Back to Home escrita por Ana


Capítulo 23
Se Arrependeu?


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigado mesmo por o comentários no capítulo anterior.
Vamos descobrir o que esse capítulo nos reserva.
Música: Adele - I Miss You
Perdoem os erros que passam despercebidos.
Tenham uma boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/736706/chapter/23

 

Quando chegaram, Regina subiu com as meninas para o banho, que também já queriam aproveitar para dar banho em Lucy, o que por ora as mães não concordaram, o primeiro banho dela seria no petshop depois de uma visita ao veterinário. Quando elas subiram, Emma aproveitou para pedir comida, depois do dia que tiveram, jamais deixaria que Regina fosse para cozinha, mesmo a ajudando.

Quando desceram, a comida já tinha chegado e Emma terminava de pôr os pratos a mesa.

— Espero que não se incomode de eu ter feito isso. — disse para Regina.

— Tudo bem, Emma.

— Mãe, o que a Lucy vai comer? — Luna perguntou quando Emma estava servindo o seu prato.

— Como ela parece ser ainda um bebê, acho que só leite, bom, pelo menos até levarmos ela ao veterinário.

Depois do jantar, com a ajuda das meninas que não queriam perder nada, Regina pegou duas vasilhas para servirem de comedouro e bebedouro, enquanto não compravam os recipientes apropriados para Lucy, e Luna colocou o leite dentro de uma e Luíza colocou água dentro da outra. Enquanto a gatinha se alimentava e matava a sua sede, as garotas permaneceram sentadas no chão ao lado dela.

Emma e Regina não conseguiam disfarçar suas expressões abobadas, nos últimos dias, todos tinham sido assim, como Luíza e Luna se descobrindo como cumplices, com algumas conversas cheias de olhares, com irmandade. Para as duas era incrível que aquilo tivesse surgido no momento em que tudo pareceu desmoronar, e que fossem as suas filhas que sustentavam toda aquela harmonia.

Na sala, assistiram O Gato de Botas a pedido de Luna, que mantinha em sua mente a ideia de adestrar Lucy, que achava que o filme pudesse ajudar.

— Onde ela vai dormir? — uma Luíza muito sonolenta perguntou no meio do filme.

— Podemos colocar alguns jornais no chão e ela pode dormir na cozinha. — Regina respondeu.

— Mas o chão é duro, mamãe.

— Então podemos pegar uma almofada no sótão.

— A gente pode levar ela para o quarto? — Luna que também estava tão sonolenta quanto Luíza perguntou.

— Depende, acho que só se vocês deixarem ela na almofada e não inventarem de levar ela para a cama no meio da noite. — foi a vez de Emma — Temos um acordo? — as meninas fizeram que sim com a cabeça.

— Você pode subir com elas para o quarto enquanto eu pego as coisas no sótão, Emma?

— Claro, Regina. Vamos meninas.

— Mas o filme ainda nem acabou mãe. — reclamaram.

— Eu sei, mas vocês duas já estão morrendo de sono. Vamos.

Enquanto Emma subiu com as meninas e Lucy para coloca-las na cama, Regina subiu ao sótão, pegou jornal e algumas almofadas, e desceu para o quarto das meninas.

— Pronto, Lucy agora está bem acomodada. — disse para as meninas.

— Boa noite. — Emma falou a porta.

— Boa noite, mãe. — as meninas responderam.

— Boa noite. — Regina também disse depositando um beijo na testa de cada uma, e quando se direcionou a luminária para acende-la, a mão de Luíza em seu braço a deteve.

— Não precisa, mamãe.

— Tem certeza, Luíza?

— Aham, agora tenho a Luna e a Lucy, eu não tô mais sozinha.

— Tudo bem então, vou apagar a luz, tá bom?

— Uhum. — respondeu virando de lado na cama quando mal podia manter os seus olhos abertos.

Quando Regina saiu do quarto, encostou a porta mas mantendo uma brechinha aberta.

— Hoje foi um dia bom. — Regina disse enquanto desciam as escadas.

— Sem dúvidas.

— O cabelo da Luíza, ela cortou porque viu você cortando o seu, não foi?

— Não, foi totalmente o contrário, na verdade. As nossas filhas não precisam que ninguém dê ideias, elas são bem certas quanto as suas próprias vontades. A coragem que a Luíza teve para cortar todo aquele cabelo foi a minha inspiração. — disse sorrindo.

