Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 15
Rolê


Notas iniciais do capítulo

Bia:
OLÁ pessoinhas! Pronto, estamos de volta com o mozão Nath ♥ Esse maravilhoso, fofo, atencioso, carinho... ok chega ou eu vou ficar falando um milhão de qualidades dele xD
Boa leitura!

Ester:
Hello, people!!! Como vocês estão??
Alguém sentiu falta do nosso loiro sedução (q?)? Pois agora teremos mais um pouquinho dele e da Bia, no nosso casal fofura kkkk

Stelfs:
Fala, meu povo :}
E hoje é dia de quê? De Nathaniel e Bia, claro ❤
Mais um capítulo desse casal que a gente ama e pede bis (masq?)
Espero que se divirtam e gostem



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Acordei e encarei o teto.

Que dia é hoje mesmo...? Ah, quarta...

Esses dias foram engraçados. Parece que depois do pseudo incêndio, todo mundo ficou mais agitado.

Stelfs fica indo no vizinho como se estivesse preocupada deles começarem um incêndio de verdade, o que é meio engraçado. E a Ester está indo lá também por causa de lições do curso, pra ajudar o Lysandre...

Sei não, hein. Já pensou se sai um romance desses quatro?

Só eu fico sobrando... Quer dizer...

O rosto do Nathaniel passou por minha cabeça.

Foi engraçado o jeito que eu descobri que ele mora aqui. Eu achava que estava vendo coisas.

Depois que fomos liberados para voltar pra casa, eu ainda estava um pouco nervosa, e ele com toda a gentileza quis me trazer até a porta. Então explicou que morava no terceiro andar, no apartamento acima do nosso.

Agora você vê a diferença de vizinhos. Ele e o Castiel estão morando aqui desde quase o mesmo tempo, e eu nunca ouvi nada do apê de cima.

Bom, não posso ficar achando só coisa ruim do Castiel, não é possível que ele não tenha qualidades. Afinal, se não tivesse, a Stelfs não iria lá com tanta frequência.

Enfim. Voltando ao que interessa.

Nathaniel, o cara que não existe.

Sorri, me sentindo boba.

Olhei de relance para o criado mudo e vi o relógio. Me levantei correndo e fui para o banheiro.

Se atrasa mesmo!

Até o final do dia vendi todos os bolinhos. Não vi Nathaniel, então ele devia ter faltado.

Voltei para casa, encontrando as meninas esperando o elevador.

Subimos, conversando animadas e entramos em casa. Fizemos o almoço e comemos.

Enquanto eu lavava a louça, Stelfs ficou no seu notebook fazendo lição, e Ester foi e voltou de seu quarto com outras roupas.

— Vai sair? — perguntei, ensaboando um prato.

Ela parou próximo à mesa e me olhou, com cara de “quê?”. — Na verdade não, mas... O Lysandre me chamou para assistir Doctor Who. — Deu de ombros, ficando um pouco corada.

— Mas não é você que é viciada nisso? — Stelfs perguntou sem tirar os olhos do notebook.

— Hm... sim, eu que apresentei a série pra ele, e ele gostou.

Olhei para trás, e meu olhar cruzou com o olhar da Stelfs. Seguramos o riso ao mesmo tempo e voltamos a olhar para nossos afazeres.

— Okay, se divirtam — falei, tentando não demonstrar malícia na voz.

— A-até mais tarde. — Ela foi até a porta e saiu.

Olhei para Stelfs. — Esses dois, hein? — Dei risada.

— Pois é. — Sorriu. — Eles estão passando bastante tempo juntos.

— Mas eles não estavam fazendo trabalho?

— Sim, mas já acabaram. Acho que eles descobriram gostos em comum e se aproximaram.

Sorri, imaginando os dois sentados no sofá, abraçadinhos e vendo TV. Que coisa mais fofa.

— E você e o Castiel? Pararam de se estapear?

Ela riu. — Mais ou menos. Ele me tira do sério às vezes.

— Só às vezes? — zombei.

— Okay, quase sempre.

Dei risada. — Isso aí vai virar amor.

— Até parece. Deve ser um inferno conviver com ele. Deus me livre.

Olhei para ela com uma sobrancelha levantada, mas ela não viu.

É assim que começa...

— Mas e aquele loirinho que veio com você no domingo? Ele estava com um gato no colo...

— É o Nathaniel... Ele mora no andar de cima.

— Mas de onde você conhece ele?

