Você Me Completa escrita por Little Flower


Capítulo 1
Rosewood


Notas iniciais do capítulo

Hey, Little Liars!
Segunda fanfic de Haleb.
É quase uma tradição para mim escrever fics dos meus OTPS da vida então com Haleb não seria diferente. AMO demais!
Espero que gostem!



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[Caleb]

1... 2... 3... Respira! Inspiro e solto o ar.

4... 5... 6... Respira! Inspiro e solto o ar.

Fiz o que a terapeuta da minha acessória ensinou.                       

Victor, meu agente, vivia dizendo e me importunando todo dia para contratar uma, segundo ele eu andava esquentadinho demais. Uma ova! Eu poderia substituí-lo num piscar de olhos.

Ainda estava atordoado e olhava incerto para a placa verde acima da minha cabeça. Grogue pela noitada.

O sol estava brilhando e ouvia o canto dos pássaros ao longe. Estava cercado por arvores.

Minha cabeça voltou a latejar, como estava acontecendo minutos antes, peguei meu celular no bolso de trás da calça e chequei a hora no visor. Cedo mais.  Havia milhares de notificações de chamadas, SMSS, e rede sociais. Estava tentando entender como diabos eu fui parar naquele lugar. Me trazia calafrios. E uma torrente de lembranças tentavam preencher minha cabeça confusa.

Como um estralo, fui me recordando aos poucos do acontecido na noite anterior.

“Eu andava pelos corredores da gravadora derrubando tudo que encontrava na minha frente. Bufando de raiva. Estava sendo seguido por uma equipe, a minha equipe, que mantinha uma distância razoável para me dar espaço ou encontravam-se preocupados demais em ganhar um roxeado na cara. Mais uma vez os donos da gravadora Records vieram com uma negativa. Podia escutar o zumbido do discurso esfarrapado de Victor sempre que isso acontecia. Eu já estava exausto disso. Algo que comecei a fazer por pura paixão, agora se tornou meu novo tormento. Um fardo.

— Caleb, por favor, não seja imprudente, garoto! — escutei a voz de Victor se sobressair dos estrondos.

— Não me diga o que fazer! — eu gritei sem olhar para trás.

— Você sabe como as coisas funcionam. Não é a primeira nem a última vez que isso vai acontecer. Você sabe disso! — gritou em resposta, junto com um grunhido.

— Dane-se! — empurrei os portões de ferro com toda minha força e ignorei os olhares assustados das pessoas do lado de fora, avancei para o meu carro e tateei a mão na minha calça jeans para encontrar as chaves presas no arco dela.

Quando entrei depois do Bip, travei as portas antes de que Victor tivesse a chance de puxar a maçaneta da porta. Liguei o som do carro e aumentei o volume para bloquear qualquer barulho do lado de fora, podia ouvir as batidas de punho do homem loiro abafadas pela música, um sorriso travesso brincou nos meus lábios enquanto eu olhei uma última vez para ele e mostrei o dedo do meio, arrancando em seguida.

Passei no meu apartamento de cobertura localizado entre os prédios mais elegantes de L.A, peguei uma pequena mala e jogava algumas peças de roupa, produtos, dinheiro em espécie, uma fotografia surrada que ficava em cima do meu criado mudo, agarrei o Tyler e por fim meu caderno surrado com capa de camurça. Escrevi uma mensagem de texto para Victor e rumei para fora.  

No caminho de volta para meu novo destino, parei numa loja de conveniência no posto de gasolina e comprei duas garrafas de vodka. Dirigi por 5 horas seguidas e quando finalmente o céu escureceu decidi estacionar no meio fio e me deliciar com minhas belezinhas.

Inconsequente, era como as pessoas próximas a mim me descreviam. 

Agora eu não sabia realmente se estava fazendo a coisa certa. Eu fiquei fora há séculos daquela cidade. Dei mais uma olhada na placa escrita em letras brancas “Bem-vindo à Rosewood! ” Se eu voltasse para L.A eu estaria concordando mais uma vez com aqueles babacas e deixaria ser controlado de novo. Por outro lado, se eu fosse em frente com o plano talvez estragasse de vez minha carreira. Dane-se! Eram eles que precisavam de mim e não ao contrário, aqueles empresários de quinta venderam muito mais comigo do que com qualquer outro artista.