— E a cor? — perguntou quando chegaram a sala.

— Bom, queria que alguma mudança externa refletisse tudo que tem mudando aqui dentro.

— Parece que conseguiu. — falou com o olhar perdido no rosto de Emma, agora adornado com cabelos curtos e ruivos.

— Deu tudo certo na cirurgia de emergência de hoje? — perguntou mudando o foco do assunto, percebia a atmosfera a qual estavam envoltas, mas não queria ser invasiva e acabar assustando Regina.

— Deu. Quer dizer, houveram algumas sequelas, mas eu vou trabalhar nisso.

— Sei que o paciente está em ótimas mãos. É, eu já vou, qualquer co... — dizia já se encaminhando para a porta.

— Espera. — Regina pôs a mão em seu braço. — Foi o Neal que pediu ela, ou você a mandou? — perguntou a respeito da transferência de Lilith.

— Melhor seria dizer que o Neal que a aceitou, tentei trocar a interna com os outros médicos, mas depois do que aconteceu quando ela estava em cirurgia com você, eles ficaram meio relutantes, só o Neal aceitou ela. Ele disse que ia fazer ela colar muitos ossos.

— Acho que ela não ficou feliz em sair do laboratório para ir para a ortopedia.

— Pode apostar que não, mas não posso manter no laboratório alguém que não me respeita, e que não entende o que um não quer dizer.

Regina ficou feliz ao ouvir a resposta de Emma, o que foi expresso em um discreto sorriso que surgiu em seus lábios, e que não passou despercebido por Emma que conhecia cada trejeito daquele corpo. Regina sabia que aquilo não era certo, já que se tratava de uma interna que estava no hospital para aprender, talvez conversasse com os outros médicos depois que ela consertasse alguns ossos na ortopedia.

Emma sentia que finalmente Regina começava a creditar que ela não tivera nada com Lilith, e que o que tinha acontecido no banheiro do pub não era culpa sua.

Mesmo com o assunto indigesto, o clima entre elas não pareceu mudar.

— Se essa gatinha der trabalho, te dou a guarda definitiva dela.

— Ela só vai precisar que nós a alimente, gatos são independentes.

— Você nunca teve um gato para saber, Emma.

— Ei, eu tive sim, e acho que vai ser bom para elas, vão começar a dividir as atividades, sabe.

— É sempre o que eu espero que seja. Que seja bom para elas. — falou com voz a macia.

Antes, ao encontrar com Emma pouco tempo depois dela ter voltado, sentia o seu corpo crepitar por as chamas internas de raiva e ressentimento que a consumia, mas depois de atingirem o seu ápice, dia após dia elas vinham queimando menos, ainda estavam lá, sabia que estavam, mas eram menos intensas, não a impediam de respirar como antes. E com esse pensamento, sem se conter, avançou o espaço existente entre elas. Sentia a respiração quente de Emma próxima a sua. Fechou os olhos e com a boca entreaberta esperou que Emma a tomasse em seus braços sem pedir licença, como já tinha feito, mas ela não o fez.

 Quando abriu os seus olhos, aqueles oceanos que Emma tinha como olhos esquadrinhavam o seu rosto de ângulo a ângulo, de ponta a ponta, enquanto levemente mordia o lábio inferior. Emma não sabia se devia, pisava tanto em ovos que temia que outro rompante de Regina acontecesse, e que esse dessa vez realmente acordasse as meninas.

Quando os olhos de Regina fitaram a forma como a boca de Emma se comportava, a forma como mordia o lábio inferior e como os seus dentes ficavam expostos, qualquer fiapo de controle que a prendesse se desfez.

Regina tomou em suas mãos o colarinho da camisa de botões de Emma e a puxou para um beijo cálido e ardoroso, que continha paixão, saudade e amor. Emma a enlaçou com os seus braços pela cintura e a trouxe para perto de seu corpo ao ponto de sentir o sumir e descer do peito dela sob a respiração acelerada de Regina. Mais uma vez o sabor de lar se fazia presente, a sala sumiu enquanto as suas bocas sedentas de tanta saudade se buscavam e se encontravam, e a sensação de que os anos não tinham passado se mantinha ali.

