Elements : Apocalypse battles escrita por Aguerosan


Capítulo 5
Capítulo 5 : Recomeço flamejante


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem dos novos personagens.



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O dia em que Yanizuma Droy e Yanizuma Koji morreram havia passado, e estava amanhecendo na cidade de um garoto ruivo de 18 anos, chamado Ryuuma Kaito, que estava recebendo alguns raios luminosos do sol em sua face e tremendo o olho, como se fosse alguém prestes a acordar, mas não querendo fazê-lo, quando, seu despertador tocou ao lado de sua cama, e ele finalmente abriu os olhos, revelando um tom esverdeado muito bonito, e um raio de sol adentrou os mesmos, o qual fez o jovem rapidamente tapar os olhos com um grito mudo que havia dado. 

 Kaito – Ah, droga, esqueci de fechar a cortina de novo, sorte que eu já aprendi a não gritar alto de manhã, porque se eu fizesse isso, aquele velho idiota me jogaria um taco de beisebol na cabeça. – Falava Kaito, enquanto coçava a cabeça, mexendo suavemente seu cabelo vermelho.

Ainda meio dormente, o jovem se sentou na cama, olhou ao redor com os olhos meios fechados, e viu que havia uma espécie de sol vindo da sua frente também, e ao abrir os olhos por completo, notou que sua cama estava em chamas, e quase indo para o criado-mudo que estava ao lado da cama. Vendo o fogo, ele entra em desespero, e no impulso, ele levanta na cama, e tenta pular por cima das chamas, mas ele dá um pulo muito fraco, e acaba se enrolando na coberta com o pé e caindo sobre o fogo, o que o faz rolar na cama quase chorando, gritando de dor.

 Kaito – AAAAAAAHHH... Hã? O que? Como assim?

 Kaito, depois de ficar rolando no fogo por alguns segundos, percebeu que, por algum motivo, ele não estava sendo afetado nem queimado pelas mesmas, o que o deixou confuso.

 Kaito – Mas o que está acontecendo? Esse fogo, por que... ele não me queima? – falava Kaito pra si mesmo, confuso, levantando, sentando na cama e encostando suavemente nas chamas, as quais se envolviam em sua mão, como se ele as controlasse.

 Kaito – EU NÃO ENTENDO, O QUE TA ROLANDO AQ-. – Antes de terminar de falar sua frase, uma panela voa em seu rosto, o deixando atordoado, o fazendo cair na cama.

 Kaito -  AAAAAHHH, VELHO DESGRAÇ-. – antes de terminar, dessa vez, um taco de beisebol voa em sua cabeça, o fazendo morder a língua.

 Kouma – QUANTAS VEZES EU JÁ TE FALEI PRA NÃO GRITAR LOGO DE MANHÃ, KAITO? VOCÊ TEM PROBLEMA? QUER ARRUMAR ENCRENCA COM OS VIZINHOS? – falava Ryuuma Kouma, pai de Kaito, um homem de cabelos pretos espetados, quase igual ao de Kaito, olhos também verdes, porte físico extremamente forte e bigode, que estava na porta do quarto, de regata e cueca, com um sapato na mão, pronto para jogar em Kaito.

 Kaito – E O QUE VOCÊ ESTÁ FAZEND-. – tentava falar Kaito, quando o sapato voou em seu nariz.

 Kouma – EU SOU O ADULTO AQUI, EU POSSO GRITAR, VOCÊ NÃO. – falava Kouma, que procurava algo para jogar em seu filho.

 Kaito – Ai, tá bom, tá bom, você é o adulto, apesar de não parecer, mas mais importante que isso, APAGUE ESSE FOGO- opa – AQUI NA MINHA CAMA. – falava Kaito, enquanto desviava de um chinelo que havia sido jogado.

 Kouma – Eu não, não fui eu que fiz essa bagunça toda. Se vira aí. O café da manhã estará pronto em 15 minutos, apague esse fogo e desça. – disse Kouma, apontando pro andar de baixo.

 Kaito – Tá, tá, AGORA SAI DO MEU QUARTO – falou Kaito, jogando o chinelo de volta em Kouma, que desviou fechando a porta, mandou um dedo do meio junto com uma banana pro filho e saiu rindo, descendo a escadaria pro 1º andar.

Kaito – Velho babaca, mas enfim, como eu vou apagar esse fogo, porque ele está aqui e como veio parar aqui? – falava Kaito, pensativo.

 Kaito – E agora que eu notei, nada está sendo queimado, esse fogo só está aqui, sem queimar. Ele só está existindo em cima de meus lençóis, como isso é possível? E por que eu não sou afetado por ele? Tem algo muito estranho acontecendo aqui. – falava Kaito, colocando a mão por entre as chamas novamente.

 Kaito – Mas mesmo que essa chama seja inofensiva, ela precisa sair daqui. Vamos ver se com isso ela sai. – Disse Kaito, colocando o lençol por cima do fogo, pra ver algo acontecia.

