Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 52
Aguenta Coração


Notas iniciais do capítulo

Stelfs
Boa tarde, cambada! (Ou seria noite?), kkkkkk. Então, peço desculpas por postar os tão tarde, mas é a vida, não? Quero só agradecer ao pessoal que tem acompanhado a fic (vocês são demais, galeraa :B) e dizer que estou muito feliz com a repercussão que ela tá tendo. Obrigada de coração ❤ Maaaaaassss, vamos falar de coisa boa, vamos falar de (Tecpix -nnn) Castiel e Stelfs :3 Eu juro que esse capítulo tá muito amor... Espero que gostem! Boa leitura :3

Ester
Hello hello peps, como vão vocês? Sobreviveram ao gelo do último cap? Até Elsa foi embora depois disso D:
Agoraaaa hora de um pouco de amor e de sofrência.
Num oferecimento da playlist Laços music, trilha sonora pra todos os momentos, e Senhora do Destino, com o meme de Nazaré dando as caras por aqui vez ou outra, vamos a primeira parte desse cap com menino Castiel e essa garota que treta muito, Stelfs.
Boa leitura !

Bia
Genteeeeeeee me perdoem, o capítulo atrasou por minha causa kkkk
~eu esqueci que hoje era dia de postar
Enfim, vamos lá para o capítulo bonitinho da Stelfs e Castiel :3
Boa leitura!



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— E aí, meninas, o que acharam? — Minha tia apoiou o cotovelo na mesa, escorando o rosto com a mão, enquanto olhava pra gente.

Era domingo, dia nacional da preguiça e ninguém queria fazer nada além de morgar no sofá, até que... Tia Simone apareceu, resolveu cozinhar pra gente e fez uma Lasanha de Quatro Queijos da ora.

— Hummm — Ester foi a primeira. — Mas tá bom! O que a senhora fez? — Apontou o tabuleiro com o garfo antes de voltar a falar. — A minha vó costuma usar orégano no meio, pra dar um sabor especial.

Tia Simone soltou um riso divertido.

— Nada de mais, só segui a receita da Palmirinha — explicou, mas foi impossível não rir.

Palmirinha, tia?

— Olha só esse queijo. — Bia levantou o garfo do prato, criando uma linha imensa.

— Meu Deus, mas isso aqui tá bom mesmo, hein? — falei com a boca um pouco cheia ainda e pondo a mão na frente. — Arrasou, tia! — comentei logo depois, bebendo do suco de laranja.

Tia Simone riu um pouco mais, se servindo também.

— Foi com essa receita que eu conquistei seu tio Gustavo — ela comentou engraçada.

Eu e Bia olhamos pra ela e começamos a rir.

— É esse o segredo de como conquistar alguém? — Ester perguntou, dando mais uma garfada na lasanha dela. — Lasanha quatro queijos?

— Aí, Ester, já pode fazer pro Lysandre — Bia soltou divertida, bebendo do suco logo depois. — Ele vai até te pedir em casamento desse jeito. — Fez gracinha.

Eu comecei a rir e ela olhou pra gente com sorriso meio rindo dela.

— Humm, então acho que vou chamar ele pra jantar dessa vez — comentou e eu fiz cara de “not bad” pro lado dela, fazendo ela rir.

— Também, né, Tio Gustavo é like a Castiel, gente, não se enganem — brinquei, mexendo com o garfo na mão e balançando ele. — Qualquer coisa cabe naquele estômago.

Falei engraçada e Tia Simone me olhou, fechando as expressões e me repreendendo, enquanto as meninas riam.

— Ah, até parece — disse, defendendo o “querido” dela.

Eu não me aguentei e comecei a rir horrores por ela ter ficado brava.

— Eu sei, tia, tô só brincando... — falei meio zueira e ela me lançou um olhar torto.

— Falando nisso, Stefany... — Ela ficou séria de repente, me encarando. — Que dia Castiel vai se mudar? — me perguntou.

Ester me olhou na mesma hora com uma cara meio “nossa” e Bia pareceu reticente de repente.

— Amanhã de manhã — respondi normalmente, mas meu coração se cortou por dentro.

Tia Simone se espantou, me olhando assustada.

— Mas já?! — Quase gritou. — E como você não me falou isso antes?!

Eu olhei pra ela com uma cara estranha.

— Ué, mas eu te disse que seria no dia 29... — me defendi.

— Ah, e eu lá ia saber que dia 29 é segunda-feira agora? — Eu vi que ela parecia meio agitada.

— Mas, tia... — Tentei me defender.

Então suspirou.

