Back to Home escrita por Ana


Capítulo 21
Fotografias


Notas iniciais do capítulo

Grata por o comentários do capítulo passado, foi um pouco tenso para as personagens, mas foi necessário. O capítulo de hoje dará continuidade aos acontecimentos do anterior.
Música: Ed Sheeran - Photograph
Perdoem os erros que passam despercebidos
Tenham todas uma ótima leitura.



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— Olá. — Regina disse surpresa ao abrir a porta para Luna e Emma.

— Oi, mãe. — falou abraçando Regina pela cintura. — Cadê a Luíza? — perguntou olhando para cima, ainda abraçada a mãe.

— É...  — a ação da filha a surpreendera tanto, que deixou Regina sem palavras, tornando difícil reuni-las em uma frase. — Ela... Ela está lanchando lá na cozinha.

E com a resposta da mãe, Luna saiu correndo disparada em direção a cozinha que era onde a irmã estava. A mochila nas costas quicava tamanho a presa de Luna ao correr.

— Oi. — Emma falou um pouco sem graça, mas com um sorriso sutil no rosto. Era impossível estar ali sem que as lembranças daquela noite juntamente com todas as que viveu naquela casa não faiscassem frescas em sua memória, mas estava contente, pois parecia que Luna tinha realmente ouvido tudo o que tinha lhe dito. E achara lindo ver as duas juntas.

— Oi, achei que a Luna não fosse querer voltar aqui por algum tempo.

— Não, ela gosta daqui, é apaixonada pela casa.

— Entra, Emma. — disse suspirando e dando passagem para que Emma passasse.

Da sala, podiam ouvir as vozes nas meninas, então seguiram para a cozinha e se detiveram a porta, Regina à frente e Emma um pouco mais trás, onde ficaram observando as filhas conversarem.

— Eu trouxe uma coisa para gente. — Luna falou animada, mas Luíza que permanecia sentada a mesa, nem sequer dirigiu um olhar a irmã.

Regina já tinha seu corpo impulsionado para frente, queria dizer a Luíza que não fosse tão severa e que ouvisse a irmã, já que ela se propusera a falar, mas sentiu a mão de Emma em sua cintura, como se pedisse para que não fizesse aquilo, e que deixasse que elas mesmas se resolvessem por si.

Emma queria que Luna aprendesse que para todos os seus atos haveria uma consequência, a qual ela tinha que aprender a lidar e resolver, e se Luíza dificultasse, estava em seu direito, afinal, havia sido magoada. Quando percebeu que Regina iria intervir, sem que pensasse muito, sua mão pousou em seu cintura, e ali permaneceu.

— Desculpa, Luíza, — se aproximou — eu não queria ter contado aquilo a ele, não de verdade, mas eu fiquei com raiva porque vo... Nós quebramos o meu... O nosso Xbox, e falei para ele, mas eu não queria que você ficasse chateada.

— Mais eu fiquei. — disse alto, e sussurrando continuou — Você também gosta dele, não é?

— Não! — Luna foi enfática — Ele é um bobão, você nem deveria gostar dele, ele é tão burro, nem sabe somar direito ainda. Você me desculpa? Por favor.

— O que você trouxe para a gente? — perguntou sorrindo.

Luíza não precisou proferir as exatas palavras, mas Luna havia compreendido.

Emma e Regina continuavam paradas a porta observando atentas as filhas, não sabiam o que cada uma tinha conversado exatamente com cada filha, mas eram gratas uma a outra por isso, e meses a pós a chegada de Emma e Luna, elas ainda não tinham visto uma interação como aquela entre as meninas.

Emma permanecia com a mão em sua cintura, Regina tinha ciência disso, mas estava tão envolta naquela atmosfera, naquele momento, que a deixara ali.

— Eu e a mamãe passamos na livraria e compramos uns livros novos. — falou tirando os objetos da mochila — Tem livro de histórias e para colorir, ah, e eu pedi para nossa mãe comprar para você outro daquele livro que eu risquei.

— Eu posso ver?

— Pode, é para gente. — e foi entregando todos livros a irmã.

— Vamos pintar agora!  — Luíza falou se levantando da cadeira.

— Ainda não mocinha, você não terminou o lanche, e você Luna, vai sentar e comer também. — Regina falou se afastando de Emma, e consequentemente quebrando o contato entre elas.

