Elements : Apocalypse battles escrita por Aguerosan


Capítulo 6
Capítulo 6 : Lembranças em meio ao fogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo, eu sei que demorou, mas ele está aí.



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Depois de uma hora de viagem, ao som de várias bandas de rock, Kouma e Kaito chegaram em seu destino, o quartel general do exército, onde Kouma era general, e estava lá para presenciar testes com novas armas de guerra.

 Kouma – Opa, chegamos. – Falou Kouma, estacionando o carro.

 Kaito – Nossa, demorou hein. O seu trabalho não era a 10 minutos de casa? – suspirou Kaito, cansado de ficar sentado e confuso.

 Kouma – A gente veio pra base de testes, seu idiota, ela é mais longe que o QG normal, e aliás, você que quis vir. Não me culpe que a base de testes é longe da civilização, pra evitar acidentes. – Falou Kouma, saindo do carro, e o trancando.

 Kaito – É, odeio admitir mas dessa vez você tem razão. – falou Kaito se alongando e bocejando logo em seguida.
 
 Kouma – Eu vou fingir que não ouvi esse “dessa vez”. Vamos entrar. – Falou Kouma, apontando pra entrada da base, que estava alguns metros atrás dele, com o dedão

 Kaito – Ta, vamos, mas, pera aí...

 Kouma – Que foi, esqueceu a bolsa?

 Kaito – Já mandei você se ferrar. Eu tava querendo saber como que eu vou poder entrar.

 Kouma – Relaxa, você estando comigo, não tem problema.

 Kaito – Ah, beleza então. Vamos entrar.

 Kouma – Vamos.


Os dois se dirigiram até a base, e adentraram-na, com Kouma indo na frente, já que conhecia o lugar, e também, no caminho, ia falando com alguns amigos de lá enquanto passava, mostrando Kaito, deixando o ruivo com vergonha.


 Kouma – Ah, mas se não é o Rouf?  Andou comendo bastante, hein?
 
 Kouma -  E olha ali o Lorc. Bebendo muito ainda?

 Rouf – Claro. Nem te conto o que eu comi ontem, hahaha.

 Lorc – E aí, Kouma. Sempre bebendo a mesma quantidade. Você poderia me acompanhar um dia desses.

 Kouma – Você nunca perde a piada, não é mesmo Rouf? Um dia, talvez, Lorc.

 Kaito – (Meu deus que vergonha alheia.) – pensava Kaito, andando lentamente atrás de seu pai. – (Só falta ele começar a se gabar de mim).

 Kouma - Mas e aí? Lembram do Kaito? – falou Kouma, abraçando o garoto que vinha logo atrás.

 Kaito – (AH NÃO, PORQUE EU FUI PENSAR? O QUE EU FIZ PRA MERECER ISSO??) – pensava Kaito, desesperado, enquanto por fora, mostrava um sorriso um tanto quanto desconfortável.

 Kouma– Tá crescido, né? Desde quando vocês não o viam? Desde a infância dele?  – Falava Kouma, esfregando o punho contra a cabeça de Kaito, demonstrando orgulho do filho.

 Rouf – É, ele tá crescido mesmo, tá estilosão, até parece homem. – falava Rouf, se acabando de rir.

 Lorc – Nem parece que brincava de boneca quando criança – Debochava Lorc, perdendo os lados.

 Kaito – Vocês por favor poderiam esquecer que isso aconteceu? Eu era uma criança.
 
 Kouma, Lorc e Rouf – Não, valeu. HAHAHAHAAH. – falavam em coro os 3 adultos, rindo de Kaito, que lembrava da cena em questão.

[
 Kaito – Mamãe, mamãe, o que eu ganhei de presente?

 ??? – Já, já seu pai chega com o presente, Kaito

 Kaito – Será que vai demorar muito? Estou ansioso. – falava Kaito, com 6 anos de idade, que esperava com fervor seu presente de natal.

 ??? – Calma, ele não deve estar longe. – Falava uma linda mulher com voz doce e angelical, com expressão fofa no olhar, cabelos vermelhos e olhos verdes iguais aos de Kaito.

 Kaito – Okay, eu espero.


    Passaram-se 20 minutos e Kouma chegou com o presente de Kaito, junto de Rouf, lorc e um menino que aparentava ser 3 anos mais velho que Kaito, de cabelos negros espetados, olhos verdes, faixas nas mãos e uma expressão amigável, que falava com os 3 adultos.