— Queria organizar uma festa de despedida pra ele, mas agora não dá mais tempo. — Revelou o porquê de tanta ansiedade.

É o quê?!

Eu a encarei, ainda meio bobada com essa revelação bombástica.

— Por essa eu não esperava — disse depois de ter passado o choque. — Bem, não sei se Castiel seria muito adepto de uma festa de despedida — comentei, imaginando mil e uma reações vindas dele quando soubesse disso.

Bia se pronunciou na hora:

— Ah, mas gostando ou não, vai ter — disse um tanto impetuosa, mas engraçada, como sempre. — Quero pra agora essa festa pra ver a cara dele nesse negócio.

— Nossa — soltei no automático, rindo desse comentário.

— E se ele não gostar, a gente gosta e aproveita por ele — ela completou.

— Nem assim você para de provocar o garoto, Bia? — Ester falou isso e eu a olhei, franzindo a sobrancelha.

Que aconteceu aqui? Ester defendendo o Castiel? Vai chover canivetes.

— O Lys me contou, — Ester continuou. — Que a banda deles vai fazer um show de despedida hoje à noite com ele — comentou. — Eu até disse pra ele que ia lá ver.

— Hum... — Fiz um bico.

— E se fosse todo mundo, então? — Bia foi a próxima. — Tudo bem que é o Castiel fazendo barulho com uma guitarra — Começou a brincar, fingindo desdém e cruzando os braços. — Mas eu vou sentir falta do Sr. Babão — zuou, me fazendo rir.

— Eu também vou sentir falta do Sr. Crepom — Ester emendou.

— Okay. — Intervi, enquanto as meninas riam que só. — Alguém mais tem algum apelidinho ridículo? Cite agora ou cale-se pra sempre — brinquei e elas riram ainda mais.

Tia Simone balançou a cabeça, achando muita graça da gente.

— Sabe o que poderíamos fazer? — Nos interrompeu de repente. — Enquanto a Ester e a Stelfs vão pro café ver o tal show, eu e você, Bia, podíamos organizar alguma coisa aqui mesmo. — Levantou uma das sobrancelhas de maneira sugestiva. — Que me dizem?

— E vai chamar todo mundo pra cá? — Ester perguntou no mesmo instante.

— Ah, só uns amigos mais íntimos — tia Simone respondeu.

— Ou seja, meia dúzia de pessoas. — Dessa vez foi Ester e a Bia riu.

— Engraçadinhas... — soltei com um bico. — Eu posso tentar falar com o pessoal da banda. — Me prontifiquei. — E posso ligar pra Carol também. E chamar o Caio, a Nívea e o Armin.

— Tá, daí eu aviso o Lys e ele pode chamar mais pessoas — ela complementou.

— Eu posso fazer bolinho também — Bia emendou logo depois. — E dá uma ajeitadinha nesse apartamento.

— E eu fico por conta das comidas. — Tia Simone nos olhou e piscou de maneira divertida.

— Pronto, acho que fechou — comentei, abrindo um sorriso. — Só não vou te ajudar agora à tarde, tia, porque vou tá ajudando o Castiel a arrumar as coisas dele — falei meio assim, dando de ombros de maneira temerosa/engraçada.

— Olha lá, hein. — Ela me lançou seu olhar de mãe. — Juízo.

— Como se me faltasse — soltei logo, fazendo as meninas rirem.

...

Parei na porta do quarto do Castiel, o encontrando sentado na sua cama com um violão empunhado na coxa, dedilhando ele com uma concentração incrível, enquanto as pilhas de roupas, papeladas e malas jaziam espalhadas pela bagunça, vulgo, quarto dele.

Cruzei os braços, fingindo estar nervosa, mas não conseguia ficar séria. Já tava rindo.

— Mas que bonito, hein, senhor? — brinquei e ele ergueu a cabeça, me olhando de repente.

— Que é, mocinha? — perguntou debochado, largando o instrumento em cima da cama e vindo na minha direção.

— Você aí, brincando, ao invés de arrumar suas coisas — falei engraçada, acompanhando Castiel com os olhos e já sabendo onde isso ia dar. [Como se eu não gostasse, né? Okay, fecha esse parêntese].

Ele abriu aquele sorriso.

— Estava me distraindo — me respondeu, ficando bem na minha frente. — Mas acho que encontrei algo mais legal pra me distrair... — soltou essas cantadas ridículas e egocêntricas dele.

E, como sempre, me beijou logo depois, nem me dando chance de revirar os olhos e fingir desdém. Escutamos um barulho de porta se abrindo ao lado e ele me soltou, só me dando tempo de ver as costas do Lysandre no corredor. Ê vida. Sempre passando vergonha.

