Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 54
Perfect


Notas iniciais do capítulo

Bia
OLÁÁÁ PESSOAS! Tudo certo? Comeram muito no Natal? Ganharam presentes?
Se não ganharam, digo que vão ganhar hoje :333
SE PREPAREM PORQUE TAMO QUE TAMO!
Boa leitura!

Ester
Hello hello peps! Como vão vocês? Aproveitaram o natal? Curtiram e comeram bastante?
Eu estou na bad ainda depois do especial de natal de Doctor Who. Alguma leitora whovian pra sofrer comigo? Vamos compartilhar a bad ao som de Anathema -q
Massss, o cap de hoje não tem bad! Vamos conhecer esse cara muito legal dos cabelos fluroescentes e que atende pelo nome de Júlio (do Cocoricó -q)? Então preparem os hearts porque vem altas emoções por aí!
Boa leitura ;)

Stelfs
Eie! Como vocês estão povo lindo dessa fic? :) Ansiosas por hoje? Só quero dizer que, finalmente, depois de tanta bomba com a senhorita Stelfs e o sr. Cabeça de Tomate, teremos muito amor (ou não) com a madame Bia :B Aliás, como vocês passaram o natal de vocês? O meu foi bem, obrigada (alguém perguntou?). Mas, deixando de lenga lenga... vamos acompanhar esse novo shipp que está nascendo entre nós -q. Grande beijo e boa leitura.

Ps: Cliquem nesse "Júlio" aí em baixo para vê-lo :B (vai ser direcionado para o facebook porque a imagem em si não estava aparecendo aqui)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/736807/chapter/54

Júlio

Peguei o elevador e desci, indo recepcionar mais um convidado para a festinha do Castiel.

Quantos amigos esse cara tem?

Cheguei na portaria, toda iluminada, e olhei para o portão, onde havia um rapaz parado mexendo no celular.

E pasmem: ele tinha cabelo turquesa. E ainda tinha o braço direito cheio de tatuagens.

Meu Deus. Que homem é esse.

— Ei, John. — Me aproximei da porta da cabine dele. — Abre aí, por favor.

— Ah, claro. — Ele apertou o botão e o portão fez barulho.

O cara olhou pra cima, olhou pra mim rapidamente e viu que o portão estava aberto. Então entrou.

Me aproximei. — Oi... — falei meio tímida. — Júlio, né?

— Isso. — Ele sorriu, todo simpático. — Prazer. — Se aproximou e me cumprimentou com um beijo no rosto.

— Prazer, Bianca. — Socorro, que cheiroso!

Ouvi barulho de moto, e vi que uma tinha acabado de parar ali. O motoqueiro desceu.

— Boa noite, amigo! Entrega pro 207 — disse alto para John.

John me olhou com um sorrisinho do tipo “já sabe o que fazer”.

— É pra mim, moço — falei pro motoqueiro. — Espera um minutinho... John, posso ligar lá pra casa?

— Claro. — Ele pegou o telefone, discou o número e me passou.

—Oi, Stelfs, sou eu —falei assim que ela atendeu. — Pode descer com o dinheiro? As pizzas chegaram.

— Tá, já tô indo.

Devolvi o telefone e fui até o portão, que John abriu de novo. O motoqueiro tirou umas dez caixas do bagageiro dele e me deu.

Antes que eu pensasse em reclamar do peso, Júlio pegou as caixas.

— Deixa que eu cuido disso. — Riu, todo fofo.

Eu ri. — Obrigada, não tenho força pra tudo isso não. Mas se quiser eu aguento umas duas.

Ele riu mais ainda. — Não, tudo bem. Eu aguento.

Então percebi que tinha um carro parado na rua. A porta de trás abriu, e Nathaniel saiu de lá, olhando em nossa direção.

Eita preula.

Olhei pro Júlio, fingindo que não vi nada e fingindo que meu rosto não estava queimando. Ele me olhou, curioso, parecendo esperar eu falar algo.

— Tudo bem? Tá sentindo o peso daí?

Acabei rindo. — Tô, é muita pizza pra uma pessoa aguentar sozinha.

Senti Nathaniel passando do meu lado e entrando, e consegui respirar de novo.

Fiquei com o brioco na mão, mas gente, fala se não é bom isso?

Já te superei, querido.

Só que não.

Stelfs chegou, pagou o motoqueiro e levamos dois refrigerantes cada uma.

Agradeci o John e subimos. Logo no corredor ouvimos a tia Simone cantando.

Era só eu sair que a festa ficava mais animada?

