Hisoka, assassino compulsivo escrita por Malk


Capítulo 5
Pure Massacre


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Hisoka ria como nunca havia rido na vida e então, ainda em meio a gargalhadas, retirou uma rainha de copas do bolso e atirou contra Sammy. O projétil foi lançado com grande velocidade e precisão e ao atingir a garganta da garota a matou imediatamente.

— Que chato, achei que os reflexos dela eram melhores, e olha que eu nem atirei com tanta força assim...

— Sammy... Hisoka... – Andy olhou para a garota, provavelmente morta, com a garganta cortada e sangrando, sem acreditar no que via – como você fez isso?

— Não importa – Hisoka sorriu – já que quer tanto ser melhor do que eu te darei uma chance, um duelo até a morte agora mesmo no picadeiro. Pode escolher as armas ou mesmo um duelo com mãos livres, por mim tanto faz.

Andy suava frio. Se fosse uma hora antes certamente ele aceitaria, mas ao ver a maneira como Hisoka matou Sammy tão facilmente, ele achou que não seria uma decisão inteligente enfrentá-lo em um combate. Assim, o domador pulou pela janela e fugiu.

— Já faz tempo desde a última caçada, só espero que essa presa não me decepcione.

Hisoka saiu do trailer a fim de seguir o Andy, o que não foi difícil porque os passos do domador eram pesados e faziam muito barulho. O rapaz foi se refugiar na área onde ficavam os animais, o que não foi uma boa ideia porque alguns bichos se assustaram com a inesperada presença de um humano e começaram a fazer muito barulho. Se o Hisoka tinha alguma dúvida sobre a localização do seu alvo, ela foi desfeita.

O assassino andou tranquilamente até encontrar Andy na frente da jaula do leão.

— E então, vamos ao duelo? – chamou Hisoka, sorridente.

— Não vem, vou soltar o leão em você – a voz do Andy estava trêmula.

— Solte.

Andy ainda tinha a esperança de amedrontar o Hisoka com esta ameaça, porém seu oponente não pareceu se abalar. Então, como último recurso, o domador abriu a jaula.

— Ataca!

Andy era uma experiente domador e sabia como ordenar que um animal selvagem atacasse, mas para sua surpresa, o leão andou tranquilamente e deitou ao lado do Hisoka.

— Você... você não pode ser humano!

— Você veio de outro circo há quanto tempo, um ano? Quando eu cheguei no Viva La Vida, ainda criança, esse leão estava à beira da morte, acredita que davam ração de cachorro e, raramente, carne podre para ele? Mas eu cuidei dele e, apesar de sete anos mais velho, ele está muito mais forte e saudável hoje.

— É... que bom! – Andy tentava ganhar tempo enquanto pensava em alguma maneira de escapar com vida.

— Carne fresca de animais de médio ou grande porte faz parte da boa dieta de um leão, e o único animal desse tipo disponível por aqui é... o homem. Passei anos alimentando o leão com um humano de vez em quando, e ele, ao contrário das pessoas, é muito grato ao que fiz por ele e assim, nunca me atacará.

— Seu louco!

Andy tentou fugir novamente mas a essa altura, Hisoka já havia cansado do jogo, então simplesmente deu um salto para perto do oponente e o degolou com um carta. Não satisfeito, ele fez o corpo do rapaz em pedaços.

 

Hisoka pegou a namorada com o amante nu

E em vários pedacinhos Hisoka o picotou

Escondeu todos os restos lá no seu jardim

E alegre e sorridente Hisoka Cantava assim

 

“Laralarala tchop tchop tchop tchop

Ai como eu gosto de matar

Nada me deixa mais contente

E feliz a saltitar”

 

Mas que belo assassino Hisoka se tornou

Sempre alegre a cantar o amante ele matou

 

Obviamente os animais ficaram agitados e começaram a fazer ainda mais barulho. Minutos depois, o chefe Bogus chegou correndo para ver o que estava acontecendo e deparou com Hisoka sorridente, todo manchado de sangue segurando suas cartas também ensanguentadas e Andy em pedaços no chão.

— Arf – Bogus se mostrou mais entediado do que assustado – você o matou?

— Sim, o matei – Hisoka respondeu tranquilamente.

— Pelo menos só eu vi. Se livra logo do corpo e amanhã eu invento uma desculpa.

— Eu também matei a Sammy.

— O bom e velho ciúme, não é a primeira vez que vejo terminar em morte. Eu vou ligar pra uma pessoa, dá pra forjar um duplo suicídio, onde está o corpo da Sammy?

Hisoka começou a ficar intrigado com a naturalidade com que o Bogus estava lidando com aquela situação.

— Senhor Bogus, eu acabei de matar duas pessoas, porque está tentando me proteger?

— Não vou deixar o meu principal artista ser preso, só isso. Se acabarem descobrindo que você também matou o antigo domador um ano atrás, com certeza vai ser condenado a morte.

— Então você sabe que eu matei o Sebastian...

— Sei. Aliás, por que fez aquilo?

— Ele bateu em um macaco que não conseguia fazer o que ele queria, não gosto de crueldade com animais.

— Tá, então vamos logo porque daqui a pouco mais gente vai vir aqui ver o que está acontecendo e vai dar merda, se eu tiver que subornar muitas pessoas vou acabar tendo que mexer no dinheiro que o seu pai me deu...