 Kaito – Droga, só está enchendo meu quarto de fumaça, se alguém ver isso, vão pensar que eu sou incendiário, aaah. – falava Kaito, enquanto tirava o lençol de cima das chamas.

 Kaito – Que óbvio, nossa, calma aí. PAAAAI, ME TRAZ UM COPO DE ÁGUA. – gritou Kaito para Kouma, que estava na cozinha.

 Kouma – EU NÃO SOU SUA EMPREGADA, SEU VAGABUNDO, VEM BUSCAR. – gritou Kouma de volta para Kaito.

 Kaito. – Ah, esquece. Eu só iria molhar minha cama à toa, e estou com preguiça de secar tudo. JÁ SEI. Já que o fogo não me atinge, eu vou me jogar nele e apagá-lo com o corpo. – falou Kaito, olhando pro fogo, que estava intacto no lugar.

 Kaito – Vamos lá, PULOOO. – gritou Kaito, pulando em cima do fogo.

De repente, quando Kaito pulou no fogo, o mesmo se enrolou no braço dele, e entrou para seu corpo pela boca, deixando um brilhinho vermelho no ambiente, antes de sumir.

 Kaito – AAAH, o que foi isso? Eu não estou entendendo mais nada. Enfim, vou descer logo e tomar café da manhã antes que aquele velho coma o meu também. TÔ DESCENDO – gritou Kaito, enquanto tirava seu pijama e colocava uma roupa caseira.

 Kouma – DESCE LOGO, SE NÃO EU VOU AI ENFIAR ESSE CAFÉ NA SUA GOELA. – gritou Kouma, da cozinha.

 Kaito – Meu Deus, não precisa gritar, velho idiota. Depois ele fala que eu que arrumo confusão com os vizinhos, sendo que ele grita pra meio mundo escutar. – falou Kaito pra si mesmo, enquanto arrumava a cama que estava estranhamente sem nenhum sinal de queimadura, e saía do quarto, em direção a cozinha.

 Kouma – Ah, finalmente chegou. Tava se maquiando, é? – falou Kouma, em tom de deboche, vendo o garoto chegar na cozinha.

 Kaito – Vai se ferrar. Eu tava apagando o fogo que tinha na minha cama por algum motivo. – Falou Kaito, bocejando e coçando a cabeça.

 Kouma – Ah, era fogo da cama? Eu pensei que era o fogo da sua bunda, mas enfim. – falou Kouma, rindo intensamente de sua piada.

 Kaito – Dá pra parar de zoar? Que chato. Você tem alguma coisa a ver com aquele fogo na minha cama? – falou Kaito, enquanto se sentava à mesa, e comia seus ovos com bacon preparados por Kouma.

 Kouma – Não, não fui eu. Eu só entro no seu quarto pra te zoar, não pra  te queimar vivo. – falava Kouma, enquanto fritava bacon pra comer.

 Kaito – Bom, faz sentido. Mas quem será que tentou me queimar?

 Kouma – Sei lá, você tem algum inimigo?

 Kaito – Não que eu lembre. Mas tem algo que tá martelando na minha cabeça até agora.

 Kouma – O que foi?

 Kaito – O fogo...

 Kouma – O que tem?

 Kaito – Ele...

 Kouma – Fala logo e para de mistério, credo, que drama.

 Kaito – ELE NÃO ME AFETOU, TÁ BOM?

 Kouma – Que? Como assim?

 Kaito – Ele não me queimou. E aliás, VOCÊ NÃO TÁ NEM LIGANDO QUE ALGUÉM TENTOU ME QUEIMAR VIVO?

 Kouma – Por que eu deveria ligar? Você sabe se virar. Mas me explica certinho isso, do fogo não ter te queimado.

 Kaito – Eu vou ser bem resumido.

 Kouma – Fala logo, antes que eu jogue esse óleo quente em você. – falou Kouma, terminando de fritar seu bacon, e apontando pra frigideira com um garfo.

 Kaito – Tá, tá, sem violência. Vou falar.


    Então Kaito contou todo o ocorrido em detalhes para Kouma, que ouvia atento todo o relato.

 Kouma – Deixa eu ver se eu entendi. Você passou a mão no fogo.
Duas vezes.
E não se queimou?
E ainda o fogo entrou no seu corpo e sumiu?

 Kaito – É, basicamente isso.

 Kouma – É... Então, aonde você comprou a droga? Também quero. – falou Kouma, zoando o filho novamente, não acreditando no relato contado.

 Kaito – Que droga o que? Você tá me zoando? Pensei mesmo que você não acreditaria em mim. Você nunca acredita, você é um ótimo pai mesmo, hein. Nem sei porque contei isso pra você. – falou Kaito, que colocou os cotovelos sobre a mesa e tapou o rosto com as duas mãos, esfregando seu rosto bem forte.

 Kouma – Calma, calma, eu tava zoando, você sabe que, apesar de minha relação extremamente excêntrica com você, você é o melhor presente que sua mãe me deixou antes de morrer. – falou Kouma, levantando de sua cadeira, e dando leves tapas nas costas de Kaito. – Desculpe se passei dos limites, mas essa sua história é difícil de acreditar.

