Você Me Completa escrita por Little Flower


Capítulo 2
Amigos?


Notas iniciais do capítulo

Meu Pai!!! É isso mesmo? Recebi dois comentários!!!
To mega feliz. Obrigada as lindas leitoras (Jubs Cullen e Baby Blackburn) que deixaram seu ar da graça.
Espero que gostem do capítulo! O ponto de vista é da queridíssima Hanna Banana!
Let's go!



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[Hanna]

Hoje era sábado, então nada de aulas.

Minha mãe sempre dizia que um dia algo extraordinário ia acontecer comigo. Talvez esse dia tivesse chegado afinal. Eu tinha saído naquela manhã bastante cabisbaixa com a minha média e por isso resolvido dar um passeio pelo bairro. Se eu não tivesse conseguido uma nota baixa eu nunca teria saído e ainda teria o meu pacote com minhas jujubas favoritas, e por fim talvez nunca estaria andando com a pessoa que eu jamais imaginaria conhecer. Pessoalmente pelo menos.

Ok. Ok. Respira Hanna! Não dê bandeira! Pensei um pouco aturdida.

Eu estava começando a pirar. Por dentro pelo menos. Mas por fora eu estava a pessoa mais serena que eu conhecia. Se é que existia tal pessoa. A medida que chegávamos a minha casa meu coração batia como louco no peito. Eu torcia para que ele não escutasse. Olhei de relance para ele caminhando ao meu lado distraído demais com a paisagem para me reparar. Ou o conflito interno que eu sofria.

Menos mal.

Permiti a mim esboçar um sorriso. Era a realização de um sonho? Talvez fosse.

— Chegamos! — cantarolei alegremente e Caleb se assustou um pouco. Sorri como pedindo desculpa. Abri a porta com a minha chave de chaveirinho com metade de coração. Minhas amigas tinham o resto e todas as vezes que nos encontrávamos nós os unimos o que não acontecia muito. De repente senti tanta a falta delas. Dei um longo suspiro.

Era um alivio chegar em casa, assim que adentramos inspirei o aroma que meu cantinho exalava, amava aquele cheirinho, de conforto, de carinho e amor, muito amor. Passei os dedos numa fotografia da minha família que decorava o hall e sorri mais uma vez. Notei os olhos de Caleb em mim e eu abri ainda mais meu sorriso. Ele tentou retribuir, mas parecia mais uma careta. Achei engraçado.

Tirei as minhas sapatilhas e deixei perto da porta. Não gostava de usar nenhum calçado em casa, com exceção das minhas pantufas de ursos é claro.

— Pode deixar suas coisas aí perto da escada. Precisa de algo? — eu disse cordial.

Ele me olhou com uma expressão totalmente cansada. Senti a vontade de lhe dar um abraço, mas acho que no mínimo eu iria assustar o coitado, depois do trauma que havia sofrido no beco.

— Eu gostaria de um litro de água e um comprimido para enxaqueca, se possível. — disse ele por fim com um suspiro.

— Claro, pode sentar ali no sofá, se quiser, eu já volto! — avisei com um sorriso leve.

Ele assentiu caminhando para lá.

Fui até a cozinha, a procura de algum remédio para ele no armário de primeiros socorros onde tinha vários medicamentos enfileirados em cores diversas, apanhei uma aspirina com os dedos tremendo, peguei um jarro de água na geladeira, um copo e voltei para onde ele estava. Sentei ao seu lado e ofereci as coisas. Vi que ele havia deixado a touca e os óculos no braço do sofá.

— Obrigado, Hanna. — uma emoção me preencheu quando eu escutei meu nome sendo falado por ele. Sua voz era muito mais bonita ao vivo. Assim como ele também, muitíssimo gato. Voltei a ficar nervosa.

— Por nada. — disse o mais terna possível.  

Arregalei os olhos quando o vi beber do jarro mesmo toda a água, numa virada só, ignorando totalmente o copo salmão, fechou os olhos em satisfação ao terminar e quando me olhou, ficou desconcertado, claramente vendo minha expressão de espanto. Rapidamente mudei a face.

— Sem problema! Eu faço isso sempre. — o tranquilizei contando uma leve mentirinha, sua expressão se suavizou — Você precisa de mais alguma coisa? — questionei. — um banho talvez?

