Hisoka, assassino compulsivo escrita por Malk


Capítulo 10
A promessa


Notas iniciais do capítulo

Eu tinha dito que esse capítulo seria o último, lembram? Pois é, não vai ser, bom pra quem tá gostando da fic não é verdade?
Boa leitura!



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Mais uma vez Hisoka tinha a difícil tarefa de localizar ao menos uma das patas da aranha. Seguir pistas era complicado, havia muitas lendas e poucas informações verdadeiras a respeito do paradeiro deles, sem contar que frequentemente havia falsários se fazendo de membros da trupe a fim de pôr medo e assim, conseguir vantagens. Toda vez que Hisoka encontrava algum desses falsários pensando ter encontrado alguém da Ryodan ele o matava por puro ódio.

Outra estratégia que o mágico utilizou para tentar ter sucesso na sua busca foi procurar por itens valiosos que de alguma forma pudesse atrair a trupe, porém existe muita coisa valiosa pelo mundo e é extremamente difícil saber quais despertarão o interesse do grupo de criminosos, tampouco quando eles atacarão.

Percebendo o quão difícil seria esta abordagem, Hisoka acabou tendo uma ideia diferente: ao invés de procurar por itens que eles pudessem roubar, procurar por itens que eles já roubaram. Isso, no mínimo, reduziria bastante os locais onde deveria procurar.

Enfim, quais foram seus roubos mais famosos? Alguns, mas certamente o que chamou mais atenção foram os olhos do clã Kuruta. É claro que não havia nenhum destes olhos expostos em um museu ou coisa assim, mas com um pouco de conhecimento sobre o submundo ele poderia encontrar o paradeiro de algum deles.

Apesar de ter reduzido bastante a área de busca, Hisoka só conseguiu uma informação de fato relevante mais de um ano depois. Soube que dois pares de olhos escarlate foram vendidos no leilão de um lugar chamado Deep City, uma versão menor e menos glamorosa do leilão de York Shin, mas ainda assim era possível negociar tesouros realmente valiosos por lá. Nesta ocasião, recebeu informações de que um garoto loirinho também buscava estes olhos, mas este é um assunto para outra hora.

Após uma longa viagem, finalmente Hisoka chegou à cidade. Ao contrário de York Shin, onde os leilões acontecem em determinada data, em Deep City era possível negociar em qualquer época do ano e não foi difícil achar o galpão onde um leilão acontecia.

O assassino entrou e assistiu pacientemente o leilão de um container carregado de armas de uso militar, certamente contrabandeadas. Quem arrematou foi um homem franzino usando um terno muito maior do que ele, mas não era nele que Hisoka estava interessado e sim no leiloeiro. Ao final da seção o assassino foi atrás dele.

— Com licença senhor, podemos conversar por um instante? – Hisoka pediu educadamente.

— O leilão de hoje acabou, se quer comprar alguma coisa espere até amanhã – ele respondeu.

— Na verdade... sei que já faz algum tempo, mas lembra do leilão de um par de olhos do clã Kuruta? – Hisoka perguntou humildemente.

— Lembro, mas se está interessado em comprá-los, saiba que não tenho permissão para dar qualquer informação sobre o comprador, se bem que duvido muito que você tenha dinheiro suficiente para comprar um tesouro tão valioso.

— Não estou interessado em quem comprou, e sim em quem vendeu.

Nesse momento, três homens altos e portando pistolas ficaram ao lado do leiloeiro sem dizer nada, apenas olhando para Hisoka de forma intimidadora.

— Olha aqui cosplay de Coringa, eu só anuncio os produtos. Quem lida com a receptação é o Boka, mas duvido que eles – ele apontou para os seguranças – te deixem chegar perto dele.

O sangue do Hisoka ferveu. Ele poderia facilmente acabar com os três seguranças e com aquele leiloeiro atrevido, mas sabia que se fizesse isso a sua chance de obter qualquer informação relevante se reduziria a zero.

— Está bem, desculpe tomar o seu tempo.

Hisoka virou e foi embora e, quando estava de costas para os homens, soltou um grande sorriso. Enquanto o leiloeiro falava sua última frase, o mágico grudou sua bumgee gum na sua testa e, dessa forma, era só uma questão de tempo até localizar esse tal de Boka.

