Defensores de Paris 2 - As Joias Perdidas escrita por Blue Blur


Capítulo 2
A Lenda Chinesa


Notas iniciais do capítulo

Já em solo chinês, Marinette desfruta de férias maravilhosas na casa de sua avó materna, em Xangai, e também desfruta da companhia de seu namorado Adrien. Tudo indicava que ela voltaria de sua viagem cheia de histórias para contar, porém uma dessas histórias a deixou particularmente intrigada, e era uma história sobre uma pintura bastante antiga.



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Mais de 10 horas haviam se passado desde que o avião de Marinette saiu de Paris em direção a Xangai. A garota estava exausta, descendo do avião já em território chinês, a garota resolveu andar um pouco pelo aeroporto para se alongar e para espantar a preguiça. Seus pais estavam cuidando da última parte da documentação enquanto isso.

(Tikki): Puxa Marinette, essa viagem demorou um bocado

(Marinette): Nem me fale, Tikki. Mais um pouco naquele avião e eu teria surtado! Finalmente chegamos à Xangai.

(Tikki): Marinette, como é que sua avó é?

(Marinette): Minha avó? Bem... para ser sincera, eu não sei direito. Minha mãe falou que eu cheguei a conhece-la, mas que era muito nova para me lembrar, então vai ser meio que minha primeira vez “consciente”, por assim dizer.

Quando a família de Marinette saiu do aeroporto, já era madrugada do dia seguinte, a diferença de fuso horário, bem como a longa viagem haviam embaralhado a pobre garota inteirinha. Enquanto seu pai dirigia um carro alugado, ele ia falando sobre a avó de Marinette.

(Tom): Filhinha, quando você ainda era um bebê, nós viajamos para cá para você conhecer sua avó. Você era tão lindinha, todos nós ficamos muito felizes. Sua mãe teve a melhor reação de todas, sua avó teve até que intervir numa parte em que ela...

Marinette não estava escutando uma única palavra da conversa, ou melhor, monólogo, tamanho era o cansaço dela. Tudo entrava por um ouvido e saía pelo outro, mas ainda assim, tinha algo que ela prestava tanta atenção quanto seu cérebro permitia: no cenário ao seu redor. A cidade de Xangai é uma das maiores áreas metropolitanas do mundo, as luzes intensas faziam ela parecer uma versão chinesa de Nova York. Como os pais de Marinette continuavam conversando de forma animada (mesmo sem notar que a filha não estava prestando atenção) Tikki resolveu sair da bolsinha e ir para a janela conversar com sua amiga humana.

(Tikki): Essa cidade é enorme! Eu não me lembro de ter visto algo tão grande assim antes.

(Marinette): Tikki, você já esteve aqui na China?

(Tikki): Sim, mas foi há muitos séculos atrás.

(Marinette): E pelo que você e sua antiga mestra lutavam?

(Tikki): Bem Marinette, no período equivalente ao feudalismo europeu, sempre houve uma grande inimizade entre a China e o...

(Sabine): Marinete, nós chegamos.

Tikki se escondeu rapidamente na bolsa de Marinette, pelo visto a viagem acabou durando bem menos que o esperado, ou talvez elas tivessem perdido a noção do tempo por ainda estarem meio “desreguladas” pela longa viagem.

Enquanto descarregavam as bagagens, a família de Marinette foi recebida por uma senhora chinesa, de porte baixo, um pouco mais baixa que Marinette (vocês sabem como gente idosa às vezes costuma ser baixa). Ela vestia um suéter vermelho e, por baixo, um vestido preto. A família entrou em casa com as bagagens e começou a conversar.

(Sabine, abraçando a senhora): Oh mãe, estou tão feliz em ver você!

(senhora chinesa): Hěn gāoxìng yǒu nǐ zài zhèlǐ, nǚ'ér (também é bom ter você aqui, filha)

(Sabine): Mãe, aqui está o meu marido. Lembra do Tom, não lembra?

(senhora chinesa): Wǒ zěn néng wàngjì yīgè nánrén rúcǐ qiángjìng wěnjiàn? (Como eu poderia esquecer de um homem tão forte e robusto?)