— Ainda não me acostumei com isso — soltei desconcertada, abaixando a cabeça e Castiel gargalhou alto.

— Tsc, tsc, tsc, que garotinha pura... — zuou comigo e eu o encarei, fechando a cara.

— Como você é imbecil! — exclamei, cruzando os braços e ele riu ainda mais.

— E arisca — completou da maneira Castiel de ser. — Vem cá. — E me puxou pelo pescoço com um dos braços, me juntando contra ele.

Droga. Golpe baixo.

Desatei meus braços e o rodeei pela cintura.

— Um a zero pra você, espertinho — comentei, soltando as palavras entre a blusa dele e ele riu de novo. — Então, — Eu me soltei dele, fazendo ele me soltar também. — Eu vim te ajudar a arrumar suas coisas — disse, erguendo a cabeça pra olhar seu rosto.

— Fique à vontade... — Me indicou a confusão de coisas espalhadas por ali com a mão.

— É, querido, mas você vai ter que me ajudar — expliquei, indo até a cama e percebendo a incontável quantidade de roupas ali em cima. — Posso ir dobrando isso aqui? — Apontei, virando o rosto pro Castiel e ele concordou com a cabeça.

Abri espaço na cama, tirando meus chinelos e me sentando em borboleta junto com as roupas do Castiel. Ele arrastou a cadeira da escrivaninha, colocando ela perto de mim e pegou de novo o violão, voltando a dedilhar qualquer coisa nele.

— Eu não sabia que você tocava violão. — Resolvi começar um assunto, enquanto dobrava uma camisa dele.

Ele tirou os olhos das cordas e me encarou.

— Eu comecei tocando violão e depois fui pra guitarra — explicou, voltando a olhar pras notas que seus dedos faziam.

— Entendi. — Coloquei a peça em algum lugar do meu lado. — É uma pena que tenha vendido ela... — falei, meio sem chão com aquela notícia. — E a Harley — complementei, sentindo a tristeza em minha voz e me censurei por isso.

Por que eu estava falando disso justo agora? Droga, Stefany, não dá pra ficar calada, não?

— É sim... — ele respondeu entre os dedilhados e ainda centrado no violão. — Mas fazer o que, eu precisava de dinheiro. — Tentou passar indiferença, mas era notável a tristeza em sua voz.

Suspirei, desanimada. Anda, anda, anda, pensa em algum assunto legal pra distrair esse menino.

Mas, se tem uma coisa que eu sou péssima é desfazer assuntos da bad. Palmas pra mim.

Enquanto estava ali tentando quebrar o silêncio que se instalou entre nós e dobrando as roupas de Castiel, escutei aquele dedilhado se transformar em um batido lento. Eu levantei minha cabeça, mas ele continuava olhando seus próprios movimentos. Trocou de nota, mudando a entonação da música e fiquei ali, escutando aquela canção que ainda não conseguia distinguir. Outra nota e pude ver os cabelos de Castiel tampar seu rosto, enquanto ele forçava o batido, produzindo um som limpo, mesmo que lento.

Outra nota e outra, até que aquela melodia foi acompanhada pela voz dele:

— I gonna take a little time, a little time to things over.

Eu fiquei encarando ele. E, com certeza, a minha cara deveria ser de espanto. Eu... nunca tinha ouvido Castiel cantar.

— I better read between the lines, in case it when I’m older.

Ele soltou um murmúrio baixo, acompanhando o batido no violão e larguei a blusa pra lá.

— This mountain I must climb, feels like a world upon my shoulders.

A voz de Castiel… Era linda. É claro que é sem comparações com a de Lysandre, mas, o timbre era rouco, forte e vibrante, mesmo que ele entoasse uma música lenta. Matinha o tom afinado e grave, combinando com a música.

— Through the clouds I see love shine, it keeps me warm as life grows colder.

Abri um sorrisinho, ao acompanhar a letra cantada em seu inglês carregado de sotaque.

Castiel puxou o ar dos pulmões, soltando-o logo em seguida, dando uma parada súbita no violão. E ergueu o rosto, fazendo seus cabelos se espalharem e seus olhos se encontrarem direto com os meus.

— In my life... — Colocou emoção na voz já forte dele, voltando a tocar o violão com violência, arrancando um arrepio de mim. — There’s been heartache and pain...

Então me dei conta de que música ele estava tocando. Não, alguém me diz que isso não é verdade. Eu simplesmente... amo essa música.