Kaito – Presente, presente, presente, cadê o presente, papai? – Falava Kaito, pulando ao redor de Kouma, que estava saindo do carro.

 Kouma – Tá na mão, garoto. Pega aí – falou Kouma, entregando um embrulho para Kaito. – Querida, o Lorc e o Rouf vieram para o almoço, tá tudo bem, né?

 ??? – Claro, claro, vão entrando.

 Lorc – Obrigado.

 Rouf – Valeu.

 
 Kaito – Aaaaaah, o que será? O que será? – falava o pequeno Kaito, entusiasmado, rasgando o embrulho com toda a força que tinha.
 
 Kaito – E É... espera, o que é isso? – falava Kaito confuso, depois de abrir o embrulho.

 ??? – Hã? Como assim? É o que você pediu, não é? – falou o garoto, que já estava passando pra outro cômodo da casa com os outros, e virou para responder.

 Kaito – Mas... isso... meio que... – falou Kaito, receoso.

 ??? – O que foi?

 Kaito – Isso aqui é uma boneca. Não foi isso que eu pedi. – falou Kaito, pegando o brinquedo da caixa e mostrando para o garoto.

 ??? – AH NÃO, DROGA, ELE TROCOU OS EMBRULHOS. – falava o garoto, enquanto jogava sua mão contra o próprio rosto. - ESSA BONECA ERA PRA NOSSA PRIMA, MIZUNO.

 Kaito – Ah, sério? – falava Kaito, olhando pro garoto, por entre os braços da boneca.

 ??? – Sim, sério, que droga, vamos ter que ir lá na kizuha, para trocar.

 Kaito – A tia Kizuha?

 ??? – E tem outra Kizuha na família, Kaito?

 Kaito – Não.

 ??? – então não faça perguntas bestas. Droga, ela vai nos matar.

 Kaito – Não esquenta, não precisa trocar.

 ??? – O que? Tem certeza? Mas e aquele boneco mergulhador que você queria? Vai deixar com a Mizuno mesmo?

 Kaito – Sim, sem problemas. Além do mais, eu até que gostei dessa boneca, posso usá-la para fazer um torneio entre meus bonecos, para ver quem casa com ela.

 ??? – Você tem certeza mesmo disso, Kaito? Aquele boneco foi caro.

 Kaito – Já falei que tudo bem. E além do mais, eu conheço a Mizuno, ela ia ficar muito brava se ganhasse outra boneca, sendo que ela tem aquele jeito de machona.

 ??? – Você tem razão, aquela menina não é muito afeminada não. Ela é o demônio em forma de criança. Lembro do ano passado, quando ela ficou atrás do meu pé, e eu fui empurrado pelo Tio Kaji, me fazendo cair naquele chão duro da casa da Kizuha.

 Kaito – Aquela cena foi muito engraçada, o nosso tio Kaji sabe mesmo te perturbar.
 
 ??? – Aquele panaca, eu vou fazer picadinho dele.

 Kaito – Mas e aí? Tá tudo bem eu ficar com a boneca?

 ??? – Tá bom, só cuide bem dela. E não a mostre pra ninguém.

 Kaito – Por que não?

 ??? – Porque é meio estranho um garoto brincar de boneca, você não acha?

 Kaito – Não vejo problemas, é um brinquedo igual qualquer outro. Se a Mizuno pode ter um boneco, por que eu não poderia ter uma boneca?

 ??? – É, faz sentido. Enfim, vá guardar, ou brincar com sua nova amiga.

 Kaito – Está bem.

 ??? – Mas fique atento, logo alguém virá te chamar pro almoço.

 Kaito – Ok.

   Então Kaito juntou os papéis de embrulho, jogou no lixo, e subiu para o segundo andar com a boneca em mãos, com um sorriso muito cintilante no rosto.

 Kaito – Como será que eu vou te chamar? Existem tantos nomes que você poderia receber. – pensava Kaito, subindo as escadas.

  Já no outro cômodo, na sala, Lorc, Rouf e Kouma conversavam sobre coisas aleatórias de seu serviço no exército, quando o garoto chegou junto deles e sentou, começando a dialogar também. Passaram-se uns 15 minutos, Kouma olhou em seu relógio, e a mulher entrou na sala, limpando a mão em um pano, falando:

 ??? – Querido, o almoço está pronto. Chame o Kaito, por favor.

 Kouma – Claro, querida.

 Kouma – Keima, vá chamar seu irmão.

   Então, garoto de cabelos pretos, olhou para Kouma e retrucou.