 Kaito – Está tudo bem, você sabe quando parar de brincar e levar a sério as coisas, te admiro por isso. Você também nunca falou muito da mamãe comigo, depois que ela morreu, e esse comentário de agora me deixou feliz. Eu sei que é difícil de acreditar, mas aconteceu mesmo. – falou Kaito, enquanto se levantava da cadeira.

 Kouma – Onde você vai?

 Kaito – Eu tenho aula hoje, ué.

 Kouma – Você definitivamente está drogado.

 Kaito – Por que?

 Kouma – Hoje é sábado, imbecil.

 Kaito – É? Putz, nem lembrava.

 Kouma – Fazer o que? – disse Kouma, fazendo um gesto onde levantava as mãos e fazia uma cara de decepção. (¯_(ツ)_/¯ ).
 
 Kaito – Que foi? Eu não posso me errar não?

 Kouma – O problema é que você SEMPRE se erra, Kaito, parece um idiota, ah, eu esqueci, você é idiota.

 Kaito – Olha quem fala. O rei dos idiotas.

 Kouma – Não se esqueça que você é meu filho, e isso te torna príncipe. – falou Kouma, em tom irônico.

 Kaito – Ah, cala a boca. Enfim, o que vai fazer hoje?

 Kouma – Vou trabalhar. Hoje vamos testar algumas armas de guerra.

 Kaito – Lá no exército?

 Kouma – NÃO, KAITO, VAMOS TESTAR ARMAS DE GUERRA NUM SUPER-MERCADO, IMBECIL. – dizia Kouma, dando um soco na cabeça de Kaito.

 Kaito – Ai, não precisava agredir também. É que além de um sargento de exército, você também é dono da loja de vídeo-games, esqueceu? – Falava Kaito, esfregando o lugar em que o soco havia sido desferido.

 Kouma – Eu sei, eu sei, mas eu tenho você pra cuidar de lá em fins de semana, esqueceu?

 Kaito – Na verdade...

 Kouma – O que foi?

 Kaito – Me interessei nesses testes de armas de guerra. Posso ir com você?

 Kouma – Assim, do nada?

 Kaito – É, assim, do nada.

 Kouma - Mas e a loja?
 
 Kaito – Os nerds não vão morrer de ficar um dia sem comprar jogos. Deixe fechada por hoje, com alguma placa de viagem, ou algo do tipo. – sugeriu Kaito.

 Kouma – Ok, boa ideia. Você até que sabe botar essa cabecinha oca pra funcionar as vezes. – disse Kouma, passando a mão na cabeleira ruiva de Kaito.

 Kaito – É, eu tento. – disse Kaito, orgulhoso.

 Kouma – Ok, vá se arrumar, você não vai com esse trapo pra lá. – disse Kouma, apontando pra roupa de Kaito. – Vou te esperar no carro.

 Kaito – Tá bom, mas e você?

 Kouma – Eu o que?

 Kaito - Não vai se trocar?

 Kouma – Por que?

 Kaito – PORQUE MEIO QUE VOCÊ TÁ SÓ DE CUECA AINDA. – falou Kaito em tom alto, pulando e dando um soco na cabeça de Kouma.

 Kouma – AH, VERDADE, NEM NOTEI. Aquela sua algazarra com fogo logo cedo me destraiu.

 Kaito – Não joga a culpa pra cima de mim não.
 
 Kouma – Tá, enfim, vamos logo se arrumar.

 Kaito – Tá.


    Então, com isso, os dois subiram aos seus respectivos quartos para se trocarem e ir para o quartel general do exército.

            20 minutos depois

 Kouma – KAITO, JÁ SE ARRUMOU? – gritou Kouma, que estava pronto com sua farda militar, já no andar de baixo.
 
 Kaito – JÁ, TO DESCENDO. – disse Kaito, descendo as escadas, com uma camiseta estampada, calça jeans com uma corrente entrando no bolso direito, e tênis novos.

 Kouma – Tá bonitão, garoto.

 Kaito – Puxei alguém ai, velhote.

 Kouma – Quem será, não é mesmo? Vamos, pegue a chave do carro em cima da mesa. – falava Kouma, apontando pra cozinha.

 Kaito – Tá – afirmou Kaito, indo em direção a cozinha.

 Kaito – Pegue. – falou Kaito, entregando a chave para Kouma.

 Kouma – Ok, Obrigado, vamos indo?

 Kaito – Claro.

   Depois disso, os dois entraram no carro de Kouma, e partiram em direção ao QG do exército, ouvindo algumas músicas de rock pelo caminho, com Kaito ansioso para ver os testes com as armas, mas ainda pensativo sobre as chamas que entraram em seu corpo pela manhã.


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Notas finais do capítulo

A imagem se refere ao quarto de Kaito, depois dele arrumar, antes de descer para a cozinha



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