Entramos e Júlio deixou as pizzas na ilha. Pouco depois, Ester foi atender o síndico que veio reclamar do barulho, e o Castiel ainda veio zoar. Pelo menos a Ester rebateu.

Depois dessa, abaixaram o som e eu escapuli pra varanda com um copo de guaraná. Eu já estava capengando de sono, e talvez o vento me ajudasse a despertar.

Ouvi a porta abrindo e fechando, mas não olhei.

— Tá fugindo do barulho? — Júlio ficou do meu lado, não muito perto e encostou na grade. Ele também estava com um copo de refrigerante.

— Na verdade, eu tô tentando fugir do sono. — Dei risada.

— Dorme cedo?

— Mais ou menos. Onze horas eu já estou na cama... — O olhei. — Adorei teu cabelo.

— Ah, valeu. — Passou a mão nele, sorrindo. — Faz pouco tempo que eu pintei. Gostei do seu também.

— Obrigada. Muitos anos de cores fantasias. — Brinquei.

Ele deu um gole do refrigerante. —Eu sei que o Castiel e o Lysandre moram no apartamento do lado, mas de quem é esse?

— É meu. Quer dizer, é dos meus pais, mas eles deixaram eu morar aqui.

— Ah... Mas a Stelfs é a namorada do Castiel... — Ficou com tom de dúvida.

— Sim, ela mora aqui também. E a Ester, que é a namorada do Lysandre. Nós dividimos o apê.

— Uau, as duas namoram integrantes da banda e você não? — Riu, fazendo graça.

Sorri, sentindo as bochechas esquentarem. Eu ouvi o tom de uma leve cantada aí?

— Pois é... Não andei com muita sorte com namoro.

— Bom, quando tiver ensaio no apê dos meninos até posso te visitar pra tomarmos um refrigerante e bater um papo sobre cabelos coloridos.

— Ah, claro. Só não me apareça depois das dez porque aí complica minha vida. — Sorri.

— Ok, as nove e cinquenta eu apareço. — E riu.

Estava rindo quando vi um vulto passando para baixo, e fui pra trás com o susto, igualmente Júlio.

Mas o que...

Voltei e olhei pra baixo, tentando ver o que tinha caído, e olhei pra cima, mas não vi nada além das sacadas dos apartamentos de cima.

— Oxe...

— Acho que a festa acabou. — Júlio comentou e eu vi que ele estava olhando para dentro.

— Já?

Abri a porta e entramos. Fiquei sabendo que o sindico tinha vindo de novo e pediu pra pararmos com a festinha.

E assim o povo foi embora.

Júlio me deu um abraço apertado e outro beijo no rosto antes de descer com os outros caras e eu fiquei toda sem jeito.

***

No dia seguinte, vi que o Júlio tinha me adicionado no facebook. Como ele tinha me achado? Não sei.

Só sei que ele era um cara legal.

Fiquei com o celular, falando com ele, quase o tempo inteiro nas aulas e até no intervalo, quando Priya me puxou para comprar algo na cantina.

É, não tinha bolinhos para vender por causa da festa de ontem.

Voltei para casa e fui ajeitar o almoço. Ester chegou e me ajudou.

Eu sabia que a Stelfs tinha ido até o aeroporto com o Castiel, e sabia que ela estava no quarto. Ficava meio assim de ir conversar, porque ela costumava ficar quietinha quando estava triste, e eu não sabia lidar com pessoas tristes.

Fui até a porta e dei duas batidinhas. — Stelfs, o almoço tá pronto.

— Tá. — A voz dela saiu meio abafada.

Voltei a cozinha de começamos a comer, e logo Stelfs se juntou a nós com uma cara aparentemente normal do tipo “Estou triste mas quero parecer bem”.

Não tocamos no assunto Castiel e conversamos normalmente sobre coisas diversas.

De tarde, eu tomei coragem para ir ao mercado comprar absorventes. É minha gente, o período chega para todos.

Enquanto escolhia a marca que eu sempre pegava, meu celular começou a tocar.

E quem era?

— Alô? — atendi com um sorriso.

Ei, Bia. — Júlio disse. — Tudo certo?

Fiquei distraída enquanto falava com ele. Fiquei uns cinco minutos lá parada ao invés de ir logo para o caixa. Mas quando me toquei, fui logo.

Paguei e voltei para casa.

John abriu o portão pra mim, passei, agradeci e fui em direção ao hall.

Meu estômago deu uma cambalhota dolorida quando vi Nathaniel sentado em um dos bancos perto do corredor, para onde dava o jardim na lateral do prédio.

Fingi que estava tudo bem. Não vi nada, estou ótima e me divertindo à beça falando com o novo crush.