(Sabine): E esta é a Marinette. Lembra daquela bebezinha que você segurou no colo?

(senhora chinesa): A, tián mǎlǐ nèi tè, nǐ biànle zhème duō! (Ah, doce Marinette, você mudou tanto!)

(Sabine): Marinette, esta é Akame Cheng, sua avó.

(Akame): Nǐ hái jìdé wǒ, nǚhái? (Lembra de mim, garotinha?)

Marinette ficou constrangida em conversar com sua avó porque não entendia nenhuma palavra do que ela dizia, a garota não queria cometer a mesma gafe que cometeu com seu tio. Bom, com o tio ela teve sorte, já que ele falava francês, mas ela não teria a mesma sorte com sua avó. E Adrien demoraria alguns dias ainda para chegar de viagem antes que pudesse ajuda-la servindo de intérprete. Ao ver o constrangimento da neta, Akame começou a rir.

(Akame, rindo): Eu devia esperar que você não soubesse falar chinês.

(Marinette, rindo aliviada): Puxa, por um instante eu pensei que...

(Akame): Que eu não falasse sua língua? Hihihi, eu andei praticando para conversar com minha netinha. Já faz muito tempo que eu não te vejo, você cresceu Marinette, ficou muito bonita. Será que algum daqueles garotos franceses fica de olho em você? Você costuma sair paquerando esses garotos?

(Marinette, vermelha): V-Vovó, eu não posso ficar por aí paquerando meninos! Até porque (fica mais corada ainda) eu já tenho namorado.

(Akame, sorrindo): Oh, e quem é o felizardo?

(Marinette): A-Adrien Agreste.

(Akame): Adrien Agreste? Você não está falando do filho do designer de moda Gabriel Agreste, está? O senhor Agreste vem daqui a alguns dias para Xangai promover sua nova marca.

(Marinette): Sim, é esse mesmo, o filho do Gabriel Agreste.

(Akame, “séria”): Marinette Dupain-Cheng, é muito feio mentir, mocinha!

(Marinette, novamente constrangida): M-Mas eu não estou mentindo! Eu namoro mesmo o Adrien Agreste!

(Akame, “séria”): Pfff, até parece! Esses modelos filhinhos de papai só querem saber de sair com meninas fúteis e riquinhas. Filhas de políticos, de empresários, de atores e a bagaça toda. Sem falar que eles só pensam em festas, garotas, baladas, garotas, gastança. Eu já falei garotas?

(Marinette, da cor de uma joaninha sem pintinhas): Vovó, o Adrien não é assim!

(Akame, “séria”): Pensando bem, eu proíbo você de sair com esse tipinho! Não quero meu anjo saindo com esse tipinho fútil e mimado!

(Marinette, nervosíssima): VOVÓ!!!

(Akame): Marinette, é brincadeira. Tenho certeza de que você encontrou uma pessoa quase tão maravilhosa quanto você.

(Marinette): Ah vovó, obrigada.

(Akame): Agora vá dormir, netinha. Já é de madrugada e você teve uma viagem muito longa, precisa descansar.

No dia seguinte Marinette acordou um pouco mais tarde, na verdade, beeeem mais tarde, quase meio-dia, por motivos óbvios. Almoçou com a família alguns ótimos pratos da culinária chinesa, todos preparados por sua mãe e sua avó: yakissoba, chop suey, frango xadrez, camarão à moda de Xangai... depois do almoço e de tudo ter sido arrumado, Marinette foi andar um pouco pela casa de sua avó. Na sala de estar da casa, havia uma pintura que chamou a atenção de Marinette: era um quadro grande, bem grande mesmo, disposto em formato de paisagem. A pintura retratava um grande exército de samurais cavalgando contra um vilarejo chinês. Como era de costume entre os japoneses, eles carregavam em suas costas bandeiras (este é um modelo de como é um samurai genérico, os guerreiros da pintura não eram assim: https://www.sierratoysoldier.com/ourstore/pc/catalog/FL_SAM/SAM025_2(l).jpg ) negras com um desenho dourado de duas penas cruzadas dentro de um círculo (referência: https://thumbnail.image.rakuten.co.jp/@0_mall/tit1/cabinet/830000/toyo/kam01.jpg?_ex=200x200&s=0&r=1 ). Estes samurais, que estavam atacando os indefesos camponeses chineses, eram enfrentados por apenas seis guerreiros, cujos trajes destoavam de qualquer nação oriental da época.