— I don’t know if I can face in again. — Desviei meu olhar por alguns segundos, sentindo vergonha por ver que Castiel me olhava muito e direto nos meus olhos. — Can’t stop now, — Forçou ainda mais a voz e o olhei, fazendo ele sorrir malandramente. — I’ve travel so far, to change this lonely life. — Fez toda aquela parada dramática na estrofe, pra entrar no refrão.

— I wanna know what love is. — Eu comecei a cantar junto com ele e Castiel riu ainda mais, mantendo aquele contato visual, que tentei não desfazer, por mais vergonha que sentisse. — I want you to show me. — Cantei alto, deixando a emoção daquela letra me levar. — I wanna feel what love is, I know you can show me... — Finalizamos aquela parte, ainda nos olhando e com sorrisos nos lábios.

Ele continuou tocando, voltando a atenção por alguns minutos pro violão e senti que minhas bochechas estavam quentes. Escutei as notas se repetirem, então percebi que ele iria continuar a música.

— I’m gonna take a little time, a little time to look around me... — Recomeçou, olhando mais uma vez pra mim e abaixei o rosto, com vergonha, colocando meu cabelo atrás da orelha. — I’ve got nowhere left to hide, it look like love has finally found me... — Cantou aquela parte.

E então me dei conta. Ele estava se... declarando pra mim?

— In my life there’s been heartache and pain... — Quase gritou essa parte, fechando os olhos e senti meu coração acelerar com isso.

Ele estava mesmo dizendo tudo isso pra mim?

 — I don’t know if I can face it again. — Cantou com emoção e entre pausas, deixando sua voz ainda mais linda e eu sai da cama com cuidado, descendo dela. — I can’t stop now, — Continuava cantando com os olhos fechados, viajando na música. — I traveled so far, to change this lonelly life... — E eu me aproximei dele devagar, levando minhas mãos nos cabelos dele, assustando ele e quase atrapalhando a música.

Eu ri divertida e Castiel sorriu charmoso, continuando o batido.

— I wanna know what love is... — Começamos a cantar o refrão juntos, enquanto nos olhávamos e afundei meus dedos em seus cabelos. — I want you to show me. — E aproximei meu rosto do seu. — I wanna feel what love is. — Cantei sussurrado, mantendo aquele contato visual com ele. — I know you can show me... — Praticamente falei aquele fim, sem esperar para beijá-lo.

O violão cessou. 

E em questão de segundos, senti as mãos de Castiel colocando meu pescoço entre elas, enquanto continuava sentado na cadeira. Eu estava adorando brincar com os cabelos dele, bagunçando aqueles fios da mesma forma que ele fazia com os meus.

Ele tirou as mãos de mim e pegou o violão de seu colo, colocando ele na cama, enquanto ainda nos beijávamos. Se levantou em seguida, sem desatar nossos lábios, fazendo minha coluna parar de doer e me virou contra a escrivaninha dele, me fazendo encostar nela.

Nos beijamos por minutos, sem nos largamos ou querermos sair daquele momento.

Então, coloquei minhas mãos abertas em seu peito com delicadeza e o afastei, fazendo ele me largar e encerrar aquele beijo. Ele me olhou com uma cara de cachorro abandonado na mudança e eu soltei um risinho engraçado. E o abracei sem explicações.

Acho que Castiel deve estar acostumado.

Mesmo que seu corpo ainda cambaleasse antes de me sustentar em seus braços.

Apertei a camisa dele com força.

— Eu vou sentir sua falta, seu doido — falei meio emotiva, escondendo meu rosto no seu peito, aproveitando pra sentir aquele perfume mais uma vez.

Ele me envolveu ainda mais com seus braços, quase me sufocando dentro do abraço dele, afundando o nariz no meio dos meus cabelos.

Igual da primeira vez que nos beijamos.


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Notas finais do capítulo

Stelfs
Aiiiiinnnnnnnnnn, como não morrer, meu Deus, com esses dois? Eu sei que Castiel é meio durão, mas quando ele quer, ele acaba com a geral -q. A música do capítulo é essa aqui:
https://m.vagalume.com.br/senhora-do-destino/i-want-to-know-what-love-is-traducao.html.
Ela é muito sedução, mas a tradução é uma gracinha ❤

Ester
Quem aí ficou morrendo com esse final, ergam as mãos e daí glória... -nn
É, meus caros, a hora da despedida do Castiel está chegando :'( Mas antes teremos um party hard! Então avisem o Latino porque sexta é festa lá no apê das meninas o/
Até sexta o/

Bia
Ai, senhor Babão logo irá partir /3 Sentiremos falta de zoar com ele, né nom? Mas ele ainda está por aqui, então vamos aproveitar ~le risada maligna
Até sexta o



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