— Ah, acontece né — falava com Júlio, não muito alto. — Eu sei como é.

Vi de canto de olho Nathaniel levantando a cabeça e me olhando, mas continuei olhando pra frente.

Passei por ele, pronta para respirar normalmente.

— Bia? — Ouvi ele me chamando.

Merda. Merda. Merda.

Parei, como se algo tivesse segurado meus pés, e sentindo minha boca secando, me virei devagar para olhá-lo.

Ele estava a poucos passos de distância e me olhava parecendo receoso. — Eu... posso conversar com você?

Demorei uns segundos até encontrar minha voz. — Sobre? — Tentei parecer indiferente, mas minha voz estava tremendo um pouco.

— É meio complicado de explicar — disse, mexendo nervosamente as mãos. — Por favor?

Suspirei, tentando me manter inteira. Voltei o celular na orelha.

— Júlio...? Oi, desculpa... Eu preciso desligar agora, depois eu te chamo, tá? — Ele respondeu. — Sim, tá sim. Preciso fazer umas coisas... Okay... Tchau.

Desliguei e dei um passo à frente, cruzando os braços e olhei para Nathaniel.

QUEM EU QUERIA ENGANAR! Eu estava tremendo igual vara verde.

Vi algumas pessoas passando e ele pareceu incomodado.

— Se importa de... irmos para o jardim?

Balancei a cabeça, e ele foi na frente. O segui.

No começo do jardim já tinha um banco de madeira, onde ele se sentou e me olhou. Preferi ficar de pé e o encarei, tentando não demonstrar minha ansiedade.

Nathaniel suspirou, olhando para o chão, com os cotovelos apoiados na perna. — Eu queria... dizer... que eu não vou mais trabalhar com meu pai.

Quê?

Ele me olhou. — Eu... eu estava todo esse tempo pensando no que fazer. Você me fez enxergar que eu não queria trabalhar com ele... Que esse caminho que eu estava indo era errado. Por mais que eu tenha sido colocado nele desde criança e me sentisse seguro, eu não estava feliz. Essa... história toda me fez ficar tremendamente confuso. — Levantou, ainda me olhando. — Eu definitivamente não quero trabalhar naquela empresa, e muito menos casar com alguém que não gosto. Porque eu gosto de você, eu só consigo pensar em você. Em nenhum momento você saiu da minha cabeça desde aquele dia. Mesmo depois quando eu aceitei que aquele era o meu destino, eu não parava de lembrar dos nossos momentos...

Obviamente minha voz tinha sumido. Não que eu tivesse algo para falar.

— Bia, me perdoa. Me perdoa por ser fraco e ser tão dependente do meu pai. Agora eu enxergo o quão idiota eu tenho sido por aceitar tudo isso. Por aceitar que ele decidisse minha vida amorosa e profissional... Eu... eu cansei de fingir que está tudo bem.

Ai... meu... Deus...

— Nath... — murmurei — e-e como você vai fazer? Você tinha sua vida planejada e vai largar mão disso?

— Vou. Eu preciso largar mão dessa vida que não foi escolha minha. Eu cansei do meu pai decidir tudo por mim — disse firme. — Estou jogando tudo para o alto. Eu quero tomar minhas decisões, por mais que eu possa fazer burradas. Quero fazer o que eu quero fazer sem ficar pensando se meu pai vai gostar ou não. — Levou as mãos até meus braços e os segurou de leve. — E a primeira coisa que eu preciso fazer é dizer que eu estou morrendo de saudades de você. Eu não me vejo com ninguém além de você... Me desculpa pelo sofrimento que eu te causei... mas por favor, eu preciso ter você de volta.

Eu estava boquiaberta.

Meu coração parecia que estava fazendo cosplay de Usain Bolt.

Fala, Bianca! Ele tá esperando!

Tá, eu não sei o que falar!

Fui pra frente e o beijei ao mesmo tempo que segurei seu rosto. Senti seus braços ao meu redor e ele me apertou.

Eu ainda estava segurando a sacola, que ficou entre nossos troncos.

Nos beijamos sem nem ligar se tinha alguém vendo.

Nossos lábios se enroscavam com saudade e desespero.

Minhas mãos foram para o cabelo dele, onde os fios já estavam maiores do que eu me lembrava.

Meu coração batia tão forte que parecia que iria rasgar meu peito e tentar entrar no peito dele.

Toda aquela saudade que eu sentia estava sendo finalmente liberada. Todo o sentimento de tristeza e abandono estava sendo apagado.