Ele me olhou desconfiado. E eu bufei rolando os olhos. Sério?

— Não, estou bem assim. Logo, logo eu vou me mandar. — recusou na hora.

— Tem certeza? — eu falei retirando meus óculos preferidos, tinha esquecido que eu ainda usava, por isso enxergava tudo escuro. Prendi a risada histérica que eu provavelmente soltaria. 

Ele pensou por uns segundos e resolveu aceitar. Não que eu me importasse se ele fizesse uma recusa. O levei para a parte de cima com a mala e indiquei a porta, ele agradeceu e andou em passos pesados para dentro depois que eu falei com muito entusiasmo que ficasse à vontade.

Ele ficou pelo que percebi duas horas lá dentro. Eu esperei pacientemente sentada na escada ouvindo música nos fones e ainda recebi uma mensagem do meu pai.

Tive que resolver umas coisas aqui no trabalho, e a tarde irei para a igreja, provavelmente chegarei tarde, sinto muito, filha. -  Papai.

Digitei e enviei uma resposta um tanto chateada, não por ele estar na igreja, mas porque não jantaríamos juntos como de costume. Escutei passos no corredor. Levantei minha cabeça para ver e Caleb desceu as escadas, usando uma calça jeans, uma blusa verde escura e all star. Estava com um aroma forte de morangos, meus produtos. Mais bonito do que antes, com os cabelos molhados. Parecia com uma das fotos do seu álbum do verão passado. Mas naquela época seu cabelo era maior.   

Pigarreei.

— Melhor? — perguntei ao me levantar e tirar os fones.

— Sem dúvida. Valeu Hanna. — ele disse acenando com a cabeça.

— Vamos até a cozinha, vem! — decretei suavemente e o escutei me seguindo.

Realmente eu estava calma demais para alguém que estava frente a frente com seu pop-star favorito.

— Você está com fome? Você quer comer algo? — perguntei quando um silêncio se instalou sobre nós.

Ele me encarou.

Qual era seu problema? Por que não me respondia? Não esperei a sua resposta e andei até a geladeira. Meu próprio estomago roncando. Calminha, querido. Alisei discretamente minha barriga sob o vestido.

— Você é sempre assim? — indagou ele se sentando.

— Assim como? — franzi a testa enquanto vasculhava a mesma à procura de alguma coisa.

— Prestativa. — ele pensou bastante antes de responder.

Dei de ombros.

— Eu só fui educada muito bem. — respondi apenas, capturando um creme de atum, alguns tomates e folhas, passando pela bancada dos armários peguei um pacote de pão de forma.  — e não é como se eu fosse capaz de deixar de ajudar alguém. — falei e dei uma olhadinha em seu rosto antes de voltar ao serviço.

Definitivamente eu não entendia os olhares er... Inigmaticos dele. Enigmáticos, Hanna. Escutei uma vozinha na cabeça me corrigir, perto do timbre da Spencer, minha amiga cérebro. Ela sempre me ajudava a inventar projetos para feira de ciências.

— Seus pais não vão surtar ou algo assim se encontrarem um garoto com você, sozinha? Mesmo sendo eu? — ele mudou o assunto com a expressão divertida. Era a primeira vez que eu vi uma sombra de escarnio em sua face. Ele era tão lindo! Pensei. Suspirei o encarando de novo e desviando os olhos rapidamente. Ele pareceu bastante confuso.

— Não, eles confiam bastante em mim. — eu disse com um sorriso. — meu pai está na igreja fazendo algum projeto novo e vai chegar tarde. — àquela altura já se passava das uma da tarde.  

— Igreja? — perguntou Caleb cético pegando uma faca e me ajudando a fazer os sanduiches.

— Cuidado, pode se cortar! — eu disse tirando com a cara dele. Que revirou os olhos.

Eu poderia cozinhar algo mais decente para ele, mas eu também estava com muita fome e não iria suportar esperar por tanto tempo. Eu sou gordinha afinal. Eu ri com esse pensamento. Mais uma vez Caleb me olhou como se eu fosse um E.T. E lembrei que devia uma resposta.

