Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 26
Truco!


Notas iniciais do capítulo

Ester:
Here comes the Sun ~tchururu.
Quem mais resolveu dar o ar da graça além do sol? Nós mesmas Melo -qqq
Mais aliviados depois do cap passado? Demos um tempo pra vocês respirarem, mas preparem seus coletes e os capacetes, pois OLHA A EXPLOSÃO.... de fofura... kkkkk
Boa leitura ;)

Bia:
Ei pessoinhas! Vamos lá nos apaixonar e rir ao mesmo tempo? HSUAHSU Acho que todo mundo já ouviu berros de jogadores de truco :v
Boa leitura!

Stelfs:
Bom dia, gente lindcha! Depois de tanto aperto, né, non e do capítulo passado, trazemos hoje um momento de amor e graça pra vocês :)
Espero que gostem, minha genten! Buona lettura ♥



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Sai do banho, com os cabelos ainda úmidos, e me joguei na cama, pensando no que fazer da vida. Continuava refletindo sobre o que aconteceu na noite anterior e também como seria a vida dali pra frente. Se Lysandre me beijou, é por que gostava de mim, não? Eu... Realmente não sabia como me sentir...

A gente se conhecia havia um mês, mas parecia que era tão mais tempo... Parecia que nós erámos amigos de longa data, daqueles que você chega a sentir falta quando fica longe.

Abracei o travesseiro e fiquei deitada de lado, enquanto pensava em tudo. Até que ouvi uma batida na porta. Atendi e vi Bia:

— Adivinha quem tá aí? — Ela tava com aquele sorriso. Por que as pessoas ficavam me olhando assim?

— O Lysandre tá aí? — perguntei ansiosa. Pela cara dela, só podia ser.

— Claro que é ele, menina, quem mais? — soltou meio irônica e eu ri.

— Fala pra ele me esperar um pouco, que já vou falar com ele.

Ela disse que faria isso e saiu.

Fechei a porta e dei um jeito de me arrumar em cinco minutos. Fiz um rabo de cavalo, pra andar rápido com o cabelo. Coloquei o celular no bolso da blusa de frio e sai.

Lysandre estava sentado no sofá da sala, numa conversa casual com a Bia, que preparava alguma coisa pra comer.

— Oi, Lys. — Me aproximei dele, num cumprimento tímido. Bia deu uma olhada pra nós dois e depois voltou ao que fazia.

— Boa tarde, Ester. — E se levantou pra me cumprimentar com um beijo na bochecha. Sorri meio boba. — Castiel disse que você gostaria de falar comigo.

— Ah, então ele avisou mesmo? Achei que ele nem ia falar nada, já que eu nem paguei. — comentei naturalmente e ele me deu uma levantada de sobrancelha. — Esquece. — Droga, sempre tinha que dar uma gafe dessas!

— Você já almoçou? Creio que acordou um pouco tarde também. — E me deu aquela olhada de sempre. Acho que eu tava até me acostumando já.

— É, tomei café já era quase meio dia. A Bia tá ali, acho que vai fazer qualquer coisa pra comer. — E apontei pra ela lá na cozinha.

— Gostaria de comer algo comigo? Também não almocei até o momento. — perguntou, com as mãos atrás das costas. Ele tava um pouco... Nervoso? Ou era só impressão minha?

— Eu quero. Onde a gente vai? — perguntei e ele respondeu que era um restaurante de comida italiana.

Avisei a Bia e ela me veio com essa, enquanto sentava na mesa com o prato de comida:

— Se comportem, crianças. — Eu dei um olhar feio pra ela, que só riu. De manhã era a Stelfs, agora ela!

— Liga não, ela é assim mesmo. — disse pra Lysandre, enquanto fechava a porta. Ele riu vitorianamente (existe isso?).

Tomamos o elevador e fomos indo. Estávamos mais próximos um do outro, em comparação com a última vez que andamos juntos. Mal precisava esticar a mão pra tocar no outro.

Apesar de eu tentar puxar assunto, Lysandre estava calado, dando respostas curtas. Sem a intenção de ser grosso, claro, só parecia um pouco nervoso. Fiquei pensando em por que ele estaria assim, porém não quis perguntar. Uma hora ou outra, acabaríamos chegando no assunto, sem precisar forçar.