— Da faculdade. O conheci por causa dos bolinhos. Ele compra bolinho todo dia.

— Uau, isso que é gostar dos bolinhos...

A olhei, pois parecia que ela ia continuar a frase, mas ela estava digitando loucamente, então não quis falar mais nada para não atrapalhar.

Comecei a ensaboar o último copo quando a campainha soou.

Antes que eu olhasse para Stelfs, ela levantou e foi até a porta.

Fiquei olhando, para saber quem estava ali. E vi Nathaniel no corredor.

Ele me viu e olhou para Stelfs, sem saber o que falar.

— Nath, entra aí! — falei, sem pensar. O que ele veio fazer aqui?

Stelfs me olhou com um sorrisinho no rosto e o deu espaço para ele entrar, fechando a porta depois que ele passou.

Rapidamente, ela pegou o notebook dela e sumiu no corredor.

Caramba, pra que isso?

Nathaniel olhou para ela rapidamente e depois para mim. — Acho que vim em uma hora ruim.

— Não, eu tô terminando... — Enxaguei o copo e o deixei no escorredor. — Tá tudo bem? — Peguei o pano de prato e sequei as mãos.

— Sim, sim. — Se aproximou da ilha e se apoiou nela. Me olhou. — Eu vim pedir um favor, na verdade.

— Pode falar.

— É que hoje levei minha gata no veterinário... Ela não estava muito bem. Ela tomou medicação na veia e está dormindo, e eu preciso ir comprar um remédio pra ela... Então será que teria como você ficar lá com ela? Só enquanto eu estiver fora.

Ele parecia preocupado e cansado. Não tinha como recusar.

— Claro que fico. Agora? — Deixei o pano de prato na ilha.

— Se você puder. Tem problema?

— Não, eu vou agora. Pera só um pouquinho. — Passei por ele, indo para o corredor.

Parei na porta do quarto da Stelfs. Ela estava sentada na cama com o notebook no colo.

— Não precisava sair daquele jeito, menina. — Dei risada.

— Ai, eu não queria atrapalhar.

— Que atrapalhar o quê! É... ele veio me pedir pra olhar a gata dele enquanto ele sai. Então vou lá em cima, tá?

— Okaaay — cantarolou, sorrindo.

— Já venho. — Tentei segurar o riso.

Passei no meu quarto, peguei meu celular e voltei a cozinha.

— Vamos.

Ele me seguiu para fora. E paramos na frente do elevador. Nathaniel apertou o botão.

— Ela está bem agora? — perguntei, me sentindo desconfortável com o silêncio.

— Sim, está melhor. Ela estava com febre ontem de noite... E hoje de manhã ainda estava, então achei melhor levá-la logo.

O elevador chegou, e Nathaniel puxou a porta e fez um gesto para eu ir na frente.

Entrei e ele veio em seguida, apertando o botão para o terceiro andar.

— Ah, por isso você faltou hoje. — Segurei na barra de segurança, sentindo o elevador tremer. Eu nunca ia me acostumar com aquilo.

Nathaniel percebeu meu medo, mas pareceu segurar o riso. — Sim, não deu tempo de ir. Procurou por mim de novo? — perguntou, com tom divertido.

— De novo? Tá achando que eu procuro por alguém? — Devolvi a pergunta, também com tom de brincadeira.

Ele riu. — Ah é, normalmente eu que vou te procurar.

— É, cliente fiel. — Dei risada, e o elevador parou, indicando que chegamos no andar.

— Então eu sou o cliente número um? — perguntou enquanto empurrava a porta.

— Hm... talvez. — Passei por ele, e ele a fechou, indo para a porta do apartamento.

— Talvez? Mas como assim? Me senti ofendido agora — disse, destrancando a porta e entrando.

— Eu ainda não fiz a lista de pessoas que mais compram — falei, entrando.

Olhei ao redor. A disposição das paredes e móveis era igual ao do nosso apê, mas os móveis eram um pouco diferentes, mais modernos.

— Então faz, eu quero ser o primeiro — disse indo para a sala. — Ela está aqui no sofá.

O segui e olhei para o estofado, onde a gatinha branca estava dormindo enrolada em uma coberta escura. Era bem contrastante.

— Provavelmente ela vai ficar dormindo por mais uma hora, então acho que até eu voltar ela ainda estará dormindo.

— Okay...