 Keima – Mas a mamãe mandou você.

 Kouma – E eu estou mandando você.
 Keima – Injusto.

 Kouma – Vai logo.

 Keima – Está bem, volto já. – Falou o garoto, aceitando sua tarefa, não muito feliz, levantando do sofá e indo em direção às escadas.

 Lorc – O que teremos para o almoço, Kaya?

 Rouf – É, estou ansioso, sua comida é deliciosa.

 Kaya – Calma lá, rapazes, vocês já vão descobrir – Falou Kaya, mãe de Kaito, rindo, e balançando seu longo cabelo vermelho, enquanto voltava pra cozinha.

 Lorc – Odeio quando ela faz isso.

 Rouf – Ela é muito maldosa.

  Enquanto isso, Keima terminava de subir as escadas para chamar Kaito para o almoço, quando, antes de entrar no quarto, ouviu pela porta:

 
 Kaito – Tome isso, e isso, essa bela dama será minha esposa, seu verme insolente.
 
 Keima – Já arranjou utilidade pra boneca, hahaha. Bobinho.

 Keima – Hey, Kaito, hora do almoço, desça log... mas o que? – disse Keima, enquanto via seu irmão deitado no chão do quarto, ao lado da boneca, dando socos leves em um bonequinho, completamente distraído, brincando.

 Keima – Então era ele que queria casar com a boneca? Hahaha, enfim. – Falava Keima, fazendo a clássica pose de mãos pra cima e cara de bobo, que havia puxado de seu pai. (¯_(
)_/¯).
 
 Keima – Kaito, alôô, KAITOOOOOO. – gritou Keima, que assustou o garoto, que não tinha o percebido ali, fazendo o boneco o qual segurava cair em seu rosto.
 
 Kaito – Ai, o que foi, mano?

 Keima – Saia do mundo da lua e venha almoçar.

 Kaito – Ok, estou descendo.

     Keima então, fechou a porta do quarto de Kaito, e desceu para a cozinha, onde estavam Kaya, de pé, secando um prato, e Kouma Lorc e Rouf, já sentados na mesa, esperando o almoço.

 Kouma – Kaya, o que você preparou hoje? – falou Kouma, impaciente

 Kaya – Preparei uma lasanha, querido. Já chamou o Kaito? Eu já vou servi-la.

 Kouma – Sim, eu acabei de chamá-lo, logo mais ele estará aí.

 Keima – Mentiroso, eu que acabei de chama-lo – falou Keima, entrando na cozinha.

 Kaya – Okay, então esperemos ele chegar, para comermos todos juntos. – disse Kaya, fazendo um olhar mortal com cara amigável para Kouma.

 Kouma – (odeio esse olhar, ele é maligno) – pensava Kouma, sorrindo desconfortavelmente de volta para sua esposa.
 
 Lorc e rouf : OH NOOOOOOO.

 Kaya – Se acalmem, garotos. Hihihi – falou Kaya, rindo suavemente pros dois, fazendo–os ficarem envergonhados.

 Kouma – Isso foi uma referência, não foi, vocês dois?

 Lorc e Rouf: Referência? Do que você tá falando?
 
 Kouma – Esqueçam, esqueçam.

 Lorc – Tá né, aliás, cadê esse menino? Ele não deveria estar aqui?

 Rouf – Verdade, ele tá demorando.

 Kouma – Esperem um segundo. – disse Kouma, fazendo uma grande respirada, e soltando em forma de grito: - KAITOOOOOOOOOOOOO

 Kaito – TO DESCENDO, CALMAÍ. – gritou Kaito, do segundo andar.

 Lorc – Okay, ele tá vindo, mas não precisava desse berro, precisava? – falou Lorc, com as mãos tapando os ouvidos.
 
 Rouf – É, como vocês aguentam essa gritaria, kaya, Keima? – falava Rouf, também com a mão no ouvido.

 Kaya – Humm, falaram comigo? – falou Kaya, tirando dois tampões de ouvido e guardando no bolso.

 Keima – Oi? – falava Keima, repetindo o mesmo esquema de sua mãe.

 Lorc e Rouf – Malditos.
 
  Então, os 5 lá presentes, começaram a rir da cena, até Kaito chegar, trazendo sua boneca com ele.

 Kaito – O que teremos de almoço? Ah, olá Senhor Lorc, Senhor Rouf.

 Keima – (Ah não, eu falei pra ele não mostrar a boneca). – pensava Keima, colocando a mão no cabelo.
 