Luna se sentou à mesa, e enquanto lanchava com Luíza, conversavam sobre os livros novos que tinham ganhado, qual iriam ler, ou pintar primeiro.

— Livros novos? Achei que elas estivessem de castigo. — Regina falou para que apenas Emma pudesse ouvir, quando a mesma se encostou ao seu lado no balcão da cozinha.

— Bom, foi a forma que a Luna achou para a Luíza deixar ela se aproximar.

— Foi você quem deu essa ideia?

Emma negou com a cabeça.

— Foi a Luna que pensou nisso, queria agradar a irmã. Acho que hoje nós podemos dar uma pausa no castigo, mas só hoje. — como resposta, Regina apenas sorriu. — Você ainda tem os nossos álbuns de fotos? — perguntou.

—Tenho... Tenho todos, mas eles estão guardados no sótão.

Todos os porta-retratos que possuíam fotos com Emma, haviam sidos destruídos em ataques de fúria e mágoa de Regina, e os álbuns de fotos só não tiveram ao mesmo fim porque Zelena os guardou para que também não fossem alvos de Regina.

— Para que você quer eles?

— Queria mostrar eles para as meninas, tenho pensado em algo.

— Ok, posso subir e pegar depois.

— Ei, quando vocês terminarem, nós vamos fazer uma outra coisa, tá bom. — Emma falou para as meninas.

— A gente não vai poder desenhar? Mas mãe, é livro novo! — Luíza choramingou.

— Calma, vocês vão gostar do que a gente vai fazer, e depois vocês vão poder pintar o quanto quiserem.

Quando as meninas foram para a sala com livros novos, Regina subiu para pegar os álbuns que Emma tinha pedido no sótão.

— Regina, você quer ajuda? — Emma perguntou ao pé da escada desvão que levava ao sótão, e como não houve respostas, subiu.

— Regina...

Ao contrário do que os sótãos costumavam ser, o da casa era organizado, tinha uma boa iluminação, estantes e prateleira.

Regina que vasculhava uma caixa procurando os álbuns, não ouviu quando foi chamada.

Dentro do sótão, algumas coisas chamaram a atenção de Emma, como algumas caixas com brinquedos e mais brinquedos em algumas prateleiras, peças empilhadas de um tapete de atividades com as letras do alfabeto que usaram quando as meninas estavam começando a engatinhar, um saco com bolas de uma piscina de bolinhas, esse tinha sido comprado quando Luna e Luíza tinham feito um ano, lembrava bem do quanto era difícil tirar elas de dentro, e mais ao canto, um carrinho de passeio de gêmeos e dois berços montados.

— Não ouvi você subir. — Regina disse quanto se virou e se deparou com Emma atrás dela.

— É, eu te chamei, mas você não me ouviu. — falou um pouco aturdida. — Não sabia que você tinha guardado tudo isso.

— Não consegui me desfazer de nada — disse olhando ao redor — principalmente do que era da Luna, então trouxe tudo aqui para cima.

— Eu lembro de quando compramos cada uma dessas coisas. — falou saudosa. — Lembra de quando descobrimos que seriam gêmeas? Todo mundo ficou surpreso.

— Menos nós duas.

— Era esse nosso plano, por isso usamos material meu e seu na inseminação.

— É... Acho melhor descermos, Emma. — disse com os álbuns em mãos. — Não gosto de deixar as crianças sozinhas por muito tempo.

— Claro.

Photograph ♪

— O que é isso? Mais livros? — Luna perguntou quando viu Regina com os álbuns.

— Quase isso, são álbuns com fotos nossas. — Emma respondeu.

— Quando a gente morava aqui?

— Isso.

— Me dá um, mamãe. — Luíza pediu a Regina.

— Aqui. — e entregou um a Luíza, outro a Luna e os demais a Emma.

— O que nós vamos fazer com eles? — Luna perguntou.

— Bom, isso é com a sua mãe, ela que pediu para que eu os pegasse.

— Antes de vocês começarem a vê-los, quero mostras algumas dessas fotos a vocês. Venham aqui. — disse se sentando no sofá.

Cada uma das meninas sentou de um lado de Emma, e Regina sentou se ao lado de Luna. Fazia um bom tempo que não via aquele sofá assim, cheio.