Depois de uns quinze minutos de caminhada e aquele climão que eu não conseguia dissipar de jeito nenhum, chegamos num cruzamento. Visualizei a placa...

— “Cantinho da Nona”? — O olhei com uma levantada de sobrancelha, estranhando o nome.

Atravessamos a rua. Lysandre pegou na minha mão para isso e eu nem liguei, só olhei pra ele e sorri. Ele fez o mesmo. Aaaaa, até que enfim sorriu!

— É um restaurante de comida italiana, como eu disse. — Ele abriu a porta e deixou que eu entrasse primeiro.

O restaurante era normal, com mesas de quatro ou oito lugares. Uma moça passava pano no chão e algumas cadeiras estavam viradas em cima da mesa. Só tinha mais um grupo de cinco amigos almoçando lá.

— Ué, eles não tão limpando? — perguntei e apontei pra moça. Nos aproximamos de uma mesa de quatro lugares e ele puxou a cadeira para que eu sentasse. Empurrou-a de volta e foi se sentar também.

— Sim. Mas ainda está em funcionamento.

Pedimos nossos pratos e esperamos. Lysandre continuava calado.... Olhei pra toalha de mesa branca.

— As toalhas! — soltei essa, atraindo a atenção dele de repente.

— Qual o problema?

— Elas não são xadrez. Todo restaurante italiano tem que ter toalhas xadrez. Esse restaurante é falso! — Lysandre me olhou confuso e eu comecei a rir. Climão dissipado com sucesso.

— Bem... A comida daqui parece bem italiana para mim... — Falando em comida, a nossa chegou naquele momento.

— Mas eles não têm toalha xadrez. Já perdem ponto. — Pegamos nossos talheres e começamos a comer. Ele tava certo, a lasanha parecia bem “italiana” pra mim.

— Está avaliando o restaurante? — questionou, antes de dar uma garfada no macarrão (nota mental: Lysandre deve ser muito fã de macarrão).

— Talvez... — e dei uma olhada pra ele, por cima do prato.

— Então me lembre de levá-la em um restaurante de frutos do mar, do outro lado da cidade. Tenho certeza que ele ganhará nota máxima.

— Ahh, então o senhor é mesmo entendido de gastronomia? — A partir disso, tentei levar a conversa por caminhos mais leves.

Terminamos de comer e usamos os guardanapos. Ouvimos o pessoal da mesa do lado berrar “truco! ”. Ele deu uma olhada atravessada pro povo lá, só que nem ligaram. Comecei a tomar do meu suco de uva.

— Então... O que gostaria de falar comigo? — Veio com essa de repente e eu quase engasguei. Até tinha me esquecido disso. Estava pensando no que falar, horas mais cedo, só que não iria adiantar de nada.

— É. — Dei uma pigarreada, pra disfarçar. — Eu queria falar sobre... — E olhei pra ele. Adquiriu uma expressão séria de repente e eu quase me perdi no que estava pensando. — Sobre, sobre ontem!

— Fico feliz que tenha tocado no assunto. — E colocou o guardanapo dele sob a mesa, com determinação. — Procurei-a exatamente para tratar sobre isso.

— É mesmo? — Foi a minha vez de levantar a sobrancelha, enquanto colocava o copo de volta na mesa, tentando parecer decidida também. — O que você queria me falar?

— Não gostaria de começar primeiro? Afinal, foi você quem pediu...

— Não, não pode falar você primeiro. Depois eu falo. — Cortei a fala dele com essa. Teria um pouco mais de tempo pra pensar na conversa. Claro, se ele não me deixasse completamente atrapalhada, como antes.

— Já que insiste. — E me olhou firmemente nos olhos. Dessa vez, não desviei e mantive o contato visual.

Fomos interrompidos pelo garçom, que chegou com a conta. Pagamos (já que eu insisti em não deixar ele pagar tudo sozinho) e voltamos à conversa.

— Como disse, gostaria de falar sobre o que aconteceu ontem. — Que decidido esse rapaz!

­— Vá em frente. — disse em um tom mais baixo.

Ouvimos novos gritos da mesa do lado, mas ignoramos. Será que esse povo não se tocava, não?

— Gostaria que soubesse que... Há algum tempo... Acabei por considerá-la mais do que uma amiga. Desde então, comecei a ponderar sobre meus sentimentos. — Me fitou de novo e dei consentimento para que ele continuasse. — Então, convidei-a para aquele jantar, para expor o que sentia.