(Akame): Gosta desta pintura, jovem Marinette?

(Marinette, tomando um susto): Vovó? Como você chegou aqui? Digo, sim, eu gosto da pintura! Ela é bem interessante... Sobre o que é essa pintura?

(Akame): É sobre uma lenda chinesa, “Os Campeões de Xangai”.

(Marinette): Eu gostaria de ouvir sobre essa lenda.

(Akame): Há muito tempo, alguns anos antes da dinastia Song ter início no império chinês, Xangai era apenas uma pequena vila litorânea que sobrevivia da pesca e do comércio. Todos os camponeses viviam em paz, e a vila era próspera. Mas um dia uma frota de navios japoneses atracou na vila. Um exército com cerca de 6000 samurais desembarcou na praia, e atacou a vila. Fazendo jus ao símbolo ostentado em suas flâmulas, os samurais montaram seus cavalos e atacaram como se fossem águias se jogando sobre galinhas. (a voz de Akame fica embargada) Eles mataram os homens, os idosos, as crianças... muitas mulheres foram violentadas, e muitas grávidas tiveram suas barrigas rasgadas pelas katanas daqueles selvagens.

(Marinette, chocada): Meu Deus, que coisa horrível!

(Akame): Os sobreviventes fugiram para a floresta e se esconderam em cavernas. Expulsos de seus lares, eles clamaram aos deuses para que os salvassem dos invasores japoneses e lhes devolvessem suas terras. Os deuses ouviram as preces dos camponeses, e indignados com tamanha injustiça e crueldade, eles mandaram seis Campeões para enfrentar os invasores. Quando os samurais viram aqueles guerreiros solitários, eles caíram na gargalhada, julgando que aqueles seis guerreiros jamais venceriam os seis mil samurais. Eles estavam redondamente enganados.

(Marinette): O que aconteceu?

(Akame): Quando o combate se iniciou, cada um dos guerreiros mostrou possuir uma habilidade especial. Segundo a lenda, ela foi dada pelos deuses chineses. Vou lhe indicar cada guerreiro e suas habilidades.

Akame começou a apontar cada um dos guerreiros e a dizer suas habilidades.

(Akame): Este guerreiro possuía uma habilidade singular de se teletransportar de um canto para outro quando estava prestes a ser atingido por um golpe mortal. (https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/07/56/aa/0756aa551566ec795e3f230807dc526e.jpg).

Este outro guerreiro, dizia-se que ele podia destruir tudo aquilo que tocasse (https://vignette4.wikia.nocookie.net/lady-bug/images/8/8c/Chat_Noir_Ancient_Hero.png/revision/latest?cb=20170302034434), e ele sempre andava junto com essa guerreira (http://pm1.narvii.com/6429/51d511c6648dbbcb8aa5af4662935122238412b4_hq.jpg) que possuía o poder de criar novas armas para auxiliar no combate. Ah, inclusive diz a lenda que ela reconstruiu a vila ao final da batalha. Esta outra guerreira (https://vignette2.wikia.nocookie.net/lady-bug/images/6/64/Bookimage.png/revision/latest?cb=20170302034629) tinha o poder de criar fantasmas, espectros capazes de confundir os inimigos, que não sabiam quem deveriam atacar. Muitas vezes eles feriam os próprios aliados por conta das ilusões geradas por essa guerreira.

Marinette ouvia tudo aquilo admirada. Não havia dúvida nenhuma de que aqueles guerreiros eram os antigos detentores dos Miraculous.