Dei de ombros.

Nunca mais tinha “tirado” férias. Mas tinha certeza de que minha escolha de lugar não traria para mim as regalias que já tinha me acostumado. Novamente gritei na mente: Dane-se! Estaria fora da vista dos paparazzi, dos sites de fofocas, registrando cada detalhe da minha vida pessoal, muitas vezes boatos inventados. Eu odiava isso também.

Eu gostaria de sossego por um tempo, até Victor me caçar e me levar de volta para L.A. E com meu talento enriquecer os engomadinhos.

Suspirei uma última vez antes de entrar no meu Camaro preto, peguei meus óculos de sol no porta luvas e o coloquei, afivelei o cinto, que o tirei no mesmo instante com um rosnado, sim, eu estava caminhando à beira de um colapso, regras, regras. Detestava regras. Rodei a chave na ignição e assim que o motor rugiu, morreu na mesma hora, tentei mais algumas vezes até chegar num ponto onde não obtive resposta alguma. Olhei rapidamente para o indicador de combustível no painel. Zerado. Bati as palmas das mãos no volante.

— Carro estupido! — berrei aborrecido.

1...2...3 Respira! Inspiro e solto o ar.

4...5...6 Respira! Inspiro e solto o ar.

Notei um pouco cético como aquilo realmente funcionava. Mary merecia ser recompensada por isso, trataria de lhe dar um aumento quando voltasse.

Pensei rápido. Peguei o celular que tinha guardado, só para me irritar mais, estava sem sinal. Teria que caminhar até a cidade e procurar por gasolina ou um guincho. Qualquer coisa que tirasse meu Camaro novinho dali.

Peguei a minha mala. Tyler, travei meu carro e o alisei com carinho.

— Calminha, Joy, voltarei para te buscar, eu prometo. Não se preocupe. — declarei com um aperto no coração.

Olhei uma última vez para meu bebê e segui meu caminho.

A medida que eu andava, os carros buzinavam freneticamente, e depois as pessoas que dentro estavam saiam para tirar fotos, pedir autógrafos e abraços. Um garoto ruivo me presenteou com um tablete de pastilha de menta e eu me questionei se estava com mal hálito. 

Estava exprimido no banco de passageiros de uma Chevy entre duas garotas gêmeas de bochechas rosadas, o pai gentilmente se prontificou se oferecendo para me levar até a cidade.

— Ninguém vai acreditar que eu conheci você, Caleb! — disse a que estava a minha direita ao mesmo tempo que capturava uma selfie, ela tinha franja.  

— Nós, em nós, Bianca! — a outra a corrigiu alisando meu braço.

Olhei de soslaio para ela, que sorria encantada para mim, eu sorri de volta meio atordoado.

— Vocês querem? — ofereci as pastilhas e elas balançaram a cabeça freneticamente.

— Você é tão legal. Você terminou mesmo o namoro com a Miranda? — perguntou depois Brietta, a que não tinha franja, mas havia detalhes de uma cor verde-bebê nas pontas do cabelo. 

— Sim, você sabe, relacionamentos são complicados. — confessei dando de ombros. A imagem da pequena garota de cabelos curtos dançou sobre minhas pálpebras abertas, o seu ego era tão grande que mal cabia dentro de si. Desde o termino eu ficava me perguntando se realmente tinha valido a pena ter me relacionado com ela. O assunto sobre o rompimento ainda repercutia. Sacudi a cabeça.  

— É! — as duas concordaram, não pareciam ter mais que quatorze anos. — você merece ser feliz!

Encarei as meninas de olhos verdes meio aéreo.

—  O que você disse? — indaguei.

— Você merece ser feliz com alguém realmente legal, todo mundo merece isso. Eu tenho certeza que você irá encontrar uma garota bem bacana e que vai te completar. — disse uma Brietta sonhadora, olhando para algum lugar além de mim.