— Sim, ele é pastor. Fica tranquilo que ninguém irá te ferir, e também ele é contra violência. Que tragédia seria não é? O cantor teen mais famoso morto ao ser encontrado com sua fã adolescente pelo pai da garota.

— Nossa, por um momento eu tinha esquecido tudo isso! — disse ele espantado com os olhos dilatados.

— Tudo isso o que? — pedi confusa fechando os sanduiches e limpando as mãos na pia, sendo acompanhada pelo mesmo. Ofereci o pano para enxugar as mãos molhadas para ele. Voltamos para perto dos sanduiches e depois que eu peguei os sucos ele continuou. Ainda bem por que eu estava me corroendo de curiosidade.

— Essa coisa toda de fama... — ele disse calculadamente e depois pareceu se tocar de algo — Espera um minuto, então você é minha fã? — inqueriu abrindo um sorriso de canto.

Não. Consigo. Respirar. Por um momento eu me esqueci de colocar ar nos meus pulmões e quase desmaiei ali mesmo. Mas por sorte mais uma vez naquele dia Caleb me aparou.

Não. Faça. Mais. Isso. Caleb. Por favor. Como se ele pudesse me ouvir. Ainda bem que não! Pensei amedrontada.

— Tudo bem, Hanna? — ele perguntou me firmando no chão.

— Estou ótima. — menti descaradamente pigarreando. — vamos comer os sanduiches.

— Você não respondeu a minha pergunta!

— Bom, eu gosto um pouco da sua música, ela é muito boa, mas as vezes eu acho não muito sincero. Não estou criticando nem nada, você é bom no que faz não é? Não é à toa que está onde está. — tentei consertar a burrada de leseira que estava saindo da minha boca. Eu só não queria deixar muito evidente que eu escutava sua voz desde que eu acordava até ir dormir.

— Exatamente. — disse ele completamente convencido ajeitando o cabelo curto, ele havia cortando recentemente no salão mais requisitado de L.A, como eu sabia disso? Bom, minha professora de literatura recomendou que eu lesse bastante, sites contam não é? E é super normal querer saber o que seu cantor favorito está fazendo. Sim, eu era completamente louca pelo Caleb, mas ele não precisava saber disso. 

— Você ainda é muito metido! — eu disse dando de ombros.

Comemos em silêncio, era até agradável. As horas pareciam voar. De vez em quando meu olhar encantado se encontrava com o seu extremamente insondável. Eu só esperava que ele não desconfiasse de eu ser a sua fã número 1.  

A ficha ainda não tinha caído. Eu queria registrar cada momento com Caleb. Minha mão estava coçando para pegar meu Iphone e tirar muitas fotos. Quando que eu iria adivinhar que algum dia da minha vida eu encontraria com alguém famoso, e muito menos Caleb Rivers, o garoto dos meus sonhos? Está certo que ele era metido, um pouco bossal e convencido, diferente da ilusão que tinha criado na mente, mas ainda assim é magico estar com ele, e na minha própria cozinha. E eu apostava que no fundo ele fosse um cara muito gentil e cavalheiro.

Eu não sabia porque, mas havia algo em seus olhos, eles não eram brilhantes, era como se não tivesse vida ali.   

— Okay. Você ainda não me falou como posso ajudar. — falei me lembrado do motivo de estarmos ali.

— Joy! — gritou exasperado ficando de pé, me assustando.

Pousei a mão sobre meu coração, tranquilizando a respiração. Fiz uma rima!

— Quem é Joy? — perguntei num fio de voz, mas limpando a garganta depois.

— Meu carro! — respondeu ainda exaltado. — eu esqueci completamente! Droga!

— E qual é o problema, onde está Joy? — como eu não sabia que ele tinha um carro batizado de Joy?

Não sou fanática. Pensei para me acalmar.

Sacudi a cabeça.

— Está no meio fio, sem gasolina e abandonado! — disse ele passando as mãos no cabelo. — você tem o número de algum guincho?

— Calma, que eu tenho a solução dos seus problemas! Eu tenho um amigo que pode nos ajudar nisso.  — eu disse pensando nos lindos olhos azuis e fazendo uma pose de heroína.

...

— Obrigada, Toby! — eu falei coberta de gratidão ao homem de macacão cinza sujo de graxa, que trouxe o carro de Caleb são e salvo até minha casa.