Regina tirou as suas mãos da gola da camisa e as levou aos cabelos de Emma, e então os puxou. Desde que a viu quando chegou no hospital depois de sair do salão, uma vontade encubada de fazer aquilo a consumia, o puxar de cabelo que deu nela fez com que Emma levantasse a cabeça expondo o seu pescoço, que tão convidativo chamava por Regina, o cheiro da pele de Emma era embriagante.

Sob cada beijo, mordidas e chupões que ela dava ao longo do seu pescoço, Emma sentia seu corpo entrar em combustão. Regina desceu com as suas caricias em direção ao colo de Emma, que antes alvo, foi tomado por manchas vermelhas, suas mãos e sua boca pareciam se moverem sozinhas, sabiam exatamente o que queriam e o que teriam de fazer para conseguir. Botão por botão ela foi abrindo a camisa de Emma, a cada botão aberto era uma marca deixada. Encarava Emma quando alcançou os botões da dela calça.

— Aqui não. — Emma falou com sofreguidão, a respiração ofegante e o seu sexo pulsante lhe roubavam quase todo o controle.

— As meninas, a Zelena... Claro.

Regina pegou Emma pela mão e fez com que elas praticamente subissem as escadas correndo. Ardia de desejo e sua excitação chegava a ser dolorosa, primeiro porque há muito tempo não se encontrava tão intimamente próxima de alguém, e segundo, era Emma, a mulher que foi capaz de lhe causar sentimentos tão contraditórios, e todos ao mesmo tempo desde que foi embora.

I Miss You ♪

No quarto, tirou a blusa de Emma, que apesar de já estar aberta, ainda estava e seu corpo, e junto dela o seu sutiã. Não se demorou muito ali, sentia fome dela, e conhecia Emma o suficiente para saber a quão excitada e lubrificada ela estava. Depois de deitá-la na cama, desabotoou a calça dela, e enquanto a puxava pelas as suas pernas, fazia questão de arranhar a pele dela com a suas unhas.

Só o toque de Regina era capaz de enlouquecer Emma, Regina nem ao menos tinha chegado em seu sexo e ela já sentia que iria explodir. Vislumbres do quarto chegavam a sua mente com flash de momentos passados, suas coisas poderiam não estarem mais ali, mas aquele era o seu quarto, o lugar onde inúmeras vezes foi tomada por a mulher que amava, e incontáveis vezes a fez sua.

Quando Regina abocanhou a sua buceta e o seu hálito quente foi de encontro a pele molhada, Emma estremeceu. A língua de Regina tecia círculos ao redor do clitóris inchado de prazer de Emma, que arfava se agarrando as cobertas da cama, quando parou de brincar em sua entrada, a penetrou com dois dedos, o que fez com que Emma arqueasse as costas, e que aos poucos foi entrado no ritmo das estocadas rápidas de Regina que se chocavam contra Emma com força e desejo.

Enquanto a penetrada, com a mão livre desferia tapas nas cochas de Emma, que se cotinha para não gritar, mas gemia cada vez mais alto. Não demorou muito para ela alcançasse o seu ápice, que já ardia em chamas antes de mesmo de Regina ter começado. O seu gozo veio quente com o seu corpo ofegante estremecendo sobre a cama.

Regina também tirou as suas roupas, e enquanto Emma respirava fundo de olhos fechados, se sentou sua sobre o seu abdômen.

— Não acredito que já cansou. — disse movendo o seu quadril para frente e para trás, fazendo com que o seu sexo húmido rosasse em Emma.

— Para você, nunca!

Emma pôs a suas mãos no quadril dela e foi tomada por o ritmo que ele assumia, foi subindo as suas mãos por a barriga de Regina até chegar em seus seios, que logo enrijeceram sob o contado, quando Emma se sentou, Regina desceu um pouco mais sentando nas pernas dela. Emma os massageou, apertou e mamou, brincava com a língua em seus e mamilos e os prendia de leve entre os dentes, enquanto Regina jogava a cabaça para trás e aumentava a velocidade com que rebolava, no intuito de obter maior contato entre a sua buceta e Emma, que era o que tanto ansiava.

Com uma das mãos nas costas de Regina e usando a outra como apoio, Emma inverteu as posições ficando por cima. Beijava Regina como se há muito tempo estivesse sem beber água, como se jejuasse a dias, tinha fome, saudade, ânsia de tocá-la.