(Akame): Este guerreiro aqui (http://pre05.deviantart.net/5fe4/th/pre/i/2014/299/f/6/el_chapulin_colorado_by_smikeu_san-d84akva.jpg) tinha um poder curioso: ele possuía uma pele impenetrável, capaz de suportar todo tipo de golpe sem se ferir. Apesar de não lutar com tanta habilidade quanto seus companheiros, sua valentia não era inferior, inclusive dizem que ele usava seu corpo como escudo para proteger seus aliados. A batalha continuou por muito tempo, porém mesmo os Campeões sendo mais habilidosos, eles não poderiam lutar para sempre, então este sexto guerreiro (http://pm1.narvii.com/6395/af7c0be26fd36808746163e06479a1d5aab49758_hq.jpg) usou seus maravilhosos tenshis para transformar os camponeses em soldados, igualando as chances na batalha. Por fim, os samurais invasores foram derrotados, e a vila foi reconstruída pela guerreira vermelha. Os camponeses se curvaram e agradeceram aos seus salvadores como se eles fossem deuses. Então os seis Campeões foram embora, e nunca mais foram vistos de novo.

Marinette estava desnorteada. Havia muito mais coisa sobre Ladybug que ela não sabia, e aquilo com certeza preenchia uma lacuna enorme do que ela deveria saber.

(Akame): É uma lenda incrível, não acha, Marinette?

(Marinette): Lenda?

(Akame): Sim, lenda. Você não acha mesmo que seis guerreiros com roupas coloridas e poderes mágicos enfrentaram e derrotaram um exército de samurais sozinhos, né? Sem falar que Xangai era uma vila pacífica, nunca que seis habitantes teriam habilidades para lutar numa guerra, nem os aldeões teriam dinheiro para contratar mercenários.

(Marinette): Errr, verdade, você tem razão... Mas, tem aqueles dois heróis que eu vi lá por Paris, e não sei porque mas eles me lembram muito dois desses guerreiros vovó.

(Akame): Pfff, Marinette você não pode acreditar em todo vídeo que você vê na Internet!

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Os dias se passaram, Marinette e sua família passearam bastante por Xangai conhecendo diversos pontos turísticos, como o Jardim Yu, a Torre Pérola Oriental, o templo do Buda de Jade... até que certa noite, Marinette foi ao Museu de História de Shangai. Lá estava tendo um grande evento onde diversas relíquias estavam disponíveis. Haviam baús, armas antigas, roupas e armaduras de época, e inclusive alguns objetos de aparência estranha: um anel de ouro, parecido com uma garra de águia, um protótipo do que pareciam ser lentes de contato, alguns anéis negros como obsidianas e brincos tão reluzentes que pareciam ser feitos de pérolas lapidadas. Também haviam pergaminhos, mapas e muitas outras coisas. Falando para os muitos frequentadores do museu, estava uma mulher chinesa de meia idade, alguém aparentemente muito importante, falando para a multidão.

(Marinette): É uma pena eu não falar chinês, o que essa mulher está dizendo parece ser muito interessante.

— Ela está explicando sobre as relíquias em exposição. Pelo que eu entendi elas são tesouros encontrados por meio de escavações feitas pela China, ou comprados de outros museus. Ah, que legal, parece que dentro de algumas semanas, essa mesma exposição vai estar em Paris. Que tal se lá em Paris a gente for novamente ver essa exposição, milady?

Marinette reconheceu a voz de seu namorado no mesmo instante. Adrien estava vestido com uma roupa social, acompanhado de seu pai, de Nathalie e do “Gorila”.

(Marinette): Adrien, não acredito! O tempo passou voando, você veio bem mais rápido do que eu esperava!

(Gabriel): Olá Marinette, é bom ver você neste lugar.

Marinette estava a fim de conversar com o Adrien em um lugar mais reservado, então foi para um outro lugar do museu, onde o burburinho era menor.

(Adrien): Sentiu minha falta, milady?

(Marinette): É tão bom ver você, meu amor! Me conta, como foi a viagem?

(Adrien): Puxa, a viagem foi muito cansativa, eu cheguei aqui faz uns dois dias.

(Marinette, fingindo ser ciumenta): Dois dias inteiros? E você nem me ligou nem nada? Muito bem, senhor Agreste, qual o nome da perua de olhos puxados com quem você está saindo?