— Vocês lembram das fotos que tem no meu relicário? — assentiram com a cabeça. — Elas foram tiradas nesse dia aqui.

Estavam as quatro na foto que Emma mostrava.

— Vocês tinham acabado de nascer, foi a primeira vez em que peguei vocês nos braços. — Regina disse.

Na foto, elas ainda estavam no centro cirúrgico, Regina estava ainda deitava com a toca na cabeça e a canula de respiração no nariz, e tinha Luna e Luíza nos braços, estava cansada, mas sorria com os olhos fechados, enquanto Emma lhe beijava o rosto.

— Como a gente era pequenininha. — Luíza falou.

— Gêmeos normalmente nascem assim mesmo filha. — Emma explicou.

— Agora eu entendi como que coube a gente aí dentro. — Luna disse apontando para barriga de Regina, o que fez com que rissem.

— Mas mesmo assim foi difícil, Luna.

— A mamãe falou que você precisou parar de trabalhar por causa da gente. — disse para Regina.

— Foi, mãe? — Luíza perguntou.

— Foi, eu precisei ficar em casa e deitada a maior parte do tempo. Vocês me deram um trabalhão, além de todas as fraldas sujas em dobro.

— Realmente. — Emma riu. — Nessa foto aqui, vocês já estavam no quarto com a Regina, mas antes vocês precisaram ficar alguns dias na incubadora.

— Incubadora é aquela caixinha onde os bebês lá do hospital ficam? — Luíza perguntou.

— Isso mesmo. — Regina respondeu.

— Vocês sabem quem é quem?

— Essa sou eu, e essa é a Luna. — Luíza respondeu apontando para cada bebê na foto.

— Acertou.

— Ei, vocês tiraram a sobrancelha da Luíza? — Luna perguntou espantada.

— Não Luna!

— É mesmo, cadê a minha sobrancelha, mãe?

— Não dá para ver na foto porque os seus pelos são loirinhos, e quando você nasceu eram ainda mais, e com a pele clarinha que você tem, ai era que mal dava para ver mesmo. — Regina respondeu.

— Mas olha o tanto de cabelo que a Luna tem. — falou para a irmã na foto.

— No primeiro banho da Luna a gente já precisou pentear. — Emma falou.

— Mas agora você tem mais, esse sim que dá um trabalhão para pentear. — Luna disse para Luíza.

— Essa foto aqui foi do aniversário de um ano de vocês.

— Olha, a gente fantasiada, eu era a Cinderela?

— Isso mesmo Luíza, e a Luna era...

— A Branca de Neve! — Luna falou antes que Regina terminasse a frase. — Eu nem gosto da Branca de Neve.

— Foi a sua avó, querida, a Mary disse que você parecia com a Branca de Neve e que essa teria que ser essa a sua fantasia.

— A minha mãe sempre gostou dessa princesa, e quando viu você, com o cabelo dessa cor, não deu outra, e a Luíza era a Cinderela dela.

— Hoje se a Luíza fosse ser uma princesa, seria a Rapunzel.

— Eu prefiro a princesa Odette.

— A que se transfora em cisne?

— Aham!

— E essa aqui é do aniversário de dois anos de vocês, o tema dessa foi festa na piscina.

Na foto que Emma mostrava as meninas, elas estavam de roupa de banho, Luíza de biquíni lilás e Luna de maiô cor de rosa, elas estavam sentadas em boias dentro da piscina e Emma e Regina as acompanhavam.

— Eu acho que eu gostei mais dessa. — Luna disse.

— Com certeza, toda vez que nós íamos tirar vocês de dentro da piscina era um escândalo. — Regina falou.

— Até eu, mãe? — Luíza perguntou.

— Até mesmo você!

— Vocês já podem ver esses que estão com vocês, se quiserem. — Emma falou.

— Não tem foto do nosso aniversário de três anos? — perguntou Luíza.

Com os olhos, Emma buscou apoio de Regina, mas essa olhava para o chão, mordendo as bochechas para evitar demonstrar qualquer reação. Ver todas aquelas fotos traziam a Regina e Emma maravilhosas lembranças com as filhas, mas sabiam bem quando elas pararam de serem tiradas.

— Não tem fotos desse aniversário, pelo menos não de vocês duas juntas, Luíza, porque... Porque nessa época eu e a Luna tínhamos nos mudado, foi quando eu precisei ir trabalhar fora, fui para outro hospital.

