Eu cortei sua mão e ela reagiu, apertou o medalhão para que a moeda ficasse com seu sangue e a jogou dentro da urna.

Assim que a moeda caiu na urna minhas mãos pararam de tremer.

—Acabou. A maldição foi revogada.

—Magia. Quem diria?

—Você! Coloque de volta! Verita serum.

—O que?

—Um vaso. Ele pegou! Peguem ele ou será amaldiçoado!

—Eu não peguei nada sua louca.

—Tudo bem então, mas quando maldição recair sob você não espere que eu derrame uma única gota do meu sangue Petrova por você. Sim, eu juro.

Nós descemos e quando ela passou por ele deu lhe um tapa na cara, pegou o vaso e o atirou longe.

—Imbecil. Vamos temos que sair daqui.

Nós voltamos para o Iate e navegamos de volta á Nova York. E estávamos de volta á minha sala.

—Obrigado. Por me ajudar.

—Disponha.

Ela pegou uma maçã verde da tigela sob a minha mesa, jogou a para o alto e disse:

—Lembre-se do pacto Harry. Um pacto sobrenatural é amarrado em todas as dimensões. Não há retorno. Tchau.

Ela deu uma mordida na maçã e saiu.

—Mas, eu não sou sobrenatural.

—Mas, eu sou. E você fez um pacto com um ser sobrenatural, o que torna o pacto sobrenatural.

Disse ela enquanto engolia o pedaço da maçã.

—Senhor Osborne?

—Descubra mais sobre a família Petrova.

—O que procuramos exatamente?

—Tudo. Tudo o que conseguir encontrar.

—Sim senhor.

 


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