— De quatro para mim. — pediu com a voz rouca e carregada de luxúria.

Regina pensou em negar, mas com aqueles oceanos revoltos e penetrantes lhe olhando não dava para dizer nenhuma palavra que não fosse um “sim”.

Com Regina de quatro, Emma deus alguns tapas que faziam com ela fosse para frente, para logo depois cobrir a marcar com beijos e leve mordidas. Os dedos de Emma passeavam por entre as suas nádegas, até os seus lábios.

Começou beijando toda a extensão da buceta dela, depois passou a chupar com a finco o clitóris, o que fazia com que Regina perdesse as vezes as forças nos braços e desabasse sobre os travesseiros, mas Emma não parava. Conhecia cada ponto daquele corpo, e sabia exatamente o que fazer para provoca-lo, instigava Regina.

O sexo dela pulsava em sua boca, e quando Regina começou a rebolar em sua cara, incitou Emma ainda mais.

Aquele sabor, o gosto de Regina que estava em sua boca, era ele que sentia nas noites solitárias em Washington, era nela que pensava quando se tocava afim de aplacar a saudade.

Quando pôs os seus dedos e começou mete-los, Regina não tardou a entrar no frenesi do vai e vem, ela contraia o seu canal fazendo com ele se abrisse e fechasse envolta dos dedos de Emma, que só tinha o seu tesão multiplicado, sua bunda se chocava violenta contra Emma, que investia cada vez mais tapas e apertava aquela região. Regina se contorcia, gemia e implorava por mais, e Emma dava, daria tudo que ela quisesse.

Quando ela cedeu mais vez sobre os travesseiros, Emma enterrou a mão naqueles cabelos castanhos escuros sempre tão bem penteados, mas que agora estavam de um jeito que só ela conseguia deixar, e os puxou fazendo com que Regina se levantasse e de costa ficasse de joelhos para ela.

Mais uma vez a penetrou, e lentamente Regina começou a subir, a descer e a rebolar em seus dedos. Estava tão molhada que escorria por a mão de Emma, que só agora pensava em deixar que ela gozasse. Estocou forte mais algumas vezes até que o corpo de Regina começou a espasmar e ela se deitou pesadamente na cama enquanto arfava. O gozo havia sido o seu ato libertação, libertação para o um corpo cansado de lutar por todos esses anos.

Emma se deitou ao seu lado e a abraçou sentindo os espasmos percorrerem o corpo de Regina.

— Você é linda, linda, linda, linda, linda, e eu não vou cansar de dizer isso. Não há ninguém em todo esse mundo que se compare a você. — disse beijando o topo da cabeça de Regina.

Bloqueando qualquer coisa que a fizesse se arrepender do que tinha feito, Regina fechou os olhos e se recostou no peito de Emma, sentiu quando a coberta as cobriu. Se sentia em paz, se sentia leve, como se naquele momento uma redoma tivesse sido construída em volta dela e de Emma, deixando todos os problemas, as mágoas e o orgulho para fora. Sabia que a barreira não duraria para sempre, e que as complicações estavam ali, mas os deixaria para amanhã. Foi a última coisa que Regina lembra de ter pensado antes de adormecer nos braços de Emma.

Emma percebeu quando a respiração de Regina adotou um ritmo constante indicando que ela tinha acabado de cair no sono, ainda permaneceu por um tempo ouvindo o barulho da respiração dela, sentindo o cheiro do shampoo e o calor emanado pelo corpo dela, não sabia o que o amanhã reservava, mas queria guardar em sua mente todos os detalhes daquela noite. Caiu no sono enquanto afagava os cabelos de Regina.

Quando os seus olhos se abriram, foram em direção aos de Emma, que se mantinham fechados, Regina sentia o peito dela subir e descer tranquilamente, sem agitação alguma, no rosto, ela trazia uma feição mansa, branda e sossegada, parecia até sorrir enquanto dormia, e esse pensamento fez com que timidamente Regina também sorrisse. Ver Emma ali era o mesmo que ver Luíza dormindo, o sono de ambas emita calma, mas apesar da aparência, Regina sabia que ela dormia como Luna, tal qual uma pedra, então lentamente se desvencilhou dos braços dela e se sentou na beirada cama, enquanto Emma permaneceu imóvel. O rádio relógio marcava 05:26am., alguns minutos antes do que costumava levantar.