   Vendo aquela cena de Kaito carregando a boneca, os 3 homens só conseguiram gargalhar.

 Kouma – MAS O QUE TEMOS AQUI? HAHAHAHAHA.
 
 Lorc – HAHAHAHA, VOCÊ NÃO ME CONTOU QUE TINHA UMA FILHA, KOUMA, HAHAHAHAHA.

 Rouf – É, EU PENSEI QUE FOSSE UM GAROTO, HAHAHAHA
 
  Então, Kaito, vendo que o estavam zoando por causa da boneca, a escondeu atrás de si, com lágrimas querendo sair de seus olhos, e gritou:
 
 Kaito – POR QUE ESTÃO RINDO DA MARGARET? O QUE ELA FEZ PRA VOCÊS?
 
 Kouma – E ELE AINDA A NOMEOU, QUE RIDÍCULO, HAHAHAHA. Ei, essa boneca não é a que deveria estar com a Mizuno? – falou Kouma, interrompendo sua risada para fazer a pergunta.
 
 Kaito – É-É. Era pra Mizuno, mas eu resolvi ficar com ela.
 
 Keima – (Droga Kaito, você só está piorando sua situação) – pensava Keima, que estava com cara de decepção olhando para os 3 brutamontes rindo.

 Kouma – Ah. Você resolveu ficar com ela?
 
 Kaito – Sim, resolvi, e ninguém vai tirá-la de mim.

 Keima – (Ah meu deus Kaito, cala a boca) – pensava Keima, encarando Kaito como sinal para ele parar de falar.
 
 Keima – ( Eu queria te ajudar, mas iria sobrar pra mim, desculpa) – pensava Keima, enquanto tremia o punho e olhava para o outro lado.
 
 Kouma – OK HAHAHAHA, FAÇA BOM PROVEITO DELA. Kaya, a partir de amanhã você começa a passar maquiagem nele, ok?
 
 Kaya – Pare de agir como um idiota, por favor. Ele é só uma criança. – disse Kaya, que estava procurando talheres em uma gaveta.
 
 Kouma – Mas amor...
 
 Kaya – Não me faça falar seu nome completo.

 Kouma – Ok, ok. Parei, por enquanto.
 
 Lorc e Rouf – Mas nós não, HAHAHAHAH.

 Keima – JÁ CHEGA. – falou Keima, batendo sua mão contra a parede.
 
 Kaya – Keima?
 
 Keima – VOCÊS 3 SÃO UM BANDO DE PALERMAS. ZOAR UMA CRIANÇA POR ELE ESTAR FELIZ COM SEU BRINQUEDO? QUE TIPO DE MONSTROS VOCÊS SÃO? VAMOS KAITO, EU TE LEVO SEU ALMOÇO NO QUARTO.
 
 Kaito – Irmão? – falou Kaito, confuso e chorando.
 
 Keima – Você vem? – falou Keima, olhando com desprezo pros 3 grandalhões.
 
 Kaito – Está bem. IDIOTAS – disse Kaito, saindo correndo atrás de seu irmão, com sua boneca em mãos.
 
 Kouma – Será que exageramos? – perguntou Kouma, se dirigindo aos amigos.
 
 Kaya – Sim, vocês exageram. Ele é uma criança, zoarem ele por isso, fazem de vocês os mais infantis aqui – falou Kaya, com olhar mortal pros 3 indivíduos, enquanto batia com uma colher de pau em cada um.
 
 Lorc Rouf e Kouma – Desculpa. – falaram os 3, arrependidos
 
 Kaya – Não é para mim que vocês precisam pedir desculpas. É pro Kaito e pro Keima também, porque, ele não é de agir daquela forma, a não ser quando se sente ofendido. – falou Kaya, ainda dando seu sermão.
 
 Kouma – Tem razão. Fomos idiotas. Vamos lá pedir desculpas, galera?
 
 Lorc e Rouf – Vamos. – falaram, determinados.
 
 Kaya – Vocês acham mesmo que eles querem ver suas caras agora? Vocês são as últimas pessoas que eles querem ver.
 
 Kouma – Droga, então, o que faremos?
 
 Kaya – Espere os dois se acalmarem. O que não vai acontecer tão cedo.
 
 Kouma – Droga, não pensei que daria nisso. Foi automático.
 
 Kaya – Agora é tarde para arrependimentos. Peçam desculpas aos dois mais tarde – Falou Kaya, voltando a mexer nos talheres da cozinha.
 