Eu sabia que era um encontro, eu sabia!

Fiquei o tempo todo encarando-o firmemente. Era um assunto sério, sem espaço para desviar o foco.

— E então... — Ele não pode continuar, pois o pessoal do lado voltou a berrar.

— Ladrão! É seis! Você tá roubando! — berrou um deles, se levantando da cadeira e apontando o dedo na cara do outro.

Encarei a cena assustada.

— Acho melhor irmos embora. Isso aqui não vai terminar bem. — Lysandre se ergueu rápido e pegou na minha mão, me guiando pra fora dali.

Da porta, ouvimos a discussão piorar. Ia dar briga...

Saímos na rua e vi ele respirar fundo, apertando um pouco mais minha mão.

— Tá tudo bem, Lys? — Fiz um carinho nos dedos dele, tentando acalmá-lo um pouco.

— Acho melhor irmos para um lugar mais calmo, para que possamos conversar. — E atravessamos a rua.

— Que tal o parque? O que a gente foi aquele dia. É aqui perto e você ficou me devendo sorvete.

— É uma boa ideia.

E começamos a caminhar para o parque, que ficava a dois minutos dali. Não conversamos durante esse tempo.

Chegamos lá e fomos para os bancos, não o mesmo daquele dia, embaixo da árvore. Acho que fiquei um pouco traumatizada com abelhas...

— Está bom aqui? — perguntou. Era bem embaixo do sol, que resolveu aparecer entre nuvens naquele dia.

— Tá sim. Dá pra gente tomar um solzinho pra esquentar. — Olhei pra ele, que continuava sério. — Quer voltar ao assunto? — ofereci. Pela cara dele, não ia relaxar tão fácil.

Respirou fundo e se virou de frente pra mim, segurando a minha mão direita.

— Como dizia antes, resolvi expor meus sentimentos. — Eu assenti, para que ele continuasse. — Acabei tendo a ideia do doce, para que fosse algo...

— Fofo? — perguntei na deixa. Ele assentiu. É, foi bem fofinho da parte dele. Afinal, conseguiu juntar duas coisas que amo: Lysandre e comida. Opa!

— Porém você não reagiu como eu esperava... — Acho que ninguém espera beijar uma pessoa e ela parecer que vai desmaiar depois...

— Eu reagi daquele jeito porque estava surpresa — interrompi. — Eu não, não... Não sou muito acostumada com essas coisas.

Tentei baixar os olhos pra nossas mãos, um pouco envergonhada. Mas lembrei do que a gente estava conversando e voltei a encará-lo. Era melhor que ele guiasse a conversa, senão eu...  Melhor nem pensar nas besteiras que eu ia soltar. Fiz um sinal com a cabeça para que ele continuasse.

— Eu fiquei completamente confuso ao ver que você estava...

— Atordoada — completei a frase. Dei uma levantada de sobrancelha e ele soltou um riso. Aliviando a tensão com sucesso.

— Sim.

E passou-se alguns segundos de silêncio. Esperei para que ele continuasse. Mordia o lábio, nervosa com a conversa. Ai, caramboles, será que ele vai falar o que eu tô pensando?

Para de morder o lábio, menina! Daqui a pouco tira sangue e eu quero ver o que você vai fazer.

 — Acabei decidindo por deixar essa conversa para hoje, pois assim você estaria com a mente mais clara. — Ele começou a brincar com os meus dedos, sem mesmo perceber. Sorri com o que ele estava fazendo.

— Foi uma boa ideia... — disse baixinho, meio como um suspiro.

— Gostaria de saber como você deseja que seja nossa relação daqui pra frente. — Dessa vez até eu me surpreendi com a pergunta. Fiquei um tempinho em silêncio, ponderando exatamente as palavras.

Tá, não vou negar que eu pensei nisso mais cedo. Depois da noite anterior, percebi que éramos mais próximos do que eu pensava.

Por que eu me arrumaria tanto se fosse só um jantar entre amigos? Tá certo que eu não iria bater na porta dele toda descabelada. Mas por que eu passaria maquiagem, se é algo que eu, normalmente, tenho preguiça de fazer? Até salto eu ia usar.

Percebi que... Talvez tivesse algo ali mais do que amizade (nota mental: parar de ler romances antes de dormir. Acho que estou soando muito romântica).