Eu me sentia viva de novo. Elétrica, cheia de energia e transbordando ternura, pensando que talvez ele também sentisse todos aqueles sentimentos saindo de mim.

Mas pelo jeito ele não se sentia tão diferente.

Sua mão esquerda foi parar no meu rosto e demos um último selinho demorado. Nos afastamos um pouco o suficiente para nos olharmos.

Ele sorriu. — Como senti sua falta.

Meu rosto já estava quente. — Eu também senti a sua, apesar de ter te xingado algumas vezes.

Nath riu. — Tudo bem, eu mereci. Mas não quero lembrar disso, só quero sentir você perto de mim. — E me abraçou apertado.

Abracei sua cintura com força, sentindo o perfume que eu tanto sentia falta.

Ficamos ali sei lá quanto tempo. Queria ficar para sempre abraçada com ele.

— Vamos subir? — Me soltou e me olhou.

— Pra minha ou pra sua casa? — Dei um sorrisinho.

— Pra onde você quiser.

— Hm... vamos pra sua.

— Então vamos. — Segurou minha mão e me puxou para dentro do hall.

Pegamos o elevador e descemos no segundo andar. Entrei e deixei a porta aberta, e Nathaniel ficou lá esperando.

Ester e Stelfs estavam no sofá e me olharam enquanto eu passava. Deixei a sacola em cima da minha cama e voltei.

As duas me olharam com sorrisinhos, e vi que Nathaniel estava na porta, meio corado.

Acho que elas o viram. Só acho.

— Volto mais tarde — avisei, indo para a porta.

— Juízo! — Stelfs disse alto.

— Aleluia irmãos! — Ester soltou, rindo.

Balancei a cabeça, sentindo as bochechas quentes e sai de novo, fechando a porta atrás de mim.

— Elas também me xingaram igual você? — Nath perguntou depois que entramos no elevador.

Eu ri. — Não em voz alta.

Descemos, e segurando minha mão, Nathaniel pegou suas chaves e abriu a porta.

Entrei, e em seguida ele voltou a fechá-la.

— Espera um pouquinho? — Me puxou para o meio da sala.

— Espero. Só um pouquinho.

Ele sorriu e deu um beijo rápido nos meus lábios, e depois foi para o corredor e entrou em seu quarto.

Sentei na ponta do sofá e esperei.

Logo, ele voltou olhando alguma coisa no celular e depois o colocou no aparelho de som. De longe, deu pra ver que ele tinha colocado algum vídeo do youtube.

Nathaniel se aproximou e estendeu as duas mãos em minha direção.

Olhei seu rosto, tentando entender o que ele ia fazer, mas ele só estava com um pequeno sorriso.

Segurei suas mãos e ele me puxou de leve, me fazendo levantar. Paramos no meio da sala, e ele deixou minhas mãos em seus ombros e segurou minha cintura.

Uma voz conhecida por mim começou a cantar no sistema de som, e Nathaniel nos moveu lentamente para os lados.

I found a love for me. — Nathaniel cantou junto, baixinho. — Darling, just dive right in and follow my lead… Well, I found a girl, beautiful and sweet… Oh, I never knew you were the someone waiting for me… Cause we were just kids when we fall in love, not knowing what it was. I will not give you up this time. But darling, just kiss me slow, you heart is all I own and your eyes you’re holding mine… Baby, I’m dancing in the dark, with you between my arms. Berefoot on the grass, listening to our favorite song. When you said you look a mess, I whispered underneath my breath, but you head it. Darling, you look perfect tonight.

Eu sentia meu rosto queimar enquanto olhava para ele com um sorriso idiota.

Nathaniel encostou sua testa na minha e continuou cantarolando, enquanto me segurava mais perto dele.

Meu coração estava batendo tão forte. Tão... cheio.

Nos últimos momentos da música, eu não me aguentei. Fiquei na ponta dos pés e o beijei.

Beijei como se aquela fosse a última coisa que eu quisesse fazer. Como se minha vida dependesse daquele beijo.

Eu queria demonstrar toda a falta que ele fez pra mim. Cada parte de mim sentia saudade dele. Cada pedacinho queria ficar perto e nunca mais se afastar.

E eu sentia que ele estava querendo mostrar exatamente a mesma coisa para mim.

Depois do que pareceu muito tempo, nos olhamos.

A música estava tocando de novo.

Sorrimos, literalmente como dois apaixonados.

Nathaniel soltou minha cintura e pareceu pegar algo no bolso de trás da calça. — Eu queria fazer algo mais elaborado, mas mudança de planos. Não quero esperar... Eu sei que você me disse que não gostava de alianças. Então... — Levantou a mão, com a palma pra cima. Haviam dois anéis dourados e finos. — Não são alianças, são anéis normais. — Riu.