— Você sabe que qualquer coisa é só chamar, gordilinda. — disse Toby sorrindo gentilmente. Ele era o noivo da Spencer, eles tinham um tipo de relacionamento lindíssimo e eu não podia estar mais feliz por ambos. Também era policial, mas nas horas vagas trabalhava na oficina do Sr. Cavanaugh para um dinheirinho extra.

Dei um tapinha de leve em seu braço. Mas era apenas nossa forma de nos tratarmos. Baguncei seu cabelo grande e ri.

— Você é uma das poucas pessoas que eu deixo me chamar assim. — eu disse mordendo a bochecha.

— Você sabe que te amamos, é carinho.

— Eu sei disso. Obrigada mais uma vez.

— Então, como isso aconteceu? — questionou olhando de mim para Caleb que estava alisando o carro.

— Eu estou o ajudando, só isso. É uma história muito engraçada e um pouquinho longa também. — eu disse rindo levemente.

— Você não está o mantendo como refém ou algo assim não é?

— Não né, Toby! — revirei os olhos e ele riu, eu lhe dei mais um tapinha.

— Aí, gordilinda, vai me deixar todo roxo. A Spencer vai ficar sabendo isso! — ele reclamou massageando o local, onde é claro não tinha sofrido nenhum dano. 

— Ela não vai fazer nada! — até porque ela estava bem distante, dei língua e ele riu. Ainda estávamos rindo quando Caleb se afastou do carro e caminhou até nós — Ah e toma aqui... — eu ofereci o dinheiro e logo ele recusou. — pega logo isso Toby!

— Não precisa, Han. — ele falou apertando minhas bochechas carinhosamente e depois se voltando para Caleb, parado ao meu lado atento à tudo — Bom, está entregue, Caleb né?

— Isso. Obrigada, brother. — disse Caleb um tanto decepcionado com o tom de voz do loiro. É claro que Toby sabia quem era a pessoa ali, talvez ele só quisesse o fazer sentir normal, o mais normal possível. Eu sempre importunava meus amigos contando alguma novidade sobre ele ou cantando suas músicas.

— Esse é meu trabalho, precisando é só chamar. — falou Toby limpando a mão num paninho e trocando um aperto de mãos com Caleb.

Nos despedimos e ele foi embora em sua caminhonete de longa data. Me virei para o garoto — dos meus sonhos — e entreguei a ele o dinheiro de volta. O céu estava numa cor alaranjada indicando o pôr do sol. Quando foi que o tempo passou tão rápido? Fiquei realmente surpresa. 

— Eu sabia que ele ia recusar, então não gastou nada! — dei uma piscadela e Caleb riu. Ele riu!

— Eu estou impressionado com isso. Você é realmente esperta.

— É o meu jeitinho. — eu disse docemente fazendo uma imitação barata da Vanellope do Detona Ralph. Um dos meus filmes favoritos. O grandão muito bruto e uma garotinha doce excluída por ser diferente, e ambos ajudaram um ao outro.

Ele esticou os lábios num pequeno sorriso.

— Eu acho que eu já ouvi isso em algum lugar. — eu sorri novamente — Pode ficar com o dinheiro. — disse Caleb esticando o braço e oferecendo a nota.

— Eu não preciso, mas obrigada.

Ele assentiu.

Colocou as mãos nos bolsos e encarando o chão. Silêncio de novo.  

— Caleb? — ele voltou a me fitar — você já tem que ir?

Ponderou por um momento, me encarando.

— Eu receio que sim. Ainda tenho coisas para resolver.

— Eu posso pedir uma coisa? — eu perguntei com esperança, os braços para trás e torcendo os dedos das mãos em volta do aparelho rosa.

— Depois de tudo o que fez por mim hoje, é obvio que sim.

— Podemos tirar uma foto? Talvez não nos encontremos de novo.  

Ele soltou uma gargalhada e eu fiquei bestificada de novo. Pigarreou se recompondo.

— Não acho difícil voltar-nos a nos ver. Cidade pequena, poucos lugares para ir.

— Vai ficar em Rosewood? — minha voz saiu empolgada demais e eu parei de dar pulinhos no mesmo instante em que percebi que estava saltitando.