— Bem... — Brinquei com a língua na boca, ainda tentando examinar a frase. — Eu acredito que você assumiria algo mais sério, não? — Ai, agora já foi! Daí você vai rápido demais e assusta o cara. Parabéns, Ester, parabéns...

— É a minha intenção. — Ele olhou para mim, esperando a resposta. Pera, oi?

Tá, não dá pra negar que é de se esperar algo dessa linha vindo dele.

Fiquei pensando: eu queria assumir algo? Sim, eu queria. O que eu esperava da conversa para assumir? Não me pergunte, porque nem eu sei.

Respirei fundo antes de responder.

— Não vou negar que não tenho nenhuma experiência nisso. — Continuei olhando firmemente para ele, tentando disfarçar o nervosismo. Só esperava que ele não percebesse. — Eu realmente não sei como... Guiar as coisas daqui pra frente... Entende? — Respirei fundo, pensando mais uma vez em tudo aquilo. — Mas... — Abaixei os olhos, ao mesmo tempo envergonhada e sem saber o que falar.

Ele parou de brincar com os meus dedos e segurou a minha mão, sem desviar os olhos dos meus. Com a outra, ergueu meu queixo, pra que eu voltasse a olhar pra ele. Não sei se acho lindo, desconcertante ou os dois.

— Mas... — Tentou incentivar que eu continuasse.

— Mas eu... — Abri e fechei a boca, perdida nas palavras. Vinha tanta coisa na minha mente naquele momento, que eu mal conseguia filtrar as coisas. — Eu quero que a gente tenha algo, sabe? Que não seja só uma coisa... — Abaixei e ergui a mão esquerda, tentando me expressar.

­— Algo sem compromisso? — completou pra mim e eu assenti. — Acho que chegamos onde eu queria desde o começo.

Tirou a outra mão do meu queixo e segurou ambas minhas mãos.

— Ester... Você aceita namorar comigo?

Nessa hora, dei um berro por dentro. Estava esperando chegar nessa pergunta, porém isso não tirou minha surpresa. Sabe quando você tá vendo um filme e tá sentindo que já sabe o que vai acontecer, mas mesmo assim não perde a emoção do momento? Tava bem assim.

Sorri como uma menina boba apaixonada. Será que eu ia ficar assim agora?

— Eu... — Deixei a palavra no ar, pra tentar criar um suspense. Falta do que fazer. — Aceito.

Ele sorriu e me puxou pra um beijo. E não, dessa vez eu não dei tilt.

Nos separamos pouco depois, olhando com aquele olhar de bobo um pro outro.

Aproximou a mão do meu rosto, deslizando o dedo pela bochecha.

— Você fica fofa com as bochechas coradas. — comentou suavemente.

— Acho que alguém só conseguiu piorar a situação. — E ele riu com meu comentário.

Ficamos os dois lá por algum tempo, só naqueles toques, risos e conversas leves. Até que me lembrei de algo:

— Você não comprou sorvete pra mim. Tá me devendo desde a última segunda.

Então nos levantamos e fomos procurar pelo sorveteiro, que ele disse que sabia estar ali por perto. Caminhamos de mãos dadas. Eu só conseguia sorrir com aquilo.

Achamos um senhor com um carrinho mais pra frente. Havia algumas mesinhas por perto, com um quarteto de senhorzinhos sentados, jogando baralho, e algumas crianças brincando mais pra frente, em brinquedos como escorregador e gangorra.

Compramos dois picolés de morango:

— Achei que fosse escolher de chocolate. — Lysandre comentou comigo, enquanto nos sentávamos nos banquinhos da outra mesa disponível.

— Não gosto muito de sorvete de chocolate... — Abri a boca pra falar mais, só que...

— Manda um zap, Benedito! — Gritou um dos senhores que jogavam baralho. Dei uma olhada enviesada pro lado.

— Só se for um sabor diferente, tipo brigadeiro...

— Truco!! — Berraram dois dos senhores e eu mordi a língua no susto.

— É brincadeira com a nossa cara! — exclamei irritada e Lysandre riu.

...

Passamos a tarde no parque. Resolvemos andar, pra não correr o risco de aparecer mais gente berrando “truco! ”. Ele me mostrou o parque, que conhecia muito bem. Lysandre disse que costumava andar por lá, pra conseguir inspiração.