— Pode ligar a TV, tem amendoim ali na mesa se você quiser comer — falou enquanto saia para o corredor. Um pouco depois voltou, guardando algo no bolso de trás da calça. — Vou tentar ser rápido.

— Não precisa correr, Nath — falei sentando no sofá, ao lado da gata.

— Eu sei que você tem mais o que fazer. — Ficou na minha frente. — Então vou ser rápido. Obrigado pela ajuda.

— Imagina. — Sorri.

Ele balançou a cabeça. — Fica à vontade! — E ouvi a porta sendo aberta e fechada.

Suspirei, olhando para a gata e ao redor. Percebi que haviam muitos detalhes azuis, em vários tons de azul.

Quem diria que eu estaria aqui, não é?

Me recostei no estofado, tirando o celular do bolso. Felizmente o wi-fi de casa pegava muito bem aqui.

Fiquei mexendo no facebook e perdi a noção do tempo.

Quando percebi, ouvi a porta se abrindo.

Olhei para o lado e Nathaniel deixou algumas sacolas na mesa. — Tudo bem por aqui?

— Sim, tudo certo. Nada se moveu — brinquei.

— Que bom. — Ele riu, mexendo nas sacolas.

— Conseguiu comprar o remédio?

— Sim, consegui. Vou dar para ela mais tarde.

Olhei para a gata, que não havia se mexido um centímetro sequer e levantei.

Quando me virei e olhei para frente, Nathaniel estava ali, segurado uma caixa, a estendendo para mim.

Olhei para baixo e vi que era uma caixa de bombons. O olhei, estranhando.

— Seu pagamento. — Ele sorriu.

Senti o rosto esquentando, e fechei a boca, porque percebi que ela estava aberta.

— Nath... — Peguei a caixa, sem graça.

— Sem Nath. — Ele riu.

— Não precisava. — O olhei, apesar de querer esconder a cara.

— Não precisava, mas eu quis mesmo assim.

Olhei para a caixa, mordendo o lábio de baixo e comecei a tirar o plástico. Fui até a mesa, abri a caixa e a coloquei lá, escolhendo um bombom. Peguei um, o abri e o coloquei na boca.

— Obrigada. — Coloquei a mão na boca para falar. — Pode pegar.

Ele balançou a cabeça, negando. — Obrigado, pode aproveitar. É engraçado te ver comendo chocolate.

— Por quê?

— Porque parece que dei doce pra uma criança.

— Isso é ruim ou bom?

— Pra mim é bom. — Começou a mexer nas sacolas, tirando as coisas de lá, como se estivesse com vergonha de me olhar.

— Hm... okay — falei, sem graça. — Então acho que vou indo. Minha missão foi completada.

Ele me olhou. — Já? Não quer comer alguma coisa?

— Obrigada, mas faz pouco tempo que eu almocei.

— Ah... verdade, esqueci. Eu que não almocei ainda.

— Então vou te deixar comer, tem que se alimentar direito, senhor números.

Ele riu. — Obrigado pela dica, senhora arte.

Peguei minha caixa e me dirigi a porta. A abri e Nath me seguiu para fora. Ele apertou o botão do elevador.

— Obrigado por ter me ajudado, de verdade.

— Por nada. Quando precisar, é só chamar. Você sabe onde eu moro. — Dei uma piscada, brincando.

— É, obrigado. — Riu.

O elevador chegou, e ele puxou a porta. Passei por ele, mas ele segurou minha mão desocupada. Fiquei com um pé dentro e o outro fora do elevador. O olhei.

Ele me olhou, como se pensasse no que dizer. Então deu um passo para frente e me abraçou. A porta bateu no ombro dele enquanto eu o abraçava de volta.

Senti o perfume dele, que a propósito era maravilhoso. Ele se afastou, voltando a segurar a porta.

— Até amanhã? — Ele perguntou.

Sorri, sabendo que estaria bem corada. — Até amanhã.

Ele sorriu e deixou a porta fechar sozinha.

Apertei o botão para o segundo andar e suspirei.

No dia seguinte, o vi na faculdade e ele comprou bolinho. Não conseguimos conversar muito.

De tarde, Stelfs, Ester e eu fizemos uma pequena lista do que precisávamos comprar, e eu fiquei encarregada de ir ao mercado.

Me arrumei, peguei a carteira, as sacolas de pano e minhas chaves. Sai e esperei o elevador.

Abri a porta de segurança e... Nathaniel estava lá.

— Vai dar um rolê? — perguntei, entrando.