— Eu acho meio difícil. — eu disse com um suspiro. Tinha impressão de que as pessoas só estavam ao meu lado por interesse, por que poderia oferecer algo a elas. Eu podia contar no dedo as que não eram superficiais, e nem eram tantas assim.

— Bom, eu acho que sim. — disse ela num tom desafiador, ela segurou o queixo com os dedos como se estivesse maquinando algo, cochichou algo no ouvido da irmã e ambas me olharam, e depois de um minuto ela voltou a falar: — vamos fazer uma aposta.

Pensei por um momento.

— Certo. — concordei sem ponderar.

— Quando você encontrar a sua alma gêmea, se nos encontrarmos de novo um dia, nós queremos que você nos dedique uma música e ingressos para um dos seus shows em São Francisco. — propôs Bianca.

— Acordo fechado. — eu dei uma mão para cada, para firmar o acordo.

O pai das meninas gargalhou, e eu levei um susto. Rindo depois.

Minutos depois estávamos estacionando.

— Pronto, meu rapaz, chegamos! — ouvi a voz grave do homem de bigode e fiquei aliviado. Não por me livrar da companhia das meninas, que pareciam gente boa, mas sim pela razão de que o quanto mais rápido encontrasse um reboque, mais cedo teria Joy de volta.

Todos descemos da caminhonete. E peguei minhas coisas na parte de trás da máquina.

— Muito obrigado. — agradeci e fiz menção em puxar uma nota de cinquenta dólares na carteira, quando o homem me parou com a mão.

— Não é necessário, digamos que o favor está pago, minhas filhas realmente te amam. — ele disse com um sorriso de canto. — sua música é até boa.

— Obrigado. — demos um cumprimento simples de mãos e me dirigi as meninas, que se encontravam ao seu lado, depositei um beijo em cada uma na bochecha e elas se derreteram. — sempre vou me lembrar de vocês, sejam boas garotas! — me senti meio hipócrita em dar-lhes um conselho que nem mesmo eu seguia. Mas ninguém além de Victor e minha equipe precisava saber disso. Principalmente meus fãs. Além do cantor teen do momento, eu devia ser o exemplo de boa índole, um ícone.

— Obrigada, Caleb. — as duas disseram em uníssono.

— Não se esqueça da aposta! — Brietta alertou com as mãos na cintura.

— Não vou esquecer, eu prometo.

— Podemos te marcar no Instagram?  — Bianca perguntou, ansiosa e olhos bem abertos.

— Sim, sim. Claro. — concordei com um aceno de cabeça e um sorriso.

Ambas saltitaram alegremente e me senti satisfeito em de alguma forma fazê-las felizes. Há muito tempo não tinha me deparado com fãs assim. Se elas pareciam meio maluquinhas, sim pareciam, mas eram de longe as meninas mais doces.  

Depois de nos despedirmos eles partiram.  

O fluxo de pessoas não era muito enquanto eu caminhava pelas ruas, uma mistura de sentimentos em erupção dentro de mim, inspirei o aroma que aquele lugar exalava e depois de alguns minutos andando a procura de algum reboque, eu me sentei num dos bancos. Sentindo o badalar em minha cabeça. Precisava de uma aspirina e muita água.

Chutei uma pedra e fiquei olhando para o nada sem saber realmente por onde mais procurar.

A ideia de encontrar algum conhecido depois de tanto tempo causava um frio assustador no estomago. Ou pessoas mais que conhecidas.

Umas pessoas que andavam por perto pediram autografo enquanto soltavam algo como: não consigo acreditar, é Caleb Rivers. Melhor dia da minha vida! Entre outras coisas. É claro que eu sempre fui atencioso e não seria diferente agora, cansado, com um pouco de ressaca.

Voltei ao estado anterior. Meio distraído.  

— Eu não acredito nisso! — ouvi um grito, depois dois, três, assim se formando um eco de gritos.

Quase adquiri uma torcida no pescoço quando eu virei a cabeça em nível hard para me deparar com um grupo de mais de dez garotas com blusas padronizadas. Era impressão minha ou era meu rosto estampado ali? OH-OH! Se mova, Caleb, meu subconsciente alertou.