— Você não é médica?

— Sou. — disse sem entender bem o porquê da pergunta de Luíza.

— Então porque você não ficou e trabalhou no mesmo hospital que a minha mãe? Ela também é médica, e não precisou se mudar.

— É mãe, porque? — Luna se embalou na pergunta da irmã.

— Então — suspirou — Todos têm sonhos, todo mundo tem, e comigo não era diferente, só que eu não consegui realizar eles aqui, por isso eu fui em busca deles em outro lugar.

— E você conseguiu encontrar eles? — Luíza perguntou.

— Consegui, mas eu fiz tudo do jeito errado, sabe? Não espero que vocês entendam agora, mas quem sabe daqui a dez anos a gente não conversa sobre isso de novo. Mas vamos continuar olhando as fotos?

Assentiram e começaram a folhear os álbuns que tinham em mãos, riam de algumas fotos, apontavam para outras, reconheciam os familiares e perguntavam as mães quem eram algumas outras pessoas.

— Olha essa foto do vô Henry, Luíza, ele ainda tinha cabelo. — na foto em questão, Henry estava sentado em um balanço com as duas netas no colo.

— Mãe, o cabelo dele agora é loirinho como eram os da minha sobrancelha quando eu nasci? — Luíza perguntou a Regina.

— Não filha, o seu avô realmente ficou careca.

— Mas ele ficou careca só em cima.

— Verdade. — Luíza disse rindo de Luna.

— O seu e o da tia Zelena também vai cair como o dele? — Luna perguntou.

— Eu torço muito para que isso não aconteça, porque se eu ficar careca, você também vai ficar.

— Ai não! Então eu uso uma peruca. — Luna disse sapeca.

— Mesmo careca, vocês ainda continuariam lindas, você não acha, Luíza? — Emma perguntou a filha.

— Não! Mas a mamãe nem ia mais precisar usar as toquinhas nas cirurgias.

Quando terminaram de olhar os álbuns, o dia já tinha dado vez a noite, a tarde passou sem que dessem conta.

— A gente pode pintar agora? — Luíza perguntou a Emma.

— Podem sim.

E com a resposta da mãe, Luíza subiu correndo as escadas para pegar os lápis de cor, os gizes e os pinceis, enquanto Luna ficou espalhando os livros na mesa de centro da sala.

— Vou preparar o jantar enquanto vocês desenham, vocês querem que eu coloque algum filme?

— A gente pode assistir Shrek?  — Luna perguntou olhando para Luíza, que fez sinal de positivo com a cabeça.

— Você quer ajuda, Regina?

E antes que ela pudesse responder, Luíza falou primeiro.

— A Luna disse que você não sabe cozinhar.

— Verdade. — Luna apoiou a irmã.

— Ah, qual é, mais e almoço daquele dia?

— A gente que cozinhou.

— É verdade, você nunca cozinhou muito bem, Emma. — Regina disse fazendo com que as meninas rissem.

— Eu não estou entendo esse complô contra mim. — disse se levantando.

A medida em que Regina foi tirando algumas coisas da geladeira e dos armários, Emma foi a ajudando, pegou panelas, pratos e talheres. Ainda lembrava onde cada coisa estava, porque tudo permanecia no mesmo lugar, também percebeu isso quando passou pelo corredor para ir para o sótão. O que fez com pensasse no que ela tinha lhe dito na noite que tanto tirava o seu sono.

“... A minha vida ficou estagnada quando você foi embora, mas mesmo a um país de distância, ela ainda girava em torno de você.”

— Acho que conseguimos algo hoje. — Regina falou despertando Emma.

— Me parece que sim, e eu fico muito feliz com isso.

— E se mais na frente algo desandar, a culpa necessariamente não será nossa.

— Isso. Nós estamos tentando.

Enquanto comiam todas juntas a mesa, mais uma vez os anos que passaram separadas pareceram não existir para Regina, como se tudo tivesse sido como deveria ser, como quando no passado, quando imaginava como a sua família seria no futuro, era isso que ela via, dias passados juntas, se divertindo com coisas corriqueiras, sem muitas complicações. Mas tudo isso se dissipava quando os fantasmas voltavam para assombrá-la. Regina anda era assombrada por seus fantasmas e por os de Emma, e em seu coração não havia previsão de quando eles sumiriam.