 Kouma, Lorc e Rouf – Tudo bem, faremos isso.
 
     
 
         Já no quarto


 Keima – Não liga pra eles Kaito, eles são uma trupe de idiotas. – Falava Keima, fechando a porta do quarto.
 
 Kaito – Eu pensei que eles ficariam felizes de me ver feliz com meu brinquedo. – falou Kaito, choroso, enquanto abraçava fortemente Margaret.
 
 Keima – Eu te falei pra não mostrar pra ninguém, cara. Eu falei isso, especialmente por causa daqueles 3, que só sabem tirar sarro das pessoas sem se importar com as consequências. Eu também sofri nas mãos deles quando mais novo. – falava Keima, sentando na cama de Kaito e colocando o pé sobre o joelho.
 
 Kaito – Sério?
 
 Keima – Sim, mas os ignore. Eu sei que você gostou da Margaret, e o apoio totalmente em brincar com ela. Qual o problema disso, meu deus? Velhos idiotas. – falou Keima, olhando pro piso.
 
 Keima – Aliás, está na hora do almoço. Vou buscar o nosso para comermos aqui. – disse Keima, se levantando.
 
 Kaito – Por que você vai?
 
 Keima – Quer mesmo voltar lá e encarar aqueles malditos? – disse Keima, apontando pra porta.
 
 Kaito – Não... Pode ir. – falou Kaito, abraçando Margaret novamente.

 Keima – Espere aqui.
 Kaito – Para onde mais eu iria?

 Keima - Boa resposta – falou Keima, saindo do quarto descendo em direção a cozinha.
 
 Keima – Mããããe - chegou gritando Keima na cozinha.

 Kaya – O que foi, Keima? – respondeu com um sorriso, Kaya, que estava sentada à mesa almoçando.
 
 Keima – Você poderia fazer nossos pratos para comermos lá em cima? – perguntou Keima, nem sequer olhando para Kouma.
 
 Kouma – É... garoto... – tentava dizer Kouma, que foi interrompido por um olhar de ódio de Keima, que o fez calar a boca.
 
 Kaya – Aqui está. Quer que eu te ajude a levar? – Falava Kaya, terminando de servir os pratos.
 
 Keima – Seria ótimo. – falou Keima, agradecendo.
 
 Kaya – Ok, vamos. E vocês, se comportem – falou, olhando pros 3 homens, que comiam igual 3 porcos, enquanto saía da cozinha, acompanhando Keima.
 
 Keima – Aqueles três são três otários. – falou Keima para Kaya, enquanto subiam as escadas.
 
 Kaya – Acalme-se Keima, você sabe como seu pai é quando ele quer encher o saco de alguém.

 Keima – Nem me fale.

 Keima – Kaito, voltamos, abra a porta, por favor. – falou Keima, chegando na porta do quarto e não conseguindo abrí-la por Kaito ter trancado.

 Kaito – voltaMOS? Quem está com você?
 
 Keima – A mamãe.

 Kaito – Okay. Entrem. – falou Kaito, destrancando a porta e abrindo-a.

 Kaya – Aqui está, vou deixar o prato do Kaito aqui em cima da mesinha, ok?

 Kaito – Mãe...
 
 Kaya – O que foi?

 Kaito – Por favor, nunca faça isso que o papai fez, nunca faça isso comigo, por favor – falava Kaito, enquanto corria até sua mãe e a abraçava, chorando.

 Kaya – Querido, calma, calma, eu nunca faria isso. – falava Kaya, acariciando os cabelos de Kaito.

 Keima – Mãe...
 
 Kaya – Venha, Keima – falou Kaya, sorrindo, enquanto Keima corria até ela para abraça-la também.

 Kaito – Mãe, fique aqui conosco. Não fique com aqueles três panacas lá em baixo. – falava kaito, segurando fortemente no vestido de sua mãe

 Kaya – Tudo bem, eu vou lá pegar meu prato e vir almoçar com vocês.
 
 Kaito e Keima – AEEEEEE.
 
    Em seguida, Kaya voltou a cozinha, explicou a situação aos 3 homens, e voltou ao quarto de Kaito.

 Kaya – Quem quer refrigerante? – falou ela voltando ao quarto

 Kaito e Keima – EEEEEU.