— Dinheiro? Explique isso por favor.

— Bem, quando o seu pai te deixou comigo ele me deu uma boa quantia em dinheiro para custear sua estadia no circo. Ele me disse que vinha te buscar em uns dias mas nunca mais apareceu, de toda forma eu guardei o dinheiro no banco e logo vou juntar com o que estamos ganhando aqui em Very Longe e podemos montar uma apresentação na Glam Glass Land. Hisoka, seremos o maior circo do mundo em poucos anos e não vou deixar três assassinatos estragarem tudo.

Nesse momento, Hisoka sentiu muita raiva do Bogus, não pelo dinheiro que deveria ter sido gasto com ele quando criança, mas pelo chefe não se importar com ninguém em nome da sua ambição.

— Bem, senhor Bogus – Hisoka sorriu – não foram apenas três mortes.

— Ah, como assim?

— Lembra do David, o antigo mágico que disseram que se suicidou? Eu o matei.

— Mas como, você era só uma criança...

— Também matei a Scarlet para a Sammy poder ser a minha assistente, mas aquela eu sumi com o corpo, ou melhor, dei pro leão comer.

A calma do chefe começou a se desfazer e agora ele realmente estava assustado.

— Foram dez artistas do circo que eu matei em sete anos e também pessoas das cidades por onde passava, nunca parei pra contar quantos foram. Mas chega, o Viva La Vida acaba agora.

Hisoka se aproximou do Bogus e, antes que o chefe tivesse qualquer reação de defesa, o mágico apertou seu pescoço com uma das mãos até que esse parasse de respirar.

— Adeus, e obrigado pelos chicletes!

Logo que largou o corpo do Bogus no chão, três trapezistas adultos e fisicamente fortes chegaram.

— O que está acontecendo aqui? – um deles perguntou, muito assustado.

— O leão tá atacando, foge Hisoka enquanto vamos pegar uma espingarda – disse o outro.

— Não é o leão, sou eu quem estou atacando.

Dois dos homens não acreditaram, porém o terceiro partiu para cima do assassino e conseguiu dar um soco no seu rosto.

— Toma seu desgraçado!

— Finalmente alguém revidou – Hisoka sorriu – vamos ver até onde você aguenta.

Hisoka fechou a mão, deixando o nó do seu dedo indicador direito proeminente. Com muita rapidez acertou a garganta do oponente logo abaixo do pomo de adão e o matou instantaneamente.

— Foi apenas fogo de palha, alguém mais preparado não teria deixado um ponto mortal exposto dessa maneira.

Amedrontados, os outros correram, porém Hisoka os alcançou e os degolou com suas cartas.

O mágico estava no auge da sua loucura. Matou alguns artistas que acordaram com o barulho e também assassinou outros enquanto dormia. Obviamente houve resistência, Hisoka levou um tiro de espingarda na barriga, porém seu frenesi era tão intenso que ele ignorou o ferimento e matou quem atirou. Em pouco tempo o Viva La Vida era apenas destruição. Todos foram assassinados, exceto alguns poucos que conseguiram fugir sem ser vistos.

Quando estava se certificando de que não esqueceu de ninguém, Hisoka foi até a tenda do Gordon, conhecido pelo nome artístico de Palhaço Fumaça, que era um dos artistas mais antigos do circo e o mais velho se tratando de idade. Ao entrar, o mágico viu o palhaço de mais de sessenta anos de idade se maquiando.

— Finalmente meu anjo da morte chegou – disse Gordon.

— Você sabe o que aconteceu lá fora? – Hisoka estrava intrigado.

— Ouvi tudo. Você veio acabar com a minha vida não foi? Espero por esse momento há mais de quarenta anos.

— Hum... mas se quer tanto morrer, porque não se matou?

— Eu matei uma pessoa e prometi que nunca mais usaria minhas mãos para ferir, mesmo que a mim mesmo – o homem falava tranquilamente enquanto olhava para um espelho e pintou uma estrela e logo em seguida, uma lágrima por cima do rosto coberto por uma base branca.

— E posso saber quem você matou?

— Minha esposa, por um ciúme besta. Por isso eu me apresento com uma lágrima no rosto, representando que matei alguém que amava.

— E se torturou a vida toda por isso? Você é um covarde.

Hisoka deu as costas e começou a ir embora.

— Ei, não vai me matar?

Hisoka olhou para trás com olhar de desprezo. Já havia matado por ódio, estratégia ou mesmo por diversão, mas nunca havia assassinado alguém por piedade.

— Está bem, já que quer tanto...

As cartas do mágico haviam acabado, então ele quebrou o espelho e o usou para degolar o palhaço. Antes de sair, ele pegou o kit de maquiagem que o homem usava.

— Eu amava a Sammy? – Hisoka ficou pensativo, analisando a si mesmo – acho que amava.

O assassino gastou apenas cinco minutos para fazer uma maquiagem muito parecida com a que Gordon usava e logo em seguida fugiu.

Assim, o glorioso Viva La Vida teve seu fim. Os sobreviventes denunciaram à polícia que foi Hisoka quem realizou o massacre e assim, o ex mágico mirim tornou-se um homem procurado pela lei. De toda forma ele não pertencia mais àquele circo, agora o mundo era o seu palco.

 


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Notas finais do capítulo

Obrigado e até o próximo!



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