(Adrien, indo conforme a brincadeira): “Nosfa” “Marineffe”, pra quê essa agressividade?

(Marinette): Se você acha que vai me trocar por chinesinha qualquer, eu juro que...

(Adrien, rindo): Uma lutadora de Kung Fu.

(Marinette): Quê?

(Adrien, rindo): A “perua de olhos puxados” com quem eu estou saindo é uma lutadora de kung fu, é mais velha que você, mais bonita, tem um belo par de coxas...

(Marinette, rindo): Ah, seu gato pingado! Vou pegar meu ioiô e estrangular você e essa perua!

Os dois começaram a rir bastante da brincadeirinha de casal que ambos fizeram, até ouvir uma voz engraçada vindo da camisa do Adrien.

(Plagg, mal-humorado): Dá um tempo aí, gente. Poxa, eu estou tentando dormir, ainda não me recuperei do jet-lag e vocês aí com essa conversinha melosa estão me atrapalhando!

Outra voz, aguda, começou a falar, dessa vez vindo da bolsinha da Marinette.

(Tikki, sorrindo): Ah Plagg, que pena que você esteja tão cansadinho, eu estava tão animada em sair com meu kwami favorito. Acho que vai ter que ficar para outro dia.

(Plagg): T-Tikki? V-Você está aqui?

(Tikki, sorrindo): É claro que eu estou, bobinho. Você se esqueceu que a Marinette é a Ladybug, e que eu tenho que acompanha-la para onde quer que ela vá?

(Plagg, agindo de um jeito bem bizarro): Dãããã...

(Tikki): Por que você não me acompanha, para a gente também poder conversar? Podemos aproveitar que a minha irmãzinha não está aqui para nos importunar.

(Plagg): Deixa comigo...

(Adrien, vendo os dois kwamis voarem para um lugar mais afastado): Esses dois realmente são muito íntimos.

(Marinette): Que nem a gente... quer dizer, que nem a gente pode acabar ficando, porque eu não acho que somos tão próximos assim, quer dizer, nós namoramos, mas ainda não somos, err... digo...

O fluxo bagunçado de palavras foi interrompido quando o garoto deu um beijo em sua lady, que acabou entrando em um estado de transe e começou a abraça-lo. Eles ficaram ali juntinhos, desfrutando seu amor... isso até um infeliz aparecer para atrapalhar tudo.

— Vocês não deviam estar aqui, essa área é apenas para o pessoal da organização do evento.

Os dois rapidamente desfizeram o beijo, meio constrangidos, e olharam para o sujeito que estava falando. Era um homem de traços orientais. Ele usava um uniforme de vigia, aparentava ter uns 35 anos. Ele tinha olhos vermelhos, um cabelo negro arrumado, com algumas pequenas mechas meio ouriçadas.

(Marinette): Desculpe, nós não sabíamos disso senhor...

(Vigia): Nakajima, Masato Nakajima.

(Marinette): Eu sou Marinette Dupain-Cheng, e este é meu namorado Adrien Agreste. Desculpe o inconveniente, vigia Nakajima, nós já vamos sair.

(Masato): Tudo bem. Vejo vocês lá embaixo.

Depois de chamarem de volta seus kwamis, Marinette e Adrien voltaram até o lugar onde estava acontecendo a apresentação. O vigia Nakajima viu que os dois jovens pareciam bastante interessados na exposição e resolveu falar com eles a fim de tirar um pouco aquele clima de “vigia carrancudo cortando o namorico dos dois pombinhos”.

(Masato): Cada um destes objetos é uma relíquia desenterrada ou comprada pelo governo chinês. São muito valiosas, a China ganha muito dinheiro só pela exposição destes artefatos. Daqui a algumas semanas essa exposição será feita em Paris na França.

(Marinette): Que coincidência maravilhosa! Nós somos de lá!

(Masato): Sério mesmo? Isso quer dizer que vocês conhecem os super-heróis Ladybug e Chat Noir?

Marinette e Adrien se entreolharam, com um sorriso de “o senhor não acreditaria se contássemos”.