 Kaya – Trouxe para acompanhar, e então, vamos comer?  
 Kaito – Vamos

 Keima – Claro.
 ]
 

Kaito – (Aquela tarde foi uma das melhores que eu já tive, nós três conversamos sobre várias coisas, foi muito bom. A única parte ruim disso tudo é que o Kouma ainda me zoa pela Margaret, e ele ainda não pediu as desculpas que prometeu pedir, mas tudo bem) – pensava Kaito, que voltava a realidade e se deparava com seu pai ainda esfregando o punho em sua cabeça.
 
 Kaito – Tá, me solta. – disse Kaito, se soltando de Kouma.
 
 Kouma – Ui, ficou bravinho? – falou Kouma, em tom de deboche.
 
 Kaito – Me deixa, tá? A gente não ia ver o campo de testes? – perguntou Kaito, para os 3 ali presentes.
 
 Lorc – Ah, verdade, o campo de testes, venham, é por aqui. – indicou Lorc, apontando o caminho.
 
 Rouf e Kouma – Nós sabemos o caminho, idiota. – retrucaram.
 
 Kaito – É, mas eu não sei. Parem de agir feito crianças, credo. – retrucou Kaito, seguindo Lorc.
 
 Rouf – Credo, ele, pelo visto, ainda não sabe brincar.
 
 Kouma – Ele sabe, mas só em horários certos pra isso.

 Rouf – Ele já superou aquilo da boneca né?
 
 Kouma – Sim, há muito tempo, mas eu ainda brinco com ele sobre, e ele fica bem bravo, é engraçado, mas ele sabe que eu falo zoando e retruca.
 
 Rouf – E o Keima, onde está?
 
 Kouma – Ah, eu não te contei, não é? Depois que a Kaya faleceu, ele fugiu de casa. – falou Kouma, segurando para não lacrimejar os olhos.
 
 Rouf – E você deixou? Que tipo de pai é você?  - retrucou Rouf.

 Kouma – E VOCÊ ACHA QUE EU NÃO PROCUREI POR ELE? EU VASCULHEI ESSA CIDADE TODA ATRÁS DELE, MAS NÃO ENCONTREI. – Gritou Kouma, pegando Rouf pela gola da farda.

 Rouf – Desculpe, foi uma pergunta idiota. – falou Rouf, ajeitando a farda, com olhar triste.
 
 Kaito – EI, VOCÊS AÍ ATRÁS, NÃO VÃO SE ATRASAR. – gritou Kaito, que já estava indo na frente com Lorc. Chamando a atenção dos dois.
 
 Kouma – Enfim, o que importa é que eu tenho o Kaito ainda, não é? Apesar de tudo, hoje nós nos damos bem.
 
 Rouf – Sim, é o que importa. Bom, vamos?
 
 Kouma – Vim aqui para isso.

   Então os dois passaram os braços um pelo ombro do outro, e foram andando cantando uma música de bêbados, como dois bons amigos, até a área de testes.

 Kaito – UAAAAU, ESSE LUGAR É ENORME. Eu pensei que seria um tipo de instalação subterrânea, não pensei que seria uma área de explosões ao ar livre. – falava Kaito, que havia chegado na área de teste, e olhava o horizonte pelo andar de cima, todo rochoso e montanhoso, com a área de testes no meio.

 Kouma – É, aqui eu, Lorc e Rouf, já explodimos diversos tipos de bombas. – falava Kouma, que tinha cabado de chegar, e botou a mão no ombro de Kaito.

 Lorc – Sim, nem lembre Aquela época de soldado foi boa.

 Kaito – Tá, não é hora de relembrar os seus passados, porque pelo que eu lembre, vocês só faziam merda.
 
 Lorc – Por isso que foi bom, hahahaha. - respondeu Lorc para Kaito, que ouviu, sorriu e voltou a observar a vista.
 
 Rouf – Vamos pegar o elevador e descer logo, quero pisar no solo montanhoso.

 Kaito – Quando os testes começarão? Estou ansioso. – perguntou Kaito para Rouf.
 
 Kouma – Eu não sou o Rouf, mas posso responder. Eles começam EXATAMENTE AGORA. – falou Kouma, apertando um botão de um controle remoto, e nisso, liberando vários tanques de guerra, logo após saírem do elevador.
 
 Kaito – Boa, pai. Agora, como funciona o teste?
 
 Kouma – Normalmente, um oficial entra no tanque, dispara, e vê o poder destrutivo da bala.
 
 Kaito – Nossa, só isso? Que tedioso – falou Kaito, olhando pros tanques de guerra.