Olhei, boquiaberta enquanto soltava seu pescoço. Ele pegou o anel menor.

—Aceita ficar do meu lado pra sempre? — Olhou em meus olhos.

Senti meus olhos ficando úmidos e estendi a mão direita pra ele. Ele sorriu e colocou o anel no meu dedo anelar. Depois me entregou o outro anel.

O peguei e coloquei no dedo anelar dele.

Eu ri. De ansiedade, de alegria, de amor, de tudo.

Então ele me abraçou pela cintura, me levantando do chão. — Eu juro que vou recompensar todo esse tempo que perdi. — Me colocou de volta no chão e me olhou. — Juro que serei o melhor namorado do mundo.

Sorri, feliz. — Você não precisa se esforçar pra ser o melhor namorado do mundo. É só não me aparecer com outra história de casamento.

Nathaniel sorriu, divertido. — Pode deixar. Você só vai ouvir sobre casamento da minha boca quando pensarmos nisso juntos.

Ai, Deus... Estou sonhando?

— Mas... quando você comprou esses anéis?

— Ontem... Eu estava muito ansioso para falar com você.

— Mas e se eu não quisesse aceitar suas desculpas? — Brinquei.

— Aí... bom, eu pensaria nisso depois. Mas felizmente não vou precisar pensar.

O olhei, ainda sem acreditar, sorrindo igual besta.

— O que foi? — Ele colocou uma mexa de cabelo atrás da minha orelha, todo carinhoso.

— Nada. Eu só não estou acreditando nisso tudo.

— Nem eu... Bom, agora você pode fechar a lista de clientes fiéis.

Eu ri. — Hm... verdade. Bem lembrado.

— E... você pode dizer para esse tal de Júlio que você começou a ter sorte no amor — disse baixo, fazendo cara de inocente.

Senti a cara fervendo.

Meu Jesus Cristo, ele tava ouvindo!

Nath riu ao ver meus olhos arregalados. — Desculpe... é, eu estava ouvindo. Juro que tentei não ouvir, mas não aguentei...

Balancei a cabeça, desacreditada.

Ainda bem que não conversei nada de estranho com o Júlio.

— E, tenho que confessar que... fui eu que liguei pro síndico sobre o barulho que vocês estavam fazendo — admitiu, com as bochechas coradas.

EITA! — Ué... mas por quê?

— Ah... eu fiquei com ciúmes. — Deu de ombros, sem graça. — Eu fiquei com raiva quando te vi com aquele cara lá na portaria... E depois vocês conversando na sua varanda...

— Mas a gente não estava sozinho! Tinha mais de vinte pessoas lá aquele dia.

— Eu percebi pelo barulho... Desculpe. Agi pela raiva.

Comecei a rir, imaginando qual seria a reação das meninas ao saberem disso.

— Bom, tudo bem. Por um lado, até que você me salvou porque eu queria dormir.

— E te salvei do Júlio te dar uma cantada mais direta também.

Dei uma revirada de olhos e sorri. — Que ciumento.

— Tenho ciúmes do que eu gosto muito. — Me puxou pela cintura.

Sorri. — Eu também gosto muito de você, bobão. — Fiquei na ponta dos pés e o beijei.

Senti ele sorrindo contra meus lábios antes de me beijar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bia
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA :')
Vocês deram gritinhos? Surtaram bastante? Ai, foi tão lindo ♥
Ainda dou boas suspiradas quando leio esse capítulo!
Júlio, você é um lindo, mas o coração é do Nathaniel, fazer o quê HAHAH
Gostaram? Esperamos que sim!
Até sexta o/

Ester
O cap a seguir foi um oferecimento de Edinho Sheeran, a trilha sonora para seus momentos românticos desde 2000 e bolinha.
Eles voltaram aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Quem quer um Nath levanta a mão o/ ~levanta as duas

Playlist no YouTube
https://www.youtube.com/playlist?list=PLtd2o93Ew-C0v2ao4l59um_bKLCGmQg-p

Playlist no Spotify:
https://open.spotify.com/playlist/6vcwCMSVWILDwQTUbKruq2

Stelfs
AEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE FINALMENTE, SENHOR! * solta brados de aleluia * Já estávamos aflitas querendo que esses dois se resolvessem. E, como Nathaniel é lindeza até não poder mais, esse retorno foi mas fofo, lindo e maravilhoso de todos :333 Nos vemos nos reviews e na sexta, até lá



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Laços" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.