(Adrien): Bem, vamos dizer que já nos encontramos algumas vezes. Sabe, muita gente inocente já foi akumatizada em Paris e Ladybug e Chat Noir sempre vinham ajuda-los, então sim, pode-se dizer que nos conhecemos.

(Masato): Eu ouvi muitas notícias sobre Ladybug e Chat Noir, acho que o mundo inteiro ouviu notícias sobre eles desde que eles desmantelaram aquela organização criminosa... como era mesmo o nome?

(Marinette): Surveillance.

(Masato): Isso, essa mesma. Vocês não teriam como entrar em contato com eles, teriam? É que vocês disseram que conhecem eles, e acho que eles poderiam nos ajudar a...

(Adrien): Desculpe, mas nos conhecemos por conta de resgates, e não dessa intimidade toda. Mas se não for ser intrometido, no que exatamente você precisa de ajuda?

(Masato): Com essa exposição, sabe, eu não sei se devia contar isso para vocês, mas a verdade é que, por conta do grande valor de cada uma dessas relíquias encontradas, há o risco de que criminosos tentem roubá-las. Só nesse período em que a exposição esteve aqui em Xangai, houve três tentativas de roubo. Por sorte, eu e minha equipe frustramos os planos dos criminosos. O problema é que ninguém consegue identifica-los, sem falar que eles estão cada vez mais ousados, não sei se damos conta sozinhos. Aí como vocês falaram em Ladybug e Chat Noir, eu pensei que eles poderiam ajudar.

Marinette e Adrien ficaram reticentes ao ouvir a história daquele homem. Ele era de fato um íntegro agente da lei, e precisava de ajuda. O problema é que se Ladybug e Chat Noir aparecessem fora de Paris, criminosos ou mesmo organizações mafiosas poderiam interpretar isso como um sinal de que os heróis haviam saído de Paris e que agora a cidade estava vulnerável.

(Marinette): Desculpe senhor, mas não podemos ajudar. Acho que a única coisa que pode ser feita é proteger os objetos da exposição até que ela chegue em Paris. De lá talvez dê para contatar Ladybug e Chat Noir.

(Masato): Entendo. Bom, pouca informação é melhor do que nenhuma, obrigado pela conversa.

Após o final da conversa, Marinette e Adrien voltaram a ver a exposição, e o senhor Nakajima voltou ao seu posto. O resto da noite transcorreu normalmente, sem nenhum incidente.

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Os dias se passaram e acabou chegando a hora de voltar para Paris. Dessa vez as famílias de Marinette e Adrien estavam juntas no aeroporto, prontas para voltar para casa.

(Marinette): Bem Adrien, foi muito bom esse tempo que passamos juntos.

(Adrien): Se quiser, a gente pode repetir mais vezes depois que voltarmos para Paris, milady.

(Marinette): Com certeza nós faremos isso.

(Nathalie): Adrien, nosso voo já vai partir.

(Adrien): Adeus Marinette. Até daqui a algumas horas.

(Marinette): Adeus Adrien.

As duas famílias se separaram e pegaram seus devidos voos de volta para casa. Com certeza, Marinette teria muita história para contar para Chloé e Diego depois que voltasse para Paris.

Muita história mesmo, principalmente sobre o que ela descobrira sobre aquela pintura que viu na casa de sua avó.


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Notas finais do capítulo

Esse foi um capítulo calminho. Cá entre nós, eles merecem esse pequeno recesso antes de voltarem a ação. Esse primeiro arco será mais calmo, depois desse capítulo sobre a Marinette em Xangai, eu vou fazer outros dois capítulos que ocorrem simultaneamente: um sobre a Lila e o Diego em Acapulco, e outro sobre a Chloé, que ficou em Paris. Caso você seja mais fã das cenas de luta te aviso que você pode achar os próximos capítulos meio chatinhos... mas você deve ler, porque eles são importantes, isso sem falar no quanto eu me esforcei para fazer um bom trabalho, hehehehehe.
Bom, por enquanto é só. Até o próximo capítulo, não se esqueçam de deixar um comentário e de favoritarem a história, isso é um baita incentivo para mim.



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