 Kouma – Eu falei normalmente, jovenzinho, você deu a sorte de vir visitar logo no lançamento dos tanques controlados por controle remoto.
 
 Kaito – Tipo carrinho de brinquedo? - Perguntou Kaito, curioso.
 
 Kouma – Sim, tipo um carrinho de brinquedo, mas não é qualquer criança que controla esse aqui não.
 
 Kaito – É você que controla.

 Kouma – EXATAME-espera, o que você quis dizer com isso?
 
 Kaito – O QUE SERÁ? – falou Kaito, em tom sarcástico.
 
 Kouma – Enfim, vá praquela bancada de segurança, lá você poderá assistir sem perigo.
 
 Kaito – Aaaaah não, eu quero ficar vendo aqui, junto com você.
 
 Kouma – Quantos anos você tem mesmo?
 
 Kaito – 18, por que? – perguntou Kaito, desconfiado.
 
 Kouma – É, você não é mais uma criança, então para de birra e faz o que eu mando.
 
 Kaito – Touché – falou Kaito, se digirindo à área segura.
 
 Kouma – E aqui vai. Primeiro tanque. Teste 01, Tanque XL01, disparar. – falou Kouma, controlando o tanque pelo controle a qual liberou todos eles alguns instantes antes, fazendo-o ficar de costas pra ele, o fazendo disparar contra o horizonte, causando uma grande explosão.
 
 Kouma – WOOOOOW, É PRA ISSO QUE EU ME ALISTEI AQUI HÁ 25 ANOS. Grande explosão, tiro concluído. – falou Kouma, relatando o tiro em uma caderneta.

 Kouma – Segundo tanque, Teste 02, Tanque XL02, disparar. – falou Kouma, controlando o segundo tanque, fazendo o tanque atirar contra o horzone, criando várias ondas de choque.
 
    E assim os testes seguiram, com Kaito achando todos os disparos extremamente bonitos e poderosos, até que chegou no último tanque, e quando Kouma foi apertar para controla-lo, o controle escorregou de sua mão, caindo e se despedaçando contra a ponta de uma pedra que havia frente ao pé de Kouma.
 
 Kouma – Oh não, isso é mal. ISSO É EXTREMAMENTE MAL, CANCELAR TESTES – gritou Kouma, desesperado.
 
 kaito – EI, O QUE HOUVE? POR QUE VOCÊ TÁ ASSIM? – Gritou Kaito para Kouma, o qual estava agora, sentado no chão, rindo igual um maníaco.
 
 Kaito – ALGUÉM ME EXPLICA O QUE TÁ ROLANDO – Gritou Kaito, começando a se desesperar também.
 
 Kouma – É, foi uma boa vida. KAITO, OS TANQUES FORAM PROGRAMADOS, PARA QUANDO OS CONTROLES FOREM QUEBRADOS, ELES CAÇAREM O HOMEM QUE FEZ ISSO.
 Kaito – E COMO ESSA COISA SABERIA? – Gritou Kaito de volta, enquanto olhava para o tanque, que estava começando a se mexer sozinho.
 
 Kouma – O CONTROLE TEM UMA CÂMERA ESPECIAL PARA CASO DE QUEBRA, E O TANQUE TEM LEITOR DE IMAGEM, ENTÃO, QUANDO ELE ESCANEAR MEU ROSTO, EU ESTOU ACABADO. – gritou Kouma, enquanto aceitava sua morte.
 
 Kaito – TAMPE O ROSTO ENTÃO, MERDA. – gritou Kaito.
 
 Kouma – NÃO ADIANTA, TEM LEITOR DE DIGITAIS TAMBÉM, E MINHAS DIGITAIS ESTÃO NO SISTEMA, ELE VAI SABER QUEM EU SOU NÃO IMPORTA PARA ONDE EU FUJA.
 
 Kaito – E COMO SE PARA ELE?
 
 Kouma – AÍ QUE ESTÁ, ELE SÓ PARA QUANDO DESTROI SEU ALVO.
 
 Kaito – TEM QUE TER ALGUM JEITO.

 Kouma – NÃO TEM, É MELHOR IR ACEITANDO A VIDA DE ÓRFÃO, MEU FILHO, HAHAHAHA.
 
 Kaito – AH NEM VEM COM ESSE PAPO PRA CIMA DE MIM, VELHOTE. – falou Kaito enchendo seus olhos de lágrimas.
 
 Kouma – EU QUERIA MESMO QUE FOSSE PAPINHO. – respondeu Kouma, também lacrimejando.
 