Ele sorriu. — Não, e você?

— Não sei se ir no mercado é considerado dar um rolê.

— Se está saindo de casa, é um rolê. — Riu.

— Ai, sei não. — Dei risada. — Sua gata está melhor?

— Sim, sim, ela já está bem, felizmente.

— Que bom, ainda bem.

Chegamos no térreo e andamos para o portão, mas Nathaniel parou no meio do caminho, olhando para outro lugar.

— O que foi?

Ele me olhou. — É... nada. — Voltou a ficar do meu lado. — Você me lembrou que eu esqueci de comprar... sabonete.

— Quer que eu compre pra você?

— Não —  falou rapidamente. — Eu vou junto com você.

Algo me dizia que essa não era a ideia inicial dele. — Hm... então vamos.

— Me lembra de pegar minhas cartas quando voltarmos?

Saímos pelo portão. — É melhor você não confiar na minha memória, ela é horrível. Mas vou tentar lembrar.

— Tudo bem, vou confiar na sua memória. Mas vou tentar lembrar também. — Sorriu.

O mercado não ficava muito longe, eram cinco minutos a pé.

Nathaniel me acompanhou e ainda empurrou o carrinho, me ajudando a localizar cada coisa que tinha na lista. Ele pegou o sabonete dele e depois fomos para o caixa.

Pagamos separados e ele fez questão de levar as sacolas mais pesadas.

É um amor ou não?

Pegamos o caminho de volta.

— Você gosta de roxo? — Ele perguntou.

— Gosto, mas não é minha cor preferida. Por quê?

— Seu cabelo é roxo. — Sorriu.

— Ah... É que roxo é uma cor fácil de sair. Então se eu precisar ficar com uma cor “normal”, é fácil de tirar e voltar para o loiro.

— Entendi. Engraçado é que eu não consigo te imaginar de cabelo “normal”.

— Muita gente fala isso. — Dei risada.

Continuamos conversando até chegar. Pegamos o elevador e descemos no meu andar.

Abri a porta, dei espaço para Nathaniel passar e a fechei.

Vi que Stelfs e Ester estavam no sofá enquanto colocávamos as compras na ilha. E percebi que a Stelfs cochichou algo para Ester.

— Tão falando o que aí? — perguntei, me aproximando do sofá.

— Nada. — Ester disse com os olhos levemente arregalados.

Olhei para Stelfs, que parecia se esforçar para ficar com cara séria.

— Hmm... Eu não apresentei direito, então, esse é o Nathaniel, nosso vizinho de cima.

Ele ficou do meu lado. — Oi.

— Olá. — Stelfs disse toda sorridente, e Ester acenou.

— Stefany e Ester — apresentei elas, olhando para ele.

Ele sorriu e me olhou. — Bom, vou indo. — Foi até a sacola da ilha e tirou sua sacola com o sabonete.

— Não quer comer alguma coisa?

— Não precisa se incomodar. Eu tenho algumas lições pra fazer — falou indo até a porta.

O segui. — Ah... tudo bem.

Nathaniel a abriu e saiu para o corredor.

Encostei no batente da porta. — Obrigada por me ajudar com as sacolas.

— Imagina, foi um rolê muito legal — brincou.

Dei risada. — Concordo. Vamos repetir qualquer dia desses.

— Claro. — Andou até o elevador e apertou o botão. — Até mais.

— Até.

Quando ele abriu a porta de segurança, me lembrei.

— Nath! — Ele saiu e me olhou. — Suas cartas.

— Ah, é! — Riu. — Sua memória é melhor que a minha.

— Coitado de você, então. — Sorri.

Ele riu e entrou de volta. Entrei, fechando a porta, encontrando as duas de pé perto da ilha, me olhando com caras estranhas.

Caras de quem queria saber o que estava rolando com o vizinho.


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Notas finais do capítulo

Bia:
Aaaaaaaaa esse homem acaba comigo ♥ Quem aí acha que ele não ia comprar sabonete coisa nenhuma? Kkkk
Porque ele não exite? ;-;
Espero que tenham gostado! Até sexta o/

Ester:
Hummm, o que será que deu no Nathaniel pra resolver que precisava de sabonete tão de repente, hein? Vai saber... kkkk
Até sexta o/

Stelfs:
E então, é ou não é rolê esse negócio aí? kkk
Só uma digo uma coisa: “Vai dar namoro...” #BrunoeMarronefeelings
Até sexxxxta! Bacione



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