Ele me olhou com aquela expressão de espanto de novo.

— Sinto muito. — murmurei sentindo minha face esquentar. Não acredito que fiz isso!

— Er, sim. Eu nasci aqui.

— É mesmo? Que legal! Eu não sabia. — eu disse com um tom frustrado.

— É. Então? E quanto a foto?

— Ah é! — eu disse e abri o celular na câmera, depois que achei ser uma boa pose cliquei algumas vezes. Melhor prevenir do que remediar.

— Obrigada por isso. Eu posso ganhar um abraço também? De verdade agora? Aquele era faz de conta. — fiz um biquinho e a minha carinha mais convincente.

— Você pediu só uma “coisinha”. — ele fez aspas com os dedos. — mas tudo bem. — abriu os braços e eu me coloquei ali. E nossa, que braços mais quentinhos e acolhedores, só não era tão bom quanto os dos meus pais, mas era maravilhoso. Mona iria morrer quando eu contasse para ela. Eu esqueci de tudo, da parte ruim da minha vida que eu havia bloqueado e que não deixava tomar conta de mim. E do lugar onde eu estava. Eu queria também que Caleb sentisse todo o carinho que eu carregava dele, que os seus olhos brilhassem e que ele fosse feliz e assim ter mais músicas novas para escutar dormindo. Eu acho que nos abraçamos por uns 2 minutos.

Eu queria aproveitar o pouco tempo que estava com ele, por que eu sabia que não o veria de novo, mesmo com ele morando em Rosewood, Caleb era alguém muito importante. Logo iria se cansar da cidade pequena.

— Obrigada por isso. Mas eu ainda continuo te achando metido. Sei que lá no fundo você é muito mais que isso, no sentido bom.

Caleb me encarou com o semblante diferente, parecia encantado ao mesmo tempo que parecia discordar comigo. Ele tinha um ar de mistério. Eu podia sentir que ainda que se ele se expusesse numa entrevista, nela não tinha 100% de verdade. Ou da sua vida. Não culpava ele afinal, devia ser chato ter sua vida exposta.  

— Isso é uma despedida? — perguntou para mim.

— Não era para ser assim? Você seguiria o seu caminho e esqueceria que um dia me conheceu? Não é sempre assim com os fãs?

— Não, eu posso não lembrar os nomes, mas nunca esqueci daqueles que tocaram meu coração. Muito menos aqueles que me ajudaram como você... Na verdade esse último nunca aconteceu até hoje.

— Isso nos faz amigos? — eu não podia acreditar naquilo. Eu não consegui conter meu sorriso por muito tempo.

— Sem dúvida alguma. Bom, se você quiser.  — ele disse e abriu um sorriso sincero.

Dei um gritinho histérico com as mãos nas bochechas. Esticando os olhos duvidando da minha atitude de novo. Já que éramos amigos agora ele tinha que me conhecer de verdade.

— E você vai ficar onde? — perguntei curiosa.

— Então, é isso que tenho que resolver.

— Procura apartamentos?

— Eu acho que sim.

— Eu sei onde podemos encontrar!

— Você realmente tem plano para tudo pelo o que posso ver.

Dei de ombros sorrindo.

— Vamos pegar suas coisas e eu te mostro.

 — Parece que você é meu anjo. — declarou ele.

Eu não estava preparada para aquilo. Primeiro, me tornei amiga de Caleb Rivers, uma coisa impossível. Segundo, ele tomou banho no banheiro da minha casa, usou as coisas do meu primo, e por fim disse que eu era seu anjo. Um anjo bem gordinho. Minhas asas eu tinha certeza que não suportaram meu peso o que resultou em eu estar andando ao invés de voar. Ri internamente da piada besta. Por que for fora eu estava um tomate.  

Eu apenas sorri para Caleb meneando a cabeça, constrangida demais para falar alguma coisa. Nunca ninguém tinha se referido assim a mim. Bom, alguém sem contar com meu pai.

Esse dia realmente foi um dos melhores da minha vida.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da Hanninha? E sobre o capítulo? Deixem suas sugestões suas lindas!
Vamos conhecendo a vida de ambos no decorrer da história. Tem muito mais aí!
Kissinhos.



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