 Kaito – (DROGA, DEVE TER UM JEITO, EU NÃO VIM ATÉ AQUI SÓ PRA VER MEU PAI MORRER NA MINHA FRENTE) – pensava Kaito, enquanto o tanque se preparava para disparar contra Kouma, que ria olhando pro céu, que começava a ficar estrelado pelo cair da noite estar próximo.

 Kaito – DROGAAAAAAAAAAA. Na mesma hora que Kaito grita, a bala de canhão dispara, e nisso, a área de segurança explode e se vê um vulto vermelho chegar em Kouma, junto da bala, criando uma grande explosão, na qual só dava para ver uma fumaça preta saindo do local, junto com uma onda de poeira por dois longos e desesperadores minutos.
 
  Depois da fumaça abaixar, era possível, ver uma cena jamais pensada pelo homem. Era um ser humano, com o corpo revestido de chamas, fazendo uma barreira de fogo, envolvendo Kouma nela no processo, de costas para o tanque, e na frente da barreira haviam destroços de uma bala de canhão.
 
 Kouma – Q-QUEM É VOCÊ? – pergunta Kouma, assustado, para o ser em chamas.
 
??? – Ué. Não reconhece seu próprio filho? – respondeu o homem, revelando ser ninguém mais ninguém menos que Kaito.
 
 Kouma – KAITO? MAS O QUÊ? – gritou Kouma, confuso.
 
 Kaito – Relaxa. VOCÊ AINDA ESTÁ NA MIRA DAQUELA COISA, MAS NÃO POR MUITO TEMPO. Eu sei um jeito de pará-la. – Falava Kaito, ainda revestido por chamas, virando para o tanque, que estava preparado para disparar novamente.
 
 Kouma – Como? – perguntou assustado.
 
 Kaito – DESTRUINDO ELA ATÉ VIRAR SUCATA. – Gritou Kaito, que pegou impulsão criando chamas em seus pés, e o jogando contra a bala de canhão que estava sendo jogada. – VAMOS VER SE ISSO AQUI SERVE PRA ALGO, HAAAAAA – disse Kaito, tirando uma espada de sua cintura, e cortando a bala de canhão em duas no ar, a fazendo explodir.
 
 Kaito – VOCÊ NÃO VAI MATAR MEU PAI, SUA MÁQUINA BURRA. – HAAAAAAAAAAAA, AAAAAAAAAAAAAHHH – gritava Kaito, enquanto as chamas que estavam envolvidas em seu corpo, eram introduzidas na espada, fazendo um vórtice de chamas na lâmina da mesma, ao passo de Kaito gritar: -
TURBILHÃO DE FOGO. – dito isso, o fogo que estava armazenado na espada, foi jogado contra o tanque de guerra que estava se preparando para atacar novamente, em uma grande rajada espiral de fogo, que adentrou o cano, superaqueceu tudo lá dentro, e o fez explodir, jogando pedaços de tanque para todos os lados.
 
   Com isso, Kaito vendo que destruiu o tanque, desmaia no ar, com um sorriso no rosto, enquanto caía em direção a terra, perdendo aos poucos, durante a queda, seu revestimento flamejante.
 
 Kouma – Kaito, obrigado. – falava Kouma, olhando pro seu filho desmaiado, caindo contra o solo, abrindo um sorriso de felicidade. – Você pode ter salvo minha vida, mas eu quero uma explicação bem concreta do que isso significa, seu fanfarrão. – falou, já com o olhar voltado para o céu.
 
 Kaito – O QUE ACHA, VELHO? O ADORADOR DE BONECAS SALVOU SUA VIDA. – grita Kaito, já no chão, antes de perder completamente a consciência.
 
 Kouma – Há, maldito. CHAMANDO ENFERMEIROS MAIS PRÓXIMOS, PACIENTE PRECISANDO DE CUIDADO RÁPIDO NA ÁREA DE TESTES. – falava Kouma em seu walkie-talkie, pedindo ajuda de médicos para cuidar de seu filho, enquanto olhava a lua que aparecia devagar no céu.
 
 Kouma – Esse garoto vale ouro mesmo.

    15 minutos depois, os paramédicos e enfermeiros chegaram no local para cuidar de Kaito, que estava caído no chão inconsciente com algumas chamas ainda cobrindo suas costas, com um sorriso no rosto.


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Notas finais do capítulo

Precis mesmo explicar a imagem do capítulo? AUAHAUAAHUAH.



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