Estávamos os dois observando o laguinho, com ele apontando qual peixe era qual. Era uma pequena ponte avermelhada sob a água. Olhei pro céu pelo reflexo.

— Será que vai chover de novo? Tá escurecendo. — Lysandre olhou no relógio de pulso, antes de responder.

— São cinco horas, está começando a anoitecer. — E colocou a mão sobre o meu ombro. — Quer ir embora?

— Humm, queria ficar mais tempo com você. Só que tenho que fazer os exercícios de Linguística. — Bufei e apoiei os braços na grade da ponte. ­— Enrolei, enrolei no fim de semana e agora tenho que entregar amanhã.

— Às vezes é melhor fazer as coisas mais cedo, para evitar esses problemas. — Ele colocou a mão nas minhas costas e começamos a sair da ponte, indo embora pra casa.

— Eu só não fiz porque tava ansiosa pra jantar com você. Daí fui adiando. É culpa sua! — Brinquei, enquanto passávamos pelo caminho de volta.

— Não tenho nada a ver com isso. — Rimos.

Caminhamos conversando alegremente, sem aquele climão de horas mais cedo. Estava tão feliz! 

Continuávamos de mãos dadas. Acho que eu já tava encarando isso como algo normal.

Chegamos no prédio e tomamos o elevador. Parou no nosso andar e saímos.

Ficamos no corredor, em frente à porta do meu apê. Toquei-o no ombro e ele abaixou. Demos um outro beijinho.

— Te vejo amanhã na aula? — perguntei, mexendo com a gola do casaco dele.

— Quer que eu venha até aqui, para irmos juntos?

— Se você quiser... — dei um selinho nele e coloquei a mão na porta, abrindo. — Não quer entrar?

— Você não é a única com exercícios atrasados. — comentou e eu ri.

— Hummm, parece que alguém aqui não é tão bom exemplo assim. — Rimos os dois. — Até amanhã?

Nos despedimos e entrei em casa. Fechei a porta ainda com aquele sorriso bobo.

Stelfs me encarou do sofá, com os olhos iluminados. Ih....

— Que bonitinho! — exclamou com o pouco de voz que tinha. Estava enrolada na coberta, com a TV ligada.

— Bonitinho? — Dei uma levantada de sobrancelha.

— Esse chamego todo aí. — E começou a rir.

— Mas você pare! — Fingi estar irritada e me sentei no sofá com ela. Porém me juntei às risadas.

— Pelo visto a conversa foi boa.

Então eu resumi pra ela o que aconteceu, ocultando algumas partes românticas, como seguradas de mão e olhares.

— Daí a gente foi pro parque, sentamos no banco e ficamos conversando. Daí ele.... — Segurei a frase, pra tentar me dar um suspense. — Me pediu em namoro!

Stelfs deu um grito, o máximo que se consegue com a garganta inflamada.

— Meu shipp é real! — Mas o que?? Levantei a sobrancelha pra ela. — Vou querer ser a madrinha.

— Madrinha? — perguntei, achando graça. — Tu não acha que tá um pouco adiantada, não?

— Tô garantindo meu lugar pra quando chegar a hora, ué. — Só consegui rir dela.

— Pois fique aí, imaginando meu casamento. Tenho coisas pra fazer. Três beijos. — Soprei um beijo pra ela e me levantei do sofá, indo pro quarto.

Só conseguia rir de tudo isso.

Senti meu celular vibrar no bolso da blusa. Olhei o nome no visor e atendi na hora.

— Alô?


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Notas finais do capítulo

Ester:
Momento ownnnnn ♥ Quem aí gosta de jogar truco? Eu gosto, mas acho que a Ester deve ter ficado traumatizada depois dessa kkkkk
E quem será a pessoa misteriosa que ligou? Por enquanto, vai continuar misteriosa, mas aceitamos palpites :D
Até sexta o/

Bia:
Aaaaaaaaaaaaaaa gente que foi isso? Morri de amores :3
Lysandre sendo Lysandre, como sempre ♥
Espero que tenham gostado! Até sexta o/

Stelfs:
Oun, gente ♥
quanto amor esse dois. E, como sempre, Lysandre sendo um perfeito cavalheiro e pedindo essa menina em namoro :3
Será que teremos mais namoros por aí? D:
Não percam, nesse mesmo bat horário, no mesmo bat canal -q.
Até seixta :}



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