Quando eu dei por mim, as meninas correram estilo papa-léguas até onde eu estava e eu as parei com a mão, muito, muito amedrontado. Havia muitos celulares apontando na minha direção, faces incrédulas e sorrisos abobalhados.

— Garotas, calminha aí. Se vocês formarem uma fila eu prometo que darei atenção à todas...

—E-eu não acredito que é você! — uma delas falou com a voz embargada.

— Sim, sou eu Caleb, agora, façam a fila e... — eu gesticulava, argumentando para controlar a situação.

Eu pensei que minha tranquilidade e promessa as impediriam de fazer loucuras, mas quando a que gritou primeiro avançou para cima de mim as outras seguiram seu péssimo exemplo, senti minha blusa vinho ser puxada com tanta brutalidade que arregalei os olhos diante daquela algazarra toda. Só tive tempo de recuperar Tyler e minha mala e correr o mais rápido que eu pude.

— Caleb, nós te amamos!

— Você é maravilhoso!

— Meu crush, espera por mim!

Gritavam atrás de mim histericamente.

As poucas pessoas que estavam no caminho olhavam escandalizadas e algumas riam. Riam! Eu deixei para sentir raiva depois. Me irritei por estar irritado, quando antes eu estava calmo.

Eu não sabia realmente para onde estava indo. Eu só queria um lugar seguro, longe daquelas meninas insanas. Que tinham pedaços da minha blusa e possivelmente do meu cabelo. Eu podia jurar que tinha sentido um puxão brusco antes de me tornar o Sonic.

Me arrisquei em olhar para trás para me certificar que as tinha despistado, não vendo mais ninguém me arremessei para dentro do beco de tijolos de cor vermelha. Joguei minha mala no chão e depositei meu violão em cima. Meu coração martelava tanto que podia escutar a pulsação em meus ouvidos.

Sustentei minhas mãos nos joelhos enquanto tentava recuperar o fôlego pela corrida.

Ergui meu olhar e me deparei com uma garota loira, que tinha um pacote de jujuba nas mãos, parecendo meio abobalhada e incrédula. Ela não era tão robusta, mas também não era magrela. Um meio termo. Usava um vestido solto floral em preto e rosa. O cabelo caia em ondas e tinha mechas aleatórias na cor rosa.                           

Sua expressão estava começando a me deixar desconfiado. Me preparei para fugir da possível fanática quando ela sacudiu a cabeça e me encarou com um olhar indecifrável.

— Você está bem? — ela perguntou com um timbre doce.                         

Encarei estagnado para a garota. Perguntando-me se ela batia bem da cabeça. Ela não reparou que eu estava praticamente sem blusa nenhuma?

— Não, eu não estou bem. — eu respirava tão rápido que acabei me engasgando no final.

— Precisa de ajuda? — perguntou mais uma vez, empurrando o doce na boca.

— Não, não preciso de... — eu retornei a falar quando escutei passos bruscos e apressados.

Arregalei os olhos em pavor.

Num piscar de olhos a garota tinha se aproximado de mim e em outro piscar me envolvido num abraço apertado. Falando coisas sem sentido como: senti tanta a sua falta, docinho.  Fiquei sem entender aquilo tudo. Quando ouvi os passos cessarem por alguns segundos e voltarem a badernar seguindo para o lado oposto atrás de nós.

— Você já pode me soltar. — eu disse um pouco sufocado pelo abraço e ela atendeu ao meu pedido.  

— De nada! — ela disse com escarnio e deu de ombros.

— O que foi isso? — perguntei, ignorando seu sarcasmo.

— Não é obvio? Ninguém atrapalharia um casal em um momento íntimo. — ela disse revirando os olhos.

Bufei. Achando aquilo bobo e ao mesmo tempo brilhante.  

Ela me acompanhou com os olhos enquanto voltava para onde minhas coisas estavam e as apanhava.

— Então, você está perdido ou algo assim? — indagou a garota mais uma vez.

— Talvez. — olhei-a desconfiado.

Revirou os olhos.

— Eu não vou fazer mal nenhum contra você, garoto. — ela rebateu, um pouco chateada.