Depois disso, Hisoka foi dar um tranquilo passeio pela cidade, porém continuava atento à localização do leiloeiro. Cerca de meia hora depois, o mágico percebeu que o homem parou e a sua intuição dizia que ele estava perto do chefe Boka. Feito isso, Hisoka se apressou e o seguiu pela bumbbe gum e, em pouco tempo, chegou a uma mansão.

A mansão era bem segura, protegida por muros altos, sistema de câmeras e alguns seguranças. De fato seria um pouco trabalhoso invadi-la, mas Hisoka conseguiu eliminar os seguranças de forma rápida e discreta e ele não é do tipo que se deixa intimidar por câmeras. Assim, entrou na casa e logo chegou ao leiloeiro, que nesse momento entregava uma mala de dinheiro para um homem velho e com uma boca bem avantajada.

— Como chegou conseguiu chegar aqui? – o leiloeiro perguntou, com uma voz trêmula.

— Você conhece esse sujeito? – perguntou o outro – por acaso você é um espião do Narizz?

— Agora que encontrei o chefe, não preciso mais de você – Hisoka puxou sua goma com tanta força que arrancou sua cabeça.

— Nunca vi um homem fazer isso antes, mas se quiser trabalhar pra mim eu pago o dobro do Narizz – Boka .

— Não sei quem é essa pessoa e nem me interessa saber. A única coisa que eu quero é saber quem te vendeu os olhos do clã Kuruta.

— Olhos... – Boka se esforçava para lembrar do que o estranho estava falando – acho que já negociei isso mas faz muito tempo, acho que foi um cara bem velho e um garotinho.

— Faça um esforço para lembrar, um nome, mais detalhes sobre a aparência...

— Eu tenho um registro secreto sobre compradores e vendedores, se você assinar um contrato se tornando meu segurança particular, eu deixo você acessar esse registro.

— É bem razoável!

— Venha comigo, não gosto de negociar na presença de um cadáver, depois eu mando alguém recolher o corpo do meu antigo funcionário que você matou.

Os dois saíram e o Boka conduziu o ‘convidado’ até um escritório.

— Aqui rapaz, assine o contrato.

Hisoka o fez sem ao menos se dar ao trabalho de ler o documento.

— Agora o tal registro, por favor.

— Correto! Espere um momento.

Boka ligou um computador e minutos depois, o entregou ao Hisoka.

— Abri o arquivo, agora é com você!

Era um aquivo grande, com informações sobre milhares de pessoas e que poderia deixar o mágico ocupado por horas, quem sabe dias.

— Isso vai pode demorar garoto, mas vamos fazer o seguinte, vá patrulhar a entrada da minha casa e amanhã você volta pra tentar achar o que quer.

Hisoka não respondeu e continuou operando o computador, o que deixou o patrão extremamente irritado.

— Escuta aqui moleque, eu dei o que você queria e agora temos um contrato que diz que você deve cuidar da minha proteção sempre que eu mandar. Estou mandando, vá vigiar a entrada da mansão!

— Eu tamém cumpri a minha parte do acordo e assinei o contrato – Hisoka deu um sorriso sarcástico – mas em momento algum eu disse que o seguiria, então adeus!

O mágico cortou a garganta do Boka com uma das suas cartas, em um golpe rápido e mortal. Em seguida ele pegou o computador e o levou, queira vasculhar o arquivo sem pressa.

*****

No dia seguinte, Hisoka já estava longe de Deep City. Estava em um prédio abandonado e, como se tratava de um computador portátil, o ligou e voltou a procurar o vendedor dos olhos escarlate. Finalmente ele encontrou a foto de um garoto, não devia ter mais de quinze anos, acompanhado por um homem mais velho de cabelos longos e aparência de um samurai. O registro também dizia que o nome do garoto era Shalnark e que era hunter, mas não havia nada sobre o mais velho além da foto. Nos comentários, quem escreveu supôs que os dois vieram da Cidade do Meteoro, porém esta hipótese não era comprovada.

— Hum, será que as aranhas vêm da lixeira do mundo? Faz muito sentido.

Então Hisoka, agora tendo duas fotos e uma possĩvel localização, partiu para a Cidade do Meteoro na esperança de finalmente encontrar o desafio que tanto deseja.


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