De pé, vestiu o seu robe e com os pés descalços no chão frio foi para a sacada do quarto. O dia estava cinzento e frio, o céu estava nublado e a brisa da manhã fustigava levemente as plantas do jardim, naquele dia possivelmente o sol não apareceria, assim era o clima de Boston, imprevisível.

As rajadas de vento ralo balançavam os seus cabelos e causavam pequenas ondulações na barra do robe, enquanto Regina inspirava profundamente o ar matutino. O amanhã tinha chegado, e junto dele tudo que tinha sido prometido.

Sem sombra de dúvidas a noite tinha sido inesperada, pensava ela, algo abrupto, imprudente e impulsivo tinha acontecido, e cheio de significados para se pôr em palavras. Seus pensamentos estavam à mil, tudo se chocava em conflito, mas seu rosto etéreo não expressava nada disso.

Quando despertou, antes mesmo de abrir os olhos, a primeira coisa que Emma fez foi se virar para o lado em que Regina dormia, e sem encontra-la ali, se sentou bruscamente ereta na cama, e a visão que teve ao fazer isso se assemelhou a que tinha em seus sonhos quando estava longe. Regina estava apoiada na grade da sacada o que fazia com ficasse um pouco empinada, o vendo calmo balançava os cabelos dela e serpeava o robe fazendo com que ele ora ou outra marcasse as suas curvas.

Emma se levantou sem fazer barulho, apanhou a sua calcinha e vestiu a sua blusa sem se preocupar em abotoá-la, ficando com os seios parcialmente cobertos.

— Tá frio, acho que desacostumei. — e com os seus braços enlaçou Regina pela cintura e depositou um beijo cálido em sua nuca.

Regina sentiu quando os seios de Emma entumecidos pelo frio encostaram e suas costas, fazendo com que mais uma vez respirasse fundo e apertasse as grades com as mãos, mas não se afastou ou quebrou o contato, se antevê ali, sentido o calor do corpo dela.

— Eu posso te fazer uma pergunta, Emma?

— Quantas você quiser. — falou apoiando o queixo no ombro direito de Regina.

— Porque você escolheu levar a Luna e não a Luíza?

A perguntar empertigou Emma, fazendo com que lembrasse da reação de Luíza ao saber de toda a verdade.

— A Luíza andou perguntando sobre isso de novo? Eu achei...

— Não, sou eu que estou perguntando.

—Eu... Eu... Desde quando a Luna nasceu ela já se parecia muito com você, e a medida que foi crescendo foi se tornado praticamente uma cópia física sua. Quando vejo ela concentrada eu viajo no tempo, é como se eu estivesse te assistindo em uma cirurgia. Você está olhando fixamente para o paciente enquanto franze a testa e arqueia só uma das sobrancelhas, e quando você faz isso você liga, nada parece se capaz de tirar o seu foco. A Luna faz igual, você já deve ter prestado atenção. Acho que foi por isso, Regina, acho que foi por isso que eu levei ela, porque mesmo estando longe, de alguma forma eu ainda teria você perto de mim.

— Se você me quisesse por perto, não teria feito as coisas daquela maneira, Emma. — disse se virando e a encarando.

Emma percebeu que os olhos dela estavam húmidos.

— No meio da raiva e da mágoa fiz isso subconscientemente, mas depois eu entendi o porquê.

— Talvez seja melhor você ir — seu tom era contido, não era irritado ou rígido como já foi, Regina estava pacata, quieta. — As meninas vão acordar daqui a pouco para irem para a escola, não acho que seja bom elas descobrirem que você dormiu aqui.

— Você se arrependeu? Se arrependeu de ter estado comigo?

— Com a mulher que eu amei, com quem me casei e que eu escolhi ter as minhas filhas, não. Mas com a mulher que eu magoei, que me abandonou e separou as nossas filhas, sim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agora é com vocês é com vocês, o que acharam?

Gente, meu twitter é @xnxruth, https://twitter.com/xnxruth, deixem os seus users, vamos ser migs, falar sobre a fic, ou só sofrer junto mesmo, porque tá bem difícil
IG: anxruth, https://www.instagram.com/anxruth/

Bjus, até a próxima.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Back to Home" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.