Celeste escrita por MCDS Cristal


Capítulo 4
Nick Fury




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Terceiro Capítulo

Nick Fury

— Conheço o senhor? - perguntei curiosa para o de tapa olho assim que entrei na sala. Eu tinha quase certeza de que já o havia visto antes. 

— Creio que não, Srta. Reed. - falou ele. Tinha a voz grossa e o rosto sério. 

— Então o que quer comigo? - fui direto ao que queria saber, não estava afim de enrolação. 

— Precisamos de sua ajuda. - respondeu o outro homem. Ele também possuía uma expressão seria no rosto, mas havia um brilho em seu olhar que decifrei como admiração. 

— Corrigindo. Vocês precisam dos meus poderes. - resmunguei indo sentar no sofá, deixando claro que essa não era a primeira vez que vinham até mim por causa do que sei fazer. 

— Sei que é inconveniente aparecermos assim, mas isto é algo muito importante. - voltou a dizer o moreno - Precisa nos acompanhar até um lugar. 

— Não vou a lugar nenhum. - disse tranquila - Vocês nem ao menos me disseram quem são. Como querem que eu vá a algum lugar com vocês? 

O moreno se sentou na poltrona a minha frente e ficou me olhando durante um tempo. Ele parecia estar achando graça de alguma coisa enquanto me analisava.

— Meu nome é Nick Fury. Acho que agora pode descobrir o resto sozinha, não? – disse ele.

Estreitei os olhos para ele não acreditando que não me contaria e sim me faria encontrar as respostas por mim mesma. Provavelmente estava querendo ver até onde iriam meus poderes, o que poderia descobrir.

Era quase um desafio da parte dele.

Fechei meus olhos e me concentrei pensando apenas em seu nome.

Foi como se uma avalanche houvesse me atingido, de tanta informação que apareceu. A cada imagem que via, mais crente ficava de que esse homem e sua vida era muito mais complexo do que poderia imaginar. E no meio de todas as imagens, uma me chamou a atenção.

— Você é diretor de uma agência secreta de espionagem chamada S.H.I.E.L.D, onde centenas de pessoas são treinadas diariamente para combater o que as outras organizações do nosso mundo não entendem. Nós, os mutantes, somos um perfeito exemplo. – comecei a falar assim que abri meus olhos, logo me virei para o outro homem que estava ali – Já você é o agente Phil Coulson. É o encarregado de não deixarem pessoas normais descobrirem sobre o que não deveriam saber. Teve um pelo trabalho no Novo México, né?

— O suficiente. – brincou ele mesmo aparentando seriedade.

— Mas você mexeu com o que não devia. – falei encarando Fury – Aquele cubo não é coisa boa. Não vi muito sobre ele, mas o que vi já deixou claro que não deveria ter sido retirado do oceano.

— O Tesseract é uma arma muito poderosa. A energia que emana dele é capaz de alimentar milhares de outras armas. Precisávamos testa-la para saber do que era capaz. – explicou.

— Só não contavam com o fato de um ser de outro mundo fosse roubar o cubo mágico. – comentei sarcástica – Talvez agora aprendam a não mexer no que não conhece.

— Já adivinhou o porquê de estarmos aqui?

— Querem que eu o encontre. – afirmei com certeza do que era.

— Exatamente. É por isso que precisamos que venha conosco para a base, onde outros já nos esperam. – declarou Coulson sentando-se ao meu lado – Precisamos de sua ajuda Srta. Reed.

— E por que eu deveria ajuda-los? Foram vocês que fizeram uma enorme burrada, agora querem que eu ajude a arruma-la? - indaguei aborrecida

Não me importo de ajudar quando realmente necessário, mas se eles soubessem a dor de cabeça que isso me causa evitaram ao máximo me pedir ajuda. 

Eu não gosto de ficar arrumando o que os outros fazem. Não quando não consigo ajeitar meus próprios erros. 

— Sei que não é justo vir aqui lhe pedir isso, mas temo que o mundo esteja em perigo dependendo de quem esteja com o Tesseract. 

Mordi o lábio em nervosismo. Não sabia o que dizer ou fazer, gostaria de não ir e deixar que eles resolvessem a merda que fizeram sozinhos, mas as imagens da visão que andava tendo me acertaram em cheio. E se a visão e o cubo estiverem conectados?, pensei, É minha obrigação ajudar.

Levantei-me do sofá e caminhei até a janela que dava para o jardim de mansão. Havia poucos alunos ali aquela hora, a maioria estava na escola ou em treinamento. 
Você sabe o que fazer, Celeste - a voz do Professor X soou em minha cabeça e me virei para olha-lo - Não precisa ter medo, somente faça o que acha ser o certo que tudo ficará bem. Sei que é algo difícil de fazer e até doloroso de vez em quando, mas pense no bem que isso poderá causar. 

Pensei no que minha mãe diria se estivesse aqui e com certeza ela me mandaria ir sem pensar duas vezes. Se estiver realmente haver com minha visão, estamos completamente ferrados. É eles não sabem disso. 

— Ok. Eu vou com vocês. - concordei depois de um tempo - Mas não quero que escondam nada de mim. 

— Tudo bem. - Fury levantou após falar e caminhou em direção a porta a abrindo - Arrume sua mala, Srta. Reed. Nós sairemos em quinze minutos. 

Passei por ele e segui para meu quarto onde separei somente o que achei ser necessário e coloquei tudo em uma mochila. 

Antes de sair observei com tristeza os papéis que havia deixado em cima da minha penteadeira. Eram cartas que minha mãe escrevia para mim nos dias em que não nos víamos.  As guardei em uma gaveta e sai dali, voltando a descer para me juntar aos agentes. 

— Está pronta? - perguntou Coulson. 

— Sim. Será que podemos ir logo? Quanto mais rápido resolvermos isso, mais rápido volto pra casa. - respondi mal-humorada - Por que não podemos fazer isso aqui mesmo? 

— Não dá para ficarmos indo e vindo sempre que precisarmos da sua ajuda. É melhor que esteja por perto até resolvermos essa situação. - falou Fury sem nem mesmo me dirigir o olhar, somente continuou caminhando para um jatinho que estava pousado ali. 

Como não havia visto ele dá janela?

— Estão achando o que? Sempre que tiverem alguma dúvida viram a mim? Tenho cara de Google por acaso? - resmunguei enquanto entrava naquele pássaro de metal. 

Pude ouvir uma risada vinda de Fury e o fuzilei com os olhos. 

— Qual é a graça? - perguntei. 

— Você se parece bastante com alguém que começo. - disse ele meio vago, logo se virando para falar com o piloto.

Outros agentes já se encontravam ali dentro e se preparavam para decolar, então apenas sentei onde um deles indicou e prendi o cinto, me preparando psicologicamente para o que quer que estivesse para acontecer. 


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