Depois do jantar, voltaram a sala e continuaram assistindo filmes, as meninas sentadas no chão desenhando em cima da mesinha de centro e Regina e Emma sentadas no sofá, observando a tudo com olhos curiosos, mas com um espaço enorme que cabiam mais duas pessoas entre elas.

Quando finalmente cansaram da atividade, subiram para o sofá e se sentaram no espaço existente entre as mães.

Distraídas com o filme, não perceberam quando uma chave foi posta na fechadura e a porta foi aberta.

— Olá... — Zelena se deteve na entrada da sala.

O que via era totalmente oposto ao que tinha presenciado há poucas noites, a irmã, as sobrinhas, e a aparentemente a ex cunhada dividindo o mesmo sofá, todas em silêncio, apenas com as TV emitindo sons.

Não haviam notado que ela estava ali.

— Ei. — falou baixo se agachando ao lado do sofá onde Regina estava.

— Oi. — disse tomando um pequeno susto.

— Tá tudo bem aqui? — Regina fez que sim com a cabeça. — Então eu vou subir, tá bom. — falou dando um beijo na bochecha da irmã.

Quando passou por trás do sofá para não atrapalhar as meninas, pós a mão no ombro de Emma, que já tinha percebido a sua presença ali.

Emma já nem sabia mais em filme da sequência estavam quando percebeu que elas tinham dormido, e diferentemente da outra vez que tinha adormecido no mesmo sofá só que encostadas em Regina, elas haviam dormido encostadas nelas mesmas, ombro a ombro, cabeça com cabeça.

— Acho que elas já dormiram. — sussurrou para Regina.

— Consegue subir com elas?

— Treino com a Luna todas as noites.

E ao pegar Luna no colo, que era quem estava mais perto, Regina compreendeu o que Emma tinha dito.

Quando subiram, Emma que tinha chegado primeiro, deitou Luíza na cama mais próxima a porta, e quando Regina chegou com Luna, deitou ela na cama que estava próxima a janela, e aproveitou para fechar as cortinas e ligar o ar-condicionado.

— Você comprou essa cama para ela? — perguntou enquanto cobrias as meninas.

Regina assentiu com a cabeça.

— Comprei uns dias antes dela dormir aqui pela primeira vez.

Depois que terminaram o que estavam fazendo, ficaram paradas em frente as camas olhando as filhas. Depois de ter sido colocada na cama, Luíza se virou de lado, já Luna, permanecia do mesmo jeito que Regina a tinha colocado.

Antes de saírem do quarto, Regina acendeu a polêmica luminária, apagou a luz do quarto e encostou a porta, deixando apenas uma frestinha aberta.

Desceram as escadas em silêncio.

— Você não ia estar de plantão hoje? — Emma falou enquanto apanhava com Regina os livros e os lápis que as meninas tinham deixado espalhados na sala.

— Estava, mais depois que conversei com a Luíza liguei para Ruby e pedi que ela troçasse comigo, como ela não pôde, a Kristin ficou no meu lugar. — fez o possível para não olhar para Emma quando disso aquele nome.

— Mas ela é pediatra. — disse séria.

— Mas antes disso ela é cirurgiã geral.

— O que você me falou naquela noite...

— Eu falei muitas coisas.

— Sobre ela, você e ela, era verdade?

Regina queria dizer que aquilo não era da conta dela, que era um assunto que só desrespeitava a ela, que Emma tinha perdido há muito tempo o direito de opinar sobre algo em sua vida, mas não disse nada, apenas continuou juntando os lápis de cor.

— Claro que era — falou com a voz carregada de mágoa e pesar — Bom, dessa vez você não vai precisar me colocar para fora, eu já estou indo. Qualquer coisa com as meninas, você me liga ou me manda mensagem, tá?! — disse por fim entregando os livros a ela e saindo.


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Notas finais do capítulo

Tivemos um momento Swan Mills Family, que para as meninas terminou bem, mas já para as suas mães, nem tanto assim.
Agora é a hora de vocês dizerem o que acharam.
Sem spoilers, mas para o capítulo 22 também teremos um momento familiar, então fiquem atentas as notificações porque eu acredito que amanhã, sábado, esterei postando capítulo novo.