— Garoto? Você não sabe quem eu sou? — eu perguntei perplexo, parando de checar minhas coisas no mesmo instante e a encarando. E de certa forma me senti por um momento aliviado.

— Oh, é claro que eu sei quem você é... — houve uma pausa dramática — um garoto perdido.

Continuei a encará-la boquiaberto. Quando de repente ela soltou uma gargalhada contagiante. Eu até poderia ter a acompanhado, mas não tinha entendido a graça, senti uma pontada de raiva, de uma forma diferente. Eu estava realmente cético pelo fato de ela não me conhecer. Ela vive em que mundo?

Talvez eu estivesse irritado por esse motivo. Na verdade, “frustrado” devia ser a palavra que se enquadrava melhor. Por um momento, a queimação dentro de mim se cessou quando eu notei as covinhas evidentes enquanto ela segurava a barriga pelo ataque de riso. Era encantador demais. Ela parecia um ser angelical. Bastante maluco, mas ainda assim um anjo.

— Eu estou brincando, devia ter visto a sua cara! — ela apontou o dedo para mim, com os olhos lacrimejados.

Revirei os olhos.

— É claro que eu sabia que era uma piada. Todos sabem quem eu sou! — eu disse passando a mão pelo meu cabelo recentemente aparado.

— Você é bastante medito, já te disseram isso? — ela disse retoricamente sem cerimônia.

Ergui as sobrancelhas. Ela deu de ombros.

— Você é aquele que canta: Will you save me?, nananã, nananã, I'll give love... — cantarolou fazendo uma pequena performance. Era a música do momento que ainda continuava na lista da Billboard e garantiu a mim mais reconhecimento.  A garota ia cair, tropeçando nos próprios pés, quando eu fui mais rápido e a aparei, o seu peso não foi problema para mim.

— Incrível. — eu elogiei seu pequeno espetáculo.

Ela riu timidamente as maçãs do rosto ganhando uma tonalidade rosa. De perto consegui enxergar a cor real dos seus olhos, eram de um azul magnifico. Eles eram bonitos.  

— Você pode me soltar agora, viu? — ela repetiu as minhas palavras, respirando fundo e continuando —Obrigada, Caleb! —  ela agradeceu depois que a firmei no chão.

Ela se endireitou e olhou para os lados, aturdida, parecendo procurar por algo.

— Minhas jujubas! — exclamou horrorizada encarando o chão, quando finalmente achou. — poxa vida!

— Sinto muito. — ficamos os dois fitando os doces esparramados pelo asfalto por uns dez segundos.

— Tudo bem — suspirou — eu posso conseguir outras. — falou se recompondo. — então? Você precisa de ajuda? Ou vai continuar sendo orgulhoso e sei lá acabar bem pior? — inqueriu apontando para meu estado.

A encarei e ela me olhou de volta de forma decidida, mas também disposta a ajudar.

— Tudo bem, eu vou confiar em você... — eu disse por fim.

— Ótimo, vou te levar até a minha casa, é aqui pertinho aí você me explica como posso te ajudar. — e começou a marchar na minha frente. A segui em passos longos para ficar no mesmo nível que ela. — ah e tome isso aqui. — vasculhou na sua bolsa por um momento — a qual não tinha reparado estar ali e me entregou um par de óculos e uma touca cinza.

Com a agitação eu não fazia ideia onde meus próprios óculos tinham ido parar.

— Isso é masculino, por acaso? — eu perguntei quando paramos para que eu colocasse as coisas, antes de ficarmos a vista na rua.

Ela assentiu.

— Antes de prosseguirmos de novo... — impedi que voltasse a caminhar — você não me disse seu nome.

— Ah, é claro! Que indelicadeza a minha, foi mal. — ela disse dando um tapinha na testa — eu sou Hanna. — e abriu o sorriso de covinhas.

— Nome legal. — eu acabei por dizer indiferente.

— Meu pai quem escolheu! — ela disse.

— Bacana.

— Agora que estamos devidamente apresentados vamos a minha casa!decretou colocando em si seus próprios óculos em forma de coração e voltando a caminhar.

 


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Kissinhos



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